quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Desemprego no Brasil renova recorde de baixa e recua a 6,1% em outubro


Em setembro, taxa apurada pelo IBGE nas seis principais regiões metropolitanas havia sido de 6,2%

RIO - A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 6,1% em outubro, ante 6,2% em setembro, divulgou nesta quinta-feira, 25, o instituto. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego de outubro é a menor mensal da série histórica.

O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de 5,90% a 6,40%, e em linha com a mediana, de 6,10%. Em outubro do ano passado, a taxa havia sido de 7,5%.

Segundo o IBGE, o número de ocupados nas seis principais regiões metropolitanas somou 22,345 milhões de pessoas em outubro de 2010, com variação positiva de 0,3% ante setembro e aumento de 3,9% ante outubro do ano passado.

Já o número de desocupados (sem trabalho e procurando emprego) chegou a 1,444 milhão, com queda de 2,4% ante setembro e recuo de 17,6% comparativamente a outubro de 2009.

Rendimento médio tem maior alta em 52 meses

O rendimento médio real dos trabalhadores registrou variação positiva de 0,3% em outubro ante setembro e alta de 6,5% na comparação com outubro do ano passado, a maior variação na renda apurada pelo IBGE, ante igual mês do ano anterior, desde junho de 2006, segundo destacou o gerente da pesquisa mensal de emprego, Cimar Azeredo. Em outubro, o rendimento médio real da população ocupada nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em R$ 1.515,40, superior também a setembro (0,3%).

Segundo Azeredo, o maior aumento da renda registrado em 52 meses reflete a inflação sob controle e, sobretudo, o aumento do salário mínimo. "Os dados mostram que os rendimentos mais vinculados ao mínimo estão subindo mais", disse. Outro fator citado por ele é o aumento da qualidade do emprego. "A maior formalidade eleva os ganhos do trabalhador", acrescentou.

Na média de janeiro a outubro de 2010, o rendimento médio real ficou em R$ 1.461,92, acima do mesmo período do ano passado (R$ 1.414,77). É também o maior rendimento médio real, desde o início da série da pesquisa, para esse período.

Massa de renda

Segundo o IBGE, a massa de renda média real habitual dos ocupados somou R$ 34,3 bilhões em outubro, com alta de 0,8% ante setembro e aumento de 10,8% em relação a outubro do ano passado.

Já a massa de renda média real efetiva dos ocupados chegou a R$ 34,1 bilhões em setembro, com alta de 1,0% ante agosto e aumento de 11,1% na comparação com setembro do ano passado. O rendimento médio real efetivo sempre se refere ao mês anterior ao da pesquisa mensal de emprego.

ESTADÃO.COM.BR

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