sábado, 24 de abril de 2010

Ministro afirma que obras da hidrelétrica de Belo Monte saem até setembro

O Ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou ontem que a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, terá suas obras iniciadas no máximo em setembro deste ano. O governo, segundo o ministro, tentará antecipar a assinatura do contrato de outorga do leilão vencido pela Chesf, subsidiária da Eletrobras, que lidera o consórcio de construtoras.
Trata-se da usina mais planejada do mundo. Foram cinco anos de estudos ambientais e não podemos mais esperar - declarou Zimmermann -. Eu acredito que, da mesma forma que Jirau ocorreu rapidamente, três, quatro meses depois do leilão já estavam construindo, Belo Monte tem chance de, no segundo semestre, iniciar a construção. Vai depender do empreendedor apresentar todos os documentos e preencher todos os requisitos.
Ele também lembrou que o processo que tratou da construção da hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, sofreu com mais atrasos devidos às questões ambientais discutidas na Justiça.
O ministro criticou a ação de organizações não-governamentais (ONGs) na tentativa de retardar o processo de construção, considerando que, tais atitudes não passam de "manipulações". Ele também disse que não tem qualquer possibilidade de mudança no projeto, para atender às demandas das ONGs e dos questionamentos do Ministério Público Federal.
- Não sou técnico, mas me reporto aos números. Foram mais de R$ 70 milhões gastos em estudos ambientais e se for necessário, faremos algumas adequações. Esta inquietude é natural, mas Belo Monte precisa sair - ressaltou o ministro.
Zimmermann não descartou a possibilidade da Eletrobras assumir integralmente a execução da obra, uma vez que detém 49% do consórcio. Ele assegurou que a estatal possui expertise suficiente e que se preciso for, tem capacidade de comprar aparte das demais empresas participantes do grupo vencedor do leilão de Belo Monte. O Ministro considerou as ações que questionam os valores envolvidos na negociação, que também foram considerados economicamente inviáveis por empresas que desistiram da disputa.
O ministro falou com a imprensa ontem em Florianópolis, onde participou de uma homenagem feita pela Eletrosul, subsidiária da Eletrobras.

Do Jornal do Brasil

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