terça-feira, 2 de julho de 2019

Entenda o relatório que acusa os Estados Unidos de cooperação ilegal na Lava Jato

Publicado em 2 julho

Petrobras. Foto: Divulgação

Reportagem de Victor Ohana na CartaCapital.

Um relatório entregue ao parlamento europeu em 18 de junho acusa os Estados Unidos de participação ilegal na condução da Operação Lava Jato no Brasil. O documento afirma haver comunicação entre procuradores e juízes brasileiros e americanos por vias não autorizadas, instrução de métodos pouco ortodoxos nas investigações dos processos e aplicação indevida de recursos da administração pública ao governo americano.

O texto é de autoria do deputado federal e líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS). Pimenta foi a Bruxelas, na Bélgica, para apresentar as acusações aos parlamentares da União Europeia e mobilizar a vinda de uma comissão do bloco ao Brasil em setembro, formada por políticos de Portugal, Espanha, Alemanha, Grécia, entre outros. Junto ao texto, há arquivos anexos com reportagens e documentos oficiais que atestam a articulação entre agentes de inteligência americanos e brasileiros.

O relatório, ao qual CartaCapital teve acesso, inicia com a afirmativa de que os Estados Unidos investem na prática de “lawfare”, ou seja, a intervenção em investigações seletivas de empresas de outros países. O objetivo seria enfraquecer empresas brasileiras, como a Petrobras, a Odebrecht e a Embraer, eliminar concorrentes e comprar ativos estratégicos com mais facilidade. Além disso, o documento sugere a intenção de derrubar autoridades não alinhadas aos interesses americanos, ampliar a influência dos Estados Unidos nesses países e abrir espaço para atuação de empresas americanas, principalmente as de petróleo.

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Diário do Centro do Mundo   -   DCM

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