sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Rússia condena versão da CNN sobre massacre em faculdade síria


O chanceler russo, Serguei Lavrov, classificou, nesta quinta-feira (17), de blasfêmias os comentários do canal estadunidense CNN em referência a uma suposta responsabilidade das forças governamentais da Síria no atentado à universidade de Alepo, que deixou 82 mortos.


AFP
Atentado Alepo Atentado contra universidade Síria deixa 80 mortos e mais de 160 feridos

Durante uma coletiva de imprensa em Dushambe, onde chegou em visita oficial, Lavrov comentou que não podia imaginar maiores blasfêmias do que as que ele viu na CNN, dizendo que o ataque foi organizado pelas próprias forças armadas sírias.

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Explicou que de nenhum modo pode existir diferença de interpretação sobre o que aconteceu em Alepo, em menção à posição da Rússia e dos Estados Unidos.

“Não entendo como o atentado terrorista possa ser motivo para discrepâncias”, sublinhou o chanceler russo.

Recordou que os fatos ocorridos na terça-feira (15) em Alepo foram caracterizados como atentado por chefes de governos de numerosos países e pela ONU.

A Chancelaria russa condenou o ato e a morte de pessoas inocentes. Considerou que o ocorrido requer uma posição implacável de condenação da comunidade internacional em relação ao terrorismo. Uma ação desse tipo não pode ser justificada, sentenciou em comunicado o Ministério de Assuntos Exteriores da Rússia.

Por outro lado, Lavrov qualificou de “apressada a intenção de enviar à Corte Penal Internacional o chamado dossiê sírio, pois o mais importante para nós [em referência a Moscou] é o fim da violência”, afirmou.

Quando lhe perguntaram sobre a iniciativa anunciada pela Suíça, enfatizou que deveriam se concentrar nos esforços, especificamente para conseguir um cassar fogo e o fim da violência.

“A justiça deve prevalecer em relação a todos os que violem no mundo o direito internacional e o direito humanitário”, afirmou o chefe da diplomacia russa à emissora de rádio A Voz da Rússia.

Desde março de 2011, a Síria vive um violento conflito armado que já causou, segundo dados da ONU, pelo menos 60 mil mortos e mais de 600 mil refugiados.

Fonte: Prensa Latina


Portal Vermelho

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