segunda-feira, 14 de março de 2016

Globo recusa pedido de resposta, diz defesa de Lula

SEG, 14/03/2016 - 08:35
ATUALIZADO EM 14/03/2016 - 09:34 


Jornal GGN - Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que a Rede Globo recusou pedido de resposta de Lula, dizendo que ela utilizou argumentos distintos para dar veracidade à tese de "improcedência do pedido de resposta" sobre matéria que abordava o pedido de prisão preventiva formulado pelos promotores do Ministério Público de São Paulo.

Os advogados também dizem que, ao contrário de como foi apresentando, o pedido de resposta não é um "atentado contra a emissora ou seus jornalistas", e sim um recursos previsto na legislação, com respaldo na Constituição Federal. A nota da defesa do ex-presidente ainda afirma que foi procurada pela emissora, mas para tratar de outros pontos diferentes daqueles questionados pelos advogados. Leia a íntegra da nota abaixo:


Emissora contrapôs argumentos distintos para dar veracidade à tese da improcedência do pedido de resposta formulado pelos advogados do ex-presidente

A Rede Globo de Televisão, em sua edição de ontem do JN, contrapôs argumentos distintos para dar veracidade à tese da improcedência do pedido de resposta formulado pelos advogados do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 11/03/2016. Além disso, o e-mail exibido na reportagem é da GLOBONEWS - canal fechado que não se confunde com a REDE GLOBO DE TELEVISÃO.

O pedido de resposta tampouco é um atentado contra a emissora ou os seus jornalistas, como foi indevidamente apresentado. Mas meio previsto em lei (Lei nº 13.188/2015), com respaldo na Constituição Federal (CF/88, art. 5º, V) para que qualquer cidadão que se sinta ofendido por uma reportagem possa emitir o seu posicionamento ou, ainda, pedir a retificação.

A GLOBO, de fato, procurou a assessoria da defesa, mas indagando outros pontos que não aqueles alvo dos questionamento dos advogados. O contato realizado fazia referência exclusivamente aos fundamentos do pedido de prisão preventiva apresentado pelo MP/SP. Sobre esse tema versou a nota encaminhada pela assessoria à emissora, que foi objeto de outra reportagem do JN na mesma data. Não à denúncia e tampouco à "teoria da cegueira deliberada", que foi usada pela Globo para comparar Lula a um traficante de drogas. Essa a questão real levantada pelos advogados. 

O pedido de resposta apresentado está baseado exatamente no fato de que a emissora usou de recursos televisivos para conferir credibilidade a uma denúncia frágil apresentada por três promotores de justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo.

A GLOBO não fez uma cobertura isenta. Uma reportagem de 9 minutos nos moldes acima sobre uma denúncia que neste momento está sendo apreciada pela Justiça desequilibra a relação processual, configurando publicidade opressiva, potencializando indevidamente a acusação estatal.


Jornal GGN

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