terça-feira, 25 de junho de 2013

Aécio Neves, candidato a udenista-lacerdista-janista

Em resposta à proposta da presidenta Dilma Rousseff de convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva para fazer a reforma política, o pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto em 2014, senador Aécio Neves (PSDB-MG), sugere em nota conjunta com o DEM e o PPS e em entrevista uma agenda aparentemente ética que ele e os tucanos não aplicam em seus governos.

Friso, nem nos dois dele, em Minas Gerais (2003-2010) e nem nos dos tucanos em geral - começando pelos de São Paulo, de Geraldo Alckmin, José Serra, Alckmin de novo... Aécio propõe reduzir o número de ministérios pela metade. Comece então por Minas, o que não fez quando governador e nem faz o sucessor que ele elegeu, Antônio Anastasia. Ele sugere e quer, também, a divulgação dos gastos da Presidência da República em viagens internacionais. O que já é feito.

Espero que ele publique como faz suas viagens e como as fazia quando era governador. Que publique todos os seus gastos nos 8 anos que governou Minas e os de todas as suas viagens. Inclusive os gastos de seus governos feitos com cartões corporativos...

Quando uma CPI proposta pela oposição funcionar em Minas e São Paulo...


Sobre sua proposta de CPI da COPA, o que se pode adiantar é que quando ele deixar alguma CPI proposta pela oposição funcionar em Minas (ou o governo tucano paulista) ou em São Paulo, aí sentamos para discutir.

Já sua proposta sobre uma fiscalização, uma espécie de devassa no BNDES e na Petrobras, ela apenas revela até onde vai a irresponsabilidade tucana, já que ambas são instituições auditadas e fiscalizadas não apenas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) mas, também, por conselhos fiscais e agências de risco. Agora, quando ele fizer isso com as Centrais Elétricas de Minas Gerais (CEMIG) e outras estatais mineiras, aí ele pode pedir para o governo federal fazer com suas empresas e bancos públicos.

Em tempo: a UDN em que muitos se inspiram para fazer política era o partido (extinto em 1965) das "marchadeiras", do golpe de 64, que vivia rondando quartéis e mais contribuiu para a instalação da ditadura militar (1964-1985); Carlos Lacerda, ex-deputado e ex-governador da Guanabara, foi o maior opositor ao governo Getúlio Vargas (1950-1954), aos governos democráticos que a este se sucederam e um dos que mais contribuíram para a derrubada da legalidade; e Jânio Quadros se elegia em campanhas que tinham como símbolo uma vassoura com a qual ele dizia que varreria a corrupção. Dizia. 



Blog do Zé Dirceu

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