quinta-feira, 30 de novembro de 2017

O melhor de Henry Mancini




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Bob Fernandes: Moro se desculpa, mas não se arrepende de escuta ilegal




POR FERNANDO BRITO · 30/11/2017








O comentário preciso sobre as declarações de moro, que na mídia, só Bob Fernandes tem coragem de fazer.



Mais do que os demais, o juiz Moro encarna a Lava Jato. Nesta segunda, 27, assistimos a uma confissão: “Não me arrependo de forma nenhuma…”.



Moro disse isso sobre gravações e vazamento das conversas entre Lula e Dilma em 16 março de 2016.



Um dia depois daqueles grampos e vazamento Moro reconheceu irregularidade nas gravações. Relatou:



-Determinei a interrupção da interceptação às 11 hs 12…



Mas seguiram gravando. Só uma hora e seis minutos depois, às 12 hs18, as operadoras foram avisadas pela Polícia Federal.



Às 13 hs 32 foi feita a segunda gravação. Mais de duas horas depois do tempo legal determinado por Moro para interrupção.



Disso, Moro se defendeu: “Como havia justa causa e autorização legal, não vislumbro maiores problemas…”.



Ministros do Supremo Tribunal vislumbraram enorme problema. Marco Aurélio foi duríssimo e claro:



-Isso é crime. Está na lei (…) Moro simplesmente deixou de lado a lei. Isso está escancarado.



Teori Zavaski, então relator da Lava Jato, bateu:



-Papel do juiz é o de resolver, não criar conflitos. Imparcialidade pressupõe discrição, prudência, serenidade (…) e não se deixar contaminar pelos holofotes.



Treze dias depois das gravações e vazamento, o juiz se desculpou.



Moro, que hoje diz não ter se arrependido “de forma nenhuma”, então pediu “respeitosas escusas” ao Supremo.



Nesse caso, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgou representação contra Moro. Por 13 a 1 decidiu a favor de Moro concluíndo:



-A Lava Jato traz “problemas inéditos” e exige “soluções inéditas”.



Esse mesmo TRF-4 julgará Lula na Segunda Instância. Confirmada a sentença de Moro, Lula ficará inelegível.



Carlos Eduardo Thompson Flores preside o TRF-4. E ele já opinou. Disse que, embora “não conheça as provas”, a sentença de Moro foi “irretocável”.



Nesta terça, 28, a Folha informou: “Tribunal que vai julgar Lula acelera trâmite de ações”.



Isso não deveria ser a respeito apenas de Lula. Porque é muito maior. E deixar a lei de lado em nome da lei, teve, tem e terá consequências.





Tijolaço

PML: SUPREMO NÃO PODE FICAR QUIETO DEPOIS DA FALA DE TACLA DURAN


Em comentário em vídeo, Paulo Moreira Leite afirma que "o que já disse o advogado Rodrigo Tacla Duran à CPMI da JBS" nesta quinta-feira 30 "contém fatos gravíssimos que precisam ser esclarecidos, investigados com todo o cuidado"; "Porque eles demonstram, apontam para a possibilidade de negociações escusas comprometedoras de delação premiada na Lava Jato", alerta o jornalista; para PML, "é preciso que o Supremo Tribunal Federal, que tem a responsabilidade de defender a Constituição, assuma seu lugar", uma vez que "não há isenção na primeira instância", onde atua o juiz Sergio Moro; "O STF não pode fazer como a Globo", que tem omitido o depoimento de seu noticiário nesta quinta, finaliza; assista

30 DE NOVEMBRO DE 2017 

247 - O jornalista Paulo Moreira Leite fez um comentário em vídeo para o 247 em que afirma que "o que já disse o advogado Rodrigo Tacla Duran à CPMI da JBS contém fatos gravíssimos que precisam ser esclarecidos, investigados com todo o cuidado".


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O depoimento de Tacla Duran ocorre ao longo de toda a manhã na sessão da CPMI. O ex-advogado da Odebrecht responde a diversos questionamentos dos parlamentares.


"Porque eles demonstram, apontam para a possibilidade de negociações escusas comprometedoras de delação premiada na Lava Jato", alerta PML.


Para o jornalista, "é preciso que o Supremo Tribunal Federal, que tem a responsabilidade de defender a Constituição, assuma seu lugar".


A relação entre o advogado Rodrigo Zucolotto, por exemplo, e o juiz Sergio Moro, "exige apuração distante, distante e necessária", destacou Paulo Moreira Leite. Zucolotto atuou na defesa de Tacla Duran para firmar um acordo de delação premiada e teria cobrado "por fora" para sua atuação. Ele também teria admitido a Tacla Duran ser próximo da força-tarefa da Lava Jato.


O colunista do 247 lembra que o depoimento trata de uma operação que trouxe "resultados trágicos para a economia e a política, inspirou um golpe de Estado e ameaça a candidatura Lula em 2018.


"Precisamos saber o que há e o que não há de verdade nesse episódio. O Supremo não pode ficar quieto, pois não há isenção na primeira instância", destacou, em referência ao juiz Sergio Moro, de Curitiba.


