sábado, 31 de agosto de 2013

Discurso de Lula nos 30 anos da CUT




Rede Brasil Atual

Folha confirma "garganta profunda" contra FHC

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Jornal que, em 1997, denunciou a compra de votos para aprovação da emenda à reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, afirma que Narciso Mendes, personagem central do livro "O Príncipe da Privataria", do jornalista Palmério Doria, é mesmo o personagem que a Folha apresentava como "Senhor X" em suas reportagens; Mendes gravou deputados admitindo terem recebido propina de R$ 200 mil para votar a favor da reeleição; segundo o jornal, revelação é "histórica"; no caso Watergate, a identidade de Mark Felt, fonte das notícias que derrubaram Richard Nixon, foi preservada durante 33 anos; aqui, o escândalo de FHC não deu em nada
31 de Agosto de 2013 


247 - Na reta final do julgamento da Ação Penal 470, um discurso do ministro Celso de Mello chamou a atenção. Segundo ele, o tratamento conferido ao réu José Dirceu foi "benigno", uma vez que se tratava de corromper as instituições para permitir que um determinado grupo se perpetuasse no poder. 

Curiosamente, neste fim de semana, chega às livrarias a obra "O Príncipe da Privataria", do jornalista Palmério Doria, que aborda uma compra efetiva de votos para que um determinado grupo se perpetuasse no poder. Em 1997, para que a emenda que permitiu a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fosse aprovada, parlamentares foram comprados, alguns receberam R$ 200 mil, e o pagamento foi operado por personagens que hoje despontam no escândalo do metrô.

Nada foi feito, ninguém foi denunciado e nenhum dos personagens se transformou em réu. 

Naquele ano de 1997, o principal denunciante da história era apontado pela Folha como "senhor X", um personagem que gravou deputados admitindo terem recebido a propina. No livro, Palmério revela que ele era o empresário e ex-deputado Narciso Mendes.

Na edição deste sábado, pela primeira vez, a Folha confirma que Mendes foi efetivamente o "senhor X" ou o seu "garganta profunda". Num texto de Ricardo Mendonça, o jornal classifica a revelação de Palmério Doria, que é também colunista do 247, como "histórica".

No Brasil, Mendes permaneceu incógnito durante 16 anos. Nos Estados Unidos, a identidade de Mark Felt, o vice-presidente do FBI que denunciou o escândalo Watergate, foi preservada durante 33 anos. A diferença é que, lá, o presidente Richard Nixon caiu. Aqui, FHC festeja a prisão de réus, que, como diz Celso de Mello, corromperam as instituições para se perpetuar no poder.

Abaixo, a reportagem de Ricardo Mendonça, em que a Folha confirma a identidade do seu informante e lembra que o caso nunca foi investigado:

Livro contra FHC revela fonte que provou compra de votos
"Senhor X" gravou deputados que disseram receber para aprovar reeleição em 97
Empresário Narciso Mendes assume identidade 16 anos após escândalo que abalou governo tucano
RICARDO MENDONÇA
DE SÃO PAULO

O livro "O príncipe da privataria", um libelo contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que está sendo lançado pelo jornalista Palmério Dória, traz uma revelação histórica sobre a compra de votos no Congresso a favor da emenda constitucional da reeleição, esquema denunciada pela Folha em 1997.

Tratado pelo jornal como "Senhor X" em diversas reportagens, o homem que naquele ano gravou deputados admitindo a venda de votos assumiu sua real identidade.

Trata-se do empresário e ex-deputado Narciso Mendes, 67 anos, dono de um jornal e de uma retransmissora do SBT em Rio Branco (AC). Em 16 anos, ele nunca havia falado publicamente sobre o assunto. A seu pedido, seu nome era preservado pelo jornal.

O depoimento de Mendes admitindo ter colhido as provas da compra de votos é tema dos capítulos 11 e 12 de "O príncipe da privataria" (399 páginas, Geração Editorial).

Na época, Mendes já era ex-deputado. Com bom trânsito na bancada do Acre, ele afirma que aceitou gravar os colegas e entregar o material ao repórter Fernando Rodrigues, autor da série de reportagens da Folha sobre a compra de votos, porque era "intransigentemente contra" a emenda que viria a favorecer FHC.

Seu único pedido era a manutenção do anonimato, condição que o jornal aceitou por entender que o interesse jornalístico se sobrepunha à necessidade de revelação de seu nome. Com a iniciativa do próprio em revelar sua identidade, a Folha entende que o acordo está encerrado.

HISTÓRICO
Nas gravações do "Senhor X" em 1997, dois deputados do Acre, Ronivon Santiago e João Maia (ambos do PFL, hoje DEM) diziam ter votado a favor da emenda da reeleição em troca de R$ 200 mil, o equivalente a R$ 530 mil hoje.
Outros três deputados eram citados de forma explícita nas gravações. As conversas sugeriam que dezenas teriam participado do esquema.

A denúncia causou abalo no governo, mas o assunto nunca foi investigado. A tentativa de criação de uma CPI foi abafada. O então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, não pediu a abertura de inquérito.

Em 21 de maio de 1997, oito dias após o caso ter sido publicado, Santiago e Maia renunciaram. Os ofícios enviados ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), eram idênticos. 
Ambos alegaram "motivos de foro íntimo".

Dez anos depois, em sabatina na Folha, FHC não negou que tenha ocorrido compra de votos, mas disse que a operação não foi comandada pelo governo. "O Senado votou [a reeleição] em junho [de 1997] e 80% aprovou. Que compra de voto? (...) Houve compra de votos? Provavelmente. Foi feita pelo governo federal? Não foi. Pelo PSDB: não foi. Por mim, muito menos."

APANHADO
Apesar do tom escandaloso do subtítulo, "A história secreta de como o Brasil perdeu seu patrimônio e FHC ganhou sua reeleição", o livro não traz material exclusivo sobre a venda de estatais durante o governo tucano (1995-2002).

As várias denúncias citadas, muitas vezes apresentadas de forma confusa e imprecisa, são reproduções de notícias publicadas em jornais e revistas da época. Já os argumentos econômicos são colagens de artigos publicados nos anos 90 pelo jornalista Aloysio Biondi (1936-2000), ex-colunista da Folha.

A informação mais polêmica do livro não está no material de Dória, mas na "Carta do Editor", assinada na introdução por Luiz Fernando Emediato, dono da Geração.
Emediato diz que em 1991, quando denúncias contra o então presidente Fernando Collor começaram a surgir,ouviu uma confissão de uso de caixa dois da boca do próprio FHC numa viagem aos EUA.

