segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A decadência do Manhattan é tanta que virou palco para Zélia Cardoso de Mello

19 de janeiro de 2015 | 16:25 Autor: Fernando Brito



O programa Manhattan Connection, aquele que é abrilhantado pela generosa lucidez de Diogo Mainardi e seus comentários sobre a natureza “bovina” do povo nordestino, ganhou ontem uma comentarista econômica à altura de sua credibilidade.

Zélia Cardoso de Mello, a todo-poderosa ministra do Governo Collor discorreu sobre os ajustes econômicos do Ministro Joaquim Levy com a sabedoria que demonstrou em sua “gestão” da Fazenda.

Depois de fazer coro aos elogios aos veios liberais de Levy, com um único “senão”:

- (ele) vai precisar de apoio político da presidente da República, e isso, sinceramente, eu não sei se ele tem.

Das lonjuras de seu ostracismo voluntário em Nova York, a ex- ministra diz que, em seus discursos, a Presidenta Dilma Rousseff não teria demonstrado o desejo de tomar medidas “que não são agradáveis”.

Ainda bem, não é, que Dilma desagrada Zélia. Tenho certeza que a recíproca é verdadeira.

Mas o momento que prova que o Manhattan Conection vai, cada vez mais se tornado um programa humorístico de quinta categoria foi a declaração da senhora quase esquecida sobre o “defeito” do povo brasileiro de ser “muito feliz” e, por isso, aceitar demais a corrupção.

- “O povo brasileiro é muito feliz, e isso é um defeito, um problema. É um povo muito tolerante. Consegue conviver com coisas ruins durante muito tempo. Não sei qual vai ser o grau de tolerância, deveríamos estar já no limite”.

Talvez esteja julgando por si própria, capaz de conviver com as atividades de Paulo Cesar Faria, inclusive nas franjas da privatização que ela, como Ministra, preparou.

De qualquer forma, o site Terra, de onde tirei as informações, curiosamente publicou as declarações de Zélia na página chamada “diversão”.

É ruim, mas é piada.
 
 
 
Tijolaço

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