quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Richa, no Paraná, consegue censurar pesquisas

O candidato ao governo do Paraná pelo PSDB, Beto Richa, conseguiu impugnar na Justiça Eleitoral do estado a divulgação das sondagens dos institutos de pesquisa Vox Populi, Datafolha e Ibope sobre as intenções de votos, alegando sonegação de informações.

Uma das pesquisas, do Datafolha, divulgada no dia 16, registrou empate técnico entre ele e Osmar Dias (PDT), que tem apoio do PT e do presidente Lula. Enquanto Richa tinha 45% das intenções de voto, Dias aparecia com 40%.

Richa conseguiu na Justiça também a censura a uma reportagem da revista "Istoé" que, em sua edição desta semana, diz que, empurrado por Lula, Dias vem revertendo os resultados desfavoráveis.

Além das três pesquisas barradas na semana passada, ontem a Justiça Eleitoral determinou a impugnação de mais duas: uma do Datafolha e outra do Instituto Brasil.

A decisão foi tomada pelo juiz Nicolau Konkel Jr, do TRE. O coordenador jurídico da campanha de Richa, Ivan Bonilha, justificou a queixa:

— Falta plano amostral e percentual de ponderação em relação a sexo, idade, faixas de renda, níveis de instrução. Uma resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vincula como pré-requisito expor da forma mais transparente possível.

Bonilha critica em especial o Datafolha, dizendo que induz à resposta.

— Precedendo a pergunta a governador tinha um grupo de perguntas consideradas indutoras, como níveis de aprovação do governo Lula — disse.

A diretora- executiva do Ibope, Márcia Cavallari, disse que "o plano amostral está conforme prevê a legislação eleitoral" e que só no Paraná está ocorrendo impugnação.

Pela última pesquisa do Vox Populi, do dia 20 de agosto, Richa aparece com 47%, dez pontos à frente de Dias. Já a pesquisa Ibope do dia 8 traz Richa com 47%, e Dias com apenas 38%.

Em outra ação, a campanha de Richa obteve no domingo a censura à edição da revista "Istoé", que diz que "as últimas pesquisas mostram que Richa, antes favorito, perdeu o primeiro lugar para Dias". A coligação pede a retratação do trecho.


Do blog do Noblat

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