Ele diz ter ouvido de FHC o seguinte: "A diferença entre nós e eles [a turma de Collor] é que nós gastamos o dinheiro em campanhas, enquanto eles enfiam uma boa parte em seus próprios bolsos".

Por escrito, o assessor do Instituto FHC Xico Graziano afirmou que o ex-presidente não se lembra de ter estado com Emediato nos EUA. Graziano classificou a frase atribuída a ele como "absurda" e disse que ela "jamais teria sido por ele pronunciada".
O PRÍNCIPE DA PRIVATARIA

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Nino Rota - La Dolce Vita



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Gilberto Gil - Não tenho medo da morte

 Por Kika Tristão





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Amarcord theme - Nino Rota





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Medalhões do quanto pior, melhor, perdem apostas

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Economistas, comentaristas, agentes financeiros e formadores de opinião aninhados na mídia tradicional não emplacam suas projeções; inflação não disparou, emprego não desabou e PIB não parou de crescer às portas do sétimo mês do ano; palpites na debacle recrudescem, vindos de nomes como Alexandre Schwatsmann, Miriam Leitão, Ilan Goldfajn, Roberto Setúbal, Merval Pereira, Arminio Fraga, Maílson da Nóbrega e outros; mas resultados oficiais, números objetivos e calibragens na política econômica mostram que Brasil resiste em aceitar a tese da profecia auto-realizável; crescimento do PIB em 1,5% no segundo trimestre deixou pessimistas sem munição para suas críticas; artigos
30 de Agosto de 2013 


247 – Diante do resultado da economia no segundo trimestre do ano, com crescimento de 1,5% no período e alta anualizada de 6% - percentuais apurados pelo IBGE e aceitos até pelos mais céticos -, considerar pessimistas os economistas, articulistas e agentes financeiros e políticos que vêm fazendo seguidas profecias de debacle passou a ser simplório. O que se quer, na verdade, neste campo em que se enxergam apenas sombras no ambiente econômico e projetam-se chuvas e trovoadas para cada alvorecer, é praticar o antigo jogo do quanto pior, melhor. Ganha nesta parada quem contribuir mais efetivamente para a não reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014.

Em outras palavras, as análises econômicas veiculadas nas mais variadas plataformas da mídia tradicional estão se revelando contaminadas pelo interesses político. Se fosse diferente, os números realizados pela economia brasileira coincidiriam com as sinistroses espalhadas diariamente em todos os jornais, revistas e tevês do País. No entanto, o que se vê é uma persistente resistência do Brasil real contra esse Brasil imaginado pelos arautos do caos.

Se não é assim, então vejamos:

1) No final do ano passado, em uma série de artigos na página mais nobre do jornal O Estado de S. Paulo, o economista-chefe do banco Itaú de Roberto Setúbal, llan Goldfajn, afirmou que não haveria outra saída para controlar a inflação que não fosse a provocação, pelo governo, de algum desemprego, como forma de conter a demanda. Por mais esdrúxula que posse parecer – e é --, a tese encontrou acolhida entre diferentes formadores de opinião. Não sensibilizou, no entanto, a área econômica do governo e a presidente Dilma, que insistiram na manutenção das macropolíticas de crescimento.
Dentro os dois polos, qual deles, mais de seis meses depois da lançamento, a sério, da proposta d Goldfjan, se mostrou acertado?
Dizem os números, sem qualquer maquiagem, que foi o governo que acertou em cheio. Após um pico sazonal, a chamada inflação do tomate, no início do ano, o índice de preços passou a declinar. Em junho foi de 0,26% e, no mês passado, de apenas 0,03%, a menor variação desde julho de 2010. No mesmo período, em 2012, a inflação ficara em 0,43%. De posse da variação real da inflação em 2013, que nos primeiros sete meses do ano acumulou uma alta de 3,18%, o IBGE prevê um índice anual de 6,27%, inteiramente dentro da meta de 6,5% estabelecida pelo Banco Central.
Para se chegar a esses resultados, não houve nenhum incentivo ao desemprego, apenas a calibragem na taxa básica de juros, agora em 9%, e a continuação das medidas prudenciais combinadas com as de estímulo.
Pode-se lamentar, mas o certo é o governo controlou a inflação e deixou seus críticos falando sozinhos;

2) O regime de pleno emprego, com índices de desemprego abaixo dos 6%, é outro cavalo de batalha dos que duvidam dos parâmetros pautados pela área econômica do governo. No entanto, o que se tem oficialmente, de janeiro de 2011, quando começou o governo Dilma Rousseff, até julho deste ano, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), é um saldo de nada menos que 4 milhões de empregos formais criados. Só para 2013, a projeção do Ministério do Trabalho é da criação de 1,4 milhão de novos empregos.
"É um resultado espetacular, considerada a conjuntura mundial, em que há desemprego em todos os países", assinalou o ministro Miguel Dias.
Com ele não concorda, como se sabe, economistas como Alexandre Schwartsman, que regularmente despeja artilharia pesada sobre o tema. Ele chegou a escrever no jornal Folha de S. Paulo que a crise externa não é um fator suficientemente forte para atrapalhar, como teme o governo, o crescimento da economia brasileira. O mal estaria, apenas e tão somente, na gestão.
Acredita-se que Schwartsman habite, apenas, o planeta Terra, mas nunca se sabe o que ele faz nas horas livres.
Afinal, que é capaz de minimizar a crise econômica mundial a ponto de dizer que mal tem influência no Brasil deve ser, como diz o best seller sobre relacionamentos, do planeta Marte.
O certo, outra vez, é que, mesmo reduzindo a 1,4 milhão o número de novos empregos em 2013 contra 1,7 mihão da projeção anterior, o governo se colocou, na prática, acima das críticas de oportunidade. O sonhado, pelos adversários, caos de desemprego, não se abateu sobre o País até aqui.

3) A partir dessas duas pilastras que, está-se vendo, demonstraram ter muito mais areia do que concreto, comentaristas que se incluem num arco de pensamento econômico que abriga, entre outros, o ex-ministro Maílson da Nóbrega e a jornalista Miriam Leitão, apostaram todas as fichas na derrocada do PIB. Não poderia, afinal, ser diferente. Com inflação alta e emprego em queda, a economia estaria afundando.
Veio a realidade, porém, outra vez, e frustrou as expectativas. O número oficial do IBGE para o crescimento no segundo trimestre e de 1,5%, acima dos que apostavam em, no máximo, 1,3%. Anualizado, esse índice aponta para um crescimento de 6%. É claro que, frente a essa projeção, a turma do 'não é nada disso' já anuncia que o que não caiu ate agora vai cair ali na frente. Objetivamente, porém, o que se tem é uma consistente curva de alta moderada, inferior, neste momento, apenas à elevação registrada pela economia da China. Repita-se: o Brasil só cresceu menos, nos últimos três meses, do que a China entre os emergentes. Pode-se dizer que isso é pouco – mas cair nessa ladainha já é outra conversa.

