segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Artur Scavone: É preciso relembrar, sempre. Assista aos vídeos. De arrepiar!




publicado em 25 de outubro de 2015 às 21:27


Vlado: 40 anos!

por Artur Scavone, especial para o Viomundo

Há exatos 40 anos — 25 de outubro de 1975 — o jornalista Vladimir Herzog era assassinado pela ditadura nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo.

Para quem viveu a resistência à ditadura, a homenagem a Vlado neste domingo, na Catedral da Sé, em ato ecumênico, foi um evento radical porque se misturaram intensas emoções.

Ouvir a Catedral inteira entoando O Bêbado e o Equilibrista fez o sol brilhar e Elis aparecer.

Ouvir de Gracias a La Vida o verso “Y el canto de todos que es mi propio canto” fez o coração arrepiar e a lembrança de todos os companheiros e companheiras que tombaram saltar à memória, entre tristezas e alegrias. E nos fez a todos lembrar quantas coisas conquistamos.

Mas também emocionou saber que um evento de tanta importância teve tão pouca repercussão. Justamente em um momento grave do ressurgimento de um ódio de classe exacerbado e fascistoide, que se espalha em restaurantes, ruas, teatros, aviões e nas periferias das cidades do Brasil.

Um pensamento se impõe: não é possível sequer imaginar o retorno de um regime de tanto ódio e tanta violência, que tirou tantas vidas de todos nós e oprimiu tanto nosso povo. É preciso relembrar. Sempre.

Flagrantes da homenagem a Vlado, na Catedral da Sé; vídeos de Artur Scavone 





Viomundo


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