quinta-feira, 31 de março de 2011

Viva JF - Por Ivanir Yazbeck


A CONTRIBUIÇÃO DOS TUBARÕES IMOBILIÁRIOS À NOVA JUIZ DE FORA - 3





Os crimes de hoje e os reflexos amanhã

Eu sempre tive comigo que a cidade é a realidade imediata de cada um de nós. Acordamos

cada dia na cidade; estado e União são ficções jurídicas.

É na cidade que nascemos, crescemos, nos formamos, constituímos família, produzimos

através do nosso trabalho, onde estão nossos filhos, netos, amigos -- enfim, é a realidade do

dia a dia.

Juiz de Fora vem sendo destruída nos dois últimos governos de forma irresponsável e

criminosa, tornando-se um feudo de grupos econômicos. Isso não vai nos levar a um bom termo.

Há necessidade de reações como essa do Movimento VIVA JF. De nos organizarmos para

discutir essa realidade que afeta a nós hoje e vai afetar muito mais os que virão no futuro.

É claro que ela se insere no contexto desse processo predatório que chamam globalização. Deixamos de ser cidade, para sermos uma parte de algo maior e nocivo.

Domingo último, um amigo nosso levou-me ao bairro Jóquei Clube III e mostrou-me o lugar onde deveria estar uma praça. Lá estaá um prédio de três ou quatro andares, área ocupada ilegalmente.

Sem que nada se faça.

O crime que se comete contra a Rua Osvaldo Cruz nos leva a uma conclusão simples - ou

reagimos, ou sucumbimos diante do poder corrupto e criminoso dos que dirigem e autorizam essas barbaridades. Numa só madrugada, por ato do ex-prefeito Bejani, o antigo Colégio Magister

[Rua Braz Bernardino] foi demolido por um desses grupos predadores.

Agora os casarões da Osvaldo Cruz.

Têm o hábito de chamar isso de "progresso".

Não temos Câmara Municipal, temos quatro, no máximo cinco vereadores comprometidos

com ideais e princípios íntegros, são poucos diante dos que aceitam o jogo sujo de poder e grupos econômicos.

A correlação de forças é desigual, até porque nosso Judiciário é paquidérmico - quando não envolvido nesses esquemas - em relação a situações como essa.

Mas a organização é fundamental para que possamos recobrar o sentido histórico de cidade e

para que o nosso povo perceba essa importância.

E, lamentavelmente, a exceção de lutadores como você, temos a mídia silenciosa diante de tantos crimes.

Minha solidariedade, minha disposição de luta,



Laerte Braga




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Uma Correção

O escritor Ivanir Yazbeck tem razão relativamente aos salário dos vereadores.
Porém, por uma questão de justiça, é preciso informar que o vereador Wanderson Castelar (PT)

é o único dentre os 19 edis que abriu mão de receber hora-extra por sessão extraordinária, bem

como o chamado "auxilio paletó" (14º e 15º salarios). E, conforme relatado na Tribuina de Minas

de hoje, é contrário ao aumento anunciado pelo presidente da Câmara Pastor Carlos Bonifácio.

Luiz Carlos Fazza


Abaixo a transcrição do trecho final da reportagem da Tribuna de Minas (31/03),
"Câmara aprova reajuste de 10,47%" em que descreve a sessão presidida pelo
Pastor Carlos Bonifácio, do Partido da Igreja Universal do Reino de Edir Macedo (argh!), quando foi sacramentado o aumento em seus salários, que ao fim do ano representará
R$ 3.860.000 a menos nos cofres públicos, ao final do ano.
O texto revela como o vereador Luiz Carlos dos Santos (natural de São João Del Rey) provoca o vereador Castelar, e revela a sua faceta de mercenário, bem sinonizado
com a maioria do Legislativo, integrantes do partido "estou pouco me lixando para a
opinião do populacho".
Ressalve-se que votaram contra o aumento a bancada do PT (vereadores Wanderson, Flávio Cheker e Roberto Cupollilo - Betão) além de Isauro Calais (PMN).

Vereadores trocam farpas após votação

Ao voto contrário do PT, seguiu-se uma provocação do primeiro-secretário da Casa, vereador Luiz Carlos dos Santos (PTC), que voltou a chamar a atenção para uma discussão ocorrida há mais de dois anos, quando Wanderson Castelar (PT) renunciou ao recebimento da verba por sessão extra e à "ajuda de custo" - ou "auxílio-paletó" -, que na prática corresponde a um 14º e um 15º salário.

"Quero parabenizar o vereador Castelar, sempre tão coerente. Tenho certeza de que ele abrirá mão da recomposição", alfinetou.

A atitude irritou o petista. " Quer o dinheiro para vossa excelência? Diga o número da sua conta", rebateu. "O senhor desonra o cargo que ocupa. Devia renunciar à sua função, porque já provou várias vezes que não tem condições de ocupá-la." O secretário alegou que estava apenas "parabenizando" o colega, mas as desculpas foram rechaçadas por Castelar. "Dispenso seus elogios, porque conheço suas intenções."

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Bolsonaro, o terrorista e a baiana


E o deputado Jair Bolsonaro, hein? Comprou briga mais uma vez com os gays e lésbicas e com o crioléu em geral, ao dizer que educou os filhos a não se relacionarem com eles. Novidade nenhuma. Mas vale lembrar aqui o episódio em que ele agiu como terrorista, no início dos anos 1980, ao comandar um bando de fanáticos na explosão de um monumento em Volta Redonda, durante a visita do então presidente General João Figueiredo à CSN. A intenção era protestar contra o processo de abertura política lenta e gradual, que Figueiredo conduzia. Por ele, Bolsonaro, os militares e o AI-5 estariam até hoje regendo os nossos, ou melhor, o destino de vocês sem essa de democracia... Estranho é que, aqui do meu galho no Parque Mariano Procópio, ainda não ouvi ninguém lembrar o episódio que caracterizou Bolsonaro como terrorista, no mesmo nível daqueles da esquerda, que ele odiava tanto quanto odeia hoje os gays e lésbicas, pregando a tortura e morte a sangue frio contra eles. Querem saber mais? Pois arrisco a dizer que esse Bolsonaro é um enrustido de primeira, tal qual J. Edgar Hoover, o poderoso chefe do FBI, que via comunistas até debaixo da sua mesa de jantar, nas décadas de 40 a 60, nos EUA. Depois que morreu, foi possível conhecê-lo melhor, atrtavés de uma biografia que o mostrava vestido de havaiana, rebolando ao som de hukelelê... Assim, não me surpreenderia se fossem reveladas fotos de Bolsonaro de baiana, requebrando os quadris, e revirando os zoinhos, ao melhor estilo Carmem Miranda...

Ivanir Yazbeck

MERCOSUL: o quanto o bloco pode avançar


Nesta semana em que o MERCOSUL completa 20 anos - já como o maior dos blocos econômicos da América Latina - julguei importante uma conversa com uma das nossas autoridades mais envolvidas em sua constituição, o diplomata José Botafogo Gonçalves, ex-ministro de Indústria, Comércio e Turismo e embaixador especial para Assuntos do Mercosul durante o governo Lula.

Também presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), o embaixador Botafogo fala dos avanços e atrasos na consolidação do Bloco e explica como "o MERCOSUL é uma ideia simpática no discurso, mas na prática nem tanto".

Qual a importância do Mercosul hoje para o Brasil?

[Botafogo ] A despeito do fato de que o Mercosul, depois de sua criação em 1991, ficou aquém das expectativas e de seu projeto final, que é a integração do mercado comum dos quatro países membros (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), o bloco está consolidado e veio para ficar. O MERCOSOUL já garantiu seu espaço entre os países membros e incluiu modificações importantes nas relações comerciais, entre as quais, mais dinamismo e mudança de instituições financeiras. Também logrou êxito no campo da educação, do turismo, da saúde e até do trabalho. Há uma série de normas que estão, pouco a pouco, reconhecendo que os cidadãos que dele participam têm mais vantagens sobre os demais que estão fora do Bloco.

Estamos, portanto, num momento de aprofundamento e consolidação. Isso se dará, obviamente, num ritmo mais lento a partir de agora, porque no início havia uma ambição política e entusiasmo frente a nova ideia de sua criação; e ainda há obstáculos naturais que devem ser enfrentados, como, por exemplo, a falta de uma infraestrutura, deficiência de logística e na área de transportes que afetam a velocidade desta integração.

Podemos citar, também, a deficiência na coordenação de políticas macroeconômicas, sobretudo do Brasil e da Argentina. Nosso país manteve nos 8 anos de governo Lula políticas macroeconômicas consistentes, ao contrário da Argentina que variou e teve inflação alta, além da falta de transparência nos dados e estatísticas. O ritmo de integração será mais lento, mas a integração é inexorável.

Quais os pontos positivos e os negativos relativos ao Mercosul?

[Botafogo ] Positivos certamente o crescimento do comércio e a integração de algumas cadeias produtivas ainda incipientes, mas que já começam. Na da área alimentar, por exemplo, hoje empresas brasileiras detêm o controle do setor de carnes na Argentina e no mundo. Há, também, o papel importante desempenhado pelas empresas, como são os casos da indústria de cimento da Argentina e, obviamente, o petrolífero, da Petrobras.

Devemos lembrar, também, da cooperação científica e tecnologica entre Brasil e Argentina. Na área militar, as nossas Forças Armadas e as deles se entendem muito bem. Aquela velha rivalidade acabou completamente. No setor atômico, os dois países têm grande cooperação, há uma transparência e não existe nenhum espaço proibido para a visita de cientistas brasileiros na Argentina e vice-versa.

No turismo, nem se fala. A integração está bastante avançada. Os turistas tanto argentinos, quanto brasileiros aproveitam hoje a complementaridade climática entre os dois países - nós vamos para lá durante o inverno, eles vêm para cá, no verão.

E os pontos negativos?

[Botafogo ] O mais decepcionante é a falta de coordenação das políticas macro e industriais. A política industrial argentina não coincide com a brasileira. Temos problemas na pauta de restrições às importações de produtos brasileiros. Isso é consequência de políticas setoriais ainda não convergentes. Quanto à maior liberdade de circulação de serviços, o MERCOSUL também avançou, mas menos. Profissionais como médicos, advogados, engenheiros, economistas, professores têm ainda muita dificuldade de terem seu diploma reconhecido nos países do Bloco. Nós somos muito protecionistas neste sentido. É preciso avançar o reconhecimento dos títulos universitários, para que esses profissionais possam exercer suas atividades. Também afirmaria que em relação à circulação de pessoas e mão de obra, o progresso é ainda modesto.

O fato é que total liberdade de comércio, ainda não existe. Dois setores que ainda não estão totalmente liberados são os automobilístico e do açúcar. No primeiro caso, o mais importante, é o comércio de automóveis. Já na questão da União Aduaneira, o MERCOSUL ainda está muito falho e é necessário uma mesma política tarifária de impostos alfandegários. Um produto vindo da China deveria, por exemplo, ter o mesmo tratamento nos países membros, mas há exceções nisso. Como mercado comum e união aduaneira o MERCOSUL ainda não cumpriu o que se propôs.