O ano de 2013 vai passando pelo bombardeiro dos comentaristas de economia que, uma a uma, vão errando todas as suas previsões. Vem sendo assim, de resto, desde a aposta no apagão energético, formulado no ano passado – e que, simplesmente, não aconteceu. Em algum momento, essa torcida poderá encontrar o que comemorar, dadas as condições extremamente delicadas da economia mundial. Mas quem está ganhando de goleada, até agora, é mesmo o governo. Contra as projeções de fim do mundo em instantes, o que os números e a economia real mostram é que o Brasil não apenas está resistindo, como avançando.

Abaixo, algumas profecias que não se realizaram:




Brasil 247

No mapa do PIB, Brasil bate todos menos a China

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No segundo trimestre, País cresce mais que o dobro dos índices de Estados Unidos (0,6%) e Inglaterra (0,7); 1,5% alcançados aqui deixam para trás Alemanha (0,8%), Portugal (1,1%), Espanha (-0,1%) e Itália (-0,2%); a comparar com número da economia do México (-0,7%), diferença chega a ser brutal; apenas a China (1,7%), do presidente Xi Jinping, fez melhor diante da crise; por que Dilma não teria motivos para sorrir?
30 de Agosto de 2013 

247 – Comparar é entender. Para deixar mais clara a importância do resultado de 1,5% de crescimento da economia brasileira no segundo trimestre, o Ministério da Fazenda fez um levantamento bastante amplo sobre os resultados alcançados por outras importantes economias do mundo no mesmo período.

Os números fizeram parte da apresentação feita pelo ministro Guido Mantega, em Brasília, nesta sexta-feira 30. E ele tinha mesmo bons motivos para cotejar o resultado local frente ao de gigantes globais. Afinal, a economia que Mantega pilota sofrendo caneladas distribuídas pela mídia tradicional, torcida organizada, na mídia estrangeira, pela sua queda, e sustos diários em razão da volatilidade imposta pela própria crise, bateu a de todos os demais países ocidentais. 

No globo, perdeu em crescimento, no período, apenas para a da China, que marcou 1,7% sobre o período anterior.

Em recuperação, com números ainda tímidos, mas mais saudáveis do que os de meses atrás, a economia dos Estados Unidos não fez frente para o PIB brasileiro. O 0,6% marcado pelo PIB americano é mais de duas vezes menor que a marca do Brasil entre abril e junho. Na mesma conta cabe o da Inglaterra, que cresceu 0,7%. No continente europeu, a Alemanha, que produziu o melhor índice, chegou apenas a 0,8%.

No restrito clube dos países que marcaram acima de 1% estão, além do Brasil e China, Coréia do Sul e Portugal, cada um deles com 1,1%. Itália e Espanha, respectivamente com – 0,2% e – 0,1%.

Se você não acredita que existe uma crise econômica mundial lá fora, essas comparações podem não fazer muito sentido. No entanto, quem está por dentro do que se dá pelo mundo nos últimos dois anos sabe que o cotejamento mostra que o Brasil, com seu conjunto de políticas anti-cíclicas, continua obtendo resultados que mostram os benefícios dessa resistência.

A presidente Dilma Rousseff, em viagem à Europa, disse que a melhor maneira de enfrentar a crise não é pela contenção, mas pelo crescimento. Ela se mantém coerente a essa afirmação e está colhendo os resultado que muita gente não esperava.

Abaixo, as telas da apresentação do ministro Guido Mantega sobre o PIB:


 


Brasil 247

Louis Armstrong - When You Wish Upon A Star





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Mídia poupa Aécio de perguntas sobre corrupção no tucanato paulista - José Dirceu



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Aécio Neves

O presidenciável do tucanato em 2014, senador Aécio Neves (PSDB-MG), vem a capital paulista almoçar com deputados que já aderiram à sua candidatura, vai ao Recife jantar com o governador Eduardo Campos (PSB) e firmar com ele um pacto transitório de não agressão… 

Anda por esse Brasil inteiro e nada de perguntas sobre o propinoduto tucano, sobre as denúncias de corrupção por 20 anos que envolvem os governos do seu partido em São Paulo.
Parece que não houve nada, que não existem as denúncias de corrupção tucana e que o partido dele não tem nada a ver com isto. Essa é a nossa mídia. Censura a seu bel prazer e escolhe os temas que vai levantar em entrevistas, publicar e veicular na mídia eletrônica conforme a cor partidária do entrevistado.

Tal comportamento, no caso da nossa mídia tupiniquim, deixa claro que ela já optou por descartar o ex-governador-presidenciável José Serra, apoiar Aécio Neves, estimular Marina Silva e tentar cooptar Eduardo Campos – todos para um campo anti-PT.
Optaram e aderiram, assim, de corpo e alma, a um campo sem programa e sem propostas. A não ser as de sempre, tão bem expressas pelos expoentes da Casa das Garças, o ninho de economistas tucanos no Rio. Como Edmar Bacha, ainda nesta semana.

A parceria temporária de Aécio e Eduardo Campos
Nossa mídia noticia que Aécio Neves e Eduardo Campos, presidentes nacionais de seus partidos, jantaram juntos nesta 5ª feira (ontem) na residência do governador de Pernambuco. E que os dois fecharam parceria temporária para fortalecer seus nomes à disputa presidencial, para evitar agressões mútuas e estabelecer convergência nas críticas ao governo Dilma Rousseff.

Os dois, realmente, fazem críticas parecidas ao Planalto e à própria presidenta da República, de quem o governador ainda é aliado formal e em cujo governo seu PSB ainda ocupa dois ministérios (Portos e Integração Nacional) e muitos cargos de peso, como o comando da CHESF – Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco.
Mas, nossa mídia… No Nordeste, nada de mostrar a debilidade do PSDB na região e sua histórica política de sustentação das oligarquias pefelistas ali, o abandono dela nos anos FHC (1995-2002) e a posição sempre anti-Nordeste no Congresso Nacional das bancadas tucanas, tão bem representada por José Serra e sua carga e suas manobras que impediram reformas e medidas que beneficiariam os nordestinos.

(Foto: João Cruz/ABr)


Blog do Zé Dirceu

Festa para o crescimento dos EUA, pessimismo e derrotismo aqui

Boa, ainda sem muita novidade, a proposta de Orçamento Geral da União (OGU) para 2014, entregue pelo governo (ministros da Fazenda e do Planejamento) no prazo legal, ontem, ao Congresso Nacional.

