Dirigente do SESC do Rio de Janeiro é alvo de denúncias

Uma crise na regional carioca do Serviço Social do Comércio (SESC) se arrasta por dois meses. É o que mostra a reportagem da Carta Capital desta semana (edição 689), intitulada “Vícios privados”. Ela explica as denúncias que envolvem Orlando Diniz, no comando da entidade há 14 anos, cuja administração sofreu uma intervenção branda (avocação) pedida pelo presidente nacional da entidade, Antônio Oliveira Santos.

Após deixar claro que o SESC é mantido com dinheiro de impostos, a reportagem segue exemplificando a conduta questionável de Diniz. Entre elas, os contratos firmados sem licitação, assinados em 2010, com os empresários Alexandre Accioly- na foto acima - ligado ao senador tucano por Minas Gerais, Aécio Neves - e Luiz André Calainho. Eles somam a módica quantia de R$ 7,2 milhões por ano até 2014, para a realização de uma série de shows - o SESC Rio Noites Cariocas.

A reportagem questiona a pertinência dos eventos nos quais pouco circulam os comerciários. Assim como o critério usado para a distribuição dos convites para os shows. Informa que 8.605 pessoas pagaram pelos 12 shows de janeiro a fevereiro de 2011. Destas, 1.610 pessoas (18,71%) eram ligados ao SESC e, portanto, pagaram meia entrada. Mas 1,8 mil convites foram reservados para a entidade. A auditoria também quer saber o que foi feito dos convites distribuídos para o uso de um camarote reservado com 80 lugares.

Outra denúncia diz respeito à inadequação do uso de recursos da entidade para o 17º SENAC Fashion Rio Business, realizado em janeiro de 2011. O evento é descrito como uma megafeira de negócios, realizada na Marina Glória. Por ele desfilam socialites e artistas. E por lá simplesmente não se veem comerciários.

Blog do Zé Dirceu