Como o MERCOSUL é visto pela população dos seus países membros?

[Botafogo ] A ideia já é bastante popular e bem aceita academicamente. Politicamente, também, não cria problemas, todos falam bem em todos os lugares. Boa parte das pessoas se dizem a favor do MERCOSUL, mas o advogado paraguaio ou o médico argentino sabem que terão dificuldades para exercer sua profissão aqui no Brasil e, vice e versa. O MERCOSUL é uma ideia simpática no discurso, agora na prática nem tanto.


Blog do Zé Dirceu

Revelado na Líbia um segredo de carochinha


O envio de armas aos rebeldes líbios e o anunciado envio de agentes da CIA com o mesmo fim (um segredo de carochinha, aberto agora, mas a Agência sempre esteve lá), de apoiar a ação militar dos adversários do presidente Muamar Kaddhafi, são a prova concreta de que os bombardeios não deram a coalizão ocidental condições de impor um governo títere na Líbia.

Estados Unidos e aliados invasores não estão conseguindo o sucesso que esperavam. Pelo contrário, as forças fiéis a Kaddhafi ameaçam retomar todas as cidades que em um momento ou outro os rebeldes dominaram com apoio da aviação e, para sermos precisos, de todo tipo de armamento, dinheiro, alimento, meios de transporte e mídia.

Mesmo assim, a guerra na Líbia é uma sucessão de avanços e recuos de ambos os lados. Seria necessário fazer um balanço de quantas vezes, e por quantos dias, ora rebeldes, ora forças aliadas ocuparam, tomaram, perderam e recuperaram fortalezas e redutos de um e de outro.

Tentativa inútil de despistar ação da Cia

Temos aí uma prova a mais de que o que estamos assistindo na Líbia é uma guerra civil com intervenção externa ilegal, completamente fora da Resolução das Nações Unidas aprovada a pretexto de interesses humanitários, defesa de populações civis e criação de uma fictícia "zona de exclusão aérea".

O que temos, de fato, é uma intervenção externa totalmente desmoralizada já que, agora, são os civis sob proteção do governo da Líbia que são vítimas dos ataques feitos pelos EUA e aliados, em nome da proteção à vidas ameaçadas - e o fato, infelizmente, é que elas estavam, realmente, ameaçadas pelas forças fiéis a Kaddhafi.

O anúncio da entrega de armas e do apoio da CIA aos rebeldes líbios é feito pelas agências de notícias internacionais. Como se o presidente Barack Obama não tivesse admitido há dois dias que "pensava" fazê-lo e como se a agência de espionagem dos EUA não estivessem com seus agentes há muito tempo na Líbia...

Blog do Zé Dirceu

Preso Curió, militar emblemático de 1964


Outro remanescente emblemático do golpe de 64 - vejam a nota Preconceito e racismo explícitos de Bolsonaro sobre o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) - o ex-deputado Sebastião Curió de Moura (ARENA/PDS-PA), o Major Curió, foi preso esta semana.

De posse de mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal, o Ministério Público em Brasília apreendeu documentos, um computador e uma arma de fogo nas residências do coronel da reserva do Exército.

"As buscas são uma tentativa de localizar documentos que possam revelar o paradeiro de corpos de militantes políticos que participaram da guerrilha", disse à imprensa a procuradora Luciana Loureiro. Curió (como major na ativa) foi um dos líderes da repressão à guerrilha do Araguaia (1972-1975) na região conhecida como Bico do Papagaio, tríplice fronteira Pará-Tocantins-Maranhão.

Curió foi preso em flagrante numa de suas residências por porte ilegal de arma - ou seja, desrespeito a lei, marca do golpe militar que ele defendeu e que rasgou a Constituição em 1964 e várias vezes durante os 21 anos da ditadura.

Blog do Zé Dirceu

Nem Jarbas Passarinho atura Bolsonaro


Do Terra Magazine

Jarbas Passarinho: "Nunca pude suportar Jair Bolsonaro"

Claudio Leal

O repórter pronunciou o nome "Jair Bolsonaro" e, do outro lado da linha, o ex-ministro Jarbas Passarinho abusou do fôlego de 91 anos para bendizer o deputado federal: "Ah, esse homem eu nunca pude suportar!".

Desafeto de Passarinho, Bolsonaro protagoniza uma polêmica comportamental e política desde que declarou seu desapreço por um hipotético namoro de seu filho com uma negra, em entrevista ao programa humorístico "CQC".

Provocado por uma pergunta da cantora Preta Gil, filha do compositor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, o capitão reformado do Exército deu uma pedrada: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco, e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu". Bolsonaro responderá a um processo por racismo, movido por 20 deputados.

Grudou-se ao congressista de extrema direita o mito de que representa a alma das Forças Armadas. Passarinho pega a contramão e desconstroi o discurso de Bolsonaro. "Ele irrita muito os militares", garante. Para definir seu interlocutor ideal, recorre, ora vejam só, à escritora francesa Simone de Beauvoir.

- Já tive com ele (Bolsonaro) aborrecimentos sérios. Ele é um radical e eu não suporto radicais, inclusive os radicais da direita. Eu não suportava os radicais da esquerda e não suporto os da direita. Pior ainda os da direita, porque só me lembram o livrinho da Simone de Beauvoir sobre "O pensamento de direita, hoje": "O pensamento da direita é um só: o medo". O medo de perder privilégios.

Ex-ministro do Trabalho, da Educação e da Previdência no regime militar, além de ocupar o ministério da Justiça no governo democrático de Fernando Collor, Jarbas Passarinho presidiu o Congresso Nacional e personalizou uma parcela dos militares moderados. No governo Costa e Silva (1967-1969), ele participou da reunião do AI-5, marco da restrição às liberdades individuais no País, em dezembro de 1968. Adiante, no governo Médici (1969-1974), foi o primeiro ministro militar - na realidade, um híbrido, com carreira civil - a admitir, publicamente, a existência de tortura, em entrevista ao repórter Reali Júnior.

Conhecido por sua habilidade para o diálogo com a esquerda e a direita na ditadura, o tenente-coronel reformado vive atualmente em Brasília e passou por problemas de saúde em 2009 e 2010. Depois de um ano de repouso, voltou a escrever artigos para a imprensa. Nesta entrevista a Terra Magazine, aceitou falar, a contragosto, daquele que Nelson Rodrigues poderia chamar de "personagem da semana": Jair Bolsonaro, um homem que ele nunca conseguiu suportar.

Terra Magazine - O que o senhor acha da polêmica de Jair Bolsonaro? Ele sempre diz que representa os militares. Isso é real?
Jarbas Passarinho - Nem todos os militares estão ligados a ele, mas como ele é o único que aparece falando... Os militares, inclusive depois do meu silêncio por doença, perderam espaço. Eu perdi meu espaço no "Estado de S. Paulo", no "JB" (Jornal do Brasil), que infelizmente faliu, no "Correio Braziliense", no "Estado de Minas". Então, desapareceu essa voz que tinha uma penetração na área mais nobre da mídia. Ele irrita muito os militares também, porque quando está em campanha, em vez de ele ir ao Clube Militar, como oficial, ele vai pernoitar no alojamento dos sargentos (risos). Pra ganhar a popularidade dele. Quando eu fui ministro da Justiça, recebi a visita de uma viúva de um brigadeiro de quatro estrelas. Ela era pensionista, portanto. Sabe que a pensão dela, naquela ocasião, no governo Collor, era o que um cabo recebia na ativa? O Collor me autorizou a tentar fazer uma modificação daquilo, pra ter pelo menos um pouco mais de dignidade. Ele (Bolsonaro) me viu fazendo isso. Ficou calado, veio com a esposa dele lá do Rio (de Janeiro), e em seguida ele foi pra tribuna e deu aquilo como projeto de lei dele. Por aí tu vês qual é a pessoa.

No programa do CQC, ele disse que considerava uma "promiscuidade" um hipotético namoro do filho dele com uma negra, e atacou os homossexuais.
Se alguém me procurar sobre isso, eu me recuso a dar opinião. Recuso porque eu tenho por ele uma verdadeira idiossincracia. Foi mau militar, só se salvou de não perder o posto de capitão porque foi salvo por um general que era amigo dele no Superior Tribunal Militar (STM). O ministro (do Exército), que era o Leônidas (Pires Gonçalves), rompeu com esse general por causa disso (em 1986, Bolsonaro liderou um protesto pelo aumento do soldo dos militares). Ele começou a se projetar quando aluno da escola de aperfeiçoamento de capitães. Deu uma entrevista falando dos baixos salários que nós recebíamos.

Quem era o general que o apadrinhava?
Já morreu. Comandou o II Exército, um general de muito respeito entre nós todos.

E o Bolsonaro...
Todos se aproveitam, usam como um modo de currículo. Com base nesse currículo, recebem votos.

As ideias de Bolsonaro são representativas para a maior parcela das Forças Armadas?
Não tem. Alguns sujeitos (apoiam), mas é raro. Tem um jornal mineiro, chamado Inconfidência de Minas... É o único grupo ativo de militares da reserva. Então, pela primeira vez ele pôs um artigo lá. Daqui a pouco, nem isso ele põe. Porque o pessoal recebe com restrição. Agora, claro que não vai botar contra ele.

Ele causa mal-estar nas Forças Armadas?
Não posso dizer isso, porque seria uma opinião pessoal. Ele já teve um aborrecimento comigo. Um cadete meu, que depois foi paraquedista e fez parte da luta contra a guerrilha do Araguaia, Lício Maciel, que esteve à morte, uma guerrilheira atirou na boca dele... Quase foi o fim. E o Lício Maciel foi na conversa do Bolsonaro, que o levou para uma sessão (no Congresso). Ele entrou e levou o Lício, que foi na conversa dele e começou a dizer: "(José) Genoíno, você tenha a coragem de dizer aqui na minha frente que foi torturado... Você mente! Você foi preso por mim, pelo meu grupo". Depois eu soube, por uma mulher da esquerda, que ele (Genoíno) confessou que lá ele não foi torturado, mas depois.

Então, Bolsonaro submeteu esse rapaz a um vexame, porque ele entrou numa sessão do Congresso. Eu escrevi um artigo e mostrei a total imprudência e irresponsabilidade do deputado. Submeter um oficial brilhante, digno, que tinha exercido sua atividade contra a guerrilha sem nunca ter participado de uma violência física, e ao contrário, sofreu, para depois ser expulso de uma sala da maneira vergonhosa como foi!... Ele escreveu para o "Correio Braziliense" me metendo o pau. Era a primeira vez que ele tinha coragem, depois de tantos atritos. Ele (Bolsonaro) me insultou, dizendo que eu era um escondido da esquerda, um infiltrado, não sei o quê. E mais ofensas de natureza pessoal. O "Correio" não publicou. Ele ficou indignado. Eu não gosto nem de falar sobre ele, porque tudo isso vem à mente.

