quinta-feira, 23 de abril de 2015

MORO PRENDEU UMA INOCENTE E SOLTOU UM CULPADO?


Juiz da Lava Jato pode ter cometido um erro crasso ao prender a cunhada de João Vaccari Neto e prorrogado ontem sua prisão por mais cinco dias; segundo Sergio Moro, é Marice Corrêa de Lima quem aparece em imagens de câmera de segurança de uma agência do Itaú fazendo depósitos de dinheiro de corrupção na conta da mulher de Vaccari; ela nega; sua irmã, Giselda Rousie de Lima, contradisse Moro e afirmou que é ela, Giselda, quem aparece nas imagens; Polícia Federal vai periciar o vídeo usado pelo MPF para justificar a prisão e resultado pode apontar uma ação injusta; por outro lado, o único delator que revelou ter pago propina ao ex-governador de Minas Antonio Anastasia (PSDB), conhecido como "Careca", foi solto por Moro e agora está desaparecido; segundo a PF, seu depoimento é fundamental para que se avance nas investigações contra o tucano

23 DE ABRIL DE 2015 ÀS 12:10


247 – O juiz Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato, pode ter determinado a prisão de uma pessoa inocente e a soltura de um culpado no esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Isso porque a acusação contra a cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, Marice Corrêa de Lima, e que sustentou sua prisão, vem se mostrando um erro do juiz e do MPF.

Marice é apontada como responsável por depósitos de dinheiro de corrupção em contas bancárias de familiares de Vaccari. Ela negou as acusações em depoimento à Polícia Federal. Moro prorrogou sua prisão temporária por mais cinco dias alegando, entre outros fatos, que ela mentiu. A cunhada do ex-tesoureiro do PT se entregou à PF na última sexta-feira 17, quando foi presa.

Para Moro, Marice mentiu porque imagens cedidas pelo banco Itaú em São Paulo "não deixam qualquer margem para a dúvida" de que foi ela quem fez depósitos na conta de sua irmã e mulher de Vaccari, Giselda Rousie de Lima. Giselda contradisse Moro, no entanto, e assumiu ser ela própria a pessoa das imagens, conforme disse Marice em depoimento. O vídeo será periciado pela Polícia Federal a pedido de Moro e pode apontar uma decisão injusta por parte do juiz.

Por outro lado, Moro autorizou que o policial federal afastado Jayme Alves de Oliveira Filho, outro investigado na Lava Jato, respondesse ao processo em liberdade. Ele foi o único delator a citar o nome do ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia (PSDB) como beneficiário do esquema de corrupção. "Careca", como é conhecido, revelou ter repassado R$ 1 milhão em propina ao tucano a pedido do doleiro Alberto Youssef.

Na última segunda-feira 20, a Polícia Federal informou o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que as investigações contra Anastasia não puderam avançar por conta do desaparecimento de "Careca". O depoimento do réu, segundo a PF, é fundamental para se dar andamento ao caso. Nas redes sociais, o assunto causou polêmica nos últimos dias, com internautas apontando "blindagem tucana" na Lava Jato e indicando que toda a investigação pode estar ameaçada se o réu não aparecer.


Brasil 247

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