Segundo ele, "o STF não pode fazer como a Globo", que tem omitido o depoimento de seu noticiário nesta quinta. Assista:


TACLA DURAN APONTA FRAUDE DA LAVA JATO CONTRA DILMA

Em depoimento por videoconferência à CPMI da JBS, nesta manhã, o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran confirmou aos parlamentares que a força-tarefa da Lava Jato omitiu contas no exterior que eram ligadas a investigados; com isso, os recursos não seriam bloqueados pelos investigadores; esse seria o caso, por exemplo, do casal João Santana e Mônica Moura, que fizeram campanhas do PT e atribuíram dinheiro de propina à campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2014 em acordo de delação premiada; Tacla Duran também confirmou ter recebido um pedido para que fizesse pagamento "por fora" a fim de firmar seu acordo com o Ministério Público e disse ter interpretado o termo "panela de Curitiba" como advogados com "bom trânsito e bom acesso à força-tarefa"

30 DE NOVEMBRO DE 2017


Brasília 247 – O ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran confirmou em depoimento à CPMI da JBS na manhã desta quinta-feira 30 uma denúncia que, se comprovada, aponta uma campanha da Operação Lava Jato contra a presidente deposta Dilma Rousseff.

Tacla Duran confirmou aos parlamentares que a força-tarefa da Lava Jato omitiu contas no exterior que eram ligadas a investigados. Com isso, os recursos dessas contas não seriam bloqueados pelos investigadores.

Esse seria o caso, por exemplo, do casal João Santana e Mônica Moura, que fizeram campanhas do PT e atribuíram dinheiro de propina à campanha presidencial de Dilma em 2014 em acordo de delação premiada. Os dois foram presos no âmbito da Lava Jato e condenados a 8 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro.

O ex-advogado da Odebrecht relatou ter recebido de um funcionário da Odebrecht uma planilha com contas no exterior, para que ele identificasse os donos dessas contas. Tacla Duran disse não ter conseguido cumprir a tarefa da empreiteira porque os sistemas que ele tinha disponíveis para o trabalho "não foram suficientes". "Era preciso quebrar o sigilo", afirmou.

O funcionário teria ficado "bastante chateado, irritado" com a resposta de Tacla Duran, pois precisava "dar uma resposta ao Marcelo [Odebrecht]" sobre as contas. A empresa pretendia pressionar o governo Dilma com a informação de que havia dinheiro de propina relacionado à campanha da então presidente.

Em resposta às questões feitas pelo deputado Wadih Damous (PT-RJ) na sessão da CPMI, Tacla Duran também confirmou ter recebido um pedido do advogado Carlos Zucolotto Júnior – amigo do juiz Sergio Moro –, que negociava seu acordo, para que fizesse pagamento "por fora" a fim de que o acordo com o Ministério Público Federal fosse bem sucedida, e para o qual ele teria de pagar honorários de R$ 5 milhões.

"Eu não aceitei porque me senti constrangido", disse o advogado, acrescentando que, no acordo, ele teria de assumir crimes que não teria cometido. O valor a ser pago seria para o advogado que intermediava o acordo "e para quem estava ajudando ele", que Tacla Duran disse não saber quem é. "E seria pago em troca da atuação dele no caso", completou.

Recentemente, Tacla Duran revelou ter recebido um conselho de um consultor da UTC para que contratasse um advogado "da panela de Curitiba" para que seu acordo fosse bem sucedido. No depoimento à CPMI, ele afirmou ter interpretado esse termo como um advogado com "bom trânsito e bom acesso à força-tarefa". Foi então que ele buscou Zucolotto para tentar firmar o acordo, e posteriormente o advogado Marlus Arns, para quem chegou a pagar honorários de 1,5 milhão de dólares, mais impostos.



Brasil 247

GLOBO MUDA DISCURSO E AGORA SE DIZ VÍTIMA DAS PROPINAS QUE PAGOU



Depois que uma segunda testemunha afirmou que a Globo pagou propinas a dirigentes da CBF, da Fifa e de outras confederações na compra de direitos de transmissão de eventos esportivos, a empresa mudou seu discurso; agora, diante das evidências de que a emissora corrompeu cartolas para ter exclusividade no futebol, a empresa afirma que comprou os eventos de boa fé e diz ter sido enganada pelos delatores que venderam a ela esses mesmos direitos de transmissão; segundo nota lida por William Bonner, a Globo ficou "surpresa" ao saber das propinas; delatores dizem ter sido orientados pela própria Globo a abrir uma empresa na Holanda para que a concessionária pública brasileira pudesse corrompê-los

30 DE NOVEMBRO DE 2017 


247 – A Globo não nega mais as propinas no futebol pagas por ela própria para que pudesse ter exclusividade nos direitos de transmissão de eventos esportivos, como a Copa do Mundo, o Campeonato Brasileiro e torneios sul-americanos.

Agora, numa readequação de seu discurso, a empresa afirma ter sido lesada pelos donos da empresa T&T – Alejandro Burzaco e Jose Eladio Rodriguez – que a teriam "enganado".

No Jornal Nacional de ontem, essa nova linha de argumentação foi testada. Diante das evidências de que a emissora corrompeu cartolas para ter exclusividade no futebol, a empresa afirma que comprou os eventos de boa-fé e diz ter sido ludibriada pelos delatores que venderam a ela esses mesmos direitos de transmissão.

Segundo nota lida por William Bonner (confira aqui), a Globo ficou "surpresa" ao saber das propinas pagas pela subsidiária da Globo na Holanda à T&T na Holanda.

No entanto, os dois delatores dizem ter sido orientados pela própria Globo a abrir uma empresa no país europeu para que a concessionária pública brasileira pudesse corrompê-los e gerar propinas que fossem pagas a dirigentes como José Maria Marin, Marco Polo del Nero e Ricardo Teixeira (leia aqui reportagem sobre o caso).

As propinas relacionadas apenas às Copas de 2026 e 2030, divididas com outras emissoras, somariam R$ 50 milhões.