Blog do Luis Nassif

Lula é o político mais bem-sucedido de seu tempo, diz historiador britânico


Em ensaio publicado na revista London Review of Books, o historiador marxista britânico Perry Anderson afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o "político mais bem-sucedido de seu tempo". Segundo o ensaísta, Lula é o "único líder mundial" cuja popularidade se reflete "não na moderação, mas na radicalização no governo".

"Esse sucesso se deve muito a um excepcional conjunto de talentos pessoais, um misto de sensibilidade social e frieza política, ou - como sua sucessora, Dilma Rousseff, identifica - racionalismo e inteligência emotiva, sem falar em seu bom-humor e charme pessoal", afirma Anderson.

De acordo com Anderson, a chegada de Lula ao poder está atrelada ao fortalecimento do movimento sindicalista no país e à criação do PT.

"A ascensão de Lula de trabalhador de chão de fábrica a líder de seu país nunca foi um triunfo individual: o que tornou isso possível foi a principal revolta sindical do último terço do século passado, criando o primeiro - e único, até o momento - partido político moderno do Brasil, que se tornou veículo de seu crescimento. A combinação de uma personalidade carismática e uma organização de massa nacional foram instrumentos formidáveis", diz o historiador.

Jornal do Brasil

Corpo de José Alencar é levado para Contagem, onde será cremado


BELO HORIZONTE - O corpo do ex-vice-presidente José Alecar deixou o Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, às 13h45m desta quinta-feira, e já está no Cemitério Parque Renascer, na cidade de Contagem - a 15 km da capital mineira - local onde será cremado com a presença restrita a familiares e amigos íntimos. As cinzas serão entregues à família na segunda-feira. Carregado por oficiais militares, o caixão subiu a rampa para o salão onde fica o crematório. Por se tratar de uma cerimônia com honrarias de chefe de Estado, foram disparados 21 tiros de canhão.

Mais cedo, o caixão chegou, às 10h35m, ao Palácio da Liberdade, antiga sede do governo de Minas Gerais, em Belo Horizonte, onde foi recepcionado com honras militares pelos Dragões da Inconfidência. A presidente Dilma e o ex-presidente Lula participaram do velório, que reuniu dezenas de políticos, amigos e familiares. De acordo com a Polícia Militar, antes da chegada do corpo, cerca de duas mil pessoas aguardavam na praça da liberdade, em frente ao palácio, a abertura para visitação pública.

Por decisão da família e desejo manifestado pelo próprio Alencar, o corpo será cremado. Dilma deve retornar à capital federal antes da cerimônia de cremação, que será acompanhada apenas por familiares e amigos mais próximos.

O caixão com o corpo de Alencar desembarcou no Centro de Instrução da Aeronáutica, no Aeroporto da Pampulha, por volta das 9h, com aproximadamente uma hora de atraso. O desembarque do corpo foi acompanhado pelo governador de Minas, Antonio Anastasia, e pelo prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. O mesmo carro dos bombeiros em que foi transportado o corpo de Tancredo Neves levou o corpo de Alencar ao Palácio da Liberdade. O cortejo seguiu trajeto de cerca de 15 quilômetros, passando pelas principais vias da capital mineira.
Mais de oito mil pessoas passaram pelo velório de Alencar no Planalto

A cerimônia de rito de encomendação da alma de José Alencar, na noite de quarta-feira no Palácio do Planalto, durou cerca de 30 minutos e teve início pouco depois que Dilma e Lula chegaram ao Salão Nobre do Palácio do Planalto , por volta de 21h30m. Até as 22h30m de quarta-feira, 8.100 populares foram ao Palácio do Planalto para ver o corpo do ex-vice-presidente, além de centenas de autoridades dos três Poderes.

Lula, muito emocionado e chorando, abraçou dona Mariza, mulher de José Alencar, e seus filhos. O presidente aproximou-se do caixão e beijou a testa do amigo Alencar. A ex-primeira dama Marisa Letícia também abaixou-se e beijou Alencar. Ao final da cerimônia, Lula e Dilma voltaram a se aproximar do caixão e os dois beijaram Alencar.

Alencar morreu na tarde de terça-feira de falência múltipla dos órgãos em decorrência do câncer no abdômen.

O Globo

Alencar foi muito mais que um vice, era mais forte que eu', diz Lula


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (31) que José Alencar foi muito mais que um vice-presidente da República.

"Ele foi muito mais que um vice, era mais forte que eu", disse Lula durante o velório de Alencar no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro.

Lula e a presidente Dilma Rousseff chegaram por volta das 11h50 ao local.

Após participarem de uma breve cerimônia em homenagem ao vice, os dois se reuniram em uma sala reservada com a família do político, já que não vão participar da cerimônia de cremação do corpo de Alencar, prevista para as 14h no Cemitério Parque Renascer, em Contagem (MG).

Além de Dilma e Lula, estão presentes no velório os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), o senador tucano Aécio Neves, o ex-presidente Itamar Franco (PPS), entre outros.

Antes de chegar no palácio, o corpo percorreu as avenidas Antonio Carlos, Afonso Pena e João Pinheiro, em Belo Horizonte, por cerca de 15 km e a cidade parou para acompanhar o cortejo. Na prefeitura, as bandeiras estão hasteadas a meio mastro em sinal de luto.

Na Base Aérea de Minas, o corpo de Alencar recebeu honras militares e foi conduzido até o palácio em uma viatura histórica, modelo de 1959, utilizada em eventos especiais, como o velório do ex-presidente Tancredo Neves, em 1985.

No Palácio da Liberdade, ele foi recepcionado com honras militares.

Folha.com

Cortejo de Alencar para centro de Belo Horizonte



Luciana Lima
Enviada especial

Belo Horizonte – O centro da capital mineira, Belo Horizonte, praticamente parou para acompanhar o cortejo com o corpo do ex-vice-presidente José Alencar. O caixão é levado por um carro antigo do Corpo de Bombeiros, o mesmo que transportou o do ex-presidente Tancredo Neves, em 1985.

Muitas pessoas acenam, aplaudem e tentam registrar o momento com câmeras de celular. Algumas delas seguram a bandeira do Brasil, lenços roxos – demonstrando luto –, cartazes com agradecimentos, fotos de Alencar e reportagens de jornal falando do ex-vice-presidente.

Até os trabalhadores pararam as obras nos altos dos prédio para acompanhar o carro. Ao passar pela Praça 7, palco do último discurso feito por Alencar, o cortejo foi recebido por uma chuva de papel picado. Esse discurso foi feito durante a campanha pela disputa do segundo turno das eleições presidenciais, quando Alencar mesmo debilitado pelo tratamento do câncer decidiu subir em carro aberto e pedir apoio a Dilma Rousseff.

Ao passar em frente à prefeitura, a sacada do prédio estava tomada por funcionários, e as bandeiras hasteadas a meio mastro em sinal de luto. O cortejo também passou em frente à Câmara de Dirigentes Logistas, da qual Alencar foi presidente, e muitos funcionário renderam as últimas homenagens.

Agência Brasil

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mídia engaja-se pela "sua" reforma política


A grande novidade da semana, surgida já às vésperas da decisão da Comissão do Senado da Reforma Política, tomada nesta 3ª feira, foi a defesa aberta, pública, editorializada, do voto distrital puro pela revista VEJA desta semana (vejam, também, post acima e na sequência).

VEJA faz uma longa matéria, com cunho editorial, respondendo ao que ela chama de 5 mitos sobre o voto distrital: os deputados vão se transformar em vereadores de luxo; pequenas minorias dominarão os distritos; a perpetuação de grupos no poder; o enfraquecimento dos partidos; e o empobrecimento do debate político nacional.

Em sua defesa do voto distrital a revista assinala que o sistema não traz nada disso. Vai mais longe: dá o site do movimento “Eu voto Distrital” e apresenta um dos coordenadores deste, o cientista político Luiz Felipe D’Ávila, do Centro de Liderança Pública - D'Ávila, por coincidência, é articulista habitual da publicação da Editora Abril.

À vitória no plenário do Congresso!

Pois bem, os 5 mitos são bastante conhecidos e de mitos não têm nada. Pior, a revista não fala de outros dois trazidos pelo distrital - o fim do voto proporcional com a eliminação das minorias, e o risco da manipulação dos distritos, quando de sua divisão para formar maiorias eleitorais artificiais. Como aconteceu, aliás, em todos os países onde o voto distrital foi implantado.

Aos poucos nossa mídia vai se envolvendo na reforma política, um sinal evidente de que, em sua avaliação, a reforma poderá, sim, ser aprovada. Se ela se engaja pela "sua" reforma, torna-se ainda maior a necessidade de os partidos irem para as ruas e para o debate com a sociedade organizada, e das entidades e movimentos participarem da mobilização pelas mudanças.

Principalmente, o PT e suas bancadas de senadores, deputados estaduais e federais, vereadores e todas as suas demais lideranças, para transformar o voto em lista aprovado na Comissão do Senado em vitória também no plenário do Congresso - e vitória com apoio da sociedade.

Blog do Zé Dirceu

Lista fechada aprovada, a boa nova do Senado


Pelo menos uma boa noticia do Senado: a Comissão da Reforma Política aprovou, nesta 3ª feira, o voto em lista fechada - o que torna o voto partidário e fortalece os partidos - e manteve o voto proporcional, uma conquista democrática de nossa sociedade.

A Comissão optou pelo voto em lista fechada, aprovou, e as outras propostas de voto distrital misto e voto majoritário (distritão) foram derrotadas. O distrital puro que o PSDB defendia foi deixado de lado. Até porque, ao final, os tucanos defenderam o distrital misto pelo qual metade dos vereadores, deputados estatuais e federais seria eleita pela lista fechada e a outra metade pelo voto distrital (misto).

Os tucanos, segundo o novo líder nacional da oposição, senador Aécio Neves (PSDB-MG), ainda tem a expectativa de, no caso de um impasse quando da votação da proposta pelos plenários da Câmara e do Senado, surgir um acordo e, ao final, vingar a lista fechada e o distritão.

Lista fechada, sim. Distritão, tomara que seja só um sonho de verão deles (leiam, também, os posts Mídia engaja-se pela "sua" reforma política e Como fica o voto se a proposta passar).


Blog do Zé Dirceu

terça-feira, 29 de março de 2011

Copa: sem razões para alarmismo


Já fiz considerações a esse respeito antes, mas repito-as dado o estardalhaço provocado pelas declarações do presidente da FIFA, Joseph Blatter, sobre um hipotético atraso nas obras do Brasil para realizar a Copa do Mundo de Futebol de 2014. Acompanho a questão, vejo o estágio das reformas e construções e acho exagerada a preocupação do dirigente mundial do futebol.

"Gostaria de dizer para meus colegas brasileiros - avisou o presidente da FIFA - que a Copa de 2014 é amanhã. Os brasileiros acham que ela vai ser depois de amanhã. As coisas não estão avançando muito rápido. É preciso se apressar, pois tudo está lento. Tenho que dizer que, na comparação entre a África do Sul e Brasil, faltando 3 anos para a Copa, os sul-africanos estavam à frente dos brasileiros em relação ao período. Isso é um fato."

