segunda-feira, 27 de abril de 2015

Como alguém tão tolo quanto Joaquim Barbosa pode ter chegado ao STF? Por Paulo Nogueira

Postado em 27 abr 2015

JB premiado pela Globo


Como alguém tão tolo quanto Joaquim Barbosa pode ter chegado ao STF?

Os tuítes que ele coloca esporadicamente em sua conta no twitter são um clássico da obtusidade desinformada.

Aqueles com os quais ele entusiasmadamente felicitou a Globo pelos 50 anos merecem ser embalsamados, como Lênin, para ser desfrutados eternamente pela humanidade quando as pessoas quiserem rir.

JB enxergou “avanços consistentes” na integração de negros no jornalismo na Globo.

Vejamos os negros e as negras da inclusão à Globo. São mesmo muitos, e confirmam a tese clássica de Ali Kamel – alguém aí falou em Nobel da Antropologia? — de que não somos racistas.

Ei-los.

Carlos Schroeder, Merval, Ali Kamel, Míriam Leitão, Renata Vasconcellos, William Wack, Leilane Neibarth, Mônica Waldwogel, Jabor.

Etc etc.

Se você acrescentar os negros da CBN ficará impressionado. Max Gehringer, por exemplo. Sardenberg, também. Ou Mauro Halfeld.

É que como é rádio não vemos, só ouvimos as vozes. Mas a inclusão racial é formidável na CBN.

Se você for a uma redação da Globo terá a sensação de que está no vestiário de uma seleção de futebol africana.

Joaquim Barbosa enxergou também um formidável traço de união que a Globo trouxe ao Brasil ao chegar com seu sinal a todo o país.

Quer dizer: não foi uma rapinagem serial com concessões Brasil afora. Foi uma política generosa da Globo de nos unir sob o sotaque carioca dos Marinhos.

Obrigado, Globo amiga!

Joaquim Barbosa agradeceu a Globo por ter ouvido, quando moço, com “absoluto espanto”, o sotaque baiano de Caetano Veloso.

Quer dizer: sem a Globo não conheceríamos Caetano Veloso, e nem saberíamos que existe uma coisa chamada sotaque baiano no Brasil.

Talvez ele pudesse agradecer a Globo por apresentá-lo também ao sotaque de Liverpool dos Beatles.

Durante muitos anos a Globo veiculou essa lengalenga de que aproximou brasileiros. Mas nem ela mesma ousa repetir essa falácia mais.

Mas JB faz o serviço.

Em sua efusão global, JB terá alguma noção dos mortos e torturados graças à ação de pessoas como Roberto Marinho?

JB já leu algum livro sobre o assunto?

O que vi de JB no Mensalão me fez saber que jamais deveria esperar algo de interessante e inteligente dele.

Mas desta vez ele se superou. Ao se juntar ao carnaval autocongratulatória da Globo, ele mostrou que boçalidade e bajulação não conhecem limites.

Os Estados Unidos tiveram Muhamammad Ali. Nós temos Pelé.

Os Estados Unidos tiveram Malcom X. Nós temos JB.

Fica aqui a sugestão para que num dos próximos episódios dos 50 anos da Globo todos usem as máscaras de carnaval encalhadas de JB.


Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.


Diário do Centro do Mundo

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