terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Ataque dos EUA ao Iraque e Síria vai tensionar mercado do petróleo no mundo


POR FERNANDO BRITO · 31/12/2019



A escalada de ações militares no Iraque e na Síria pode ter sido tudo o que Donald Trump precisava para sua campanha, arranjando aquela tradicionalísssima “ameaça aos norte-americanos” que, aliás, só desperta mais hostilidades aos norte-americanos.

Também não há “inimigo externo” mais a calhar que o Irã, que agora é politicamente afim com os vizinhos iraquianos.

Mas pode, também, ser tudo o que a tensa situação da economia mundial não precisava para começar 2020 com as esperanças de estabilidade com que encerrou 2019.

Não é só porque Irã e Iraque são duas dos maiores produtores de petróleo do mundo – somados, equivalem à Arábia Saudita.

A China tornou-se o maior parceiro comercial do Irã e, no pós-guerra, também do Iraque, empatando com a Turquia.

Sobre as relações de Vladimir Putin com a Síria, onde é o fiador da retomada do país de Bashar al Assad ao Exército Islâmico, nem é preciso falar.

O preço do petróleo, que vinha subindo (10% apenas em dezembro) tende, com o aumento das tensões, a não ceder e seguir acima dos 60 dólares o barril, ainda mais com a queda, anunciada faz pouco, de 3,2 milhões de barris do estoque norte-americano, em pleno inverno local.

Mau sinal para a economia ao começar 2020.


Tijolaço

Onde estão e quem são os outros três do atentado?


POR FERNANDO BRITO · 31/12/2019


Que o tal Eduardo Fauzi era o líder do grupo que atirou coquetéis-molotov na produtora do grupo Porta dos Fundos já era sabido, ao menos, desde sexta-feira, quando o Jornal GGN, de Luís Nassif, recebeu e publicou o conteúdo de uma mensagem criptografada que atribui a ele e a autoria do ataque.

Fauzi, além da agressão pelas costas de um ex-secretário municipal do Rio de Janeiro tem uma vasta folha de envolvimento em atos ilícitos. Era, em lugar de defensor de guardadores de automóveis, como se apresentou na ocasião, empresário de um estacionamento clandestino no centro do Rio de Janeiro e apontado como ligado a um certo “Capitão Henry”, Henry Ribeiro da Costa, ex-policial militar na extorsão praticada contra de flanelinhas .

A apreensão de R$ 119 mil no apartamento de Fauzi mostra que há muitos e lucrativos negócios andando junto com o seu fundamentalismo cristão e que há recursos para que se envolva em novos atos terroristas – um crime federal que não está sendo classificado como tal. Se houve, como se noticia, escutas telefônicas, é claro que já estão identificados outros participantes e é preciso que sofram logo as consequências de seu ato bárbaro.

Do contrário, como ocorreu há poucos dias, a dúzia de neofascista que se exibia nas ruas vai continuar a ser tratada como “curiosidade” e não como ameaça.



Tijolaço

Lula: eu tô com muita vontade de derrotar o fascismo nesse país!




Conversa Afiada

Ciro: Bolsonaro não termina o governo

Presidente lidera uma "equipe de idiotas"

30/12/2019

(Crédito: M.Camargo/Agência Brasil)


Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência em 2018, não acredita que Jair Bolsonaro chegará ao fim de seu mandato presidencial. Em entrevista à Deutsche Welle, Ciro fez essa avaliação com base em uma combinação de fatores: o histórico pós-redemocratização, o perfil heterogêneo dos grupos que compõem o governo e as características pessoais de Bolsonaro, que lidera "uma equipe de idiotas".

"Eu tenho repetido um palpite meu de que ele não termina o governo (...) Ele loteou o governo entre o grupo do Paulo Guedes, que tem uma racionalidade estúpida, mas dá para conversar; um núcleo de militares, cada vez mais degradada com a saída dos melhores nomes, e esse núcleo de lunáticos que controla coisas importantes, como as relações exteriores, a política de direitos humanos e a educação, para ficar com três exemplos de onde está sediada a tragédia mais grave do governo Bolsonaro. Temos esse encontro da pior crise econômica da nossa história e a incapacidade absoluta do Bolsonaro de compreender os problemas e mediar os conflitos e soluções com um governo completamente heterogêneo. Não vejo como isso possa terminar", disse Ciro na entrevista publicada nesta segunda-feira 30/XII.

Quando questionado sobre o caminho para que os setores progressistas se reaproximem do povo, Ciro criticou o PT.

"Temos um gravíssimo problema de conteúdo no campo progressista brasileiro, porque o lulopetismo corrompido aceitou o ideário neoliberal e imaginou o caminho de humanizá-lo de forma clientelista, com uma rede de proteção social baseada em políticas compensatórias, mas garantindo o essencial do modelo. E monopolizou a adjetivação 'de esquerda'", disse.

Ciro voltou a falar de sua decisão de viajar à França durante o segundo turno das eleições de 2018. "Se o petista fanático quiser fazer de conta que o Lula é um santo, fique à vontade. Mas eu, Ciro Gomes, estou dizendo o que sei. A decência, que é uma virtude do campo progressistas, ficou na mão do Bolsonaro, um pilantra da velha guarda da fisiologia da corrupção brasileira. Ninguém pode nem falar da ladroeira do filho do Bolsonaro que os caras perguntam, na mesma hora, do filho do Lula. O que eu tenho com isso? Aguentei 20 anos, dali para frente era cumplicidade. Já tem muita gente que não me perdoa".

Ciro afirmou, também, que "ainda não é razoável dizer que Bolsonaro transgrediu o rito da institucionalidade democrática. Mas a qualidade da democracia brasileira tem se deteriorado muito".


Conversa Afiada

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

A mistificação sobre ‘juízo de garantia” é a prova da onipotência dos juízes


POR FERNANDO BRITO · 28/12/2019


As ações judiciais das associações corporativa de juízes – contra a lei que criou a partição dos processos entre “juízes de garantias” – os que acompanham a investigações policiais e/ou do Ministério Público – e os juízes que, depois de acolhida a denúncia, fazem o julgamento propriamente dito estão cheias do autoritarismo que, desde há muito tempo e muito mais, nos últimos anos – tomou conta de boa parte da magistratura brasileira.

A história de que, por haver dois juízes atuando num mesmo caso, se exigiria o dobro de juízes para dar conta das demandas judiciais é algo sem pé nem cabeça.