O nosso ministro de Esportes, Orlando Silva deu as respostas. De pronto, perfeitamente precisas e adequadas, ele foi direto ao ponto: primeiro lembrou declaração oposta feita há apenas um mês pelo mesmo Joseph Blatter, quando disse: "É muito bom ver o comprometimento e o progresso feito pelo comitê Organizador Local (do Brasil)", dirigido pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Há um mês Blatter afirmou o contrário

Depois, o ministro completou: "Vou convidar o presidente da FIFA a vir conhecer detalhadamente a preparação do país e tenho certeza de que ele ficará muito seguro de que o Brasil realizará um grande Mundial". Segundo o ministro, apenas os estádios de São Paulo e Natal, cujas obras sequer começaram, causam preocupação.

Também vi o presidente do Corinthians, Andres Sanchez, no Roda Viva da TV Cultura, ontem à noite, afirmando que não tem comparação as obras entre os dois países. Contou que, por coincidência, esteve na África do Sul exatamente três anos antes da Copa de 2010 e eles estavam mais atrasados - e cumpriram os prazos até a chegada daquele Mundial.

Ontem quando vi o Blatter no noticiário, pensei exatamente isso. A FIFA está no papel dela, mas tem um quê de alarmismo nas declarações de seu presidente, que não dá para entender. Blatter falou na Suíça, onde prestava informações ao governo do país sobre denúncias de corrupção que envolvem a entidade que ele dirige.

Blog do Zé Dirceu

Governo obtém superávit primário em fevereiro pela primeira vez desde 2008


Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A desaceleração das receitas e das despesas fez o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) obter superávit primário em fevereiro pela primeira vez desde 2008. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o esforço fiscal somou R$ 2,568 bilhões no mês passado.

Nos dois primeiros meses de 2011, o superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) soma R$ 16,843 bilhões, que representam R$ 4,155 bilhões a mais que o apurado no mesmo período do ano passado. Em janeiro e fevereiro, o governo cumpriu 71% da meta de superávit primário de R$ 22,9 bilhões estipulada para o primeiro quadrimestre do ano.

Tanto receitas como despesas caíram em fevereiro. Sem o mesmo volume de recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) observado em janeiro, a receita bruta caiu R$ 24,7 bilhões no mês passado. Em relação às despesas, as maiores quedas ocorreram nos gastos com investimentos, R$ 9,3 bilhões no mês passado, e com pessoal, R$ 2,2 bilhões.

No acumulado do ano, no entanto, tanto as receitas como os gastos apresentaram crescimento. A receita líquida aumentou 17,7% contra alta de 15,7% nas despesas. Os gastos com custeio (manutenção da máquina pública) cresceram 30,6% e os investimentos subiram 25,2%, fechando o primeiro bimestre em R$ 6,814 bilhões.

Na comparação com janeiro, no entanto, houve desaceleração. No primeiro mês do ano, a receita líquida tinha crescido 19,1% e as despesas apresentavam aumento de 24% em relação a janeiro do ano passado. Os gastos com custeio tinham subido 35,3% e os investimentos, 85,3%.

Em relação às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os pagamentos acumulados em 2011 somam R$ 3,468 bilhões, alta de 52% em relação ao mesmo período de 2010. Também houve desaceleração em relação a janeiro, quando o crescimento foi de 176%.

Agência Brasil

Corpo de Alencar será recebido com honras militares na Base Aérea de Brasília


Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O corpo do ex-vice-presidente da República José Alencar, que morreu nesta tarde em São Paulo, deve chegar à Base Aérea de Brasília por volta das 8h30 de amanhã (30), em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Na Base Aérea, haverá uma cerimônia com honras militares em homenagem a Alencar, na presença do presidente da República em exercício, Michel Temer, e de representantes dos Poderes Legislativo e Judiciário.

Em seguida, um caminhão do Corpo de Bombeiros levará o corpo do ex-vice-presidente até o Palácio do Planalto. O cortejo subirá a rampa do palácio com o corpo de Alencar, que será velado no Salão Nobre.

Segundo informações da Presidência da República, o velório deverá ser aberto às 10h30 e será dividido em duas partes: uma reservada à família e às autoridades e outra, ao público.

O presidente em exercício, Michel Temer, decretou luto oficial de sete dias pela morte de José Alencar. Logo após a divulgação da notícia da morte do ex-vice-presidente, a bandeira nacional que fica em frente ao Palácio do Planalto foi hasteada a meio-mastro.

Agência Brasil

Velório de Alencar no Planalto ficará aberto ao público até as 23 horas de amanhã


Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O velório do ex-vice-presidente José Alencar, que terá início amanhã (30) de manhã, no Palácio do Planalto, só terminará na manhã de quinta-feira, quando o corpo deixará Brasília, para ser levado a Belo Horizonte. Até as 23h desta quarta-feira, o velório será aberto à visitação pública.

O ex-vice-presidente José Alencar morreu hoje, aos 79 anos, vítima de câncer, em São Paulo. De acordo com o Palácio do Planalto, a previsão é que o corpo saia de São Paulo amanhã, às 7h, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e chegue à Base Aérea de Brasília às 9h15.

Já na Base Aérea, haverá uma cerimônia de honras militares com a presença do presidente em exercício, Michel Temer, e dos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, da Câmara dos Deputados, Marco Maia, e do Senado, José Sarney.

Depois da cerimônia, o corpo será levado por um caminhão do Corpo de Bombeiros até o Palácio do Planalto, em cortejo fúnebre que passará pelo Eixão e depois pelo Eixo Monumental, ganhando a Praça dos Três Poderes.

Ao chegar ao Planalto, o caixão será conduzido pelos Dragões da Independência pela rampa até o Salão Nobre, que fica no primeiro andar do palácio. A visitação pública deve começar às 10h.

A segurança do planalto organizará fila para que as pessoas possam subir a rampa e circundar o caixão do ex-vice-presidente. Haverá ainda um local reservado para autoridades e parentes de Alencar.

O Planalto também estima a chegada da presidenta Dilma Rousseff para o início da noite. Ela deverá retornar de sua viagem a Portugal junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Todos os ministros de Estado cancelaram os compromissos previstos para amanhã, diante da convocação de todos para as 9h, feita pela presidenta Dilma, ao saber da notícia da morte de Alencar.

Hoje, o presidente em exercício, Michel Temer, disse que nada mais justo prestar honras de chefe de Estado a Alencar, já que ele exerceu o cargo de presidente da República durante praticamente um ano, nas ocasiões em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava em viagem.

Temer ressaltou que Alencar foi um exemplo de luta para os brasileiros e lembrou que, mesmo em momentos de maior sofrimento, durante o tratamento de câncer, transmitia "otimismo permanente" e "fé inquebrantável".

"A quem o procurava para oferecer conforto pela dura provação pela qual passava, retribuia com alegria, bom humor e desassombro", diz a nota, divulgada há pouco.

O presidente em exercício também decretou luto oficial de sete dias e, pouco depois da divulgação da notícia da morte, a bandeira do Palácio do Planalto foi hasteada a meio-mastro.

"Lamento profundamente a morte deste mineiro que não conhecia fronteiras e acreditou sempre no Brasil. Transmito, em meu nome e em nome da presidenta Dilma Rousseff, nossa solidariedade à família e aos amigos nesta hora triste", diz a nota de Temer, em exercício na Presidência da República por causa da viagem de Dilma a Portugal.

Temer também lembrou na nota que José Alencar teve carreira de sucesso como homem público e como empresário do setor de tecidos e confecções e foi um líder entre os empresários.

Agência Brasil

Morre em São Paulo o ex-vice-presidente José Alencar


Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O ex-vice-presidente da República e empresário José Alencar morreu há pouco, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A morte do político, que faria 80 anos em outubro, foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital.

Alencar foi internado às pressas ontem (28), no início da tarde, com um quadro de obstrução intestinal. Há mais de uma década, ele lutava contra um câncer no intestino.

O diretor-técnico do Sírio-Libanês, Antônio Carlos Onofre de Lira, e o diretor-clínico, Paulo Ayrosa Galvão, assinam nota, divulgada depois das 15h, em que afirmam que Alencar morreu às 14h41 desta terça-feira, "em decorrência de câncer e falência de múltiplos órgãos."

Agência Brasil

segunda-feira, 28 de março de 2011

A ação militar na Líbia comentada por Chaves



Posto aí em cima uma fala do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sobre a ação militar na Líbia.
Clara, precisa, inquestionável.
Embora seja apresentado quase como um louco, um “periférico”, Chávez se expressa de uma maneira simples, lúcida, didática e direta.
Hoje mesmo a mídia tenta ridicularizá-lo porque, num programa de televisão, pediu que homens e mulheres de seu país evitem a obesidade – considerada pela Organização Mundial de Saúde um dos dez principais problemas, e que atinge meio bilhão de pessoas no mundo. Um presidente falar disso, claro, é “folclórico”.
Escute essa palestra que ele faz a uma pequena platéia, antes da inauguração de uma fábrica de asfalto em seu pais.
E chegue às suas conclusões por seu próprio pensamento, não pelo que diz a mídia.

Brizola Neto

sábado, 26 de março de 2011

Um exemplo da polícia tucana em SP


Se a Polícia Civil não tivesse denunciado, por razões corporativas tudo indica, ninguém ficaria sabendo do extermínio de 150 pessoas por grupos de extermínio formados por PMs em São Paulo. O relatório da PC paulista diz que esses grupos foram responsáveis pelo assassinato de 150 pessoas na capital entre 2006 e 2010. Entre as vítimas, 61% não tinham antecedentes criminais. Outras 54 pessoas foram feridas em atentados em que PMs são suspeitos – 69% sem passagem pela polícia.

O relatório foi produzido no ano passado e aponta motivações para os assassinatos: 20% por vingança; 13% por abuso de autoridade; 13% pelo que o relatório chama de “limpeza” (assassinato de viciados em drogas, por exemplo); 10% por cobranças ligadas ao tráfico e 5% por cobranças de jogo ilegal; 39% sem razão aparente. Ta aí um exemplo da polícia tucana que mostra que, mais uma vez, houve conivência da mídia com o governo Serra, uma vez que tudo isso aconteceu na sua gestão.


Blog do Zé Dirceu

O PV entre o verde e o caindo de maduro



Por raq_uel

‘Esse não é o PV da Marina nem do Gabeira', diz Marina Silva Em entrevista ao 'Estado', ex-senadora e terceira colocada nas eleições presidenciais de 2010 fala sobre a disputa de poder dentro do partido 25 de março de 2011 | 23h 00Roldão Arruda/SÃO PAULO - O Estado de S.Paulo



A ex-senadora Marina Silva (PV), terceira colocada na eleição presidencial do ano passado, passou ontem o dia dando entrevistas e participando de articulações políticas em São Paulo. Desde a campanha não encarava um período tão agitado. Ao contrário daquele momento, porém, ela não enfrenta um adversário fora do partido, mas no coração dele. Ao lado de militantes históricos e de recém-desembarcados no PV, reunidos no movimento chamado Transição Democrática, ela cobra a democratização do partido. Quer a realização de convenção e eleições para a escolha de nova diretoria ainda neste ano. Do lado de lá, o atual presidente, deputado José Luiz Penna, articula para continuar no cargo que ocupa desde 1999.