Inscreva-se na TV 247 e reveja debate sobre este tema:

TV 247 DEBATE: NOVO DELATOR CONFIRMA PROPINA DA GLOBO





Brasil 247   -   TV 247

PROFESSORA É AMEAÇADA APÓS FAKE NEWS ESPALHADA POR CARLOS VEREZA E EDUARDO BOLSONARO

Ator global Carlos Vereza e deputado Eduardo Bolsonaro espalham fake news sobre atividade em escola do Rio de Janeiro; informação falsa fez escola mudar tema de apresentação; professora chegou a ter celular divulgado e recebeu ameaças

30 DE NOVEMBRO DE 2017 


O áudio de uma mãe de um adolescente do Rio voltou a acionar a patrulha conservadora das redes sociais. O desabafo da mulher ao saber da temática de um exercício escolar do filho provocou uma onda de ameaças e impropérios virtuais e obrigou um grupo de alunos de um colégio particular a suspender uma atividade que pretendia abordar a identidade de gênero, um conceito que abrange a realidade de pessoas que não se identificam com o sexo que lhes foi designado ao nascer.


“Que absurdo o colégio do meu filho impondo ele apresentar a feira cultural de camisa rosa e batom na boca […] para ganhar dois pontos em cada matéria. Eu não aceito, eu não aceito, eu não aceito! […] Não vou deixar meu filho participar de uma nojeira dessas. Homem é homem. Mulher é mulher. Macho é macho. Fêmea é fêmea”, dizia a gravação, que viralizou graças ao compartilhamento do deputado Eduardo Bolsonaro sob a chamada: “Menino que usar batom ganhará nota em colégio particular do Rio”.

A atividade proposta pelos meninos do nono ano de uma das cinco unidades do Colégio Pinheiro Guimarães nada tinha a ver com serem obrigados a usar batom. Os alunos, na verdade, precisavam escolher um tema para apresentar na feira cultural da escola, um evento anual que se celebra há 23 anos. Cada um dos 45 estandes da feira seriam avaliados pelos professores. Uma das turmas optou pela “identidade de gênero” por ser um tema atual e polêmico, muitas vezes demonizado por alguns adultos que sequer sabem o que significa.

O boato foi alimentado até pelo ator Carlos Vereza, que usou uma versão ainda mais distorcida dos fatos –”o colégio obrigou o aluno a usar batom para ter a nota aumentada“– para pedir aMichel Temer medidas para “parar com a solerte ideologia de gênero“. “Tem professores tirando o artigo “o” e o artigo “a” e colocando “x”, estão brincando de Deus e mudando toda a biologia. Por mais que eles inventem, homem não tem útero. E mulher não tem pênis”, disse o ator de 78 anos após a reunião com o presidente. Em 2015, o Congresso conseguiu banir o termo “gênero” do Plano Nacional de Educação, por considerar que a palavra se referia a uma questão de ideologia.

(...)

A denúncia da mãe induziu os fiscais dos bons costumes a pensar e divulgar que o evento da escola só exploraria essa temática e as reações não demoraram. O celular da professora responsável pela turma foi divulgado na Internet e a docente começou a receber ameaças. Os comentários nas redes instigavam também a ações violentas contra o colégio, os alunos e seu diretor. “Houve muita gente nas redes alertando que viria aqui. Havia pessoas marcando no Facebook vir aqui para destruir nosso trabalho”, lamenta João Pedro, de 14 anos, no Clube de Regatas do Flamengo, onde o evento foi celebrado este sábado.



Brasil 247

DESEMPREGO FICA EM 12,2% E ATINGE 12,7 MI DE BRASILEIROS

JUCÁ É ESCRACHADO E CASO MOSTRA ÓDIO CRESCENTE DA SOCIEDADE AOS GOLPISTAS

GRÊMIO É TRICAMPEÃO DA LIBERTADORES

O Grêmio conquistou na noite desta quarta o tricampeonato da Libertadores da América; o Tricolor Gaúcho venceu o Lanús por 2 a 1, em Buenos Aires, no Estádio La Fortaleza; no placar acumulado, nos dois jogos decisivos, 3 a 1 para os brasileiros.

30 DE NOVEMBRO DE 2017

Da CBF

O melhor time de futebol da América é brasileiro. O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense é o campeão da Taça Libertadores 2017. O Tricolor Gaúcho venceu o Lanús por 2 a 1 na noite desta quarta-feira (29), em Buenos Aires, no Estádio La Fortaleza, e deixou a apaixonada torcida gremista em êxtase em todos os cantos do Brasil e do mundo. Foi a terceira vez que o Imortal conquistou a América. No placar acumulado, nos dois jogos decisivos, 3 a 1 para os brasileiros.

O Grêmio fez um primeiro tempo exemplar. Marcando em cima e dificultando a saída de bola dos argentinos. Com solidez na defesa e articulação pelo meio e laterais, a equipe comandada por Renato Gaúcho marcou duas vezes na primeira etapa, com Fernandinho e Luan.

O camisa 7, grande destaque do time na temporada e eleito o melhor da competição, outra vez desfilou o fino da bola e deixou a sua assinatura no segundo gol: arrancada, drible no zagueiro e cavadinha na frente do goleiro. Golaço!

Logo nos primeiros minutos do segundo tempo, uma baixa importante no Tricolor. O volante Arthur, um dos destaques do primeiro tempo e que foi escolhido o melhor da partida ao fim do jogo, saiu com dores no calcanhar, resultado de uma pancada sofrida já nos acréscimos da etapa inicial.

