quarta-feira, 30 de maio de 2018

O desastre americano da Petrobras, por André Araújo

ENVIADO POR ANDRE ARAUJO TER, 29/05/2018 - 07:23


O desastre americano da Petrobras, por André Araújo

As empresas estatais de petróleo foram criadas para exercer uma função estratégica na economia de seus países. São 13 estatais que estão entre as 20 maiores petrolíferas do mundo, sendo que nesta lista as 4 primeiras são estatais. O objetivo central para o qual essas companhias existem é atender às necessidades econômicas DE LONGO PRAZO de seus países, fazem parte da politica de Estado, da defesa de seus recursos energéticos, ao mesmo tempo que geram compras e empregos no Pais. Elas são, portanto, instituições nacionais e não simples firmas comerciais e são geridas como um fundamental ativo de cada Pais.

O critério vale tanto para países que dependem da exportação de petróleo como a Arabia Saudita (SAUDI ARAMCO), Kuwait (KUWAIT OIL CO.), Irã (NIOC-NATIONAL IRANIAN OIL CO.), Iraque (IRAQ NATIONAL PETROLEUM CO.), Angola (SONANGOL), como de paises emergentes de economia diversificada como México (PEMEX), Algéria (SONATRACH), Rússia (RUSSNEFT), chegando a países ricos como a Noruega onde opera a grande estatal de petróleo, a STATOIL, são companhias que servem a um projeto nacional , não podem servir ao mercado financeiro ao mesmo tempo porque as estratégias e os objetivos são completamente diferentes.


Ao listar a PETROBRAS na Bolsa de Nova York, o grupo de neoliberais que dominava o Governo FHC pretendia exatamente isso, tirar o papel estratégico da PETROBRAS, já que para essa ideologia até a própria noção de Projeto Nacional era obsoleta. Para o mercado financeiro global a única referência é o lucro, nacionalismo é coisa do passado, o mercado é tudo, analise que a História desde 2008 já demonstrou que é uma fantasia de lunáticos.

A função de servir a um projeto nacional foi a razão para ser criada a PETROBRAS em 1953, por iniciativa de um Presidente com ampla visão de Estado, o maior estadista brasileiro do Século XX, Getúlio Vargas. A criação teve ENORME oposição dos chamados “círculos conservadores”, avôs dos atuais neoliberais, com Eugênio Gudin à frente, apoiado pela mídia de então, como o jornal O GLOBO, os Diários Associados de Assis Chateaubriand e outros. A reação violenta da DIREITA de então esteve no pano de fundo da campanha contra Vargas, que no ano seguinte o levou ao suicídio, usando o velho e conhecido instrumento da Direita, a CRUZADA MORALISTA operada por uma “campanha anti-corrupção" contra um homem que não deixou herança além de um pequeno apartamento na Tijuca.

Vargas criou a PETROBRAS para proteger o Brasil da dependência total da importação de combustíveis dominada pelas “majors” de então, especialmente Esso, Shell, Gulf e Texaco, que garantiam ao governo que NÃO HAVIA PETROLEO NO BRASIL, usando como prova o chamado Relatório Link. Walter Link era um geólogo americano que não encontrou vestígios de petróleo no Brasil, relatório que era usado pela direita como arma contra a criação da Petrobras, lembrando que Vargas criou na mesma época o BNDE e a ELETROBRAS.

A PETROBRAS foi obra da visão de grandes brasileiros e foi imensamente fortalecida no Governo Militar de 64, esse crédito deve ser colocado na conta dos Presidentes militares, um dos quais, Geisel, foi também presidente da Petrobras. Nessa trajetória, a PETROBRAS construiu 11 refinarias, milhares de quilômetros de oleodutos e gasodutos, enormes estações de tancagem e distribuição, uma grande frota de navios tanques, fábricas petroquímica e de fertilizantes, explorou gás na Bolívia para o qual se construiu um gasoduto binacional de 3.800 quilometros e explorou petróleo na África e no Iraque, tornando-se ao fim do Século XX a 8ª empresa de petróleo do mundo.