Claro, contém boas diretrizes, como a de elevação de 6,6% no salário mínimo, que passará de R$ 678,00 para R$ 722,00 a partir de janeiro próximo; a previsão de crescimento econômico de 4% (do PIB) no ano que vem; a perspectiva de continuidade de inflação em queda; e a Saúde, a exemplo de 2013, sendo a pasta que vai receber mais dinheiro (R$ 80,65 bi), graças ao Programa Mais Médicos e a outros na área.

A mídia nem conferiu à proposta maior destaque. O que ela está bombando mesmo hoje é a revisão dos índices da economia nos Estados Unidos relativos ao 2º trimestre deste ano. Muita festa e elogios à economia norte-americana, que (indica a revisão) pode crescer 2,5% este ano; já aqui, para a nossa, pessimismo e derrotismo…
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Nelson Rodrigues

É o velho complexo de vira-latas de que falava o teatrólogo e jornalista Nelson Rodrigues elevado à enésima potência… Não se tocam o quanto fica ridículo para nossos escribas tupiniquins ficar criticando o crescimento brasileiro e incensando o dos EUA.
Festa para à economia dos EUA, derrotismo para a nossa

Não desconfiam do ridículo a que ficam expostos ao criticar nossos bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES…) quando o Banco Mundial – BIRD – multiplicou por três o financiamento a governos frente aos riscos de recessão e aumento do desemprego nos países-sócios…

Da mesma forma que soa como pura politicagem os mesmos que pediam um câmbio desvalorizado agora gritarem contra o dólar a R$ 2,4 ….
Só têm olhos para elogiar a economia de Tio Sam, que acelerou de maneira mais rápida que o esperado no 2º trimestre, graças ao aumento nas exportações, reforçando, assim, o cenário para que o FED reduza seu programa de estímulo econômico.
Recuperação dos danos da recessão ainda está longe

O PIB dos EUA cresceu a uma taxa anual de 2,5%, de acordo com estimativas revisadas para o período divulgadas pelo Departamento do Comércio nesta 5ª feira. A taxa de crescimento do trimestre foi mais que o dobro do ritmo registrado nos três meses anteriores.
O relatório, dizem os especialistas, até pode estimular a confiança de que a economia está melhorando, mas uma recuperação completa da recessão de 2007 a 2009 está provavelmente muito longe, visto que a taxa de desemprego do país permanece historicamente alta em 7,4%.



Blog do Zé Dirceu

Em livro, Palmério Dória revela identidade de ex-deputado: gravou colegas que venderam votos para reeleger FHC

publicado em 30 de agosto de 2013 

Palmério com o Senhor X, no Acre (foto Mylton Severiano, cedida pela Geração Editorial)
por Luiz Carlos Azenha

Foi o acreano Narciso Mendes, hoje com 67 anos de idade, quem usou um gravador emprestado pelo repórter Fernando Rodrigues, da Folha de S. Paulo, para comprovar que deputados federais de seu estado venderam os votos na aprovação da emenda constitucional que permitiu a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1997.

A revelação é feita no livro O Príncipe da Privataria, de Palmério Dória, que chega às livrarias hoje.

Em Brasília não era segredo o papel desempenhado por Narciso, à época deputado federal pelo Partido Progressista, de Paulo Maluf. Porém, pela primeira vez ele assume oficialmente o que fez.
Trecho do livro:
A compra dos votos para a reeleição, frisa Narciso, “se dava às escâncaras”. Seria “muita ingenuidade”, diz ele, considerar inverossímil que, no episódio da troca de cheques pré-datados por dinheiro vivo, os deputados saíssem carregando R$ 200 mil em sacolas. Afinal, em notas de R$ 100,00 seriam duas mil notas, ou o dobro se fossem notas de R$ 50,00. Duzentos pacotes de mil reais: volume considerável. “Tinha de ser em sacolas!”, diverte-se ele.
O que Narciso diz é que cheques foram antecipados e, posteriormente — depois da aprovação da emenda — trocados por dinheiro.

Dois deputados renunciaram antes de serem cassados pela Câmara, ao admitirem envolvimento na tramoia: Ronivon Santiago e João Maia. Outros três, igualmente da bancada acreana, também foram citados como tendo vendido o voto.

Na época, o PSDB atribuiu a manobra a interesses paroquiais, de governadores que também seriam beneficiados pela aprovação da emenda. Porém, o livro coloca a operação no colo de Sérgio Motta, então ministro das Comunicações e principal articulador de FHC junto ao Congresso Nacional.

Narciso, hoje empresário no Acre, é dono do jornal O Rio Branco e de uma retransmissora do SBT. Ele sustenta que se opôs à emenda que garantiu a reeleição a FHC por questões ideológicas. Não concordava que pudesse beneficiar quem a promovia.

Reproduzindo um trecho de A Arte da Política, livro de FHC, afirma: “Aqui diz Fernando Henrique Cardoso: Sérgio Motta indignou-se, queria logo uma CPI na ingenuidade de imaginar que, naquela circunstância, da CPI resultasse outra coisa diferente do que culpar o governo”.
Comenta:
“Nem Sérgio Motta queria CPI, nem Fernando Henrique queria CPI, nem Luís Eduardo Magalhães [líder do governo] queria CPI, ninguém queria, porque sabiam que, estabelecida a CPI, o processo de impeachment ou no mínimo de anulação da emenda da reeleição teria vingado, pois seria comprovada a compra de votos”.
Mas, quantos votos foram comprados para que FHC pudesse se reeleger?
Nos cálculos do senador Pedro Simon, citado no livro, 150. A 200 mil reais por cabeça, por baixo, R$ 300 milhões!
Narciso acha que foram mais. Nega que, como foi acusado por escrito por FHC, tenha tentado tumultuar a tramitação da emenda.
“Como é que um desgramado, do baixo clero, do Acre, tinha poderes para tumultuar a emenda da reeleição?”, afirma Narciso.

Também rebate a ideia de que o governador do Acre à época, Orleir Cameli, assim como outros dirigentes de estados do Norte, tivessem tomado a iniciativa de promover a emenda, como sugere FHC em seu livro.
 Uma mentira, diz Narciso, pois no Acre, por exemplo, Orleir Cameli não se candidatou à reeleição. Ademais, acrescenta, não foi “o pessoal do Norte” quem inventou a reeleição, muito menos a compra de votos. “Foi uma criação do  senhor Sérgio Motta e do senhor Fernando Henrique Cardoso”, reitera.
*****
O livro O Príncipe da Privataria é, na verdade, um balanço do entorno do homem que “vendeu o Brasil”. Uma denúncia menos na linha de Amaury Ribeiro Jr. e mais na de Aloysio Biondi e seu O Brasil Privatizado.

