sábado, 26 de março de 2011

O que conta é dívida líquida, o país não pode permitir sua deterioração.


Números do BC divulgados ontem mostram que as reservas internacionais do país somaram US$ 307,516 bilhões no mês de fevereiro, com incorporação de US$ 18,942 bilhões no primeiro bimestre do ano, o que representa aumento de 6,56% em relação ao estoque de reservas no final de 2010. O relatório também mostra que, em contrapartida, a dívida externa cresceu 5,56% em igual período e passou de US$ 256,824 bilhões, em dezembro do ano passado, para US$ 271,111 bilhões em fevereiro.

Embora tenha crescido menos do que as reservas, o perfil da dívida piorou, porque os compromissos de curto prazo (12 meses) ficaram mais pesados. Os débitos de curto prazo, que hoje somam US$ 67,384 bilhões, aumentaram 17,54% no bimestre, enquanto os débitos de médio e longo prazos, no total de US$ 203,727 bilhões, aumentaram só 2,11%.

Na análise desses números o que conta é a dívida líquida e o país não pode permitir sua deterioração. O Brasil tem depósitos e investimentos no exterior e vice-versa. Recebe empréstimos, investimentos e aplicações. De acordo com o BC, o aumento verificado na dívida externa decorre basicamente de ingressos líquidos de empréstimos e de captações líquidas em títulos, além da amortização de bônus referentes a operações de recompra do Tesouro Nacional e da própria valorização do real em relação ao dólar. Mas, precisamos saber qual é o saldo entre reservas, dívida líquida sobre empréstimos e aplicações no exterior. De qualquer forma, preocupa que os vencimentos de curto prazo aumentem rapidamente.

Blog do Zé Dirceu

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