Michel substituiu a jovem revelação gremista. Apesar do ímpeto argentino para buscar a virada, o Grêmio se manteve seguro nas ações. Muita disposição para marcar e, com a bola nos pés, inteligência nas iniciativas de ataque.

Aos 25 minutos, um susto. Jailson derrubou Acosta na área e o árbitro marcou a penalidade. Sand bateu e diminuiu o placar. Mas seria preciso outros três gols para reverter o panorama.

Cícero, autor do único gol do primeiro jogo da decisão na Arena do Grêmio, substituiu Lucas Barrios. O Lanús veio para o tudo ou nada a partir dos 30 minutos. Para deixar o coração do torcedor na boca nos últimos minutos, Ramiro foi expulso por reclamação. Mas a noite era do Grêmio. Estava escrito que o dia 29 de novembro de 2017 entraria para a galeria histórica e imortal do Grêmio como o dia do Tri.O Grêmio já havia levantado a tão cobiçada taça em 1983 e 1995.

A vitória sobre o Lanús garantiu o terceiro título da competição mais importante das Américas e consagrou um dos grandes personagens do futebol brasileiro, Renato Gaúcho. Campeão da Libertadores pelo Grêmio como jogador e agora, à beira do gramado, como treinador. A equipe agora disputará o Mundial de Clubes.

Parabéns Grêmio pela grande conquista, pelo futebol apresentado em toda competição e por representar tão bem o nosso futebol diante de toda a América. Torcedor tricolor, a América é de vocês!



Brasil 247

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Rádio Navalha: Bial, o que mais você vai tapar?

Depois de apagar a estrela vermelha no boné de um entrevistado, o que mais o Bial vai tapar em seu programa?
publicado 29/11/2017
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Conversa Afiada

PIMENTA E WADIH DESVENDAM CONEXÃO DA LAVA JATO COM ESTADOS UNIDOS

CPI da JBS ouviu o depoimento do ex-procurador Marcelo Miller, nesta quarta-feira (29); ao ser questionado pelos deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ), o ex-procurador revelou o que há muito se suspeitava: as conexões da Lava Jato com o departamento de Justiça dos Estados Unidos; Marcelo Miller confirmou que ao lado de Rodrigo Janot e Deltan Dallagnol mantiveram encontros com agentes americanos. Segundo Miller, esses encontros inciaram no ano de 2015

29 DE NOVEMBRO DE 2017 


247 - A CPI da JBS ouviu o depoimento do ex-procurador Marcelo Miller, nesta quarta-feira (29). Miller teve pedido de prisão solicitado pela PGR por beneficiar os irmãos Batista no processo de delação premiada.

Durante a CPI, questionado pelos deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ), o ex-procurador revelou o que há muito se suspeitava: as conexões da Lava Jato com o departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Marcelo Miller confirmou que ao lado de Rodrigo Janot e Deltan Dallagnol mantiveram encontros com agentes americanos. Segundo Miller, esses encontros inciaram no ano de 2015.



Brasil 247

LULA: “NINGUÉM É PRESO PORQUE SE ACHA QUE DEVE PRENDER”

Em entrevista a rádio do Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira 29, o ex-presidente Lula reforçou a necessidade de se ter provas para que se prenda alguém, ao falar de seu caso na Lava Jato, que aguarda a sentença da segunda instância, no TRF4; "Ninguém é preso porque se acha que deve prender. Só se deve prender quando tem prova. Então se tem um brasileiro tranquilo hoje sou eu", afirmou; "Essa gente tem que ter coragem de vir a público pedir desculpa", disse Lula; ele também criticou a campanha da mídia com críticas sem provas a ele; "Se juntar todas as críticas que todos os presidentes da República já receberam não chega a metade das críticas que fazem a mim na Globo. Entretanto, depois de três anos investigando ainda não encontraram nada


29 DE NOVEMBRO DE 2017


247 - O ex-presidente Lula reforçou nesta quarta-feira 29 a necessidade de se ter provas para que alguém seja preso, ao falar de seu caso na Lava Jato, que aguarda a sentença da segunda instância, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região.



"Ninguém é preso porque se acha que deve prender. Só se deve prender quando tem prova. Então se tem um brasileiro tranquilo hoje sou eu", declarou, em entrevista ao jornalista Joel Silva, da Rádio Capital 95,9 FM, do Mato Grosso do Sul, no início da tarde.

"Essa gente tem que ter coragem de vir a público pedir desculpa", cobrou ainda o ex-presidente. Ele também criticou a campanha da mídia com críticas sem provas a ele: "Se juntar todas as críticas que todos os presidentes da República já receberam não chega a metade das críticas que fazem a mim na Globo. Entretanto, depois de três anos investigando ainda não encontraram nada".


Lula prometeu que, se eleito presidente em 2018, vai apresentar uma proposta de regulação econômica do setor da mídia. "Eu vou mandar uma proposta de democratização dos meios de comunicação porque não podem 9 famílias comandar a comunicação nesse país", disse.


E acrescentou, sobre os retrocessos do governo Temer, que também irá "fazer o referendo revogatório pra desfazer tudo isso que eles estão fazendo".




Brasil 247

The London Pops Orchestra! (1 Hr. Album) Beautiful Scenery





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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Por dentro da ‘panela’ da República de Curitiba: o que Tacla Durán deve dizer na CPI da JBS. Por Joaquim de Carvalho


- 28 de novembro de 2017



Esta reportagem faz parte da série sobre a indústria da delação premiada da Lava Jato, parte de um projeto de crowdfunding feito em parceria entre o DCM e o GGN. As demais estão aqui

A imagem da tela do smartphone com a conversa do advogado Carlos Zucolotto é apenas uma das provas que o advogado Rodrigo Tacla Durán pretende mostrar no depoimento à CPI da JBS, na próxima quinta-feira. Tacla Durán entregou o celular e notebook para um perito da Espanha, para que ele atestasse que não houve montagem nas imagens nem nas planilhas arquivadas.