Um escândalo sobre o qual o Brasil pouco refletiu, já que a mídia corporativa se refere àquele como um período de ouro do país. É importante frisar que os principais grupos de mídia tiraram proveito direto dos negócios envolvidos na privatização.

Na Nota do Editor que abre o livro, Luiz Fernando Emediato pergunta: “onde estava, no reinado dos tucanos, o ministério público, o procurador geral da República, os Joaquim Barbosa daquele tempo? O chamado “mensalão” — tenha existido ou não — parece coisa de amadores diante do profissionalismo de empresários, burocratas e políticos daquele tempo. 

Nenhuma CPI. Nenhuma investigação que chegasse ao fim. Nenhuma denúncia capaz de levar a um processo e a uma condenação!”
Palmério Dória avança a tese de que Glauber Rocha, na década de 70, foi visionário ao dizer:
No Brasil, o gancho do Pentágono é o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), que funciona em São Paulo.
Fernando Henrique Cardoso é apenas um neocapitalista, um kennedyano, um entreguista.
Como a Central de Inteligência dos Estados Unidos deu dinheiro à Fundação Ford e esta ao Cebrap — na casa, especula Palmério, do milhão de dólares –, “o Cebrap recebeu dinheiro da CIA”.
Teria sido este o início da “inspiração” que levou FHC a adotar a agenda do consenso de Washington, que resultou na queima de R$ 100 bilhões em patrimônio público dos brasileiros.
O próprio autor fala abaixo sobre os principais destaques do livro:




Viomundo

Embargos infringentes. Por que serão aceitos

O Código de Processo Penal prevê embargo infringente com um único voto contra o réu. Imagine com quatro !

A Lei 8.038 de 1990, que trata de normas procedimentais do Supremo e do STJ, não previu os embargos infringentes – os que vão permitir o rejulgamento do Dirceu.

O raciocínio embutido nas colonas (*) do Ataulfo Merval (**) – que devem expressar as opiniões de seus supostos inspiradores, Gilmar Dantas (***), o Big Ben de Propriá e, talvez, o próprio presidente Joaquim Barbosa – é muito interessante: como a Lei de 8.038 não previu, então, os embargos estão revogados !

Tem um pequeno problema nesse raciocínio “desinteressado”.

O Título I, Capítulo 1, sobre a Ação Penal Originária da Lei 8.038 não fala dos embargos infringentes NEM DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS !

Se não fala em embargo declaratório, então, o Supremo incorreu em grave ilegalidade, ao julgar os embargos declaratórios !

Onde já se viu irregularidade dessas ?

Ou melhor, onde já se viu argumento tão tosco ?

Acontece que, além disso, o Ataulfo e suas fontes de suposta inspiração não levam em conta o Artigo 609 do Código de Processo Penal.

O Código !

Não é uma invenção regimental interna do Supremo.

É o Código !

No Código, não é preciso nem que quatro votos contra – como no caso do Dirceu – justifiquem um embargo declaratório: basta UM voto contra.

E o STF sempre julgou embargos infringentes, INCLUSIVE EM AÇÃO PENAL, como a 470 do mensalão (o do PT).

Como diz o professor Luiz Moreira, que também demonstra, inequivocamente, que o Supremo tem que aceitar os embargos infringentes: afinal, o Supremo é formado de juízes ou de justiceiros, Moreira pergunta ?

Diz o Artigo 609, Parágrafo Único, do CÓDIGO de Processo Penal:

Os recursos infringentes serão julgados quando não for UNÂNIME a decisão de segunda instância desfavorável ao réu.

Admitem-se – diz o CÓDIGO e, não, um regimento – embargos infringentes e de NULIDADE, que poderão ser feitos em dez dias.

Ademais, diria o Ataulfo, o Supremo é a ÚLTIMA instância e ÚNICA.

O Conversa Afiada já observou que toda a pressão para não aceitar os embargos infringentes se dá sobre as Ministras Rosa Weber e Carmen Lucia.

O Fernando Brito percebeu o mesmo, ao observar o comportamento do dedo polegar do Ataulfo.

É muito simples.

O julgamento do mensalão (o do PT) respeitará os ritos processuais, ou será, de novo, como percebeu a Hildegarde Angel, apenas, um Mentirão ?

O STF é uma casa de Justiça ou está sitiada pela Globo ?

A Globo estabeleceu que este é o “Maior Julgamento da História”.

O Supremo estará disposto a desmentir a Globo ?

Ou subscreverá sua sentença ?

Clique aqui para ler “Quem são os bonzinhos do PML ? Querem um pedido de ‘desculpas’.”

Em tempo: o Conversa Afiada reproduz trecho de ótimo texto de Altamiro Borges:

“Operação 7 de setembro” da direita



Em sua coluna deste domingo (18) no jornal O Globo, o “imortal” Merval Pereira deu a pista. Após expressar seus temores com o julgamento do “mensalão petista”, ele apostou as suas fichas nas “grandes manifestações que estão sendo convocadas em todo o país para comemorar o Dia da Independência na visão da cidadania”. Um rápido monitoramento na internet revelou de qual “cidadania” o jornalista gosta. Uma tal “Operação 7 de setembro” está sendo organizada com forte influência da direita nativa. Até o momento, segundo os organizadores, há 126 protestos agendados.

(…)



Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

(***) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…



Conversa Afiada

Dirceu ainda não perdeu. Tem os infringentes

Os juristas do PiG fogem do Artigo 609 do Código de Processo Penal como do capeta

Nesta quinta-feira, o Supremo não aceitou a redefinição de “quadrilha” ao julgar o embargo declaratório de José Dirceu.

Como sempre, Lewandowski sentou-se ao lado da boa tradição jurídica – e da História.

Ninguém pode ser condenado duas vezes pelo mesmo ato !

Louve-se, aqui o voto do Ministro Toffoli e, ainda mais, a inesperada intervenção de Marco Aurélio de Mello, que acompanhou a tese de Lewandowski e, literalmente, deu a mão à palmatória.

Chamou a atenção, também, o minucioso, longo e ininteligível – como sempre -  voto do Ministro Gilmar Dantas (*).

Normalmente, ele vota no PiG (**).

Deve achar que é mais útil.

Como observou o Janio de Freitas, no STF ele demonstra tédio infinito.

Nesta quinta-feira, não.

Ele quis deixar bem claro que pretende enforcar o Dirceu, a tempo do jornal nacional !

Mas, isso tudo está no terreno dos embargos declaratórios, aqueles que tem a função de esclarecer, clarificar decisões.