O número de processo não aumenta, mito menos aumentam as etapas do processo. Apenas se divide entre dois magistrados a jurisdição que antes era de apenas um. É como argumentar que, passando de 500 g para um quilo o tamanho das embalagens de café teríamos de ter o dobro da produção do grão.

Se um juiz, hoje, “cuida” de mil processos, hoje, do princípio ao fim, de mil processos, cuidando de metade de cada um poderá cuidar de 2 mil. Digamos, atuuando como juiz de garantias em mil e de julgamento em outros mil. Basta que haja um pareamento de varas, dentro da mesma comarca ou com comarcas vizinhas que este processo será automático e, se dentro das regras, absolutamente simples.

E há uma exceção, importantíssima, excluindo deste sistemas os casos submetidos a Juizados Especiais Criminais, onde são apreciados casos de menor potencial ofensivo, com pena máxima de dois anos de detenção que, na prática, terão sua execução suspensa pelo famoso “sursis”, a suspensão condicional da pena. Nestes, as duas fases do processo, simplificadíssimas, correm à conta do mesmo juiz.

Não há alteração hierárquica, mas processual: as duas funções serão exercidas simultaneamente por todos os juízes, evitando-se apenas que o juiz, ao supervisionar – o que se transformou, em muitos casos, em comandar a etapa da investigação (inclusive seus atos de busca e apreensão, prisões preventivas, limitações liminares à liberdade, etc) – a apuração de possível crime seja o mesmo que avalie o resultado da apuração que dirigiu e, assim, possa deixar que aquele processo o torne naturalmente parcial.

É mais um aperfeiçoamento da figura jurídica dos “checks and balances”, os famosos “freios e contrapesos” que, desde Montesquieu, são regra clássica no Estado Liberal: “o poder é quem freia o poder”.

O outro argumento, o de que se trataria de uma invasão de proposição de mudanças na estrutura do Judiciário é igualmente frágil: não se cria instância, não se modifica competência, apenas cria-se um novo item de impedimento judicial: juiz que investiga não pode julgar, juiz que julga não pode investigar.

Claro que, no curtíssimo prazo dado para a mudança, alguns problemas podem surgir, mas nada que não se resolva rapidamente, com meras instruções normativas dos tribunais.

Mas por que, então, tamanha reação corporativa? Simples e compreensível para a maioria dos que conviveram com ações judiciais: muito juízes se tornaram “donos” do processo e passam a conduzi-lo apenas segundo as suas convicções ou orientações político-ideológicas e isso sofrerá limitações: um juiz “mão pesada” na instrução criminal poderá ser limitado por outro, mais equilibrado, na fase de julgamento e, ao contrário, uma investigação desidiosa poderá ser suprida na fase de interrogatório, com a produção de provas pelas partes.

E, claro, vai reduzir em muito o que todos sabem que existe, mas ninguém admite: a “panelinha” que acaba se fformando, em muitos casos, entre juiz e promotor(es).

Se ambas as situações foram vestidas como carapuças pela Lava Jato, mais uma razão para a mudança ser um passo à frente na administração da Justiça.


Tijolaço

A manipulação dos dados do comércio




TV GGN

2019: o ano em que ficamos menores


POR FERNANDO BRITO · 30/12/2019


Então era isso, a modernidade, aquela que, desde Fernando Collor, dizem faltar em nosso pais?

Trocarmos os grandes debates nacionais por “tretas”? Discutirmos se a Terra é plana? Comemorarmos, como conta hoje o El País, a redução do desemprego feita com 905 mil pessoas, em 2019, terem se tornado entregadores, de moto ou de bicicleta?

É isso, é normal que, num país agoniado pela pobreza, onde os mais pobres cozinham o que têm na lenha, porque o botijão de gás ficou inacessível, as discussões de final do ano sejam a herança do Gugu e alguma outra bobagem de “celebridade”?

Em que “ter religião” é atirar coquetéis molotov em quem tem outra ou em quem não a têm?

Em que se comemora o emprego (?) em ‘bicos’ como faz-se hoje, em O Globo, com o aumento dos contratados “intermitentes”?

Ou será que ‘modernidade” em segurança e justiça seja armar-se mais, matar mais, prender mais e surrar mais?

Note que nem entrei no fato de termos um presidente idiota, grotesco, estúpido, alguém que não pode sequer, ao menos, comportar-se.

Nem no fato de ele empoderar, como príncipes, uma ninhada de energúmenos e boçais.

Isto sempre esteve aí, nas beiradas da sociedade civilizada e quem os colocou neste lugar foi gente muito bem situada, de bons modos e grandes apetites.

Este ano, como os mais recentes, fazem lembrar os selvagens que encolhem cabeças.

Os “cobradores de autocrítica” não praticam o que pregam, porque menos grave estes personagens que o embrutecimento geral a que levaram o Brasil. Reclamam dos exageros do imbecil presidente, mas não do processo que o construiu.

No fundo, acham que isso é um mal necessário para destruir dignidades, sonhos, país e, portanto, adequar o país a uma modernidade onde a única liberdade sagrada é a do dinheiro, seu verdadeiro Deus.


Tijolaço

Desde o golpe, escolas particulares perderam quase 30% dos alunos




Brasil 247

PT processa Luciano Hang por faixas contra Lula em aviões nas praias de Santa Catarina


A ação pede a proibição das mensagens pelas praias brasileiras e, simultaneamente, que o empresário bolsonarista Luciano Hang seja responsabilizado pela iniciativa

30 de dezembro de 2019

Havan, de Luciano Hang, utilizou R$ 12.323.338,27 dos cofres públicos via Lei Rouanet

Da revista Fórum – O PT entrou com ação por calúnia e difamação contra o dono da rede de lojas Havan, o empresário bolsonarista Luciano Hang.

Em nota divulgada neste domingo (29), a sigla afirma que o “véio da Havan”, como é conhecido, estaria patrocinando aviões para sobrevoar o litoral catarinense com mensagens ofensivas a Lula.

A ação pede a proibição das mensagens pelas praias brasileiras e, simultaneamente, que o empresário seja responsabilizado pela iniciativa, pois as frases “maculam diretamente a imagem e a honra do ex-presidente, com condenação de pagamento de indenização por danos morais”.


Brasil 247

sábado, 28 de dezembro de 2019

A extraordinária tecnologia social do MST




TV GGN

Santíssima Trindade: os milhões, o Espírito Santo Queiroz, o Filho Flávio Bolsonaro e o...