A conversa com Zucolotto foi pelo aplicativo Wickr, que funciona como muitos outros programas de troca de mensagens, com a vantagem de que estas não podem ser rastreadas. Além de serem protegidas por criptografias, desaparecem depois de seis dias e não ficam armazenadas ou passam por nenhum servidor.

Tacla Durán fez print screen das telas com a conversa, e essas imagens é que foram para o perito, que já teria atestado não se tratar de montagem. No livro que Tacla Durán está escrevendo, Zucolotto transcreve o trecho de uma conversa sobre negociações para acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal:

Zucolotto: Amigo, tem como melhorar esta primeira… Não muito, mas sim um pouco.

Rodrigo Durán: Não entendo.

Zucolotto: Há uma forma de melhorar esta primeira proposta… Não muito. Está interessado?

Rodrigo Durán: Como seria?

Zucolotto: Meu amigo consegue que DD entre na negociação.

Rodrigo Durán: Correto. E o que que se pode melhorar?

Zucolotto: Vou pedir para mudar a prisão para prisão domiciliar e diminuir a multa, ok?

Rodrigo Durán: Para quanto?

Zucolotto: A ideia é diminuir para um terço do que foi pedido. E você pagaria um terço para poder resolver.

Rodrigo Durán: Ok. Pago a você os honorários?

Zucolotto: Sim, mas por fora, porque tenho que cuidar das pessoas que ajudaram com isso. Fazemos como sempre. A maior parte você me paga por fora.

Rodrigo Durán: Ok.

Zucolotto: Enviaremos um modelo com um valor alternativo, porque o valor de fora está bloqueado. Portanto, você para um terço em R$. Quando você vir (o modelo), vai entender.


Tacla Durán conta que, de fato, os procuradores Júlio Noronha e Roberson Pozzobon enviaram por e-mail um modelo de acordo com as condições alteradas por Zucolotto.

“Recebi o rascunho no dia 27 de maio de 2016, e deveria estar no Brasil no dia 30, para assinar. Sozinho em casa na Flórida, pensei muito e decidi não assinar nem voltar ao Brasil. Não poderia admitir crimes que não cometi. Eu pedi ao meu advogado Leonardo Pantaleão, que me representou na reunião prévia com os procuradores, para discutir o texto e as cláusulas. Os procuradores, ao saberem da minha negativa em admitir os crimes que não havia cometido, não quiseram mais conversar comigo e as negociações terminaram. Este foi nosso último contato”, escreveu no livro que ainda não foi publicado.

Zucolotto é amigo de Sergio Moro e o site de seu escritório apresentava a esposa do juiz, Rosângela Moro, como uma das advogadas associadas. Pessoas próximas a Tacla Durán disseram não acreditar que o contato com os procuradores da Lava Jato seja feito através de Rosângela.

As relações são estreitas não só através das amizades de Rosângela, mas entre outros advogados e membros do Ministério Público Federal. O irmão do procurador Diogo Castor de Mattos, Rodrigo, por exemplo, é advogado de João Santana e Mônica Moura, que fizeram acordo de delação premiada.

O procurador Orlando Martello Júnior, que atua com Deltan Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima desde a investigação do Banestado, em 2002, é muito próximo de Marlus Arns, advogado que fechou vários acordos de delação premiada em Curitiba.

Marlus também é profissionalmente ligado a Rosângela Moro, através da APAE e também de uma antiga ação da massa falida da GVA, em Guarapuava, interior do Paraná. Por sua vez, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima já foi cliente do escritório de Zucolotto em uma ação trabalhista.

A chamada República de Curitiba é quase uma família. Ou “panela”, como teria definido o consultor financeiro Ivan Carratu, prestador de serviços da UTC, empreiteira para a qual ambos trabalharam. Tacla Durán também guardou mensagens trocadas com Carratu quando o dono da empresa, Ricardo Pessoa, preparava um adendo a seu acordo de delação premiada.

Tacla Durán disse aos dois deputados que estiveram com ele em Madri (Wadir Damous e Paulo Pinheiro) que foi avisado por Carratu de que seria citado na delação de Ricardo Pessoa. Ivan Carratu teria lhe sugerido contratar um advogado da “panela” de Curitiba e adiantado que, com a assistência de um desses advogados, o acordo de delação premiada seria favorável.

De fato, Tacla Durán foi citado no adendo ao acordo de delação, mas em um depoimento que é estranho não apenas pelo conteúdo, mas pela forma. Quem toma o depoimento, como se fosse um procurador ou delegado da Polícia Federal, é a própria defesa de Ricardo Pessoa. Na verdade, são dois depoimentos — o de Ricardo Pessoa e o do diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro Santana.

Um complementa o outro. Walmir diz que Tacla Durán é quem fazia o câmbio das propinas pagas no exterior. A cada dois meses, segundo Walmir, Tacla Durán comparecia à sede da UTC, em São Paulo, e entregava dinheiro vivo, em reais, correspondente aos dólares depositados lá fora. Pessoa diz a mesma coisa, só que nega o contato direto com Tacla Durán. Era Walmir quem recebia o dinheiro, na garagem da empreiteira.