Na avaliação do presidente do PV, José Luiz Penna, há muita estridência nesse debate. Para ele, todos querem mudar o PV, havendo apenas divergência em torno do prazo.

Não se deve reduzir o rico processo de revitalização do partido a uma questão de prazo, embora seja muito importante. Afinal, há uma enorme diferença entre fazer a mudança nos próximos seis meses, como propomos, e em 12 meses. Se vencer a segunda hipótese, o processo será levado para 2012, um ano eleitoral, quando você trabalha a candidatura de prefeitos e vereadores ou fica discutindo questões internas. Mas o debate é mais abrangente do que isso. Trata-se do resgate de compromissos com os quais o PV já trabalhava quando me fez o convite para ingressar no partido, envolvendo a revisão programática, a reestruturação democrática e o lançamento de uma candidatura própria. A decisão da candidatura própria se cumpriu com sucesso. Em relação à revisão programática, também avançamos. A agenda que ficou para o período pós-eleitoral é a reestruturação do partido. O PV não pode continuar sendo um partido fechado.

Por que fechado? A direção diz que as filiações estão abertas.

Não é assim. Se alguém fizer uma pesquisa, verá que, entre todos os pedidos espontâneos de filiação, pouquíssimos estão sendo encaminhados. Quanto aos que conseguem se filiar, não encontram nenhuma dinâmica partidária, nenhum canal de discussão.

A senhora parece estar propondo a reforma do partido.

Não estou propondo. Estou me aliando ao pensamento de Fernando Gabeira, Alfredo Sirkis, Aspasia Camargo, Sérgio Xavier, Fábio Feldman, Eduardo Jorge, milhares de filiados e simpatizantes. A mudança é uma demanda viva. O partido, depois do processo grandioso da eleição presidencial, precisa se reelaborar, montar estruturas com plasticidade para receber novas contribuições. Outros partidos estão se reelaborando a partir do que viram.

O que viram?

Como é que uma candidatura que não tinha aliança, não tinha tempo na TV, não tinha estrutura, não tinha o discurso do poder pelo poder consegue quase 20 milhões de votos? Todo mundo está avaliando isso. Espero que o PV também o faça.

Não acha complicado demais mudar uma estrutura cristalizada em mais de duas décadas?

Se alguém tivesse me dito que, após 25 anos de existência, deve se manter uma estrutura na qual as comissões estaduais são nomeadas por um poder central, e que quem discorda dele pode sofrer ameaça, intervenção e até ser destituído, não teria me filiado.

Esse debate pode ter algum reflexo na eleição de 2014?

Não penso nisso. Para mim, seria mais cômodo ficar como rainha da Inglaterra, dizendo que somos todos irmãos, fazendo discurso de conveniência.

Se o debate não funcionar, a senhora pode deixar o PV?

Não se inicia um processo trabalhando com a hipótese da derrota. Estou vivendo com sinceridade o processo. Não podemos ficar nos enganando e dizendo que o partido está bem. Olha o que acontece em Manaus, onde o Amazonino Mendes (prefeito, filiado ao PTB), com todo o respeito pela sua pessoa e com toda divergência política, é tratado como amigo e o Marcos Barros (integrante do Movimento Marina Silva), como inimigo. Algo está errado. Em Mato Grosso, fazem alianças com inimigos históricos do Código Florestal. Esse PV não é o PV do Gabeira, nem do Fábio Feldman. Esse PV não é o PV da Marina.

Não acha que os dois lados podem sair perdendo no caso de uma dissidência?

Não. O PV ganha. Ele só não ganha com a fossilização das ideias e das estruturas.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,esse-nao-e-o-pv-da-marina-ne...

Blog do Luis Nassif

O lobby de Henrique Meirelles junto aos EUA


Por Webster Franklin

Do Yahoo notíciasMeirelles pediu lobby dos EUA por independência do BCReutersPor Kristina Cooke, Walter Brandimarte e Ana da Costa | Reuters – sex, 25 de mar de 2011 19:17 BRT

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NOVA YORK



) - Próximo das eleições de 2006, o então presidente do Banco Central Henrique Meirelles pediu aos Estados Unidos que atuassem junto ao governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que fosse dada ao BC mais independência, de acordo com documentos secretos do Departamento de Estado norte-americano.





Em conversa com diplomatas norte-americanos em 9 de agosto de 2006, Meirelles prometeu pressionar nos bastidores por mudanças regulatórias que criassem um ambiente de investimento melhor para empresários norte-americanos no Brasil.

O documento, obtido pelo WikiLeaks e repassado à Reuters por terceiros, pode se tornar embaraçoso para Meirelles, que se prepara para assumir um novo e importante papel no governo brasileiro. Também pode colocar novamente no foco a suscetibilidade do BC à interferência política.

"Meirelles pediu que (o governo dos EUA) usasse discretamente sua relação (com o Brasil) para discutir a importância de levar ao Congresso uma legislação garantindo ao Banco Central essa autonomia", escreveram os funcionários da embaixada norte-americana no documento, que detalhou o encontro inicial entre o embaixador Clifford Sobel e Meirelles.

"Ele argumentou que o secretário (de Tesouro Henry) Paulson em particular seria capaz de tratar desse assunto com o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Meirelles nunca solicitou formalmente independência para o Banco Central, mas Lula deu ao então chefe do BC um mandato relativamente livre para definir a política monetária durante os oito anos em que ficou no posto. O comando de Meirelles terminou no final do ano passado, antes de Alexandre Tombini assumir o posto no governo de Dilma Rousseff.

A falta de autonomia legal abriu caminho para tensões entre Meirelles e Mantega sobre o patamar das taxas de juros, alimentando temores de que a política monetária poderia ser vulnerável a pressões políticas.

O gabinete de Mantega disse que nunca foi informado pelos Estados Unidos sobre a questão da independência do BC, enquanto Meirelles refutou o conteúdo do documento norte-americano.

"As declarações atribuídas a mim não refletem com propriedade o tema de qualquer conversa que eu tenha tido", afirmou Meirelles via e-mail.

O ex-embaixador dos EUA Sobel não quis comentar o assunto.

De acordo com o documento do governo americano, Meirelles identificou "a falta de experiência governamental entre os principais assessores de Lula" como um "segundo conjunto de dificuldades" para investidores.

Ele elogiou Dilma, que era ministra-chefe da Casa Civil na ocasião, dizendo que ela era "muito esperta", mas ressaltou que "ela ainda traz alguma bagagem ideológica à função".

Meirelles se ofereceu para "contribuir nos bastidores em pressionar por reformas regulatórioas prioritárias para melhorar o clima de negócios", segundo o documento.

Blog do Luis Nassif

Futebol de areia - Vasco é Campeão do Mundo


O melhor time do mundo de Futebol de Areia é o Vasco! Após vencer o Sporting, de Portugal, por 4 a 2, na manhã deste sábado (26/03), o Gigante da Colina conquistou o título do Mundialito de Futebol de Areia. Os gols vascaínos foram marcados por Pampero, Bruno Xavier, Rafinha e Betinho.

Assim como no futebol, quando se tornou o primeiro campeão Sul-Americano de clubes, o time cruzmaltino mostrou mais uma vez o seu pioneirismo no esporte ao conquistar o primeiro título mundial da modalidade.

Lula rouba a cena no Uruguai



Por Ivonildo Dourado

Lula rouba a cena no 40º aniversário da Frente Ampla no Uruguai



DA EFE

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi nesta sexta-feira, no Uruguai, a estrela absoluta dos festejos pelo 40º aniversário do primeiro ato político da coalizão governista Frente Ampla, participando da cerimônia como orador principal.

A presença do ex-líder deixou em segundo plano até a participação do presidente do Uruguai, José Mujica, e a de seu antecessor no cargo, Tabaré Vázquez, as duas figuras mais queridas da política do país e referências consagradas da coalizão.

Diante de um auditório lotado no Palácio Peñarol, composto por militantes e ativistas da Frente Ampla (FA), do governo uruguaio em peso e de representantes eleitos da coalizão, Lula foi só carisma e elogios para com seus anfitriões, que devolveram a gentileza louvando sua figura e seu papel como presidente do Brasil.

Em português, já que o público recusou o uso de um tradutor, Lula elogiou o papel e a influência que a coalizão --uma heterogênea mistura de partidos que abrange desde o Partido Comunista à democracia cristã-- teve em seus 40 anos de história em todos os partidos de esquerda da região e sua qualidade como "uma organização plural profundamente democrática".

Além disso, o ex-líder ressaltou a "coerência" e a "determinação" que a FA sempre defendeu em seus 40 anos de vida política, uma "qualidade" pela qual tiveram que pagar um "preço" durante a ditadura militar (1973-1985).

"A Frente foi também o fator decisivo para o estabelecimento da democracia política no Uruguai, muito tempo antes de conquistar a Presidência", afirmou o ex-metalúrgico sob os aplausos entusiasmados dos uruguaios.

Nesse sentido, Lula destacou que em muitos aspectos a FA foi uma "inspiração" para o Partido dos Trabalhadores (PT) e um dos maiores defensores na região da integração latino-americana.

Além disso, o ex-presidente considerou essencial o papel da FA para evitar que o Estado uruguaio fosse "desmontado por insensatos adoradores do mercado", e ao mesmo tempo elogiou seus esforços para transmitir "que o socialismo não avançará nunca se não for radicalmente democrático".

"A democracia política, econômica e social são valores centrais da Frente", afirmou.

Um dos que mais aplaudiram o discurso foi o presidente Mujica, um ex-guerrilheiro tupamaro que passou mais de 13 anos preso durante a ditadura e que considerou Lula um exemplo a ser seguido.

Antes da cerimônia, Lula aproveitou para se reunir com Mujica na embaixada do Brasil para debater a integração política e comercial entre os dois países.

Após esse encontro, Lula afirmou que "Mujica é para os latino-americanos o que Mandela foi para os africanos. Foi perseguido por tanto tempo, esteve preso, e quando voltou à política estava melhor, mais generoso, agindo com o coração", uma afirmação que voltou a repetir no comício para o aplauso dos presentes.

Por sua vez, Mujica se disse "mais do que honrado e comovido" pela visita de Lula, uma pessoa que, segundo ele, sempre esteve "preocupado com as pessoas" e que "alcançou uma justiça social muito grande".

"Nós que somos de esquerda sempre andamos apressados, mas também é preciso caminhar firme (...). Lula nos deixou um exemplo", afirmou o presidente uruguaio.

