quarta-feira, 20 de novembro de 2013

STF ainda calado sobre prepotência de Barbosa

Edição/247 Fotos: STF:
Sessão plenária do Supremo Tribunal Federal chega ao intervalo sem que qualquer um dos juízes tenha levantado questão sobre decreto de prisão a condenados na Ação Penal 470 que contrariou sentença da corte; grito na sociedade se adensou contra decisão personalista do presidente do tribunal, Joaquim Barbosa, mas ministros parecem sem ânimo para levantar a polêmica; espetacularização das prisões vai ficar por isso mesmo?
20 de Novembro de 2013 às 16:33

247 - Chegou ao intervalo a primeira sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) feita após a expedição dos mandados de prisão assinados pelo presidente da corte, Joaquim Barbosa, contra os condenados da Ação Penal 470. Até as 16h20, quando Barbosa anunciou o intervalo da sessão por 30 minutos, nenhum dos juízes demonstrou a disposição para discutir o decreto que, na prática, mudou a decisão do próprio plenário, na quarta-feira 13.

A segunda parte da sessão será iniciada por volta de 16h50, debaixo dessa interrogação: o tribunal não vai procurar saber por que foi contrariado numa decisão pessoal e personalista? Na semana passada, os ministros decidiram por maioria que os réus condenados no processo poderiam começar a cumprir suas penas. No entanto, nada foi mencionado sobre os detalhes dessa determinação no dia seguinte. Barbosa aguardou o feriado, na sexta-feira, para, sozinho, enviar os condenados para a detenção da Papuda, em Brasília.

Na sociedade, o decreto causou estupefação. Primeiro porque enviar para a capital federal réus que deveriam cumprir suas penas nas cidades residentes gerou uma imagem de espetáculo, supostamente provocada para criar imagens fortes. A viagem para Brasília foi feita ainda em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), gastando quantias altas e desnecessárias. Além disso, os condenados que deveriam ficar sob regime semiaberto até agora não saíram da cadeia.

Todo o trâmite levou juristas, intelectuais e diversos formadores de opinião a apontar uma ação de marketing por parte de Barbosa. O deputado federal Ricardo Berzoini acusou o presidente da suprema corte de praticar "propaganda política" e "marketing político de si próprio" (leia aqui), assim como o jornalista Gilberto Dimenstein, que em artigo na Folha de S.Paulo, sugeriu que o ato de Joaquim Barbosa visasse interesses políticos em 2014.




Brasil 247

Nenhum comentário:

Postar um comentário