quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

EDITORIAL DA FOLHA: ELO DE FLÁVIO COM ESCRITÓRIO DO CRIME AMPLIA A CRISE

"Se já era desconfortável a situação do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), ela ficou ainda pior com a revelação de que seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro mantinha como funcionárias a mãe e a mulher de um ex-policial militar suspeito de comandar uma milícia na zona oeste carioca", diz editorial da Folha de S. Paulo, sobre o Escritório do Crime. O jornal afirma ainda que o Brasil não pode ter um senador ligado ao crime e diz que o caso atinge Jair Bolsonaro

24 DE JANEIRO DE 2019 

247 – "Se já era desconfortável a situação do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), ela ficou ainda pior com a revelação de que seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro mantinha como funcionárias a mãe e a mulher de um ex-policial militar suspeito de comandar uma milícia na zona oeste carioca", diz editorial da Folha sobre o Escritório do Crime.

"A descoberta põe a crise em outro patamar porque não se trata mais de desconfiar que Flávio, como deputado estadual, integrasse um esquema banal de desvio de recursos públicos", aponta o texto. "Nada tem de banal, porém, a ligação de um legislador brasileiro com um sujeito apontado como chefe de uma das quadrilhas mais perigosas do Rio, acusada de sequestrar, torturar e assassinar pessoas, além de explorar mercado imobiliário clandestino e extorquir moradores de comunidades carentes."

A Folha afirma que o caso pode respingar em Jair Bolsonaro. "Tampouco é prática conhecida, e muito menos aceitável, a proximidade do próprio presidente da República com gente que parece pertencer a uma organização criminosa armada."

O jornal criticou ainda o fato de Jair Bolsonaro ter fugido da entrevista coletiva em Davos. "Antiprofissional é, numa democracia, o presidente imaginar que uma situação dessa gravidade possa ficar sem explicações convincentes."


Brasil 247

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