Antes do discurso, que foi concluído com palavras do presidente da Frente Ampla, Jorge Brovetto, Lula também se reuniu com os líderes da formação em sua sede em Montevidéu e se encontrou com o ex-presidente Tabaré Vázquez em sua residência privada

Blog do Luis Nassif

Para onde vai o PV?


Em novo recado à direção do PV, a ex-presidenciável Marina Silva afirmou ontem que não teria se filiado ao partido sem a promessa de renovação em seu comando, e cobra a “modernização” do partido. Na discussão pela direção do PV e por sua democratização, como dizem os “marineiros”, poderiam ser acrescentados alguns outros temas. Por exemplo? Qual é a posição do PV sobre os principais problemas do país hoje, sobre o Governo Dilma, sobre a reforma política e tributária e sobre o Código Florestal? E a bancada do PV na Câmara? É de oposição ou vai apoiar o governo? E nos principais estados do país, vai continuar aliada ao PSDB?

Blog do Zé Dirceu

Brasil vence mais uma disputa comercial contra os Estados Unidos na OMC



Da Agência Brasil

Brasília – A Organização Mundial do Comércio (OMC) decidiu que algumas taxas antidumping impostas pelos Estados Unidos sobre importações de suco de laranja brasileiro violam as leis do comércio internacional. O relatório final com o parecer favorável ao Brasil foi divulgado hoje (25), em Genebra, para todos os países associados da OMC. O relatório é resultado de um apelo feito pelo Brasil na OMC em 2008, no qual denunciou a ilegalidade dos critérios adotados pelos Estados Unidos para definir a prática de dumping no suco de laranja produzido no país.

A OMC acatou os argumentos do Brasil e considerou que método de cálculo, chamado zeroing, aplicado pelos americanos, “é incompatível” com a acordo antidumping. O texto aponta que “uma metodologia de comparação que ignora transações, que se tivessem sido levadas em conta resultariam em uma margem menor de dumping, deve ser considerada injusta”.

Com isso, a organização recomendou que os Estados Unidos tomem as medidas necessárias para tornar suas exigências compatíveis com o Acordo Antidumping. A decisão do painel deve ser aplicada pelo Órgão de Solução de Controvérsias da OMC entre 20 e 60 dias a contar de hoje. A data pode ser alterada se houver recurso ao Órgão de Apelação do organismo multilateral.

Além do Brasil, a União Europeia e oito países (Canadá, Japão, Equador, Tailândia, México, Coreia, Vietnã e China) abriram painéis contra os Estados Unidos na OMC sobre o mesmo assunto.

Agência Brasil

O que conta é dívida líquida, o país não pode permitir sua deterioração.


Números do BC divulgados ontem mostram que as reservas internacionais do país somaram US$ 307,516 bilhões no mês de fevereiro, com incorporação de US$ 18,942 bilhões no primeiro bimestre do ano, o que representa aumento de 6,56% em relação ao estoque de reservas no final de 2010. O relatório também mostra que, em contrapartida, a dívida externa cresceu 5,56% em igual período e passou de US$ 256,824 bilhões, em dezembro do ano passado, para US$ 271,111 bilhões em fevereiro.

Embora tenha crescido menos do que as reservas, o perfil da dívida piorou, porque os compromissos de curto prazo (12 meses) ficaram mais pesados. Os débitos de curto prazo, que hoje somam US$ 67,384 bilhões, aumentaram 17,54% no bimestre, enquanto os débitos de médio e longo prazos, no total de US$ 203,727 bilhões, aumentaram só 2,11%.

Na análise desses números o que conta é a dívida líquida e o país não pode permitir sua deterioração. O Brasil tem depósitos e investimentos no exterior e vice-versa. Recebe empréstimos, investimentos e aplicações. De acordo com o BC, o aumento verificado na dívida externa decorre basicamente de ingressos líquidos de empréstimos e de captações líquidas em títulos, além da amortização de bônus referentes a operações de recompra do Tesouro Nacional e da própria valorização do real em relação ao dólar. Mas, precisamos saber qual é o saldo entre reservas, dívida líquida sobre empréstimos e aplicações no exterior. De qualquer forma, preocupa que os vencimentos de curto prazo aumentem rapidamente.

Blog do Zé Dirceu

Japão contabiliza mais de 10 mil mortos e situação nuclear se agrava


Da Agência Telam

Brasília - A situação da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi foi definida como “muito grave” pelo governo japonês. O número de mortes em consequência do terremoto e do tsunami passa de 10 mil pessoas, enquanto 17,5 mil estão desaparecidas.

"Ainda não estamos em uma posição de ser otimistas ", disse o primeiro-ministro Naoto Kan, em Tóquio, depois da deterioração das perspectivas sobre a Usina de Nuclear de Fukushima 1. Ele afirmou ainda que a perspectiva continua "muito grave " nos reatores 1, 2 e 3. "Seguiremos informando com exatidão.”

O presidente agradeceu as equipes que trabalham na Região Central e expressou solidariedade com os trabalhadores que ontem (24) sofreram queimaduras graves nas pernas em razão do contato com água radioativa. A alta radioatividade no líquido encontrado na sala de turbinas obrigou os técnicos a saírem do local, interrompendo os trabalhos de reparação dos reatores 1 e 2.

Segundo a empresa que opera a usina, a Tepco, o líquido tinha uma radioatividade de 3,9 milhões de bequeréis por centímetro cúbico, 10 mil vezes maior que o normal. Hidehiko Nishiyama, um porta-voz da Agência para a Segurança Industrial e Nuclear (NISA), disse que o aumento da radioatividade no recipiente de líquido pode superaquecer o combustível usado.

Nishiyama afirmou que a água provavelmente vem do núcleo do reator, aumentando temores do início de um processo de fusão. Ou seja, a ligação do núcleo que desencadeia uma reação. "Temos alguns problemas com a proteção contra a radiação", afirmou o funcionário, que pediu a Tepco maior proteção dos trabalhadores na operação da planta.

A Tepco começou a bombear água potável em vez de água do mar esta tarde no reator 1, na sequência de um pedido de Washington para impedir processos de corrosão. O Exército vai transportar grandes quantidades de água para resfriar os reatores, disse o ministro da Defesa Toshimi Kitazawa.

O governo japonês pediu as pessoas que moram em um raio de 30 quilômetros (km) da central para irem para lugares mais afastados. A recomendação não é baseada em razões de segurança, mas para tentar evitar "problemas cotidianos", segundo o porta-voz Yukio Edan.

O chefe de gabinete da Agência Internacional de Energia Atômica, o argentino Rafael Grossi, disse a um canal de televisão que o material radioativo liberado na atmosfera pela planta em Fukushima "é mínimo e não apresenta perigo para a saúde" .

O ministro da Economia, Banri Kaida, disse que o Japão está considerando um novo protocolo de segurança nuclear. A Tepco pediu um empréstimo de 1,5 trilhões de ienes, equivalente a US$ 18.500 milhões, nos principais bancos do país para enfrentar os efeitos de acidentes na usina nuclear.

O governo japonês informou que os danos do desastre ultrapassam os US$ 300 bilhões.

Agência Brasil

Reservas internacionais crescem 6,56% e dívida externa sobe 5,56% em fevereiro


Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As reservas internacionais do país somaram US$ 307,516 bilhões no mês de fevereiro, com incorporação de US$ 18,942 bilhões no primeiro bimestre do ano, o que representa aumento de 6,56% em relação ao estoque de reservas no final de 2010, de acordo com o Relatório do Setor Externo, divulgado hoje (25) pelo Banco Central.

Em contrapartida, a dívida externa cresceu 5,56% em igual período e passou de US$ 256,824 bilhões, em dezembro do ano passado, para US$ 271,111 bilhões em fevereiro, com expansão de US$ 14,287 bilhões, dos quais US$ 4,569 bilhões em janeiro e US$ 9,718 bilhões em fevereiro.

Embora tenha crescido menos do que as reservas, o perfil da dívida piorou, porque os compromissos de curto prazo (12 meses) ficaram mais pesados. Os débitos de curto prazo, que hoje somam US$ 67,384 bilhões, aumentaram 17,54% no bimestre, enquanto os débitos de médio e longo prazos, no total de US$ 203,727 bilhões, aumentaram só 2,11%.

Os números foram divulgados pelo chefe adjunto do Departamento Econômico (Depec) do BC, Túlio Maciel. Segundo ele, o aumento verificado na dívida externa decorre basicamente de ingressos líquidos de empréstimos e de captações líquidas em títulos, além da amortização de bônus referentes a operações de recompra do Tesouro Nacional e da própria valorização do real em relação ao dólar.

Agência Brasil

Revolta de trabalhadores em obras do PAC preocupa Planalto


Luciana Lima

Repórter da Agência Brasil


Brasília - As sucessivas revoltas de trabalhadores em canteiros de obras das hidrelétricas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal vêm preocupando o Palácio do Planalto. Embora exista um monitoramento por parte da segurança institucional, a presidenta Dilma Rousseff preferiu tratar o assunto por meio da Secretaria-Geral da Presidência da República e escalou o ministro Gilberto Carvalho para tratar de perto a questão.

Gilberto Carvalho tem um bom trânsito e manteve conversas com os movimentos sociais na última semana, preocupado com a possibilidade de uma reação em cadeia que possa paralisar as obras em um setor estratégico para o governo, que é o de geração de energia.

Depois da revolta que parou a construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, na tarde de ontem (24) foi a vez dos trabalhadores da Usina de São Domingos, em Mato Grosso do Sul, se revoltarem. Houve tumulto entre os trabalhadores contratados para as obras da usina, no limite dos municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo. Os seis pavilhões usados como alojamento foram incendiados.

Os trabalhadores queimaram ainda o centro ecumênico, o refeitório, a guarita e uma sala de informática que os funcionários usavam para manter contato com as famílias.

O ministro Gilberto Carvalho marcou uma reunião com as centrais sindicais na próxima terça-feira (29) e vai ouvir dos sindicalistas que o governo precisa ter uma fiscalização mais efetiva sobre as condições dos trabalhadores nos canteiros de obras do PAC.

"Não se pode ter nas obras do PAC condições análogas à escravidão", disse Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em entrevista à Agência Brasil. "É preciso que o governo fiscalize e que cumpra o que nós vamos acordar nessa reunião. Do contrário, podemos ter uma reação em cadeia", disse Patah ao defender que não acredita em ações coordenadas dos trabalhadores, mas que teme um "efeito dominó".

A reação em cadeia é muito provável, na opinião dos sindicalistas, porque os problemas trabalhistas que afetam os canteiros de obras de Jirau, Santo Antônio e São Domingos são parecidos.

"Os problemas têm a mesma origem. São trabalhadores em péssimas condições de trabalho. Existem situações discriminatórias de trabalhadores que exercem a mesma função. É necessário que haja um tratamento mais isonômico entre trabalhadores contratados pelas empreiteiras e aqueles contratados pelas empresas terceirizadas. São pessoas que largam suas vidas, suas famílias, e vão trabalhar para o crescimento do país. Não podem ser tratados como escravos", destacou Patah.