O que enfraquece a versão é a falta de provas. Nos depoimentos, dizem que Tacla Durán não tem registro na portaria da empresa, nem houve gravação em vídeo da presença dela. Outro relato que tira credibilidade da narrativa é que, segundo Walmir Pinheiro, o dinheiro era entregue a ele e levado para ficar sob a guarda do doleiro Alberto Youssef. Não faz sentido. Por que Durán não levava o dinheiro diretamente a Youssef?

O auto interrogatório de Ricardo Pessoa aceito como prova na Lava Jato


Para a defesa de Tacla Durán, essa versão de que teria havido triangulação entre doleiros, foi criada para evitar que Youssef fosse envolvido diretamente na história — ele teria que confirmar. Era mais fácil circunscrever a narrativa no âmbito de Pessoa e Walmir, um confirmando o outro.

O mais estranho no adendo à delação dos diretores da UTC é a forma como o depoimento foi registrado. É como se os advogados, pagos por Walmir e Pessoa, estivessem interrogando os clientes.

“QUE, o colaborador inicialmente gostaria de ressaltar que as informações agora reveladas de forma alguma foram escondidas ou guardadas conscientemente com a intenção de não revelar a movimentação financeira realizada”, escrevem os advogados no adendo de Walmir Pinheiro, como se fosse um depoimento tomado or autoridades constituídas.

Ricardo Pessoa, no depoimento dele, aparece complementando:

“QUE (…) o COLABORADOR solicitou a oportunidade de fazer um levantamento nos arquivos da empresa, estando agora em condições de prestar a presente declaração e documentos a respeito de fatos envolvendo a empresa de TACLA DURÁN”.

Não existe documento, apenas planilha, e o tempo que demorou para Pessoa recobrar a memória sobre a existência de Tacla Durán foi de aproximadamente um ano.

Para a defesa de Tacla Durán, o nome dele foi citado para esquentar a investigação, numa época em que os procuradores precisavam apertar o cerco à Odebrecht — Tacla Durán prestou serviços também para a Odebrecht.

Não existe prova de que Durán esteve na UTC, mas haveria um jeito de saber se houve contato entre eles. Bastaria verificar, nas datas indicadas como de entrega de dinheiro, se o advogado esteve na região da UTC. Basta quebrar o sigilo telefônico. A torre das operadoras tem o registro do deslocamento de seus clientes. Mas isso não foi feito, porque, a rigor, não houve inquérito para apurar as operações atribuídas ao advogado.

O auto-interrogatório de Walmir Pinheiro e Ricardo Pessoa não foi homologado pela Justiça, mas tem sido citado em despachos de Sergio Moro para justificar medidas coercitivas contra o advogado. Tacla Durán deve relatar todo esse episódio à CPI da JBS, para mostrar o calcanhar de Aquiles da Lava Jato: na falta de provas para atingir um alvo, os procuradores arrumam um jeito de ajustar versões e simular cenários de crime.



Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Os donos da República



POR FERNANDO BRITO · 28/11/2017




Quem pensa que está na turma do Bolsonaro o núcleo do pensamento autoritário no Brasil, com nítida inclinação fascista, engana-se.

O centro deste pensamento está no Ministério Público e em parcela cada vez maior do Judiciário.

Se você duvida, leia a reportagem de O Globo sobre o encontro de promotores lavajateiros do MP, ontem, no Rio.

Já seria grave apenas o aspecto eleitoreiro, com o Dr. Deltan Dallagnoll recomendando que o eleitor vote “na renovação”(sic) , o que não é papel do MP sugerir em quem se deva votar, se vai renovar ou conservar mandatários ou representantes. Nos tempos antigos, uma ação criminal tinha fato específico, acusado específicos por atos específicos. Agora, para ele, o importante é “a mobilização”:

A operação [Lava Jato] não vai ser julgada por quem ela prendeu ou condenou. Será julgada pela capacidade de mobilizar a sociedade e catalisar esforços para que reformas contra a corrupção sejam feitas e, para que assim possamos alcançar um país mais justo. Isso depende do Congresso que elegeremos em 2018. Será uma grande vitória se forem eleitos para os cargos de deputado federal e senador candidatos com passado limpo, compromisso com a democracia e com a agenda anticorrupção.

Ou seja, o aspecto penal não é o mais importante; importante é o processo político

Mas foi ainda pior o que disse o sombrio Carlos Fernando dos Santos Lima, o Golbery do Ministério Público. Disse ele que os acordos de delação premiada que os promotores firmam “devem ser respeitados pelo Judiciário”. Ou seja, que os juízes devem aceitar passivamente que o MP defina perdão judicial, duração e forma de cumprimento das penas, valores de multas.

Numa palavra, que usurpem o poder de julgar dos juízes. Estes ficariam reduzidos a carimbadores do que o promotor defina ser “o justo”.

Tornam-se “donos”, em instância única, do poder de soltar ou prender, do quão longa será a prisão, se será domiciliar ou não.

Os homens de preto não querem ser controlados, como qualquer agente público deve ser.

Querem todo o poder, todo mesmo. E sem um voto sequer.



Tijolaço

PIMENTA: SÓ FALTA AGORA A LAVA JATO APRESENTAR SUA LISTA DE CANDIDATOS

Em vídeo postado na internet, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) criticou duramente a entrevista coletiva do procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato, em que ele afirmou que as eleições de 2018 serão "a batalha final" contra a corrupção. "O que querem agora os golden boys de Curitiba? Querem apresentar uma lista de quem pode ou não deve ser candidato?", questionou Pimenta, para quem a iniciativa do Ministério Público é autoritária e antidemocrática. Pimenta mandou também um recado para o procurador Carlos Fernando Lima, que, há algumas semanas, o teria ameaçado dizendo que "2018 vem aí". "Mude seu título para o Rio Grande do Sul e vá lá bater chapa comigo", disse ele; confira

28 DE NOVEMBRO DE 2017


247 – Em vídeo postado na internet, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) criticou duramente a entrevista coletiva do procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato, em que ele afirmou que as eleições de 2018 serão "a batalha final" contra a corrupção (saiba mais aqui).

