sábado, 30 de maio de 2015

Cunha chega ao Washington Post. Como é aquilo de “imagem do Brasil no exterior”?

30 de maio de 2015 | 16:02 Autor: Fernando Brito



Deu no Washington Post, numa tradução minha e do Google- que, certamente, não é pior que o personagem -:

RIO DE JANEIRO – Um cristão evangélico que toca bateria em ritmo de de rock e tem sido comparado a Frank Underwood, o político ambicioso da série “House of Cards, da Netflix” (Nota do Tijolaço, para os não aficcionados, tirada da Wikipedia: “descrito como manipulativo, conivente, maquiavélico e até mesmo cruel), tem abalado a política do Brasil desde que foi eleito presidente da Câmara dos Deputados do país há quatro meses.

Eduardo Cunha não se limitou a atrapalhar a presidente Dilma Rousseff em seu governo de coalizão, da qual seu Partido do Movimento Democrático Brasileiro é, supostamente, o mais importante aliado. Suas ações têm ameaçado descarrilar a coalizão poucos meses em seu segundo mandato, levando a uma série de revoltas que abriram fissuras amplas numa aliança frágil.

A votação desta semana sobre as medidas de reforma política sobre as medidas de reforma política mostra como Cunha opera. Uma comissão do Congresso trabalhou por mais de três meses sobre as propostas que foram jogadas fora depois Cunha convidou certos líderes partidários para almoçar em sua casa e tomaram decisão de ir direto para a votação, num plenário cheio.

Este mês, Cunha repentinamente autorizou a votação de uma medida já bem antiga para aumentar a idade de aposentadoria para Suprema Corte e outros juízes de alto nível de 70 para 75 anos , à frente de cortes de gastos mais urgentes. Aprovação da “PEC da Bengala “, como é conhecida, vai custar cinco nomeações a Dilma Rousseff à Suprema Corte.

José Álvaro Moisés, cientista político da Universidade de São Paulo, descreveu-o como um divisor de águas.
“A oposição não está cumprindo bem seu papel . Portanto, este espaço está sendo ocupado pelo PMDB “, disse Moisés(…)

O ódio do stablishment brasileiro à qualquer tentativa de desenvolvimento autônomo e inclusivo no Brasil é tão grande que aceita mesmo entronizar como protagonistas os Cunha, os Renan, os Bolsonaro e uma legião de fascistoides patetas – que se comprazem em agressões verbais que – vocês verão – logo serão físicas – está prontinho para fazer o Brasil chegar ao nível da Alemanha.

Não a de hoje, aquela dos anos 30, com aquele rapaz de bigodinho mosca.



Tijolaço

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