Bob Fernandes

Rússia anuncia supremacia militar, com mísseis hipersônicos capazes de furar escudos dos Estados Unidos


Putin disse que a nova geração de armas nucleares da Rússia pode atingir quase qualquer ponto do mundo e fugir de um escudo de mísseis construído pelos Estados Unidos. O Pentágono disse em comunicado que “não chancelará as afirmações russas”

28 de dezembro de 2019

Vladimir Putin (Foto: Sputnik)

MOSCOU (Reuters) - A Rússia alocou seu primeiro regimento de mísseis hipersônicos com capacidade nuclear nesta sexta-feira, disse o Ministério da Defesa, uma medida que o presidente Vladimir Putin se vangloria por colocar seu país num patamar sem igual.

O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, informou Putin sobre o desdobramento, de acordo com um comunicado do ministério que não divulgou onde os mísseis estavam localizados.

O novo sistema, chamado Avangard, compreende um veículo de deslizamento hipersônico projetado para ficar no topo de um míssil balístico intercontinental, um dos vários novos tipos de armas que Putin disse estarem à frente de seu tempo.

Putin disse que a nova geração de armas nucleares da Rússia pode atingir quase qualquer ponto do mundo e fugir de um escudo de mísseis construído pelos Estados Unidos. Alguns especialistas ocidentais questionaram quão avançados são alguns dos programas de armas.

O Pentágono disse em comunicado que “não chancelará as afirmações russas” sobre as capacidades do Avangard. Os Estados Unidos desenvolvem armas hipersônicas desde o início dos anos 2000, de acordo com um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso publicado em julho.

A Rússia disse em 26 de novembro que especialistas dos EUA examinaram um Avangard sob as regras de inspeção do novo tratado Start de 2010. Uma autoridade do Departamento de Estado dos EUA confirmou que os inspetores examinaram um Avangard, mas não fizeram mais comentários.

Putin disse na terça-feira que o sistema Avangard pode penetrar nos sistemas de defesa antimísseis existentes e nos futuros.

“Hoje, temos uma situação única em nossa história nova e recente. Eles (outros países) estão tentando nos alcançar. Nenhum país possui armas hipersônicas, muito menos armas hipersônicas de alcance continental”, disse Putin.


Brasil 247

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Lula denuncia ação dos Estados Unidos no golpe contra Dilma


“As manifestações de 2013 foram feitas já fazendo parte do golpe contra o PT. As manifestações começaram como parte do golpe, incentivadas pela mídia brasileira e incentivadas, acho que inclusive, de fora para dentro. Eu acho já que teve o braço dos Estados Unidos nas manifestações do Brasil”, disse ele, em entrevista à Telesur

27 de dezembro de 2019

(Foto: André Misse)

Por Lucas Rocha, na Fórum – Em conversa com o jornalista Nacho Lemus, da TeleSUR, o ex-presidente Lula comentou sobre as manifestações de Junho de 2013 e apontou que elas estão entre as principais responsáveis pela disseminação do ódio no país e no impeachment da ex-presidenta Dilma. O ex-presidente ainda disse acreditar que os Estados Unidos podem ter sido responsáveis por promover os movimentos de Junho.

“As manifestações de 2013 foram feitas já fazendo parte do golpe contra o PT. Elas já foram articuladas para garantir o golpe. Elas não tinham reivindicações específicas. As manifestações começaram como parte do golpe, incentivadas pela mídia brasileira e incentivadas, acho que inclusive, de fora para dentro. Eu acho já que teve o braço dos Estados Unidos nas manifestações do Brasil”, disse Lula ao ser questionado sobre as manifestações contra o neoliberalismo que sacudiram Chile, Colômbia e Equador no fim de 2019. “A diferença é que essas manifestações são feitas para conquistar direitos”, disse.


Segundo o ex-presidente, o ódio tomou conta do Brasil e o povo “está perdendo o direito de sonhar”. “Lamentavelmente o ódio tomou conta desse país, um ódio disseminado sobretudo pelos meios de comunicação, a partir do governo do PT e mais, a partir de 2013 quando teve uma manifestação em Julho de 2013 e, depois no Impeachment da Dilma. Tudo isso gerou na eleição do Bolsonaro. A negação da política, o ódio a politica, o ódio ao sindicato, o ódio à organização dos trabalhadores, o ódio à esquerda”, declarou.



Brasil 247

72 horas após o atentado contra Porta dos Fundos: Cadê a PF do Moro?


"Até o momento em que escrevo, Sergio Moro, o ministro da Justiça, sempre tão ágil e prestativo quando se trata de defender os interesses do governo, não deu um pio, não anunciou nenhuma providência e, até onde se sabe, não acionou a Polícia Federal, que só continua preocupada com Lula", alerta o jornalista Ricardo Kotscho

26 de dezembro de 2019

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Vídeo de supostos integralistas (Foto: Reprodução)

Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho e para o Jornalistas pela Democracia - “Se os terroristas que atacaram o Porta dos Fundos não forem imediatamente punidos, isso vai empurrar o país para conflito de proporções gigantescas”, alertou o escritor Paulo Coelho no Twitter.

Já se passaram 72 horas desde o atentado terrorista, às vésperas do Natal, quando duas bombas molotov foram atiradas contra a sede da produtora do grupo de humor Porta dos Fundos, no bairro do Humaitá, na zona sul do Rio.

Até o momento em que escrevo, Sergio Moro, o ministro da Justiça, sempre tão ágil e prestativo quando se trata de defender os interesses do governo, não deu um pio, não anunciou nenhuma providência e, até onde se sabe, não acionou a Polícia Federal, que só continua preocupada com Lula.

Só quem se mobilizou até agora foram os evangélicos, mas para apoiar o atentado e pedir punição contra o grupo de humoristas, por ter exibido na Netflix o programa especial de Natal “A Primeira Tentação de Cristo”, que apresenta uma versão gay de Jesus.

Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o evangélico Eduardo Tuma, eventual substituto do prefeito Bruno Covas, entrou com uma ação na Justiça, junto com o Conselho Nacional dos Conselhos de Pastores do Brasil, para pedir uma indenização de R$ 1 milhão por dano moral coletivo e mais R$ 1 mil “a todos os cristãos que se sentirem lesados”.

Um abaixo-assinado já com mais de 2,4 milhões de nomes circula na internet pedindo o veto total à produção do Porta dos Fundos.

“O ato não é isolado, mas fruto de um ódio que vem sendo espalhado no Congresso e na internet. Vale repensar, no aniversário de Cristo, se compreenderam o que ele quis dizer”, afirmou o ator Gregório Duvivier, que faz o papel de Jesus.