O PRIMERIO GRANDE ATAQUE Á PETROBRAS

O governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso desviou completamente a Petrobras de seu papel estratégico, o que é uma ironia, a família Cardoso esteve na linha de frente pela criação da Petrobras em 1953. FHC se cercou completamente de um circulo de “neoliberais cariocas” formados na PUC Rio e com cursos nos EUA, com fé cega no mercado e inimigos da existência de empresas estatais achando que todas deveriam ser privatizadas já que na ideologia fanática deles o “mercado tudo resolve”, algo que não se acredita nem nos Estados Unidos. Esse grupo conhecido hoje como “Casa das Garças“ incluía nomes depois mediáticos, entre os quais Pedro Parente, todos com uma visão muito particular de Pais que começava no Leblon e terminava em Nova York.

Em função dessa ideologia privatista, não havendo condições politicas para vender a PETROBRAS porque isso jamais passaria no Congresso, conseguiram montar a primeira etapa de um projeto para a privatização futura da PETROBRAS, abrir seu capital para estrangeiros e listar as ações na Bolsa de Nova York. Para o público tudo foi vendido como coisa boa e moderna mas foi um DESASTRE para a Petrobras que NÃO LEVANTOU CAPITAL, apenas deu liquidez em dólar a ações já emitidas.

O Brasil pagou um altíssimo preço por essa alegada vantagem. A PETROBRAS ficou submetida à LEGISLAÇÃO AMERICANA, ninguém informou isso ao distinto publico na época mas, para os privatistas, era a glória deixar a PETROBRAS vulnerável ao Governo dos EUA, historicamente inimigo de empresas estatais de petróleo e aliado deles. Os neoliberais levaram a Petrobras à boca do lobo, enfraqueceram a governança da companhia em beneficio do estrangeiro.

Foram as empresas estatais de petróleo que impuseram as duas grandes crises do petróleo do Século XX com altas coordenadas de preço e são essas empresas que comandam, através de seus governos a OPEP, o cartel que controla a produção e comercialização de petróleo no mundo, uma estrutura de grande peso politico, um dos players do poder mundial de hoje.

Está claro portanto que as EMPRESAS ESTATAIS DE PETROLEO tem um papel estratégico na geopolítica do mundo atual, não são descartáveis como querem fazer crer os neoliberais brasileiros mal informados e mal intencionados que estão vendendo a PETROBRAS em pedaços sob a alegação de que o mercado tudo resolve e que empresa estatal é coisa do passado.

Na esteira dessa caminhada para vender a PETROBRAS, o Governo FHC colocou na presidência da companhia figuras do mercado financeiro que não entendiam nada de petróleo mas entendiam de Bolsa de Nova York, como Francisco Gros, diretor no Brasil do banco Morgan Stanley e Henri Philippe Reichstul, um francês e economista especializado em café que só conhecia gasolina no posto, depois sócio do Banco SRL. A ideia do grupo SEMPRE foi privatizar a companhia. Até globalizar o nome tentaram, nasceu a PETROBRAX, um nome bonito para americanos, criado por uma consultoria de marcas para tirar o caráter brasileiro e nacional da empresa mas a reação popular foi negativa e a ideia abandonada.

Essa leviandade de submeter a PETROBRAS à Lei Americana já custou US$2,95 bilhões pagos por conta de acordo sumário e sem maiores discussões com os ACIONISTAS MINORITARIOS AMERCANOS, antes mesmo de qualquer sentença, o mesmo valor que vai custar o acordo com 2 milhões de caminhoneiros em greve em maio de 2018. O Governo e a mídia tratam esse valor da concessão aos caminhoneiros como um terremoto financeiro que vai abalar o Brasil mas quando o MESMO VALOR foi pago a achacadores americanos DISFARÇADOS DE “ACIONISTAS MINORITARIOS” a mesma mídia e o mesmo governo fizeram cara de paisagem.

Ainda está pendente a MULTA do Departamento de Justiça contra a PETROBRAS, processo montado no Brasil com a ajuda de delatores brasileiros e plena colaboração com procuradores americanos que vieram até Curitiba interrogá-los, sem que o Governo brasileiro exercesse qualquer pressão diplomática sobre o Governo americano, algo perfeitamente normal e admitido em Washington, a PETROBRAS deixou a coisa correr solta e fácil.

No caso dos acionistas minoritários QUE NÃO SÃO ACIONISTAS INOCENTES, são fundos “”ABUTRES” que compram ações para processar empresas, é o negocio deles, conduzido por escritórios de advocacia especialistas nessa trapaça, um dos mais conhecidos é a Rosen Law Firm, esse tipo de processo comum nos EUA onde é tratado como “negócio de mau cheiro” em Wall Streetm foi conduzido com displicência e ar de desimportância, apesar de ter custado mais de DEZ BILHÕES DE REAIS à Petrobras, que chora tostões quando se trata de óleo diesel.

