segunda-feira, 8 de maio de 2017

O casal Rosenberg, por Paulo Henrique Tavares

SEG, 08/05/2017 - 08:31

O casal Rosenberg

por Paulo Henrique Tavares


Nassif, além dos processos de Moscou, do lado dos sovéticos, podemos incluir o caso do Casal Rosenberg.

A lógica é até mais semelhante.

Por quê? Criou-se uma hipótese: A URSS (СССР) não seria capaz de desenvolver sozinha a bomba atômica não fosse com a ajuda de espiões traidores estadunidenses que venderiam os segredos aos comunistas soviéticos. Lembrar que é o início do Macartismo.

Qual é a semelhança com o Brazuca: Precisamos tirar qualquer chance de vitória da esquerda em 2018, para isso, precisamos destruir qualquer símbolo, partido ou candidato de esquerda. Hipótese: Houve desvios na Petrobras, logo, ele (apenas o Lula) se beneficiou, obrigatoriamente da suposta roubalheira. À partir disso, todos sabemos o circo: ele é dono de um suposto triplex (numa cidade extremamente decadente, que com alguma generosidade, deve custar R$ 300.000,00) e um sítio, que na verdade é do filho do Jacó Bittar, que é amigo do Lula há 50 anos.

Lá como cá foi armado um circo, tudo dentro da "legalidade" e uma pressao brutal da mídia (em época que não havia internete), um verdadeiro fascismo. Conclusão: O casal foi executado por traição à suposta pátria. 

Lá como cá, todas as evidências absolviam o casal. Até porque, mesmo que eles quisessem entregar, eles nem tinham acesso aos supostos segredos. Essa era a principal prova.

Qual foi a prova definitiva: a CIA/FBI pegaram o irmão da Ethel Rosemberg e ameaçaram o cara, forjando um monte de acusações e, se ele "não entregasse" a irmã, ele pegaria uma cana duríssima.

Então, ele "disse" que diversas vezes foi visitar a irmã e via ela conversando com russos ao telefone (esta por incrível que pareça, foi a "prova definitiva"). Ele foi liberado e a irmã e o cunhado para o corredor da morte.

50 anos depois este irmão declarou: eu fui covarde, eu menti para salvar minha pele e entreguei minha irmã. Este cara (o irmão da Ethel) já morreu há alguns anos.



Jornal GGN

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