Câmeras de segurança identificaram a placa da caminhonete usada no atentado do Humaitá, em que um dos terroristas aparece com o rosto descoberto, mas a polícia carioca também não se manifestou até o momento.

Dá para imaginar a reação fulminante de Moro e Bolsonaro, se o atentado tivesse sido cometido contra um dos templos frequentados pelo presidente.


Já teriam convocado todas as tropas para sair às ruas.

Mas parece que só Paulo Coelho e eu estamos preocupados com isso, porque até a classe artística não se manifestou ainda exigindo a prisão dos terroristas.

Enquanto todo mundo finge que nada de grave aconteceu, um grupo que se diz integrante do redivivo Movimento Integralista, a extrema-direita que infernizou o país entre 1932 e 1938, reivindicou num vídeo a autoria do atentado contra o Porta dos Fundos.

No vídeo, divulgado pelas redes sociais, um homem lê o “manifesto” dos supostos integralistas, para dizer que se trata de uma “ação direta revolucionária para justiçar os anseios de todo povo brasileiro contra a atitude blasfema, burguesa e antipatriótica”.

Posso estar enganado, mas as lembranças da ditadura militar me fazem pensar que esta história da volta dos “camisas verdes” de Plínio Salgado, assumindo o ataque contra o Porta dos Fundos, é apenas um despiste para esconder os verdadeiros autores.

Se a PF de Moro estiver mesmo interessada em chegar aos verdadeiros responsáveis, pode começar procurando nos porões dos órgãos de segurança e dos xiitas fundamentalistas que querem colocar fogo no país.

Mudam os personagens, mas não mudam os métodos daqueles agentes que atuam nas sombras, como aqueles que participaram do célebre atentado ao Riocentro, nos tempos do general Figueiredo.

Paulo Coelho está certo: o terror voltou, e não encontra reação.

Vida que segue.


Brasil 247

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Produtora do Porta dos Fundos é alvo de ataque terrorista


O imóvel da produtora do canal Porta dos Fundos foi alvo de dois coquetéis molotov nesta terça-feira (24), em meio às reações de grupos conservadores ao especial exibido na Netflix em que Jesus é retratado como gay. Em nota, o Porta dos Fundos condenou "qualquer ato de ódio e violência" e disse que seguirá "mais unido, mais forte e mais inspirado pela liberdade de expressão"

24 de dezembro de 2019


247 - A produtora responsável pelos programas Porta dos Fundos foi alvo de um ataque nesta terça-feira (24), no Humaitá, na Zona Sul do Rio de Janeiro. De acordo com a assessoria de imprensa do grupo, dois coquetéis molotov foram jogados na fachada do imóvel.

Em nota, a assessoria informou que o "Porta dos Fundos condena qualquer ato de ódio e violência e, por isso, já disponibilizou as imagens das câmeras de segurança para as autoridades, para o Secretário de Segurança, e espera que os responsáveis pelos ataques sejam encontrados e punidos" e reforça que seguirá em frente "mais unido, mais forte e mais inspirado pela liberdade de expressão".

O ataque acontece no momento em que o "Especial de Natal do Porta dos Fundos" deste ano é alvo de reações de grupos ligados ao bolsonarismo e cristão de diversas denominações nas redes sociais, por conta da maneira como retratou Jesus no especial.

No ataque não houve vítimas, mas parte da recepção foi danificada e, segundo integrantes do grupo, caso não houvesse um segurança no local, todo o prédio teria sido incendiado, já que o fogo foi contido por um funcionário que estava no prédio.

De acordo com reportagem do G1, o segurança do estabelecimento viu uma moto na contramão e uma picape passando na hora em que os dois artefatos foram jogados.



Brasil 247

Novo Proer do governo Bolsonaro levanta a suspeita de que existam bancos em crise no Brasil


Governo envia à Câmara proposta de lei que autoriza uso de fundos do Tesouro em caso de crises severas. Medida atende a pleito do Banco Central, comandado por Roberto Campos Neto

24 de dezembro de 2019



Da Rede Brasil Atual – Projeto de lei complementar (PLC), enviado nesta segunda-feira (23) pelo governo à Câmara dos Deputados, estabelece novas regras no caso de quebra de bancos. Pela proposta, em casos de crises severas e após o uso de todos os recursos privados dos acionistas, dos investidores subordinados e dos fundos de resolução, há possibilidade de uso de recursos públicos. Nesse caso, o Tesouro Nacional é o primeiro a ser reembolsado quando houver a recuperação da instituição.

O PLC também prevê a criação de mecanismos privados de proteção do sistema, definindo melhor o uso de fundos garantidores de crédito e criando os fundos privados de resolução, a serem capitalizados com recursos do próprio Sistema Financeiro Nacional (SFN). Em último caso, há também a possibilidade de uso de recursos públicos.

Em nota, o Banco Central informou que o projeto “tem por objetivo dotar o Brasil de legislação para resolução bancária plenamente aderente ao padrão internacional estabelecido pelo Financial Stability Board (FSB) após a crise de 2008. Esse padrão é adotado pelas economias mais avançadas e sua implantação é uma etapa fundamental para cumprimento dos compromissos assumidos pelo Brasil no âmbito do G-20 [grupo formado pelas maiores economias do mundo mais a União Europeia]”. Para o BC, “o alinhamento do regime de resolução bancária às recomendações internacionais melhora a percepção internacional sobre o ambiente de investimento e a estabilidade financeira no país, contribuindo para a melhoria do ambiente de negócios”.

Para mitigar riscos


Ainda segundo o BC, o projeto uniformiza os regimes de resolução criando apenas dois regimes: o Regime de Estabilização (RE) e o Regime de Liquidação Compulsória (RLC). O Regime de Estabilização se destina a mitigar o risco de crise sistêmica (colapso de todo o sistema financeiro) envolvendo instituição ou atividade relevante no SFN e permite que a instituição ou suas funções críticas possam continuar sendo realizadas, já sem o controle dos acionistas. Já o Regime de Liquidação Compulsória se presta à retirada organizada da instituição não-sistêmica do SFN, em um processo mais célere que o de liquidação extrajudicial, atualmente previsto na Lei 6.024, de 1974.

