segunda-feira, 24 de outubro de 2016

LULA REBATE “ACUSAÇÕES FRÍVOLAS” E VOLTA A APONTAR “PERSEGUIÇÃO POLÍTICA”


Apontado pelo delegado Filipe Hille Pace, da Polícia Federal, como a pessoa correspondente ao apelido "amigo", que constava em uma planilha de pagamentos da Odebrecht, e que teria recebido R$ 23 milhões, o ex-presidente afirmou, por meio de sua defesa, que "a Lava Jato não apresentou qualquer prova que possa dar sustentação às acusações"; para os advogados de Lula, "uma autoridade que não é a responsável pelas investigações em relação a Lula emitiu sua 'convicção', sem lastro, para atacar a honra e a reputação do ex-Presidente"; "Tal posicionamento não pode, assim, ser tratado como oficial, mas tão somente como a indevida e inconsequente opinião de um membro da Polícia Federal", afirmam

24 DE OUTUBRO DE 2016


247 - Em resposta à acusação do delegado Filipe Hille Pace, da Polícia Federal, de que o ex-presidente Lula seria o "amigo" indicado em uma planilha de pagamentos da Odebrecht, e que teria recebido R$ 23 milhões, a defesa do petista afirma, em nota, que "a Lava Jato não apresentou qualquer prova que possa dar sustentação às acusações".

Para os advogados de Lula Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, "uma autoridade que não é a responsável pelas investigações em relação a Lula emitiu sua 'convicção', sem lastro, para atacar a honra e a reputação do ex-Presidente". "Tal posicionamento não pode, assim, ser tratado como oficial, mas tão somente como a indevida e inconsequente opinião de um membro da Polícia Federal", afirmam.

A defesa lembra ainda que "todas as contas de Lula já foram analisadas pela Polícia Federal e nenhum valor ilegal foi identificado". Leia mais aqui sobre a acusação da PF e abaixo a íntegra da nota da defesa:

Nota

A Lava Jato não apresentou qualquer prova que possa dar sustentação às acusações formuladas contra Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo após ter promovido devassa em relação ao ex-Presidente, seus familiares, colaboradores, ao Instituto Lula e à empresa de palestras LILS. São, por isso, sem exceção, acusações frívolas, típicas do lawfare, ou seja, da manipulação das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política.

Neste caso, uma autoridade que não é a responsável pelas investigações em relação a Lula, emitiu sua "convicção", sem lastro, para atacar a honra e a reputação do ex-Presidente, repetindo o abuso praticado na coletiva realizada pelos Procuradores da Operação Lava Jato (14/9/2016), quando nosso cliente foi alvo de comentários sobre questões estranhas ao processo ali tratado. Tal posicionamento não pode, assim, ser tratado como oficial, mas tão somente como a indevida e inconsequente opinião de um membro da Polícia Federal, sem elemento algum para autorizar a conclusão de que Lula recebeu qualquer vantagem indevida. Todas as contas de Lula já foram analisadas pela Polícia Federal e nenhum valor ilegal foi identificado.

Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira



Brasil 247

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