quarta-feira, 20 de junho de 2018

Supremo absolve Gleisi de corrupção e lavagem, impondo derrota à Lava Jato

TER, 19/06/2018 - 23:50

Foto: Lula Marques

Jornal GGN - Por volta das 22h desta terça (19), os ministros da segunda turma do Supremo Tribunal Federal já haviam esboçado uma derrota histórica para a Lava Jato absolvendo Gleisi Hoffmann e os demais réus pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

Todos os 5 ministros votaram pela absolvição dos réus nas imputações por corrupção e lavagem. Apenas 2 magistrados - Edson Fachin (relator da ação) e Celso de Mello (revisor) - votaram por enquadrar Gleisi por receber dinheiro para a campanha de 2010 e não prestar contas à Justiça Eleitoral. Os outros 3 ministros - Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski - não concordaram com a minoria. Toffoli abriu a divergência e votou pela absolvição integral, sem caracterização de caixa 2.


Gilmar Mendes acompanhou Toffoli e destacou a falta de provas para a condenação. Segundo o ministro, a acusação se baseia em depoimentos cruzados de vários colaboradores, que se contradizem, e as demais provas são "raquíticas e inconclusivas". "Não existe juízo condenatório por probabilidade", afirmou o ministro, segundo relatos da assessoria do Supremo.

Ricardo Lewandowski também endossou a inexistência de "elementos externos de corroboração que confirmem, de forma independente e segura, as informações prestadas" pelos delatores. 

Nas alegações finais do processo contra Gleisi, o Ministério Público Federal apelou para que o STF aceitasse provas indiretas para condenar a senadora petista. As provas indiretas são usadas pelos procuradores para preencher as lacunas de uma teoria acusatória. Já a defesa de Gleisi havia destacado que a falta de provas era gritante e que o MPF usou delações para provar outras delações.

Gleisi, seu marido Paulo Bernardo e o empresário Ernesto Kugler foram acusados de receber R$ 1 milhão em operação comandada por Alberto Youssef, para a campanha da senadora, em 2010. Em troca, Gleisi teria beneficiado o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. A denúncia foi feita com base na delação de Youssef e um amigo e sócio do doleiro, também colaborador da Lava Jato.

Com informações do STF


Jornal GGN

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