terça-feira, 23 de setembro de 2014

Depois de Marina, é a vez de Aécio recuar



Presidenciável pelo PSDB, que se reuniu com sindicalistas na sexta-feira 19 e disse que discutiria uma forma para acabar com o fator previdenciário, recuou e afirmou nesta terça-feira que não se comprometeu em extingui-lo; "Eu não disse que vou acabar com o fator previdenciário", declarou, em entrevista ao Bom Dia Brasil, da TV Globo, exibido nesta manhã; após polêmica, tucano divulgou nota reafirmando que discutirá com os trabalhadores "os caminhos para que o impacto do fator previdenciário possa ser reduzido. Iremos substituir o fator por outro modelo", garantiu

23 de Setembro de 2014 às 12:54




247 – Depois de a candidata do PSB, Marina Silva, ter recuado diversas vezes sobre posicionamentos e compromissos assumidos com o eleitorado, hoje foi a vez do tucano Aécio Neves. O candidato do PSDB afirmou não ter prometido acabar com o fator previdenciário – mecanismo que desestimula a aposentadoria por tempo de contribuição antes da idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens.

"Eu não disse que vou acabar com o fator previdenciário. Eu me reuni com as centrais sindicais, em especial com a Força Sindical, e assumi um compromisso de discutirmos uma alternativa ao longo do tempo ao fator previdenciário", declarou Aécio, em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, exibido nesta manhã.

No encontro mencionado, ocorrido na sexta-feira 19, Aécio se comprometeu, no entanto, a buscar alternativas para acabar com a fórmula caso seja eleito presidente, acrescentando ser um "compromisso pessoal". Segundo o candidato, o diálogo e os estudos já haviam começado para colocar a ideia em prática. Segundo ele, sua equipe econômica avalia uma solução "responsável".

Ontem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu a proposta de Aécio, afirmando que o fator previdenciário era uma espécie de "esparadrapo". "O fator previdenciário é uma espécie de esparadrapo para resolver uma situação não definida", disse FHC. Segundo ele, o presidenciável do PSDB levou em conta, para fazer a proposta, que sua gestão deverá fazer a economia crescer.

Na entrevista à Globo, Aécio ressaltou que, "a médio prazo", é possível "encontrar alternativas" para a fórmula atual. "Não é acabar com o fator previdenciário sem colocar algo no local, mas é reconhecer que ele impacta fortemente nas aposentadorias. Já existem algumas alternativas, inclusive em discussão no Congresso Nacional. Substituí-lo por algo que impacte menos na renda do aposentado".

Depois da polêmica, a coligação de Aécio divulgou uma nota reafirmando o compromisso de substituir o fator previdenciário:

COLIGAÇÃO MUDA BRASIL

Nota oficial

O meu compromisso com a Força Sindical, assumido por escrito, é de encontrar uma alternativa ao fator previdenciário. Vou discutir com as centrais sindicais, os trabalhadores e aposentados os caminhos para que o impacto do fator previdenciário possa ser reduzido. Iremos substituir o fator por outro modelo que penalize menos a renda dos aposentados brasileiros e, ao mesmo tempo, respeite a responsabilidade fiscal.

Aécio Neves
Candidato a presidente da República pela Coligação Muda Brasil 
 
 
Brasil 247

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