segunda-feira, 19 de setembro de 2016

“CONFIANÇA” NÃO VOLTOU E A ECONOMIA SEGUE DOENTE


A despeito de toda a torcida dos veículos de comunicação que se engajaram no projeto Temer-Meirelles, a economia brasileira segue em estado de apatia absoluta; nesta segunda-feira, soube-se que o terceiro trimestre começou com retração da economia, quando o mercado esperava uma ligeira alta; em 12 meses, a queda da atividade econômica soma inacreditáveis 5,61% – o que transforma a recessão brasileira na maior do mundo; "Dá vontade de escrever, aos moldes dos títulos de nossa grande imprensa: 'PIB cai, apesar da recuperação econômica'”, ironiza Fernando Brito, editor do Tijolaço; em 2015, quando o Congresso sabotou o governo Dilma e apostou no "quanto pior, melhor", Brasil perdeu 1,5 milhão de empregos

19 DE SETEMBRO DE 2016 


247 – A despeito de toda a torcida dos veículos de comunicação que se engajaram no projeto Temer-Meirelles, a economia brasileira segue em estado de apatia absoluta.

Nesta segunda-feira, soube-se que o terceiro trimestre começou com retração da economia, quando o mercado esperava uma ligeira alta; em 12 meses, a queda da atividade econômica soma inacreditáveis 5,61% – o que transforma a recessão brasileira na maior do mundo.

"Dá vontade de escrever, aos moldes dos títulos de nossa grande imprensa: 'PIB cai, apesar da recuperação econômica'”, ironiza Fernando Brito, editor do Tijolaço.

Em 2015, quando o Congresso sabotou o governo Dilma e apostou no "quanto pior, melhor", Brasil perdeu 1,5 milhão de empregos.


Leia, abaixo, análise de Fernando Brito, editor do Tijolaço:

“Prévia do PIB”: nova queda, em lugar da alta “esperada”

POR FERNANDO BRITO · 19/09/2016

Dá vontade de escrever, aos moldes dos títulos de nossa grande imprensa:

“PIB cai, apesar da recuperação econômica”.

Pois não é outra a leitura do IBCR divulgado hoje pelo Banco Central.

Queda de 0,09%, quando o “mercado” esperava alta de 0,3%, na média.

A “melhora” no acumulado nos sete primeiros meses do ano, para não dizer que é falsa, é pífia: de -5.65% em janeiro/julho de 2015 para, -5,61% no período igual de 2016.

É claro que o ano não se encerrará neste patamar, porque o segundo semestre é comparação de desastre com hecatombe.

Na coluna de Miriam Leitão lê-se um cândido ” a atividade está distante do seu pico”.

Até o dono do botequim da esquina sabe disso.

Os estados, falidos, correm atrás do que lhes restou: autorização para endividarem-se em mais R$ 20 bilhões.

Como já não tem para pagarem o que deve, com suas arrecadações em queda generalizada (veja a tabela acima, publicada pelo Valor), imagine-se o custo do dinheiro.

E, é claro, para gastar no custeio, não em investimentos, que gerem renda e emprego.

Mesmo a PEC do Garrote, que limita o gasto público à inflação não reduz, nos primeiros tempos, o crescimento do déficit: se a despesa sobe tanto quanto a inflação e a receita cresce menos do que esteindice, um garoto de primário conclui que o déficit aumenta.

Isso sem contar o “efeito terror”, que a Folha registra hoje: um aumento de 25% nos pedidos de aposentadoria, elevando o déficit da previdência no curto prazo.

Leia, abaixo, artigo da Reuters, sobre a queda do PIB:

Atividade econômica do Brasil inicia 3º tri com desempenho pior que o esperado, aponta BC 



Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - A atividade econômica do Brasil iniciou o terceiro trimestre no vermelho, com leve queda de 0,09 por cento em dados dessazonalizados, num resultado pior que o esperado e que ressalta as dificuldades para a retomada de uma recuperação consistente.

O resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), frustrou expectativa de elevação de 0,25 por cento do índice no mês, segundo pesquisa Reuters.

Divulgado nesta segunda-feira pelo BC, o IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.

No mês, o desempenho do índice foi negativamente afetado pelas vendas no varejo, que voltaram a cair em julho, com retração de 0,3 por cento sobre junho.

Apesar de o setor de serviços ter exibido um crescimento no volume de 0,7 por cento e da produção industrial também ter ficado no campo positivo, supreendendo com ligeira alta de 0,1 por cento, o IBC-Br acabou fechando o mês em território negativo.

"De um lado a gente começa o terceiro trimestre com sinalização fraca, mas em algum medida isso já era antecipado pelos dados da indústria e mesmo do varejo", afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.

"Mas o trimestre encerrado em julho contra o trimestre imediatamente anterior está apontando queda cada vez menor", acrescentou Perfeito, que enxerga aí um sinal do fim da desaceleração acentuada da economia. Ele estima que o PIB do terceiro trimestre sofrerá retração de 0,3 por cento.

Nesta segunda, o BC também revisou o resultado de junho para uma alta de 0,37 por cento, contra aumento de 0,23 por cento informado inicialmente.

Em 12 meses até julho, o IBC-Br acumula um tombo de 5,61 por cento, em dado dessazonalizado.

A expectativa de economistas ouvidos semanalmente pelo BC em pesquisa Focus é de que a atividade medida pelo PIB vá fechar 2016 com retração de 3,15 por cento.

"O dado do IBC-Br corrobora nossa expectativa de um terceiro trimestre de atividade ainda em marcha ré, mas já melhor do que o segundo e com a fraca base de comparação do ano passado já exercendo alguma influência", destacou em nota o economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves.

Ele acrescentou ainda que, qualquer sinal mais evidente de reversão da atual recessão, só deve vir no último trimestre deste ano.

No segundo trimestre, a recessão brasileira chegou ao seu ponto mais agudo, com recuo de 0,6 por cento do PIB sobre o período anterior, mas começou a dar alguns sinais de recuperação com desempenhos positivos da indústria e dos investimentos depois de vários meses no vermelho.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem dito que a expectativa do governo é de um crescimento do PIB no último trimestre deste ano.


Brasil 247

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