No Brasil, a mídia desinforma dizendo que e PETROBRAS apenas compensou velhinhas aposentadas do Oregon, sem expor a máfia das “class actions” que até meninos de Nova York conhecem como um dos negócios mafiosos de Wall Street. A Petrobras pagou o acordo bilionário com grande alegria e satisfação do dever cumprido, sob aplausos das Miriam Leitão e da mídia brasileira, que elogiaram a presteza e correção da Petrobras com seus “acionistas” estrangeiros tão virtuosos e bonzinhos que acreditaram na empresa, coitados.

A submissão da Petrobras à Lei Americana foi um dos dois maiores erros do Governo FHC pelos quais estamos pagando caro hoje. O segundo erro desse governo, na mesma linha de ‘ VAMOS AUMENTAR A COMPETIVIDADE “ foi o PROER, o programa de reorganização do sistema bancário que levou à absurda concentração do setor em três bancos particulares, quando, em 1990 no Brasil tinham 600 bancos. Banco com grandes redes e nichos especiais de mercado, como o BAMERINDUS, que atendia pequenos empresários, com problemas perfeitamente sanáveis foram forçados à venda para banco estrangeiro, Pedro Malan tinha fascínio por estrangeiros porque iriam “modernizar” a economia, coisa de vira-lata comum a todos os “neoliberais cariocas” que adoram qualquer coisa ou pessoa não-brasileira, porque tem horror do Brasil como nação, o Brasil é o atraso, o estrangeiro é a modernidade.

Na mesma linha liquidou-se o segundo maior banco do Pais, o histórico BANESPA, por causa de problemas em algumas operações. Foi liquidado s vendido a estrangeiros, sob protestos do governador Mario Covas, um homem integro que disse ser absurdo liquidar um banco daquele porte por causa de algumas operações pequenas mal liquidadas. Na mesma safra de loucura ideológica, foram liquidados outros bancos públicos importantes como Estado do Paraná, Crédito Real de Minas Gerais, Estado de Minas Gerais, perdendo o Pais uma grande rede de bancos regionais que impulsionavam a economia brasileira, mesmo que com eventuais erros de gestão, comuns também a bancos privados por todo o planeta.

O GOVERNO DO PT

Os governos de Lula e Dilma cometeram GRAVES erros na gestão da Petrobras, coloque-se na conta do débito MAS, em compensação, cometeram acertos IMENSOS, que os “neoliberais cariocas” jamais ousariam. O grande acerto foi investir pesadamente no PRÉ-SAL, acreditando nesse projeto quando os neoliberais e sua mídia vassala diziam que o pré-sal era uma fantasia.

Se nomearam diretores ruins também trouxeram para o comando do pre-sal o pai dessa ideia, o engenheiro Guilherme Estrella, dirigente que foi desde o inicio a alma do pre-sal, detestado pelos neoliberais. Então a gestão do PT teve erros e um grande ACERTO, o pre-sal.

A PETROBRAS jamais esteve quebrada, sempre teve crédito nos mercados internacionais por toda a gestão do PT. Dois anos antes da Era Parente a PETROBRAS fez seis emissões de bônus no mercado internacional com demanda três a cinco vezes maior do que a oferta, inclusive fez uma emissão de CEM ANOS de prazo, algo que só super “blue chips”, só empresas “prime” conseguem vender e essas emissões de bônus pré- Era Parente foram lideradas pelos maiores nome da banca global, como J.P. MORGAN e DEUTSCHE BANK, que jamais patrocinariam uma empresa quebrada. Já fizemos dois artigos específicos sobre essa lenda da “Petrobras quebrada” que é a base justificadora da VENDA DE ATIVOS A QUALQUER PREÇO da gestão Parente. A PETROBRAS jamais esteve remotamente quebrada porque seu fluxo de caixa em reais e em dólares se manteve estável por todo o período entre 2014 e 2016.

Empresas de petróleo com GRANDES RESERVAS dificilmente quebram, mesmo nos piores cenários, o que nem de longe jamais aconteceu com a Petrobras, que sempre teve fila de ofertas de crédito de bancos e países para todas suas necessidades de curto e longo prazo.