A Eletrosul Centrais Elétricas S.A., responsável pela construção da usina em Mato Grosso do Sul, informou, por meio de nota, que o quebra-quebra no canteiro de obra foi causado por um grupo isolado de trabalhadores contratados pelo consórcio construtor, composto pelas empresas Engevix e Galvão. Os trabalhadores disseram que estão descontentes por causa de pendências trabalhistas.

As obras da Usina Jirau, em Porto Velho, estão paradas há mais de uma semana, desde o início dos conflitos que destruíram os alojamentos. A Usina Santo Antônio também passa pela mesma situação.

Patah afirmou que participará da reunião, na terça-feira, com Gilberto Carvalho, e que as centrais sindicais querem também conversar com o representante do Ministério Público do Trabalho. O encontro com o Ministério Público ainda não está confirmado.

As centrais também adotaram a estratégia de conversar com as empresas. No início da semana, uma das empresas do consórcio de Jirau, segundo Patah, admitiu que empresas contratadas para fornecer alimentos e remédios aos trabalhadores estariam cobrando preços abusivos dos trabalhadores, que eram obrigados a comprar somente dessas empresas.

Agência Brasil

sexta-feira, 25 de março de 2011

Três notícias do front econômico


O fim de semana chega com três notícias do governo na área econômica. Elas tratam de medidas que acabam de ser adotadas, aparentemente, até sem ligação entre si, mas todas inseridas dentro de uma mesma política que visa defender a nossa produção - principalmente a industrial - e azeitar ainda mais os mecânismos que sustentam e mantém o crescimento do país.

Pela 1ª delas, o governo aumenta em mais 4% o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) das compras no exterior com cartão de crédito. O percentual incidente vai quase triplicar: salta de 2,38% para 6,38%.

A medida se justifica, porque os gastos no exterior com cartão de crédito dobraram no último ano chegando a US$ 10 bi. A elevação do IOF estanca um pouco esse alto movimento e prestigia nossos produtos vendidos aqui.

A 2ª medida, também, já está pronta em texto de Medida Provisória (MP): reajusta a tabela de Imposto de Renda retido na fonte em 4,5%, conforme negociado com sindicalistas.

Pela 3ª providência adotada, via Tesouro Nacional, o governo injeta mais R$ 5,3 bi no BNDES, o que representa uma garantia a mais na continuidade dos financiamentos do banco em investimentos que asseguram o crescimento econômico nacional.

Blog do Zé Dirceu

A morte do cisne - John Lennon da Silva



Programa do SBT - Se ela dança eu danço

quinta-feira, 24 de março de 2011

Maria Fernanda Coelho deixa presidência da Caixa, Jorge Hereda assume


A presidenta da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, deixou a presidência da Caixa.

Seu substituto, já aprovado pelo ministro Guido Mantega e pela presidenta Dilma Rousseff, é o atual ocupante da vice-presidência de Governo da Caixa, Jorge Fontes Hereda.

Quadro técnico com longa carreira pública, Hereda já havia assumido a vice-presidência de Desenvolvimento Urbano da instituição e a Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades entre 2003 e 2005. Foi um dos principais impulsionadores do crescimento do crédito imobiliário e teve ativa participação na criação do Minha Casa, Minha Vida, um dos programas mais importantes do governo federal.

Maria Fernanda ocupava o cargo desde o início de 2006 e é funcionária de carreira do Banco. O que se espera em Brasília é que ela alegue ”problemas pessoais” para encaminhar seu pedido de demissão, que será prontamente aceito pelo ministro da Fazenda, ao qual a Caixa é subordinada. Seus críticos, alegam que a saída começou a ser preparada depois da quebra do Banco Panamericano. Entretanto, é evidente que ela não teria assumido a responsabilidade de encaminhar anteriormente a participação da Caixa na instituição sem o irrestrito aval de seus superiores. Clique aqui para entender o caso

Hereda tem 54 anos, é arquiteto de formação, graduado pela Universidade Federal da Bahia e fez seu mestrado em Arquitetura e Urbanismo na FAU/USP.

Foi secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Diadema e secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Também assumiu secretarias nos municípios de São Paulo e Ribeirão Pires.
Militante do PT paulista, tem forte relação com o governador da Bahia, Jaques Wagner.

Carta Capital

Pacto tripartite pode por fim a esta situação


Além de exigir das empreiteiras respeito aos direitos sociais e trabalhistas desses operários (leiam post abaixo), regras civilizadas na relação entre empresas-trabalhadores, o governo, as entidades sindicais de trabalhadores e as próprias empresas, precisam combater, também, a figura do "gato".

Este agenciador contrata esses trabalhadores nos mais diversos pontos do Brasil, desloca-os para as grandes obras, sob as mais mirabolantes promessas, e não cumpre nenhuma delas. Na maioria dos casos, desaparece em seguida para aliciar outros trabalhadores.

O governo, felizmente, está prestes a fechar o mesmo acordo tripartite que celebrou com a agroindústria - governo/empresas/trabalhadores - contra as péssimas condições de trabalho no campo, ao qual já aderiram assinando o protocolo cerca de 500 usinas e empresas sucroalcooleiras.

O pacto se dará agora no setor da implantação da infraestrutura. Como venho dizendo aqui, este acordo é a melhor forma de acabarmos de uma vez por todas com o trabalho degradante nas obras de infraestrutura do país.



Não há outra saída. Temos que mudar já as relações trabalhistas nas grandes obras. O Brasil não pode mais conviver com condições de trabalho precárias ou desumanas, até porque nossas leis nos possibilitam erradicar isto.

Blog do Zé Dirceu

80 mil parados contra trabalho degradante


É gravíssima a paralisação que estamos vendo agora, e que se alastra por diversos pontos do país, nas principais obras do PAC. Se somarmos as obras de construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira (RO), as do porto do Pecém (CE) e as de construção da Refinaria General Abreu Lima e de uma petroquímica no Porto do Suape (PE), temos um total de 80 mil trabalhadores de braços cruzados no país.

Esta gigantesca paralisação expressa, com justiça, a insatisfação dos operários diante das péssimas condições de trabalho em que têm sido jogados nestas grandes obras. Leio nos jornais que a presidenta Dilma Rousseff está tão preocupada com essa situação que tem, inclusive, telefonado diretamente aos responsáveis pelas obras, cobrando-lhes providências urgentes na resolução do conflito.

Num quadro desolador desses, uma boa notícia: a presidenta determinou ao ministro secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que forme uma mesa tripartite (governo-empreiteiros responsáveis por estas grandes obras-centrais sindicais de trabalhadores) e com o Ministério Público do Trabalho encontrem uma solução e a firmem em um pacto e ser cumprido por todas as partes.

Onde estão as Centrais e sindicatos?

Ontem, os presidentes da CUT, Artur Henrique e da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP) reuniram-se com o ministro Gilberto Carvalho. É pouco. Onde estão as outras centrais e os sindicatos das categorias que não estão à frente dessa luta dos trabalhadores?

Segundo Artur Henrique, a saída além de urgente, tem que "estabelecer um mínimo de regra nas relações trabalhistas". Ele aponta que muito desses serviços foram terceirizados e "alguns, até quarteirizados" o que dilui a responsabilidade direta das empreiteiras pelas obras.

Blog do Zé Dirceu

Bert Kaempfert - Afrikaan beat

Santos tem 'desmanche' iminente no ataque e quer retomar planejamento com Muricy


O Santos desenvolveu o ‘projeto 2011’ tendo como foco principal a participação na Libertadores. O insucesso inicial na competição continental expõe sérios problemas no planejamento. O ataque, por exemplo, tem a saída agendada de três jogadores, Zé Eduardo, Keirrison e Maikon Leite, e será reformulado para o segundo semestre.

A intenção da diretoria é entregar o processo de reformulação no elenco a Muricy Ramalho. A confiança é de que o tetracampeão brasileiro possa seduzir novos jogadores, e iniciar um trabalho a longo prazo no clube, reparando os erros atuais.

A opção santista foi direcionar a montagem do atual elenco para a participação da Libertadores. Keirrison e Zé Eduardo estão emprestados até o meio do ano, e Maikon Leite teve presença assegurada até o fim do vínculo, dia 23 de junho, mesmo já tendo assinado um pré-contrato com o rival Palmeiras.

Os três atacantes estão entre os cinco inscritos pelo Santos na Libertadores. Nem mesmo a conquista do título continental, e a consequente participação no Mundial Interclubes, seria capaz de mantê-los no clube.

“Isso é algo que consideramos normal a cada encerramento de semestre. A medida que a janela européia vai se abrindo, os contratos de empréstimos se encerram. Só que o Santos está trabalhando com um pensamento a longo prazo, e obviamente que vamos nos reforçar. Estamos preparados”, avisou o presidente Luis Alvaro.

Apesar da eleição marcada para o fim do ano, a diretoria procura amarrar um contrato com Muricy até o fim de 2012. O treinador terá “carta branca” para realizar contratações, e já recebeu garantias de que Neymar será mantido para o segundo semestre.

A saída do jovem certamente será especulada na reabertura da janela internacional de transferências. Sedutoras propostas européias são esperadas, o que deixa a situação do ataque santista ainda mais crítica.

Contratualmente, Diogo também está assegurado no segundo semestre santista. O vínculo de empréstimo do jogador termina no fim da temporada, mas as primeiras exibições do atacante não foram animadoras.

Diogo está em jejum de gols no Santos, após oito jogos, e durante a ausência de Paulo Henrique Ganso foi utilizado como meia nas últimas partidas em que disputou.

O ataque santista ainda conta com outros três jogadores: Moisés, Tiago Alves e Dimba. No entanto, os jovens jogadores, não inscritos na Libertadores, pouco são utilizados.

O “desmanche” ofensivo do time é iminente. Zé Eduardo, Keirrison e Maikon Leite estão com os dias contados no clube, e reposições ainda não são estudadas. A prioridade é convencer Muricy Ramalho a aceitar a missão de retomar o planejamento santista para 2011.

Uol Esporte

O papel dos EUA no golpe de 64


Por RRodrigo

Apoio americano ao golpe militar no Brasil

Do Arquivo de Segurança do EUA, disponibilizado no site da George Washington University

http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB118/index.htm

tradução do google:

BRASIL MARCA 40 º ANIVERSÁRIO DO GOLPE MILITAR

Documentos desclassificados lançam luz sobre o papel dos EUA


fita de áudio : o presidente Johnson pediu tomar "todos os passos que pudermos" para apoiar a derrubada de João Goulart

Embaixador dos EUA requerido pré-posicionado de Armamento para ajudar golpistas; Reconhecido operações encobertas apoio as manifestações de rua, as forças cívicas e grupos de resistência

Editado por Peter Kornbluh


Peter.kornbluh @ gmail.com / 202 994-7116

Washington, 31 mar 2004 - "Eu acho que devemos tomar todas as medidas que podemos, estar preparado para fazer tudo o que precisamos fazer", o presidente Johnson instruiu seus assessores sobre os preparativos para um golpe de estado no Brasil em 31 de março de 1964. No 40 º aniversário do putsch militar, o National Security Archive publicado hoje documentos recentemente desclassificados sobre as deliberações políticas dos EUA e as operações que levaram à derrubada do governo Goulart em 01 de abril de 1964. Os documentos revelam novos detalhes sobre a disponibilidade dos EUA para apoiar as forças golpistas.

