sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Os “especialistas” da mídia erraram, de novo, na tarifa de energia. Vale dinheiro…



POR FERNANDO BRITO · 25/02/2016




No dia 24 de janeiro, O Globo publicou matéria dizendo que Mesmo com chuvas, bandeira vermelha deve vigorar até abril, prevendo que o excedente tarifário de energia nem tão cedo fosse ser abolido.

No mesmo dia, postou-se aqui que a “Bandeira tarifária da eletricidade pode baixar no final da semana“, texto que afirmava que haveria redução da taxa extra, sucessivamente, em fevereiro e março.

Dias depois, houve o rebaixamento do valor extra e, a seguir, nova baixa, para a “bandeira amarela”.

Hoje, anuncia-se a abolição da cobrança de qualquer excedente, a partir de abril.

Houve algo que justificasse a “bola fora” da grande imprensa na sua previsão sombria?

Não, absolutamente, não. As chuvas de fevereiro, embora constantes, não foram fartas.

O nível de precipitação ficou abaixo da média em todas as bacias do Sudeste e Centro-Oeste. Próximo à média (80% dela) só na Bacia do Rio Tietê. Bacias importantes, como a do Rio Grande, ficaram, até anteontem, em 50% da precipitação normal.

A quantidade de água que chegou às barragens, na região, ficou um pouco acima disso, pelo fato de os rios terem começado o mês com fluxos mais altos: estava, até hoje, em 84% da média histórica.

Ainda assim, como qualquer repórter poderia ter ouvido de pessoas do setor elétrico, os reservatórios subiriam em fevereiro, porque para baixarem em fevereiro não basta que haja chuvas fracas, é necessário uma seca desastrosa.

A imprensa é um fator fundamental para que se limite o lobby das empresas do setor, sempre prontas cobrar mais alegando “crise hídrica”.

Quando as águas baixavam, você ouvia os seus “especialistas” apontando o erro de terem sido rebaixadas as tarifas de energia.

Você está ouvido algum deles, agora que a água sobe, gritando para que as tarifas baixem?

Nada, silêncio.

As empresas do setor se entupiram de dinheiro em nome do “realismo tarifário” no ano passado.

Só que, agora, não querem nem ouvir falar nisso.


Tijolaço

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