quinta-feira, 18 de abril de 2013

Eduardo e Cerra apunhalam Aécio pelas costas





Tércio Amaral


Pela segunda vez neste ano, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) encontrou-se secretamente com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). A reunião aconteceu nesta quarta-feira (17), em Brasília, quando ambos, ao lado do deputado federal Roberto Freire, presidente nacional do PPS, acertaram detalhes da entrada do tucano no novo partido em formação, o Mobilização Democrática (MD). A legenda é fruto da fusão entre o PPS e o PMN, e pode ser fortalecida por políticos saídos do PDT e até do PSOL. As informações sobre o encontro são do portal Brasil247.

No jantar dos aliados, o cardápio foi “recheado” de pratos políticos. Na conversa, Eduardo Campos e Roberto Freire darão garantias de que Serra poderá ser candidato ao governo de São Paulo nas eleições de 2014 pelo novo partido. A “missão” de Serra, por outro lado, é de coligar-se, para efeito de palanques e acréscimo de tempo de televisão, ao projeto presidencial de Campos na próxima campanha. Apesar da movimentação ser abafada pela cúpula tucana, a saída de José Serra do partido é quase certa e o PSDB deve encarar seu ex-filiado na disputa pela sucessão do governo tucano de Geraldo Alckmin.

Além de Serra, que tem no currículo várias disputas à Presidência da República, o MD deverá ter em suas primeiras fichas de fundação as assinaturas de senadores como Cristovam Buarque (PDT), Randolfe Rodrigues (PSOL) e Pedro Taques (PDT). Buarque, inclusive, é cotado como um eventual vice na chapa de Eduardo Campos nas eleições de 2014. O senador trabalhista enfrenta um problema interno no PDT e que deve motivar a sua saída: não sabe se o partido irá para oposição ou continua no governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Informações de bastidores dão conta que o governador Eduardo Campos saiu do “jantar político” mais do que satisfeito com os resultados das articulações apresentadas pelo pernambucano Roberto Freire. O governador José Serra, que vem sendo minado das decisões da cúpula do PSDB, já vinha sendo cogitado como um novo integrante do PPS e deverá ser, então, um dos primeiros filiados ao MD. O baralho da sucessão presidencial acaba de ganhar uma nova carta e jogadores poderosos.


 NAVALHA

Como diria o Oráculo de Delfos, de algum ponto no território de Pernambuco: o Eduardo não tira voto da Dilma; tira do Aecím.
Clique aqui para ler “Eduardo se encanta com a direita”.
Aqui para ler “Ciro: PSB não tem uma única ideia”.
E aqui para ler “Eduardo Campriles escreve carta aos brasileiros”, onde se compromete com a proposta de Cerra: entregar o pré-sal à Chevron, conforme o WikiLeaks.
Como diria o Norberto Amaral: “Eduardo se encanta com a direita, mas a recíproca não é verdadeira”.
E Roberto Amaral, dirigente do PSB, se enganou redondamente: ele dizia que o Eduardo ia ser o viagra da direita.
Já é.
Em conúbio com o Cerra, o Bornhausen e o Roberto Freire.
Faltam o Bolsonaro, o Feliciano, D Odilo Scherer e a embaixada americana.


Em tempo: por Bruna Serra, do Jornal do Commercio, de Recife:

Eduardo prepara um QG em Brasília



Monitorar ostensivamente as ações do Palácio do Planalto e o grau de insatisfação dos aliados com a gestão Dilma Rousseff (PT) devem ser apenas duas das tarefas a serem executadas, a partir de agora, pelo escritório de comunicação que o PSB está instalando na Capital Federal. Com sua pré-campanha à Presidência da República andando a passos largos, o governador Eduardo Campos (PSB), que confere grande importância a estratégias de marketing e comunicação, prepara uma equipe robusta para atuar no “quartel general” de Brasília.

O publicitário Edson Barbosa, responsável pela elaboração das inserções do PSB veiculadas no rádio e na televisão fará parte da equipe. Jornalistas pernambucanos também estão sendo escalados para reforçar o “time”, como gosta de dizer o governador quando se refere à sua equipe
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Paulo Henrique Amorim


Conversa Afiada
 

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