Mas o “mito da PETROBRAS quebrada” era necessário para o projeto Pedro Parente de liquidação de ativos a jato, afinal ele dizia que a empresa estava super endividada, mas isso não o impediu de pré- pagar uma divida com o Banco J.P.Morgan CINCO ANOS antes do prazo. Não só essa. A Petrobras antecipou o pagamento de empréstimos porque estava com caixa folgado MAS era essencial espalhar a ideia da “Petrobras falida”, tarefa com que contou com o suporte fundamental do Grupo GLOBO, especialmente de Miriam Leitão e seu time de Sardenbergs, Borges, Cruzes, Camarottis, todos como um coral de sapos repetindo o mantra. Aliás a própria direção da Petrobras ao repassar essa ideia de “Petrobras quebrada” operou CONTRA A IMAGEM da companhia, um pecado imperdoável para dirigentes de empresas, que jamais devem jogar contra a empresa para beneficiar seu projeto pessoal.

A LENDA DA PETROBRAS QUEBRADA FOI FUNDAMENTAL PARA JUSTIFICAR A VENDA RAPIDA DE ATIVOS EM CLIMA DE LIQUIDAÇÃO

A GESTÃO PEDRO PARENTE

É uma gestão que é um retorno da trajetória do governo FHC, sua missão é uma só, privatizar a PETROBRAS, seja de qual jeito for, uma “privatização branca” vendendo ativos a toque de caixa a preços de liquidação , é vender por vender porque diz que precisa pagar divida, grossa mentira, a PETROBRAS tem ANTECIPADO o pagamento de dividas que iriam se vencer anos à frente, empresa que faz isso está com dinheiro sobrando, nunca esteve quebrada, a desculpa todavia é necessária para justificar vendas de ativos fundamentais sem licitação.

Mas na crise dos combustíveis que gerou a greve dos caminhoneiros os pecados foram muito maiores. DOLARIZOU-SE o preço dos combustíveis na bomba por dois motivos:

Primeiro, a gestão Parente AUMENTOU SUBSTANCIALMENTE a importação de diesel e gasolina com finalidades sinistras, estimular a concorrência CONTRA A PETROBRAS para que esses concorrentes fiquem incentivados para comprar as refinarias da Petrobras que ele quer vender rápido. Parente está OPERANDO CONTRA A PETROBRAS para cumprir seu plano ideológico de privatizar a empresa, essa é sua missão, está descumprindo sua missão de administrador de companhia a favor de um outro projeto que não é o da empresa.

A segunda razão e poder dizer aos acionistas americanos que os preços de venda de combustível seguem o padrão-dolar e assim garantem paridade cambial para as receitas e dividendos da PETROBRAS, atender aos interesses dos acionistas estrangeiros é crucial e prevalece sobre os interesses do Pais a quem a PETROBRAS deveria servir.

O PREÇO DO DIESEL

O preço de diesel está sendo calculado como se o barril do petróleo estivesse cotado no mercado internacional a 140 dólares, quase o dobro da cotação atual, a aberração do preço do diesel na bombas NÃO É POR CAUSA DOS IMPOSTOS, é por causa da politica de dolarização da Petrobras, que agora quer fazer crer que o problema são os impostos e não ela.

Essa anomalia merece uma “ CPI PARA INVESTIGAR A POLITICA DE PREÇOS DA PETROBRAS” que é francamente lesiva ao Pais e benéfica aos acionistas minoritários estrangeiros, aqueles para os quais a PETROBRAS está sendo administrada em primeiro lugar.

Um gestor de empresa executar uma politica ideológica PARA CRIAR CONCORRENTES visando atender a um projeto politico fora da empresa vai contra os interesse do Pais, do Estado acionista controlador, de seus consumidores e de seus empregados, é uma gestão CONTRA os interesses da empresa, segundo a Lei das Sociedades Anônimas.

O PROJETO DE LIQUIDAÇÃO DA PETROBRAS

Esse “projeto” de desmonte, liquidação e venda a preços mínimos da PETROBRAS vem do Governo FHC, quando foi testada mudança do logo para PETROBRAX, visando tirar a marca nacional do nome, tentaram e não passou pela barreira politica, houve uma forte reação popular que indicava uma impossibilidade legal para a privatização naquele momento.

Com a queda do governo Dilma abriu-se de repente uma janela imprevista para tocar o “projeto Petrobras New York”, que começou em 1998 com a irresponsável venda de 36% das ações da União na Bolsa de Nova York, ações velhas que não renderam nenhum capital novo para a empresa e o dinheiro obtido pela União foi para o orçamento geral e prontamente gasto nas despesas de custeio, venderam a joia da coroa para pagar o vinho.