O PLC define os papéis e os poderes das autoridades de resolução, incluindo o de usar obrigatoriamente o capital e outros recursos investidos na instituição para absorver perdas, de modo a manter as atividades críticas para a população e a economia. Nesse sentido, o Regime de Estabilização permite maior agilidade na solução privada para a continuidade à prestação desses serviços sistemicamente relevantes para a sociedade, mediante, entre outros, a reorganização societária, transferências de operações, estabelecimento de instituição de transição (bridge bank) e recapitalização interna (bail-in).d


Brasil 247

Palavra de Bolsonaro não vale nada e ele presenteou criminosos de farda, diz Bernardo Mello Franco


"Se a vida no Brasil vale pouco, a palavra do presidente vale menos ainda. Bolsonaro não esperou nem um ano para descumprir o que prometeu. Ontem ele editou o indulto mais generoso dos últimos tempos. Anistiou policiais condenados por homicídio culposo, que agiram fora das hipóteses de legítima defesa", escreveu o colunista

24 de dezembro de 2019

(Foto: Reprodução | Isac Nóbrega/PR)

247 – O jornalista Bernardo Mello Franco, colunista do Globo, publicou a coluna mais contundente sobre o indulto concedido por Jair Bolsonaro a policiais que cometeram assassinatos, mesmo em dias de folga – ou seja, o que beneficia aqueles que atuam em milícias ou empresas de segurança particular.

"Se a vida no Brasil vale pouco, a palavra do presidente vale menos ainda. Bolsonaro não esperou nem um ano para descumprir o que prometeu. Ontem ele editou o indulto mais generoso dos últimos tempos. Anistiou policiais condenados por homicídio culposo, que agiram fora das hipóteses de legítima defesa. O decreto beneficia até os agentes de segurança que mataram em dias de folga. É um presente de Natal para milícias e esquadrões da morte, que sempre contaram com a simpatia do clã presidencial", escreveu o jornalista, lembrando que Bolsonaro havia prometido acabar com os indultos.

"O indulto será concedido ao fim de um ano em que a polícia bateu recordes de letalidade. Só no Estado do Rio, foram registradas 1.546 mortes de janeiro a outubro. É o maior número desde o início da série histórica, em 1998. Agora a matança tende a aumentar com incentivo presidencial", avisa o colunista.


Brasil 247

Bebianno processa Bolsonaro após acusação de ter planejado suposta facada


Na ação, Bebianno pedirá que Bolsonaro confirme as declarações dadas em entrevista de que um ex-assessor dele teve participação no suposto atentado a faca contra o então candidato do PSL, na campanha presidencial de 2018

24 de dezembro de 2019


Do BR2pontos – O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno vai interpelar judicialmente o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, 23. Na ação, Bebianno pedirá que Bolsonaro confirme as declarações dadas em entrevista a VEJA de que um ex-assessor dele teve participação no atentado a faca contra o então candidato do PSL, na campanha presidencial de 2018.

O presidente não revela a quem se refere, mas, ao longo da entrevista, forneceu detalhes que apontam para o ex-ministro, citado em outras declarações de Bolsonaro e de seus filhos como alguém que atuou para “queimar” indicados a vice-presidente em sua chapa, a exemplo do deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP).

“O meu sentimento é que esse atentado teve a mão de 70% da esquerda, 20% de quem estava do meu lado e 10% de outros interesses. Tinha uma pessoa do meu lado que queria ser vice. O cara detonava todas as pessoas com quem eu conversava. Liguei para convidar o Mourão às 5 da manhã do dia em que terminava o prazo de inscrição. Se ele não tivesse atendido, o vice seria essa pessoa. Depois disso, eu passei a valer alguns milhões deitado”, disse Jair Bolsonaro.


Brasil 247

Maduro peita Bolsonaro e cobra posição sobre armas roubadas da Venezuela no Brasil


“As armas venezuelanas foram roubadas em um ataque terrorista, Sr. Jair Bolsonaro, e essas armas, neste momento temos informações que estão no território brasileiro. Exigimos que as autoridades brasileiras capturem os agressores que estão no território brasileiro e retornem as armas das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas”, disse Maduro nesta segunda (23) durante uma reunião de ministros transmitida no rádio e na televisão

24 de dezembro de 2019

Fronteira, Maduro e Bolsonaro (Foto: Reuters)

Sputnik - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que as armas que foram roubadas das Forças Armadas de seu país no último domingo estão no Brasil e exigiu que o governo de Jair Bolsonaro capture os responsáveis. 

"As armas venezuelanas foram roubadas em um ataque terrorista, Sr. Jair Bolsonaro, e essas armas, neste momento temos informações que estão no território brasileiro. Exigimos que as autoridades brasileiras capturem os agressores que estão no território brasileiro e retornem as armas das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas", disse Maduro durante uma reunião de ministros transmitida no rádio e na televisão.

O presidente venezuelano explicou que entre os equipamentos roubados do Batalhão Militar estão nove rifles AK-103 e um lançador de granadas de longo alcance.

No domingo passado, foi registrado o roubo no Batalhão de Infantaria da Selva Mariano Montilla, no sul do estado de Bolívar, de 120 rifles de alto calibre e, durante a ação, um soldado que protegia a instalação militar foi abatido.

De acordo com indicações dadas por Maduro, as armas seriam usadas "para banhar o Natal venezuelano com sangue".

Segundo a versão das autoridades, esse plano foi dirigido pelo líder da oposição Leopoldo López, que está sob asilo político desde 30 de abril na embaixada espanhola em Caracas, depois de escapar de sua casa, onde cumpria uma sentença de quase 14 anos de prisão pelos atos de violência registrados no país em 2013.

Maduro também exigiu das autoridades peruanas a deportação do líder político da oposição venezuelana Villca Fernández, que reside no Peru desde 2018, após um processo de negociação entre o governo e a oposição, que levou à sua libertação após dois anos de detenção.

"Se o governo do Peru realmente, de coração, não estava envolvido, peço que este terrorista Vilca Fernández seja capturado de acordo com o direito internacional, já que assumiu a responsabilidade pelos eventos através das redes sociais", afirmou.

O ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, disse que o objetivo do ataque de domingo era promover um confronto entre nações vizinhas para justificar uma intervenção militar dos EUA.

Por seu lado, os governos do Peru e da Colômbia citados pela Venezuela por um suposto apoio ao roubo dessas armas rejeitaram as acusações.

"Rejeitamos as falsas expressões [...] nas quais ele pretende vincular o Peru e o Grupo de Lima a ações violentas na Venezuela. Nosso país reitera seu compromisso com uma solução pacífica para a crise neste país irmão, que permite ao retorno da democracia e o fim do regime ilegal de Maduro", ponderou o ministro de Relações Exteriores do Peru, Gustavo Meza, em sua conta na rede social do Twitter.Em seu discurso nesta segunda-feira, Maduro comentou que o Brasil também negou sua participação no plano.