"O que querem agora os golden boys de Curitiba? Querem apresentar uma lista de quem pode ou não deve ser candidato?", questionou Pimenta, para quem a iniciativa do Ministério Público é autoritária e antidemocrática.

Pimenta mandou também um recado para o procurador Carlos Fernando Lima, que, há algumas semanas, o teria ameaçado dizendo que "2018 vem aí". "Mude seu título para o Rio Grande do Sul e vá lá bater chapa comigo", disse ele.

Confira o vídeo de Pimenta:

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O STF e a bandidagem política. Por Aldo Fornazieri


- 27 de novembro de 2017



Texto originalmente publicado no GGN.

Por Aldo Fornazieri

O atual Supremo Tribunal Federal é o mais indigno da história do país. Durante o regime militar, o STF teve ministros cassados e houve uma alteração imposta pela força militar para torná-lo um órgão subserviente ao poder armado. O atual STF não sofre nenhum constrangimento armado, mas resolveu galgar os pináculos da indignidade por vontade própria. Certamente existem alguns ministros sérios, honestos e responsáveis. Contudo, seja por decisões coletivas ou seja por decisões individuais, a fisionomia que o STF foi adquirindo não é a do tabernáculo das leis, a do guardião da Constituição, mas a de casamata de corruptos, de golpistas e de criminosos do colarinho branco.


Quando o colegiado do STF se reúne, não resplandece de lá a luz da razão, a garantia da imparcialidade, a proteção legal da Nação, a segurança jurídica de um povo. Nessas reuniões, alguns dos ministros encapotados são expressão de entes sombrios, fautores de rituais malignos, assumindo o figurino de sacerdotes de templo luciferiano. Sim, porque dali o bem público não é protegido, os princípios e fundamentos da Constituição republicana e democrática são pisoteados e a sagrada função de exercer o controle constitucional dos abusos dos outros poderes é sacrificada no altar dos conchavos, da promiscuidade e da servilidade criminosa que se justifica nas teses, igualmente criminosas, da moderação, da conciliação e da harmonia dos poderes. São teses criminosas porque são capas ideológicas para disfarçar a falta de direitos para o povo, para acobertar a extorsão recorrente do Estado que tira dos pobres para dar aos ricos.

Esse STF não merece o menor respeito. Como pode ser respeitada uma Suprema Corte cujos ministros se reúnem na calada da noite com aqueles que devem julgar? Como merece respeito quando se sabe que alguns ministros assessoram um presidente ilegítimo e denunciado de cometimento de vários crimes? Como merece respeito diante do fato de que ministros mantêm relações promíscuas com senadores e deputados acusados de vários crimes? Como merece respeito em face da omissão diante de inconstitucionalidades graves de instrumentos legais a serviço da proteção de corruptos e criminosos? Como merece respeito ao abrir mão de um princípio fundamental da Constituição e de um direito de ser a decisão em última instância para salvar o mandato de um senador corrupto como Aécio Neves? Como merece respeito quando se tem ministros que não tem a cautela e nem a prudência, não têm o senso de proporção, ao não guardarem distância de políticos e empresários a quem poderão julgar futuramente? Numa democracia descente, alguns desses ministros deveriam ser julgados por sedição, por conspiração contra o Estado.

A salvação de Aécio Neves é um caso emblemático, já que ele expressa o apogeu da indignidade do STF. Naquele ato, o STF não atravessou o Rubicão, pois quando Júlio César o atravessou, foi um ato de coragem. A salvação de Aécio foi um ato de covardia. Foi como se a maioria dos ministros, presididos pela sacerdotisa do mal, abrisse as portas da cidadela para que os corruptos a tomassem sem luta, como se fossem convidados e entrar amigavelmente.

Aquela decisão abriu as portas para que deputados estaduais e vereadores criminosos se sentissem protegidos pelas suas Casas, por raciocínio análogo. A escandalosa, criminosa e inconstitucional libertação dos três deputados no Rio de Janeiro, por decisão da Assembléia Legislativa, está implicitamente autorizada pelo ato de salvação de Aécio Neves, mesmo que naquela resolução a extensividade para as instâncias inferires dos Legislativos não esteja escrita. O fato é que o STF transformou o poder político em poder judicial, destruindo o sentido manifesto da Constituição republicana.

O STF tornou-se a casa da incoerência: o que valeu para Delcídio, não valeu para Aécio e o que não valeu para Aécio agora poderá valer para deputados estaduais e vereadores. O STF é uma casa anarquizada: não há regra clara para definir as questões que podem ser julgadas por um ministro, por uma turma ou pelo pleno. O STF é a casa da protelação: um ministro pode pedir vistas a uma questão em julgamento sem nenhum prazo para o seu retorno. Assim, as vistas se tornaram ardis inescrupulosos, usados por ministros para atender interesses forasteiros e inescrupulosos de políticos, de empresários, de grupos econômicos.


