quarta-feira, 29 de junho de 2016

BRESSER: “PERÍCIA CONFIRMA FARSA JURÍDICA E GOLPE PARLAMENTAR”


O ex-ministro dos governos Sarney e FHC, Luiz Carlos Bresser Pereira, afirmou que a perícia de técnicos do Senado que não encontrou as famosas "pedaladas fiscais" da presidente eleita Dilma Rousseff deixa claro que o impeachment, do ponto de vista jurídico, é uma farsa; "E, portanto, confirma-se que estamos diante de um golpe parlamentar", atesta; "O impeachment está ocorrendo porque o quadro econômico internacional agravou-se para os países da América Latina exportadores de commodities em 2014, o governo de esquerda cometeu erros, a recessão foi muito forte, e a direita se aproveitou disto para dar o golpe", afirmou

29 DE JUNHO DE 2016 ÀS 10:52 // RECEBA O 247 NO TELEGRAM


Por Luis Carlos Bresser-Pereira, em seu Facebook

Comissão de três gestores do Senado examinaram cuidadosamente as contas da presidenta Dilma Rousseff, encontraram irregularidades – a liberação de créditos sem aval do Congresso – mas não encontraram as famosas "pedaladas" que foram a justificativa jurídica do impeachment.

Confirma-se, assim, o que já está claro para muitos: que o impeachment, do ponto de vista jurídico, é uma farsa. E, portanto, confirma-se que estamos diante de um golpe parlamentar.

Por que dar um golpe? Afinal a democracia já está consolidada no Brasil. Sim, está, mas pode sempre ser arranhada, desmoralizada. O impeachment está ocorrendo porque o quadro econômico internacional agravou-se para os países da América Latina exportadores de commodities em 2014, o governo de esquerda cometeu erros, a recessão foi muito forte, e a direita se aproveitou disto para dar o golpe.

"Mas o governo Dilma perdera condições de governabilidade", dizem os golpistas. Perdeu-as porque os próprios golpistas recusaram ao governo essas condições. Os senadores com espírito público não estão percebendo tudo isso? Não creio. Há muitos que sabem que esse impeachment é uma violência contra o interesse público e a democracia. Vamos, portanto, esperar. E cobrar.


Brasil 247

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