Brasil 247

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

New York Times acusa Bolsonaro de estimular a volta dos esquadrões da morte no Brasil


A notícia foi publicada na coluna do jornalista Nelson de Sá que destacou que os assassinatos são “estimulados pelo presidente Jair Bolsonaro e por sua afirmação de que criminosos devem morrer como baratas”

23 de dezembro de 2019

Jair Bolsonaro e militares (Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 – Reportagem do jornal New York Times, o maior e mais influente do mundo, diz que, com Jair Bolsonaro, as milícias policiais “operam nas sombras da repressão do governo brasileiro” e que os assassinatos são “estimulados pelo presidente Jair Bolsonaro e por sua afirmação de que criminosos devem morrer como baratas”.

A notícia foi publicada na coluna do jornalista Nelson de Sá que destacou ainda outro trecho da reportagem: “parte esquadrão da morte, parte crime organizado, suas fileiras estão cheias de policiais de folga e aposentados que matam à vontade, muitas vezes com total impunidade”.

“Alguns membros de milícia são abertos sobre suas motivações criminosas, cobrando altas somas ao estilo da máfia”, para fornecer suposta segurança ou para conceder permissão para “atuar no comércio local”, aponta ainda a coluna.


Brasil 247

Noblat: quem deverá definir a parada a favor de Lula será Celso de Mello


Para o jornalista Ricardo Noblat, confidentes de alguns ministros da Segunda Turma do STF acreditam que o ministro Celso de Mello decidirá em favor de Lula no caso do triplex, o que possibilitará ao ex-presidente recuperar seus direitos políticos

23 de dezembro de 2019

Lula e Celso de Mello (Foto: Ricardo Stuckert | Carlos Moura/STF)

247 - Segundo Ricardo Noblat, "confidentes de alguns dos cinco ministros que integram a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal acreditam que o colegiado anulará a sentença do ex-juiz Sérgio Moro que condenou o ex-presidente Lula no caso do tríplex do Guarujá".

O jornalista diz que, por ora, o placar estaria em 2 votos contra 2 a favor e quem "deverá definir a parada a favor de Lula será o ministro Celso de Mello". Não com base no material divulgado pelo site The Intercept Brasil, conta Noblat, mas com base no vazamento ilegal autorizado por Moro da gravação da conversa telefônica entre Lula e a então presidente Dilma Rousseff.

"Caso, de fato, a sentença de Moro seja anulada, Lula recuperará a condição de poder ser candidato outra vez e o caso do tríplex terá de ser julgado novamente", diz.



Brasil 247

domingo, 22 de dezembro de 2019

Miguel Paiva





Brasil 247

Liverpool derrota Flamengo e é campeão mundial


Com um gol do brasileiro Firmino no primeiro tempo da prorrogação, o Liverpool venceu o Flamengo por 1 a 0 e se tornou campão mundial interclubes pela primeira vez

21 de dezembro de 2019

(Foto: REUTERS/Ibraheem Al Omari)


Agência Brasil - O Liverpool derrotou o Flamengo por 1 a 0 na tarde deste sábado (21) e conquistou pela primeira vez o título do Mundial de Clubes da Fifa. A vitória da partida, realizada no estádio Khalifa International, em Doha (Catar), foi obtida apenas na prorrogação, graças a gol do atacante brasileiro Firmino, após empate sem gols nos 90 minutos iniciais.

Com este triunfo, o Liverpool, de certa forma, devolve a derrota de dezembro de 1981, quando a taça ficou com um Flamengo que, comandado pelo craque Zico, venceu por 3 a 0 no estádio Nacional de Tóquio.

O Jogo

O time inglês começou melhor, com 40 segundos o brasileiro Roberto Firmino recebe lançamento de Alexander-Arnold e fica cara a cara com o goleiro Diego Alves. Porém, o atacante é pressionado por Rodrigo Caio e tem o chuta desviado.

Aos 4 minutos o Liverpool tem nova oportunidade de marcar. O egípcio Salah recebe na esquerda e toca para Keita, que chega chutando, mas errado.

Dois minutos depois a equipe da terra dos Beatles tem nova oportunidade, com chute de fora da área do lateral Alexander-Arnold, mas a bola vai por pouco para fora.

Após esta pressão inicial o jogo diminui de ritmo, com as duas equipes não se arriscando tanto, mantendo a linha defesa baixa e tentando abrir espaços com trocas de passes.

Mas aos 23 minutos o Flamengo finalmente tem uma boa oportunidade. O goleiro brasileiro Alisson erra saída de bola, Willian Arão recupera a bola e toca para Bruno Henrique, que tem a bola tomada pelo holandês Van Dijk.

Aos 26 nova chance clara de Bruno Henrique, ele recebe lançamento nas costas do lateral Alexander-Arnold e avança. Mas na hora do chute é bloqueado pelo zagueiro Joe Gomez.

A partir desse momento a equipe comandada pelo técnico português Jorge Jesus passa a ter mais posse de bola, e aposta nas jogadas pela esquerda, com Bruno Henrique.

Aos 31 a equipe brasileira chega muito bem, com tabela entre Gabriel Barbosa, Arrascaeta e Bruno Henrique, mas, na hora de finalizar, o camisa 9 chuta mal.

Um minuto depois nova chance do Flamengo, agora em cabeceada de Bruno Henrique após cruzamento de Rafinha, mas a defesa do Liverpool consegue cortar.

O Liverpool passa então a aumentar um pouco a intensidade do jogo.

Aos 37 o time inglês tem a oportunidade de criar uma boa chance. A equipe inglesa puxa contra-ataque rápido com Salah após erro de passe de Everton Ribeiro, mas o egípcio erra ao tentar inverter a bola.

O jogo chega ao intervalo sem mudanças no placar, mas com um grande equilíbrio, que é evidenciado na posse de bola (58% a 42% para o Flamengo) e no número de chances a gol (6 a 3 para a equipe brasileira).

Segundo tempo sem gols

A etapa final começou com o Liverpool em alta rotação. Com 1 minuto Firmino quase marca. O camisa 9 recebe lançamento de Henderson, se livra de Rodrigo Caio com um toque por cobertura e chuta mascado de frente para Diego Alves, mas a bola, caprichosamente, explode na trave.

Três minutos depois nova oportunidade do time inglês. Alexander-Arnold cruza para chute de Salah, mas para fora.

Aos 7 minutos é o Flamengo que chega com perigo. Arrascaeta recebe na entrada da área, se livra da marcação e toca para Gabriel Barbosa, que chega finalizando.

Um minuto depois o camisa 9 chega de novo com perigo para boa defesa do brasileiro Alisson.