Veja-se o escandaloso caso do pedido de vistas do julgamento do Foro Privilegiado, feito pelo ministro Dias Toffoli. Ele alegou ter dúvidas sobre o tema. Ora, Toffoli foi nomeado ministro em 2009. Será que de lá para cá não percebeu que o Foro Privilegiado é uma excrescência, um câncer da nação, um tridente empunhado por políticos e autoridades corruptos para garantir a sua impunidade? Sim, Toffoli, que se tornou ministro com méritos e virtudes duvidosos, deve saber disso. Mas decidiu usar uma espécie de experiente de obstrução, não cumprindo com o dever de dar celeridade e agilidade a um caso de alto reclamo popular. Toffoli é pago pelo erário do povo e o STF custa caro ao povo. É indigno, vergonhoso, usar esses expedientes para protelar decisões, criar ineficiência e proteger corruptos.

A falsa tese da independência dos poderes

A esperteza corrupta e escorchante das elites brasileiras e dos seus áulicos intelectuais criou a tese da independência e harmonia entre os poderes, algo que nunca foi um princípio da Constituição republicana moderna. Na verdade, o fundamento dessa Constituição é o da separação do poder em três ramos distintos e a definição de equilíbrios, pesos e contrapesos na relação entre esses três ramos, com a ingerência parcial de um poder no outro. Assim, a relação não é de independência e nem de harmonia. É de conflito e de controle mútuo. Existe vasta teoria sobre o assunto e basta ler os seus formuladores, destacadamente Montesquieu e, particularmente, os Federalistas.

O que espanta, no caso da crise brasileira, é que analistas de direita e alguns de esquerda se unem para defender a tese da independência dos poderes, que se traduz em tese da impunidade e de proteção de corruptos. Curiosamente, os analistas de esquerda que assumem essa excrescência acusam os militantes dos partidos de esquerda que defendem a punição do corruptos, a exemplo de Aécio e dos deputados peemedebistas do Rio de Janeiro, de serem moralistas ingênuos etc.

A exigência de moralidade pública é um preceito das Constituições republicanas e democráticas, uma demanda ética e moral da sociedade e um dever daqueles que se dispõem a servir o bem público. A corrupção é a negação do Estado Democrático de Direito, é incompatível com um posicionamento de esquerda e não pode ser aceita por aqueles que pugnam por uma sociedade mais justa, igualitária e livre.

A corrupção é uma podridão que apodrece as condutas, a eficiência e a prudência de quem governa. Nenhum governo corrupto se habilita para produzir inovações reformadoras profundas, nem o progresso e a grandeza dos povos e das nações. A corrupção, em todos os tempos, afundou os líderes no lodo da indolência, produzindo a desorganização dos Estados e a miséria dos povos.

Estados e governantes corruptos não geram a confiança necessária nas sociedades, o que termina gerando o extravio dos governos e das políticas públicas. Nenhum governo é bem sucedido se carece da confiança social. Ser corrupto é roubar o que é do povo, o seu remédio, a sua saúde, a sua educação, a sua cultura. Numa democracia séria, os corruptos não podem governar e políticos corruptos devem parar na cadeia.

A militância de esquerda não pode confundir o combate necessário que se deve fazer a setores do Judiciário pela sua ação parcial e persecutória contra Lula com a necessidade de combater a corrupção. Diante do governo mais corrupto da história do Brasil, diante do PMDB que é um lodaçal de corrupção, diante da impunidade de Aécio Neves e diante das tragédias e ineficiências que a corrupção gera, a militância de esquerda deve empunhar a bandeira de combate a corrupção, pois ela é o grande mal que apodrece todas as repúblicas e mantém os povos na pobreza, sem acesso aos direitos fundamentais e aos bens básicos.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política (FESPSP)



Diário do Centro do Mundo - DCM

GLOBO BANE PEDRO CARDOSO, CAROLINA FERRAZ E MAITÊ PROENÇA DE SUAS PRODUÇÕES

Pedro Cardoso, Carolina Ferraz e Maitê Proença estão banidos da programação da Globo; a cúpula da emissora decidiu banir os três atores de suas produções porque os considera ingratos; Carolina está processando a Globo, reivindicando direitos trabalhistas; á Pedro Cardoso e Maitê magoaram os executivos porque fizeram duras críticas à rede

27 DE NOVEMBRO DE 2017 


247 - Não espere ver Pedro Cardoso, Carolina Ferraz e Maitê Proença na programação da Globo tão cedo. É possível que isso nunca aconteça. A cúpula da emissora decidiu banir os três atores de suas produções porque os considera ingratos. Carolina está processando a Globo, reivindicando direitos trabalhistas. Já Pedro Cardoso e Maitê magoaram os executivos porque fizeram duras críticas à rede.

As informações são da coluna Notícias da TV do UOL.

Pedro Cardoso passou a atacar a emissora em várias entrevistas. Em julho de 2015, em conversa com Mauricio Stycer, do UOL, chamou a TV de “acovardada e conservadora” e criticou a falta de transformações na programação: “O país mudou, mas a TV está igual ao Brasil do Fernando Henrique. Se a gente ficar fazendo a televisão que era da época dele, o público vai fazer outra coisa”, alfinetou.

Já Maitê Proença soltou o verbo ao ser sabatinada no Roda Viva, da Cultura, há duas semanas. A atriz contou que ficou sabendo por meio da imprensa que tinha sido demitida. “Foi muito estranho, não tive nenhum aviso. Quando começaram os boatos de que eu já tinha sido dispensada, liguei para a pessoa que tinha me dito que o contrato seria renovado e ela me falou que, de fato, ia ser descontinuado”, contou a atriz.

Carolina Ferraz, apesar de estar processando a emissora para receber 13º salário, FGTS, férias e valores referentes à rescisão, foi a única da trinca de banidos a não falar mal dos antigos patrões, para quem trabalhou durante 27 anos.


Brasil 247