Não tem o poder de rejulgar.

O rejulgamento cabe aos embargos infringentes.

Embargos infringentes previstos no Código de Processo Penal.

Um Código !

Clique aqui para ver por que os embargos infringentes serão aceitos.

O interessante é que o PiG (**) e seus juristas, os membros do Supreminho do Pig (**) fogem do Código de Processo Penal como do capeta:
Diz o Artigo 609, Parágrafo Único, do CÓDIGO de Processo Penal:

Os recursos infringentes serão julgados quando não for UNÂNIME a decisão de segunda instância desfavorável ao réu.

Admitem-se – diz o CÓDIGO e, não, um regimento – embargos infringentes e de NULIDADE, que poderão ser feitos em dez dias.

Ademais, diria o Ataulfo, o Supremo é a ÚLTIMA instância e ÚNICA.

E o Dirceu foi condenado por 5 a 4.

A quadrilha ali cairá.

Porque esse julgamento não é o Maior do Século, ou da História, como pretende a Globo Overseas.

Este século ainda pode assistir, digamos, ao julgamento da reeleição do Fernando Henrique e o processo de convencimento de 150 deputados a R$ 200 mil, em sacolas de dinheiro vivo.

R$ 200 mil para a bancada do Acre !

Imagina a de São Paulo, amigo navegante.

O Século pode assistir à Satiagraha, à Castelo tucano de Areia, ao mensalão tucano, ao trensalão, às ambulâncias super-faturadas.

O mundo gira e a Lusitana roda.

Como demonstrou o professor Sicsú, a História não será escrita pela Globo Overseas.

Agora, este julgamento do mensalão, o do PT, terá a propriedade de levar alguns membros do Supremo à História.

Clique aqui para ler “o Supremo já teve coragem !”.
Clique aqui para ler “Quem cassa Genoíno é a Câmara”.

E aqui para “No PT só tem ladrão.” Como o PiG protege os tucanos.”

Paulo Henrique Amorim
 
(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…


(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.


Conversa Afiada

Novo PGR cobra STF por mensalão tucano

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Em sabatina na CCJ do Senado, Rodrigo Janot defendeu tratamento isonômico no caso dos processos da AP 565 e da AP 470. “Nós estamos tratando ali com uma questão de forma profissional. Na minha terra, se diz que pau que dá em Francisco, dá em Chico", declarou. Segundo a denúncia, o esquema montado pelo publicitário Marcos Valério serviu para desvio de verbas de estatais mineiras durante a campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) à reeleição ao governo de Minas, em 1998
30 de Agosto de 2013 


247 – Após ter sua indicação aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o novo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu tratamento igual aos chamados mensalão mineiro e petista.

"No caso dos processos da Ação Penal 565 [mensalão mineiro] e da Ação Penal 470 [mensalão petista], o tratamento tem que ser isonômico. Nós estamos tratando ali com uma questão de forma profissional", declarou. "Na minha terra, se diz que pau que dá em Francisco, dá em Chico".

O caso envolve três réus do mensalão petista -- o empresário Marcos Valério e seus ex-sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz -- e autoridades como o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

Segundo a denúncia, o esquema montado por Valério serviu para desvio de verbas de estatais mineiras durante a campanha de Azeredo à reeleição ao governo mineiro, em 1998. O caso começou a ser investigado pelo Ministério Público em 2005 e está desde 2010 aguardando julgamento no STF. O processo foi desmembrado e também tramita na Justiça mineira.

O procurador também disse ser favorável à aprovação de um projeto de lei pelo Congresso que regulamente os limites de investigação do MP. "É necessário que haja uma regulamentação prévia, clara e objetiva, que discipline detalhadamente como se darão as investigações", declarou.

Questionado sobre a decisão da Câmara de manter o mandato de Natan Donadon (sem partido-RO), deputado condenado pelo STF a 13 anos de prisão, Janot disse que a discussão "é um pacote que nós vamos ter que desembrulhar".

"Nós vamos ter que compatibilizar mandato com a perda dos direitos políticos. Vamos ter que compatibilizar o parlamentar e a restrição da liberdade dele com ausência nas sessões do Congresso Nacional. São vários os problemas jurídicos que daí decorrem", declarou.

Quanto à situação do senador boliviano Roger Pinto Molina, para procurador, não há possibilidade de extradição enquanto durar o asilo. Na quarta-feira, o presidente boliviano, Evo Morales, disse que o Brasil deveria "devolver" Pinto Molina.
"Se a imputação na origem é crime de corrupção, eventualmente, é possível que o senador boliviano seja levado às barras da Justiça brasileira", declarou.

Em uma autocrítica à atuação do MP nos últimos anos, Janot defendeu mais transparência e diálogo com instituições dos três Poderes. "Somente por meio de uma interlocução aberta e permanente entre todos os órgãos da administração pública é que podemos construir o ambiente propício à consecução dos objetivos comuns a todo o Estado brasileiro", disse.

O jurista mineiro de 56 anos é especialista em direito comercial e foi secretário de Direito Econômico no Ministério da Justiça em 1994. No Ministério Público Federal (MPF), Janot ingressou em 1984, ocupando o cargo de subprocurador em 2003.

O nome de Rodrigo Janot precisa ser referendado por pelo menos 41 senadores em votação secreta no plenário, o que deve ocorrer na próxima semana. Ele será o sucessor de Roberto Gurgel no cargo e o representante do Ministério Público junto ao Supremo.



Brasil 247

Livro-bomba revela como FHC comprou sua reeleição

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Lançado por Palmério Doria, "O Príncipe da Privataria" aborda as contradições do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e desnuda um capítulo ainda obscuro da política brasileira: a compra da emenda que permitiu a sua reeleição, em 1998; o livro revela ainda a identidade do "Senhor X", que gravou deputados e denunciou ao jornalista Fernando Rodrigues, da Folha, o episódio; trata-se do empresário Narciso Mendes, do Acre, que resolveu contar tudo o que sabia; a obra trata ainda da tentativa de privatização da Caixa, do Banco do Brasil e da Petrobras e também de como a mídia blindou a história do filho de FHC fora do casamento – que, no final da história, não era filho legítimo do ex-presidente – num dos episódios mais constrangedores da imprensa brasileira; livro traz ainda revelações de Itamar Franco, Pedro Simon e Ciro Gomes sobre FHC

30 de Agosto de 2013 


247 - Um livro bombástico chega, neste fim de semana, às livrarias de todo o País. Trata-se de "O Princípe da Privataria", lançado pelo jornalista Palmério Doria, autor do best-seller Honoráveis Bandidos, sobre o poder da família Sarney, e colunista do 247. Desta vez, o foco de Doria é lançado sobre um dos homens mais poderosos e cultuados do Brasil: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No livro, o autor aborda as contradições do personagem e algumas manchas de sua biografia, como a compra da emenda da reeleição e a operação pesada para blindá-lo na imprensa sobre o filho fora do casamento com uma jornalista da Globo, que, no fim da história, não era seu filho legítimo.