A partida melhora muito no início do segundo tempo, com muita emoção e intensidade.

O Flamengo volta a criar uma boa chance aos 21 minutos, quando Arrrascaeta dá passe em profundidade para Gabriel Barbosa, que chuta da pequena área. Mas o holandês Van Dijk consegue cortar a finalização.

Três minutos depois o atacante Gabriel Barbosa finaliza de bicicleta após cruzamento de Bruno Henrique. Mas Alisson fica com a bola. Seria um belo gol.

O Liverpool começa a achar espaços na ponta esquerda, aproveitando espaços dados pelo lateral Rafinha. Em uma destas jogadas, aos 35 minutos, Mané toca para Firmino na esquerda. E o brasileiro cruza para Alexander-Arnold, que chuta para defesa de Diego Alves.

Cinco minutos mais tarde outra boa oportunidade do time inglês. Após boa jogada de Mané e Salah, o egípcio toca para Henderson, que bate forte de fora da área. Mas o goleiro Diego Alves faz bela defesa.

Aos 45 minutos acontece um lance polêmico, quando o juiz Al Jassim Abdulrahman, do Catar, marca inicialmente um pênalti do lateral Rafinha em cima de Mané na entrada da área. Mas, com auxílio do árbitro de vídeo (VAR, na sigla em inglês), ele cancela a marcação.

Com a manutenção da igualdade nos 90 minutos, a partida vai para a prorrogação.

Vitória no tempo extra

Desde o primeiro minuto da prorrogação o Flamengo dava sinais de uma queda no aspecto físico.

Isto fica mais evidente aos 8 minutos, quando Henderson lança Mané, que, com grande liberdade, toca para Firmino, que se livra da marcação e toca para o fundo do gol de Diego Alves.

Dois minutos depois Salah quase faz o segundo. Ele acerta um belo chute da entrada da área, mas Diego Alves faz uma bela defesa.

A partir de então o time inglês conseguiu segurar o Flamengo para ficar com seu primeiro título mundial.

Primeiro Mundial

Apesar de ter conquistado a Liga dos Campeões da Europa em 6 oportunidades, o time da terra dos Beatles só participou de 4 disputas pelo título mundial, e desistiu em 2 oportunidades.

Além da derrota para o Flamengo em 1981, o Liverpool perdeu para o Independiente em 1984 e para o São Paulo em 2005. E, em 2019, finalmente ficou com seu primeiro título.

Ficha Técnica

Sábado, 21 de dezembro de 2019

LIVERPOOL 1 X 0 FLAMENGO

Competição: Mundial de Clubes da Fifa

Local: Estádio Khalifa Internacional, Doha (Catar)

Liverpool: Alisson; Alexander-Arnold, Joe Gomez, Van Dijk e Robertson; Henderson, Keita (Milner) e Oxlade-Chamberlain (Lallana); Mané, Salah (Shaqiri) e Firmino (Origi). T: Jürgen Klopp.

Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão (Berrío), Gerson (Lincoln) e Arrascaeta (Vitinho); Everton Ribeiro (Diego), Gabriel Barbosa e Bruno Henrique. T: Jorge Jesus.

Gol: Primeiro tempo prorrogação: Firmino (8).


Brasil 247

Miriam Leitão vê corrupção no clã Bolsonaro e aponta que bandeira da moralidade sempre foi apenas mentira para enganar eleitor


"Quem acompanhou a vida política de Bolsonaro sabe que o discurso da moralidade pública que usou nos palanques foi apenas o que foi: uma estratégia eleitoral", diz a jornalista, que bate duro no esquema de nepotismo, corrupção e lavagem de dinheiro em torno do gabinete de Flávio Bolsonaro

22 de dezembro de 2019

Miriam Leitão e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Valter Campanato/Agência Brasil)

247 – A jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, faz dura crítica a Jair Bolsonaro neste domingo, ao comandar o esquema de corrupção descoberto no gabinete de seu filho Flávio, e diz que ele nunca quis de fato combater a corrupção. "O presidente Bolsonaro estava uma pilha na sexta-feira. Foi ainda mais agressivo do que o costumeiro no ataque aos repórteres que ficam na porta do Palácio. Era fácil saber o motivo do nervosismo. Seu filho Flávio está com uma montanha de explicações a dar sobre o que se passava no seu gabinete quando era deputado estadual, nos seus negócios com imóveis e no funcionamento da sua loja de chocolates. A bandeira de que faria um governo de combate à corrupção sempre foi postiça, mas fica mais difícil empunhá-la quanto mais detalhes vêm à tona sobre a estranha movimentação bancária de Fabrício Queiroz e a maneira como o senador conduzia seu gabinete de político e seus empreendimentos", afirma ela, em sua coluna.

"Dezenas de funcionários do gabinete do então deputado não compareciam ao local de trabalho, nunca pediram crachá, recebiam seus salários dos cofres públicos e faziam depósitos rotineiros na conta de Fabrício Queiroz. Havia de tudo: personal trainer que tinha emprego no outro lado da cidade, estudante de veterinária que estudava a quilômetros do Rio, cabeleireira com trabalho fixo. Difícil é saber quem de fato trabalhava naquele gabinete", aponta ainda a jornalista, que não omite a ligação com as milícias. "Nesta lista dos servidores de Flávio estavam a ex-mulher e a mãe do PM Adriano da Nóbrega, acusado de fazer parte de um grupo de milicianos. O mesmo Adriano foi duas vezes homenageado na Alerj, a pedido do deputado Bolsonaro, uma vez com a Medalha Tiradentes, quando ele já tinha sido preso por homicídio", lembra Miriam.

"O caso ainda é o desdobramento de um Procedimento Investigatório Criminal, mas já tem muitas pontas enroladas. A reação do presidente de atacar o juiz, os procuradores, os jornalistas é típico de quem está perdendo a razão", diz a colunista. "Quem acompanhou a vida política de Bolsonaro sabe que o discurso da moralidade pública que usou nos palanques foi apenas o que foi: uma estratégia eleitoral", finaliza.


Brasil 247

AROEIRA


QUE PRESIDENTE !!!



Brasil 247

sábado, 21 de dezembro de 2019

Lula: "Não adianta falar que a bolsa está em alta, se o povo não está conseguindo comprar carne"


"Se a pessoa não governa com o coração, ela não vai entender as necessidades do povo. Essas pessoas não sabem o que é passar fome, não ter onde morar", afirmou o ex-presidente Lula, que participou do Natal solidário com Catadores e população de rua

21 de dezembro de 2019

(Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

247 - O ex-presidente Lula participa neste sábado (21) do Natal solidário com Catadores e população de rua, no Sindicato dos Bancários de São Paulo e Osasco, na capital Paulista.