Os documentos do arquivo incluem uma fita áudio desclassificada de Lyndon Johnson a ser informado por telefone no seu rancho no Texas, como os militares brasileiros mobilizaram-se contra Goulart. "Eu colocaria todos que tinham alguma imaginação ou esperteza ... [o director da CIA John] McCone ... [secretário de Defesa Robert] McNamara" em garantir que o golpe ia para a frente, Johnson é ouvido a instruir o subsecretário de Estado George Ball. "Nós simplesmente não podemos levar um presente", a fita registra opinião de LBJ. "Eu ia ficar bem em cima dele e arrisco meu pescoço um pouco."

Entre os documentos são Top Secret cabos enviado por embaixador dos EUA, Lincoln Gordon, que pressionou vigorosamente Washington pelo envolvimento directo no apoio aos golpistas liderados pelo Chefe do Estado Maior do Exército general Humberto Castello Branco. "Se nossa influência deve ser exercida para ajudar a evitar um grande desastre aqui, que pode tornar o Brasil a China dos anos 1960, isso é que tanto eu como todos os meus conselheiros senior acreditamos que nosso apoio deve ser colocado", escreveu Gordon ao alto Departamento de Estado, Casa Branca e responsáveis ​​da CIA em 27 de março de 1964.

Para assegurar o sucesso do golpe, Gordon recomendou "que as medidas sejam tomadas mais rápido para se preparar para uma entrega clandestina de armas de origem não-EUA, a ser disponibilizado para torcedores Castello Branco em São Paulo." Num telegrama a seguir , desclassificado Mês passado, Gordon sugeriu que estas armas fossem "pré-posicionadas antes do eclodir da violência", a ser utilizado pelas unidades paramilitares e "militares amigos contra militares hostis, se necessário." Para esconder o papel dos EUA, Gordon recomendava que as armas fossem entregues através de "submarino não identificado e serem desembarcadas à noite em pontos isolados do litoral do estado de São Paulo ao sul de Santos".

Os telegramas de Gordon também confirmam medidas encobertas da CIA "para ajudar a fortalecer as forças de resistência" no Brasil. Estes incluíram "apoio encoberto para comícios de rua pró-democracia ... e incentivo [de] sentimento democrático e anti-comunista no Congresso, as forças armadas, trabalho amigável e grupos de estudantes, igreja, e as empresas." Quatro dias antes do golpe Gordon informou Washington que "podemos pedir um modesto financiamento suplementar para outros programas de acção encoberta no futuro próximo." Ele também pediu que os EUA enviassem navios de carga "POL" de petróleo, óleo e lubrificantes para facilitar as operações logísticas dos conspiradores militares golpistas, e desdobrar uma força-tarefa naval para intimidar apoiantes de Goulart e estar em posição de intervir militarmente se o combate se tornou prolongadas.

Embora a CIA é amplamente conhecido por ter sido envolvido na acção encoberta contra Goulart que levou ao golpe, seus arquivos operacionais sobre a intervenção no Brasil continuam a classificar para a consternação dos historiadores. Arquivo analista Peter Kornbluh pediu à Agência para "levantar o véu do segredo de um dos episódios mais importantes da intervenção dos EUA na história da América Latina" por completo desclassificação dos registos das operações da CIA no Brasil. Tanto as administrações Clinton como Bush efectuaram significativas desclassificações sobre os regimes militares no Chile e na Argentina, observou ele. "A desclassificação dos registos históricos sobre o golpe de 1964 e os regimes militares que se seguiram promoveria os interesses dos EUA no fortalecimento da causa da democracia e dos direitos humanos no Brasil e no resto da América Latina", afirmou Kornbluh.

Em 31 de março, mostram os documentos, Gordon recebeu um telegrama secreto de Estado Dean Rusk do secretário afirmando que a administração decidira mobilizar imediatamente uma força-tarefa naval para tomar posição ao largo da costa do Brasil; expedição navios da Marinha dos EUA "POL" de Aruba, e montar uma ponte aérea de 110 toneladas de munições e outros equipamentos, inclusive "CS agent" um gás especial para o controle da máfia. Durante uma reunião de emergência da Casa Branca em 01 de abril, segundo um memorando da CIA de conversa , o secretário de Defesa Robert McNamara disse ao presidente Johnson que a força tarefa já navegava e que um petroleiro da Esso com gasolina de aviação e logo estaria na vizinhança de Santos. Uma ponte aérea de munições, relatou ele, estava sendo preparada em New Jersey e poderia ser enviado para o Brasil dentro de 16 horas.

apoio dos EUA Tais militar para o golpe militar provou desnecessária; As forças de Castello Branco conseguiram derrubar Goulart muito mais depressa e com muito menos resistência armada, em seguida, os decisores políticos EUA antecipado. Em 2 de abril, agentes da CIA no Brasil retorcidos que "João Goulart, presidente deposto do Brasil, deixou Porto Alegre cerca de 13:00 hora local para Montevidéu."

Os documentos e telegramas referem-se às forças do golpe como "a rebelião democrática". Após a aquisição general Castello Branco, os militares governaram o Brasil até 1985.

Nota: Os documentos estão em formato PDF grátis. Você precisará baixar e instalar o Adobe Acrobat Reader para visualização.

Ouvir / ler os documentos

l) da Casa Branca Audio Tape, o presidente Lyndon B. Johnson a discutir o golpe iminente no Brasil com o subsecretário de Estado George Ball, 31 de março de 1964

Este clipe áudio está disponível em diversos formatos:

Windows Media Audio - largura de banda alta (7,11 MB)

Windows Media Audio - largura de banda baixa (3,57 MB)

MP3 - (4,7 MB)

Neste minuto fita Casa Branca 05:08 obtidos a partir do Baines Biblioteca Lyndon Johnson, o presidente Johnson é registado a falar ao telefone de seu rancho no Texas com George Ball subsecretário de Estado e Secretário Adjunto para a América Latina, Thomas Mann. sumários Bola Johnson sobre o estatuto da ofensiva militar no Brasil para derrubar o governo de João Goulart, que autoridades dos EUA vêem como um esquerdista estreitamente associado ao Partido Comunista Brasileiro. Johnson dá a Ball luz verde para apoiar activamente o golpe se o apoio dos EUA é necessária. "Eu acho que devemos tomar todas as medidas que podemos, estar preparado para fazer tudo o que precisamos fazer", ele ordena. Em uma aparente referência a Goulart, Johnson declara "simplesmente não podemos levar um presente." "Eu ia ficar bem em cima dele e arrisco meu pescoço um pouco", ele instrui Ball.

2) Departamento de Estado, Top Secret Cabo do Rio de Janeiro, 27 março de 1964

O embaixador Lincoln Gordon escreveu este extenso, de cinco partes, o cabo para o maior de agentes de segurança nacional do governo dos EUA, incluindo o diretor da CIA John McCone e os secretários de Defesa e de Estado, Robert McNamara e Dean Rusk. Ele fornece uma avaliação de que o presidente Goulart está a trabalhar com o Partido Comunista Brasileiro para "tomar poder ditatorial" e urge os EUA a apoiarem as forças do general Castello Branco. Gordon recomenda "uma entrega clandestina de armas" para os adeptos Branco, bem como a transferência de gás e petróleo para ajudar os golpistas conseguem, e sugere que tal apoio será complementado por operações encobertas da CIA. Ele também exorta a administração a "preparar-se sem demora contra a contingência de necessária intervenção aberta numa segunda fase."

3) Departamento de Estado, Top Secret cabo de Amb. Lincoln Gordon, 29 mar 1964

atualizações embaixador Gordon altos funcionários dos EUA sobre a deterioração da situação no Brasil. Neste cabo, desclassificado em 24 de fevereiro de 2004 pela Biblioteca Presidencial LBJ, ele reitera a necessidade de "distribuidor" para ter um carregamento secreto de armas "pré-posicionadas antes do eclodir da violência" para serem "usadas pelas unidades paramilitares trabalhando com democratas grupos militares "e recomenda uma declaração pública por parte da administração" para reassegurar o grande número de democratas no Brasil que não somos indiferentes ao perigo de uma revolução comunista aqui. "

4), cabo de Inteligência da CIA sobre "Planos de conspiradores revolucionários em Minas Gerais," 30 de março de 1964

A estação da CIA no Brasil transmitiu este relatório de campo a partir de fontes de inteligência em Belo Horizonte, que declarou sem rodeios "uma revolução pelas forças anti-Goulart vai ficar definitivamente em curso esta semana, provavelmente nos próximos dias. O cabo transmite informações sobre planos militares para" marcha em direção ao Rio de Janeiro. revolução "A", "a fonte de inteligência previu," não será resolvida rapidamente e será sangrenta ".

5 Departamento de Estado), Cabo Segredo para Amb. Lincoln Gordon, no Rio, 31 de março de 1964

Secretário de Estado Dean Rusk envia Gordon uma lista das decisões da Casa Branca "tomar a fim [para] estar em posição de prestar assistência no momento apropriado às forças anti-Goulart se for decidido que isto deve ser feito." As decisões incluem o envio de navios da Marinha EUA carregados com gasolina, gasóleo e lubrificantes de Aruba para Santos, Brasil, reunindo 110 toneladas de munições e outros equipamentos para as forças pró-golpe, e despachar uma brigada naval incluindo um porta-aviões, destróieres e vários acompanhantes para conduta ser posicionados ao largo da costa do Brasil. Algumas horas depois, um segundo cabo é enviado, que altera o número de navios, e as datas estarão chegando ao largo da costa.

6 CIA), Memorando secreto da conversação sobre "Reunião na Casa Branca 01 de abril 1964 Assunto-Brasil," 01 de abril de 1964

Este memorando de conversação registra uma reunião de alto nível, realizada na Casa Branca, entre o presidente Johnson e seus principais assessores de segurança nacional no Brasil. CIA vice-chefe de operações do Hemisfério Ocidental, Desmond Fitzgerald registou a informação dada a Johnson ea discussão sobre o andamento do golpe. Secretário da Defesa informou sobre os movimentos da vela da força-tarefa naval towad Brasil, e as armas e munições que está sendo montado em New Jersey para reabastecer os golpistas se necessário.

7) da CIA, Inteligência da Informação a cabo na "Partida de Goulart de Porto Alegre para Montevidéu", 2 de abril de 1964

A estação da CIA no Brasil, relatou que o presidente deposto, João Goulart, deixou o Brasil para o exílio no Uruguai em pm l, em 02 de abril. Sua saída marca o sucesso do golpe militar no Brasil.

Blog do Luis Nassif