Leia, em primeira mão, o material de divulgação preparado pela Geração Editorial, a mesma casa editorial que lançou livros-reportagem de sucesso como Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr., e Segredos do Conclave, de Gerson Camaratti:

O Príncipe da Privataria revela quem é o “Senhor X”, o homem que denunciou a compra da reeleição

Uma grande reportagem, 400 páginas, 36 capítulos, 20 anos de apuração, um repórter da velha guarda, um personagem central recheado de contradições, poderoso, ex-presidente da República, um furo jornalístico, os bastidores da imprensa, eis o conteúdo principal da mais nova polêmica do mercado editorial brasileiro: O Príncipe da Privataria – A história secreta de como o Brasil perdeu seu patrimônio e Fernando Henrique Cardoso ganhou sua reeleição (Geração Editorial, R$ 39,90).

Com uma tiragem inicial de 25 mil exemplares, um número altíssimo para o padrão nacional, O Príncipe da Privataria é o 9° título da coleção História Agora da Geração Editorial, do qual faz parte o bombástico A Privataria Tucana e o mais recente Segredos do Conclave.

O personagem principal da obra é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o autor é o jornalista Palmério Dória, (Honoráveis Bandidos – Um retrato do Brasil na era Sarney, entre outros títulos). A reportagem retrata os dois mandatos de FHC, que vão de 1995 a 2002, as polêmicas e contraditórias privatizações do governo do PSDB e revela, com profundidade de apuração, quais foram os trâmites para a compra da reeleição, quem foi o “Senhor X” – a misteriosa fonte que gravou deputados confessando venda de votos para reeleição – e quem foram os verdadeiros amigos do presidente, o papel da imprensa em relação ao governo tucano, e a ligação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) com a CIA, além do suposto filho fora do casamento, um ”segredo de polichinelo” guardado durante anos...

Após 16 anos, Palmério Dória apresenta ao Brasil o personagem principal do maior escândalo de corrupção do governo FHC: o “Senhor X”. Ele foi o ex-deputado federal que gravou num minúsculo aparelho as “confissões” dos colegas que serviram de base para as reportagens do jornalista Fernando Rodrigues publicadas na Folha de S. Paulo em maio de 1997. A série “Mercado de Voto” mostrou da forma mais objetiva possível como foi realizada a compra de deputados para garantir a aprovação da emenda da reeleição. “Comprou o mandato: 150 deputados, uma montanha de dinheiro pra fazer a reeleição”, contou o senador gaúcho, Pedro Simon. Rodrigues, experiente repórter investigativo, ganhou os principais prêmios da categoria no ano da publicação.

Nos diálogos com o “Senhor X”, deputados federais confirmavam que haviam recebido R$ 200 mil para apoiar o governo. Um escândalo que mexeu com Brasília e que permanece muito mal explicado até hoje. Mais um desvio de conduta engavetado na Era FHC.

Porém, em 2012, o empresário e ex-deputado pelo Acre, Narciso Mendes – o “Senhor X” –, depois de passar por uma cirurgia complicada e ficar entre a vida e a morte, resolveu contar tudo o que sabia.

O autor e o coautor desta obra, o também jornalista da velha guarda Mylton Severiano, viajaram mais de 3.500 quilômetros para um encontro com o “Senhor X”. Pousaram em Rio Branco, no Acre, para conhecer, entrevistar e gravar um homem lúcido e disposto a desvelar um capítulo nebuloso da recente democracia brasileira.

O “Senhor X” aparece – inclusive com foto na capa e no decorrer do livro. Explica, conta e mostra como se fazia política no governo “mais ético” da história. Um dos grandes segredos da imprensa brasileira é desvendado.
20 anos de apuração

Em 1993, o autor começa a investigar a vida de FHC que resultaria neste polêmico livro. Nessas últimas duas décadas, Palmério Dória entrevistou inúmeras personalidades, entre elas o ex-presidente da República Itamar Franco, o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes e o senador Pedro Simon, do PMDB. Os três, por variadas razões, fizeram revelações polêmicas sobre o presidente Fernando Henrique e sobre o quadro político brasileiro.

EXÍLIO NA EUROPA
Ao contrário do magnata da comunicação Charles Foster Kane, personagem do filme Cidadão Kane, de Orson Welles, que, ao ser chantageado pelo seu adversário sobre o seu suposto caso extraconjugal nas vésperas de uma eleição, decide encarar a ameaça e é derrotado nas urnas devido a polêmica, FHC preferiu esconder que teria tido um filho de um relacionamento com uma jornalista.

FHC leva a sério o risco de perder a eleição. Num plano audacioso e em parceria com a maior emissora de televisão do país, a Rede Globo, a jornalista Miriam Dutra e o suposto filho, ainda bebê, são “exilados” na Europa. Palmério Dória não faz um julgamento moralista de um caso extraconjugal e suas consequências, mas enfatiza o silêncio da imprensa brasileira para um episódio conhecido em 11 redações de 10 consultadas. Não era segredo para jornalistas e políticos, mas como uma blindagem única nunca vista antes neste país foi capaz de manter em sigilo em caso por tantos anos?

O fato só foi revelado muito mais tarde, e discretamente, quando Fernando Henrique Cardoso não era mais presidente e sua esposa, Dona Ruth Cardoso, havia morrido. Com um final inusitado: exame de DNA revelou que o filho não era do ex-presidente que, no entanto, já o havia reconhecido.  

Na obra, há detalhes do projeto neoliberal de vender todo o patrimônio nacional. Seu crime mais hediondo foi destruir a Alma Nacional, o sonho coletivo”, relatou o jornalista que desvendou o processo privativista da Era FHC, Aloysio Biondi, no livro Brasil Privatizado.

O Príncipe da Privataria conta ainda os bastidores da tentativa de venda da Petrobras, em que até a produção de identidade visual para a nova companhia, a Petrobrax, foi criada a fim de facilitar o entendimento da comunidade internacional. Também a entrega do sistema de telecomunicações, as propinas nos leilões das teles e de outras estatais, os bancos estaduais, as estradas, e até o suposto projeto de vender a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. A gente nem precisa de um roubômetro: FHC com a privataria roubou 10 mil vezes mais que qualquer possibilidade de desvio do governo Lula”, denuncia o senador paranaense Roberto Requião.

