quinta-feira, 8 de novembro de 2018

MIRIAM LEITÃO: NOVO GOVERNO IMPROVISA EM CENA ABERTA

A jornalista Miriam Leitão, colunista do jornal O Globo, afirmou nesta quinta-feira, 8, que o futuro governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) parece estar sempre improvisando; "Nesses dias pós-eleitorais tem havido uma sucessão de ideias lançadas, e das quais se recua logo depois. Ontem, o próprio Bolsonaro afirmou que acabaria com o Ministério do Trabalho, depois que o dividiria em três. O problema é que o Brasil está enfrentando neste momento a pior crise do seu mercado de trabalho, com 12,5 milhões de desempregados"

8 DE NOVEMBRO DE 2018 

247 - A jornalista Miriam Leitão, colunista do jornal O Globo, afirmou nesta quinta-feira, 8, que o futuro governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) parece estar sempre improvisando em cena aberta.

"Nesses dias pós-eleitorais tem havido uma sucessão de ideias lançadas, e das quais se recua logo depois. Ontem, o próprio Bolsonaro afirmou que acabaria com o Ministério do Trabalho, depois que o dividiria em três. O problema é que o Brasil está enfrentando neste momento a pior crise do seu mercado de trabalho, com 12,5 milhões de desempregados e 4,8 milhões de pessoas que integram o grupo do desemprego por desalento. Neste ponto de fragilidade, um dos riscos de uma mudança atabalhoada é enfraquecer a fiscalização contra o trabalho análogo à escravidão e o trabalho infantil. A ideia de que essa fiscalização fique dentro de um Ministério da Família pode simplesmente não dar certo. É arriscado também desorganizar programas sociais como o seguro-desemprego", avalia Miriam. 

A jornalista lembra que Bolsonaro se elegeu em parte pelo antipetismo, em parte pela ilusão de solução simples para problemas complexos, como a liberação de armas para superar a crise na segurança.

"No começo da semana, Bolsonaro chamou de 'farsa' o índice de desemprego, ofendendo o IBGE e mostrando desconhecimento de como o índice é calculado. O Instituto tem 82 anos de bons serviços prestados ao país e reconhecimento internacional. Depois, Bolsonaro repetiu uma afirmação que fez várias vezes na campanha e que poucos prestavam atenção. Falou em renegociar a dívida interna. O futuro ministro Paulo Guedes teve que negar que tenha qualquer intenção de fazer isso. Ontem, uma fala de Guedes é que precisou ser explicada, a que ele sugere que se dê uma 'prensa' no Congresso", afirma a colunista. 



Brasil 247

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