segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Matéria orquestrada


Com certeza vieram da mesma fonte, orquestradíssimas, estas matérias que o Estadão ontem e a Folha hoje publicam sobre o futuro ministério Dilma Rousseff, candidata do governo, PT e partidos aliados, bem como sobre as primeiras iniciativas da futura administração.

Entre estas, a história de que não haverá aumento para o funcionalismo. Com esta o objetivo político-eleitoral é claro: incompatibilizar o atual e o governo que virá com o numeroso contingente de funcionários públicos.

A manchete do Estadão do domingo - ”PMDB quer poder dividido ‘meio a meio’ se Dilma vencer” - não traz fontes ou declarações de lideranças da legenda aliada sobre participação no futuro governo. Sequer adiantou o desmentido do presidente nacional do partido e da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), também vice de Dilma.

Temer lembra que quem distribui os postos no Ministério é o presidente. "Pode ser que o PMDB venha a ocupar cargos e ministérios, mas não existe essa coisa de dividir governo", afirmou. Nada, o Folhão foi na mesma linha - precisava cumprir o acertado com a fonte.

Já o objetivo do material todo é claro: provocar ciumeira, divisão, disputa e atritos na coligação pró-Dilma, e colocar com um pé atrás em relação ao PMDB os segmentos do eleitorado bombardeados nos últimos tempos com matérias e denúncias sobre o caráter político, ou de fisiologismo, do partido. Cá pra nós, esforço inutil. A forte acensão de Dilma na última pesquisa (Datafolha) invalidou antecipadamente esta e demais manobras do tipo.

Do blog do Zé Dirceu

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