Esse passo desastroso colocou a PETROBRAS sob a jurisdição americana, o que até agora já custou muito caro à Petrobras e ao Pais, como já demonstramos.

Nesta etapa 2016-2018 o “projeto Petrobras New York” teve ações preparatórias para levar adiante o projeto de desmonte, liquidação e venda da empresa, a saber:

- A demonização da empresa pela Lava Jato, visando mostrá-la como um antro de corrupção apenas esquecendo que durante o governo petista a produção do pré-sal deu um salto e a empresa não parou de investir no aumento de sua produção de cru, tornando o Brasil PRATICAMENTE AUTO SUFICIENTE EM PETRÓLEO. A “escandalização” sobre corrupção na PETROBRAS derrubou a cotação das ações, não foi a corrupção e sim o escândalo, a corrupção deveria ter sido combatida e processada, como fez a Halliburton na mesma época, sem que suas ações fossem afetadas minimamente, O COMBATE À CORRUPÇÃO NÃO FOI USADO COMO ARMA POLITICA.

- A propagação da lenda PETROBRAS QUEBRADA pelo Sistema Globo, completa falsificação da realidade porque nesse período o FLUXO DE CAIXA se manteve estável, o ENDIVIDAMENTO era compatível com o balanço, o mercado internacional se ofereceu para comprar os bônus novos da empresa em volume três a quatro vezes maior que o ofertado, inclusive bônus de cem anos de prazo e o MERCADO SECUNDÁRIO manteve firme a cotação dos bônus já emitidos, nesse período a PETROBRAS não teve qualquer problema de crédito apesar da campanha da GLOBO e da própria nova gestão da PETROBRAS visando demolir o credito e a imagem da empresa, que inclusive pagou dividas a se vencer em 2022 com o banco JP Morgan.

- O desmonte proposital da cadeia integrada entre produção, refino, transporte e distribuição, QUEBRANDO CRIMINOSIMENTE a unidade fundamental do Sistema Petrobras, desintegrando suas operações que levaram décadas para montar e que são essenciais para qualquer grande companhia de petróleo, ativos que integrados valiam 200 bilhões de Reais, aos pedaços foram vendidos por 27 bilhões, a DESINTEGRAÇÃO NÃO TEM JUSTIFICATIVA ECONÔMICA e foi uma ação temerária da atual gestão que mereceria uma ação contra os administradores pela Lei das Sociedades Anônimas por dilapidação do patrimônio da empresa.

- A atual gestão passou a direcionar a produção do pré-sal para venda como petróleo bruto, o que tem menor valor, invés de refiná-lo em suas próprias refinarias e para suprir o mercado nacional, sua função principal, e invés disso passou a COMPRAR combustível de terceiros no mercado americano, a preços internacionais, levando à ociosidade suas refinarias e elevando em 56% os preços no mercado interno em apenas um ano, medidas sem lógica comercial, encarecendo o “mix” de preços da companhia, ao mesmo tempo deixando ociosas suas próprias refinarias, AÇÕES QUE NÃO TEM JUSTIFICATIVA ECONÔMICA à luz de uma gestão racional de empresa. A lógica seria produzir combustível a partir de sua própria extração e refiná-lo em suas próprias refinarias e só comprar no mercado externo o complemento que não fosse possível produzir no Pais, volume que pelos números deveria estar entre 10 e 15% das necessidades do mercado brasileiro e não 80% como se dá no diesel.

A DESINTEGRAÇÃO e a PREFERENCIA POR IMPORTAÇÃO só tem lógica se o objetivo for o de vender toda a empresa em PEDAÇOS, deixando uma casca vazia, como ocorreu com a TELEBRAS e ao fim realizar um LEILÃO de liquidação para o pré-sal.

Em resumo, a atual gestão da PETROBRAS está contra os interesse do Brasil, do Estado acionista controlador, dos consumidores, dos empregados e da própria empresa.

A atual gestão da PETROBAS é uma continuação da politica neoliberal privatista do Governo do PSDB na gestão FHC, representando uma traição aos eleitores de 2014 que votaram pelo fortalecimento da PETROBRAS e não de seu desmonte, liquidação e venda.

Essa é a raiz do atual movimento dos caminhoneiros e de suas consequências e reflexos.


Jornal GGN

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