segunda-feira, 12 de julho de 2010

A marcha para o empate no Sul - Por José Dirceu



Como diria numa conversa com meus companheiros de partido e com vocês aqui, venho cantando essa bola há tempos: nossos candidatos a governador no Rio Grande, Tarso Genro (PT); em Santa Catarina, Ideli Salvatti - na foto - (PT); e no Paraná, Osmar Dias (PDT) subiram e vão continuar subindo nas pesquisas de intenção de voto. Nós já, já vamos empatar com os adversários no Sul.

Vejam, agora, acaba de sair uma pesquisa IBOPE revelando que Tarso Genro (PT e aliados) abriu uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o adversário José Fogaça (PMDB) - ele 39%, o peemedebista 29%. Em 3º lugar, bem atrás da dupla, a tucana governadora Yeda Crusius, candidata à reeleição rejeitada por quase metade do eleitorado gaúcho, nada menos que 47% declaram não votar nela de jeito nenhum.

Feita a pedido do jornal Zero Hora da Rede Brasil Sul de Comunicações (RBS) a pesquisa aponta praticamente a mesma vantagem para Tarso Genro também no 2º turno - 48% a 39%, uma frente de nove pontos percentuais. Aguardem, não vamos precisar esperar muito tempo para confirmar inicialmente esse empate de que falo a vocês.


Silêncio cúmplice e criminoso




É não só lamentável, como repugnante o silêncio que a mídia, latinoamericana, a grande imprensa mundial, enfim, mantém sobre o acobertamento e a proteção que os Estados Unidos dão a um dos mais bárbaros e hediondos criminosos da história recente, o cubano Luis Posada Carriles (foto), terrorista assumido. Pior, silenciam sobre o acobertamento vergonhoso que lhe é dado pelos EUA e sobre as ações empreendidas por Cuba e pela Venezuela que já levaram a prisão e extradição de cúmplices de Posadas, o que pode representar a esperança de que um dia ele venha a ser preso e punido pelos seus crimes. Posada Carriles é o responsável pelo atentado que provocou a explosão em 1976, nas costas de Barbados (Caribe), em pleno vôo, de um avião cubano matando 73 pessoas, entre as quais atletas cubanos que voltavam à sua pátria após competição no exterior.

Foragido da justiça da Venezuela e de Cuba, o criminoso vive nos Estados Unidos na prática sob proteção ilegal do governo americano e da CIA.

O crime é até hoje encoberto pelo governo norte-americano porque envolve a CIA e cubanos que vivem no exílio. Eles são organizados e financiados pela máquina de guerra e conspiração clandestina montada pelos EUA para assassinar, derrubar governos, desestabilizar economias, interferir em eleições, financiar partidos, jornais e organizações que conspirem contra instituições democráticas em países da América Latina.

Infelizmente soa como uma voz no deserto, solitária, sem repercussão, o protesto que o Secretário-Executivo de Resistência Civil da Venezuela, Domingo Alberto Rangel, faz exatamente sobre esse silêncio cúmplice mantido pela grande mídia mundial. Inclusive agora, diante da prisão pelas autoridades venezuelanas e extradição para Cuba de Francisco Chávez Abarca, um dos principais colaboradores de Posada Carriles.

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