SOBRE O AUTOR
Palmério Dória é repórter. Nasceu em Santarém, Pará, em 1949 e atualmente mora em São Paulo, capital. Com carreira iniciada no final da década de 1960 já passou por inúmeras redações da grande imprensa e da “imprensa nanica”. Publicou seis livros, quatro de política: A Guerrilha do AraguaiaMataram o Presidente — Memórias do pistoleiro que mudou a História do Brasil A Candidata que Virou Picolé (sobre a queda de Roseana Sarney na corrida presidencial de 2002, em ação orquestrada por José Serra); e Honoráveis Bandidos — Um retrato do Brasil na Era Sarney ; mais dois livros de memórias: Grandes Mulheres que eu Não Comi, pela Casa Amarela; e Evasão de Privacidade, pela Geração Editorial.



Brasil 247

EBC firma acordo de compartilhamento de conteúdo com agência internacional

Luciano Nascimento  
Repórter da Agência Brasil


Brasília - A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a Inter Press Services (IPS) firmaram hoje (29) parceria para troca de conteúdos e experiências. A assinatura ocorreu no fim do primeiro dia do 4º Fórum Internacional de Mídias Pùblicas, que reúne especialistas de países da América Latina que estão debatendo os desafios para construir uma comunicação plural e democrática com o foco no cidadão.

De acordo com o diretor-geral da IPS, Mario Lubetkin, os países da América Latina ocupam um papel cada vez mais destacado no cenário internacional. Para Lubetkin, o fluxo de informações deve levar em conta este destaque, ausente nos grandes veículos internacionais. "A internet mudou radicalmente o ambiente das agências de notícias e o papel dos países emergentes, que antes era secundário, cada vez mais vai tomando maior relevância na agenda global", disse durante debate sobre conteúdos e processos de cooperação de mídias públicas.

A IPS é uma agência de notícias internacional, fundada em 1964 com o propósito de fornecer notícias sobre o países subdesenvolvidos e em desenvolvimento para os veículos de imprensa do países desenvolvidos. Sediada em Roma e escritórios regionais em Montevidéu (América Latina), Londres (Europa e Mediterrâneo), Bangcoc (Ásia e Pacífico), Nova York (América do Norte e Caribe) e Johannesburgo (África), em 1994, a agência passou a ser uma "organização de benefício público".

Para o jornalista, a cooperação entre agências públicas ou com vocação pública possibilita gerar mais informação e resolver dificuldades operacionais. "É possível, sim, encontrar soluções de outras realidades, de outras empresas que venham reforçar nossas empresas. Nossos temas perpassam hoje a participação cidadã, a liberdade de imprensa, a regulação dos meios de comunicação. Essas uniões servem para encontrar soluções para os nossos desafios, disse.

O diretor-geral da EBC, Eduardo Castro, confirmou a disposição da empresa de dialogar e cooperar com veículos de comunicação públicos. “Nós queremos ter mecanismos para trocar experiências e formação nas diferentes áreas", declarou.
Na última quinta-feira (22), a EBC e a emissora pública alemã de TV e rádio, Deutsche Welle anunciaram que também estudam firmar uma parceria para troca de experiências, com a possibilidade de troca de conteúdos. Em reunião com o presidente da EBC, Nelson Breve, o ministro da Cultura da Alemanha, Bernd Neumann, disse que as conversas com a emissora alemã devem ocorrer até o início de 2014.



Agência Brasil

Novo salário mínimo não prejudicará a criação de empregos, diz ministro


 














Bruno Bocchini  
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, disse hoje (29) que o aumento do salário mínimo não prejudicará a geração de empregos e o esforço fiscal do governo previsto para 2014. O novo mínimo, previsto no Orçamento (R$ 722,90), deverá entrar em vigor em 1º de janeiro de 2014.

“Não vai impactar [o esforço fiscal]. O governo tem o controle das contas, tem superávit para administrar, também, a questão do dólar. O governo tem o controle de todos os setores para não incorrermos em qualquer perigo de insucesso”, disse em entrevista antes de evento no Centro de Integração Empresa-Escola, na capital paulista.

A meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) no próximo ano poderá ficar acima de 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), estipulados na proposta de Orçamento Geral da União de 2014. Segundo o Ministério da Fazenda, o percentual anunciado pelo governo representa o limite mínimo de esforço fiscal. O projeto enviado hoje ao Congresso Nacional estabelece esforço fiscal de R$ 109,4 bilhões (2,1% do PIB), menor que a meta de R$ 111 bilhões (2,3% do PIB) definida para este ano.

De acordo com o ministro do Trabalho, o novo salário mínimo não afetará negativamente a geração de empregos, porque o país está recebendo grandes investimentos. “Não vai ter [impacto na geração de empregos] porque os investimentos que o Brasil está tendo são enormes. 

Cada dia mais nós temos os estádios para a Copa, agora estamos fazendo os aeroportos, fazendo a obras de mobilidade urbana. Estamos leiloando os portos, temos várias construções da Petrobras. Há uma circulação muito grande de investimentos e esse investimento exige mão de obra”, disse Dias.

O novo valor do salário mínimo deverá ser R$ 722,90. A proposta de Orçamento, apresentada hoje, deve ser votada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado até o fim do ano. O reajuste passa a valer em 1º de janeiro de 2014. O valor atual do mínimo é R$ 678.



Agência Brasil

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A mentira da inflação em alta, repetida mil vezes

 graficos-tijolaco
 29 de agosto de 2013 | 18:35

 
Quem acompanha o blog deve ter visto ontem o post que fiz sobre o terrorismo da Folha com a “nova onda de inflação”.

E quem acompanha os portais de notícias dificilmente terá visto – tamanha foi a discrição com que a maioria deles publicou hoje a notícia que o Índice Geral de Preços – Mercado, o IGP-M da Fundação Getúlio Vargas recuou para 0,16% em agosto.

Isso dá uma inflação acumulada em 12 meses de 3,85%.

Muito mais baixa que a do IPCA, porque o IGP-M não dá o mesmo peso para o preço de alimentos que aquele.

Em compensação, dá peso imensamente maior aos bens, matérias-primas e artigos importados, mais suscetíveis ao aumento do dólar e estes não apenas não subiram como baixaram de preço.

É só olhar as linhas dos dois gráficos e ver que a inflação deste ano será menor que a de 2012 .

Mas o terrorismo não descansa e está sendo alimentado por razões políticas e econômicas.

Políticas, não é preciso explicar quais são.

Econômicas, pela elevação dos juros, oferecendo prêmios maiores aos investidores, sem sinal de que a farra vá ser interrompida.
 
Por: Fernando Brito


Tijolaço