"Tenho muito orgulho de estar aqui livre para participar do Natal dos catadores e da população de rua. Se ao invés de estar aqui eu estivesse jogando golfe, certamente uma parte da elite não tivesse tanto ódio de mim", afirmou Lula, que sempre participou dos atos com os catadores, até mesmo durante o período que ocupou a Presidência da República. E no período que esteve aprisionado, enviou mensangem aos participantes.

"Depois de tanto sofrimento e tanta perseguição, hoje estou feliz. Encontrei minha Janjinha, vou casar e sei que o amor vai vencer. Durmo tranquilo como um passarinho, tenho certeza que meus acusadores não dormem", acrescentou.

Lula falou sobre a conjuntura econômica do país sob o governo de Jair Bolsonaro. "Eu nunca vi tanta gente morando nas ruas. Não adianta falar que a bolsa tá em alta, se o povo pobre não está conseguindo comprar um quilo de carne", enfatizou o ex-presidente.

Neste sábado (21), em mensagem de Natal ao brasileiros, Bolsonaro disse que é preciso acreditar no Brasil, "mesmo sem carne para algumas pessoas aí".

"Se a pessoa não governa com o coração, ela não vai entender as necessidades do povo. Essas pessoas não sabem o que é passar fome, não ter onde morar", frisou Lula.


Brasil 247

A ofensiva de Moro contra a OAB e o centro democrático




TV GGN

Kennedy: corrupção do clã evidencia-se, mas Moro vive em Marte


Há cada vez mais evidências da corrupção do clã Bolsonaro. Mas, escreve o jornalista Kennedy Alencar, "Moro não habita a Terra. Parece que vive em Marte"

21 de dezembro de 2019

Reprodução (Foto: Reprodução)

247 - O jornalista Kennedy Alencar escreve em seu blog sobre a situação de Sérgio Moro no momento em que são fortes as evidências de que Flávio Bolsonaro "lavou dinheiro com sua loja de chocolates, por meio de conta de miliciano e compra de imóveis": "Moro não habita a Terra. Parece que vive em Marte".


São fortes as evidências de que Flávio Bolsonaro lavou dinheiro com sua loja de chocolates, por meio de conta de miliciano e compra de imóveis. A investigação do Ministério Público sobre o caso Queiroz vai mesmo dar problema para o presidente Jair Bolsonaro e o filho senador.

Bastou o Supremo Tribunal Federal liberar a investigação para que viessem público as evidências da rachadinha praticada pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, antigo homem da confiança do presidente da República.

O Ministério Público do Rio de Janeiro suspeita que Queiroz seja um caixa informal da família Bolsonaro.

Nesse ambiente, o ministro da Justiça, Sergio Moro, tem dito a interlocutores que não houve em 2019 caso de corrupção relacionado ao governo, como informou a coluna “Radar”, da revista “Veja”.

Moro não habita a Terra. Parece que vive em Marte.

Fugindo do essencial

O presidente da República adota estratégia diversionista para tirar do foco as acusações de corrupção contra o filho e ele próprio. É Jair Bolsonaro quem tem a ligação mais antiga com Queiroz na sua família.

Bolsonaro também dá corda à teoria de que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, quer tirá-lo do páreo presidencial com investigações do Ministério Público sobre Flávio e com apurações da Polícia Civil a respeito da eventual participação de Carlos Bolsonaro no caso Marielle.

Ora, pode haver desavença política, mas o que importa é a consistência das provas que venham a ser apuradas tanto pelo Ministério Público como pela polícia.


Brasil 247

Bolsonaro não tem compostura, beira a insanidade e o impeachment já está colocado, de Merval Pereira, porta-voz do Globo


O colunista Merval Pereira, aquele que mais expressa os interesses políticos da família Marinho, também sugere a interdição ou o impeachment de Jair Bolsonaro. "Motivos Bolsonaro já deu de sobra, e a falta de decoro de ontem é apenas mais uma, e não será a última", diz ele

21 de dezembro de 2019


247 – "O presidente Jair Bolsonaro vem numa escalada de falta de compostura que beira a insanidade. O episódio de ontem, em que destratou jornalistas, demonstrando falta de educação e preconceitos, é próprio de quem se sente acuado, e de fato o presidente está acuado, pela queda de sua popularidade, pelas limitações que as instituições democráticas lhe impõem, pelas denúncias contra seu filho Flávio, que envolvem toda uma família ampliada que, pelas acusações do Ministério Público do Rio, vivia às custas do Erário público", diz o jornalista Merval Pereira, em sua coluna.

"O impeachment já está colocado e, como é um instrumento sobretudo político, será acionado, ou não, quando as forças políticas no Congresso desejarem. Motivos Bolsonaro já deu de sobra, e a falta de decoro de ontem é apenas mais uma, e não será a última", aponta.

"A investigação contra o senador Flávio Bolsonaro certamente está abalando a já desequilibrada personalidade do presidente, embora a punição dificilmente acontecerá em razão direta das denúncias do Ministério Público. Mas podem atingir o presidente no correr das investigações", afirma ainda o jornalista.


Brasil 247

Bolsonaro quebrou decoro e pode sofrer impeachment, aponta editorial do Estado de S. Paulo


"O que se testemunhou ontem à saída do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, foi muito além do tolerável até para o grosseiro padrão do bolsonarismo. Tal comportamento envergonha os cidadãos e enxovalha o País", aponta editorial do jornal que dialoga com a elite empresarial do País. Descontrolado pelos escândalos de corrupção da família, Bolsonaro perguntou a um jornalista se ele teria o comprovante de que sua mãe tinha mesmo dado para seu pai

21 de dezembro de 2019

(Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

247 – O jornal Estado de S. Paulo, que dialoga com a elite empresarial do Brasil, avalia que Jair Bolsonaro quebrou o decoro ao agredir jornalistas na saída do Palácio da Alvorada – o que significa que ele já pode sofrer um processo de impeachment por emporcalhar a presidência da República. Leia, abaixo, o editorial "Quebra de decoro" e assista também entrevista com o jurista Marcelo Uchôa sobre o tema:

Quebra de decoro

O presidente Jair Bolsonaro faltou com o decoro necessário para o exercício do cargo ao reagir raivosamente ao noticiário sobre as suspeitas envolvendo seu filho Flávio. 

Na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro, sob aplausos dos simpatizantes que ali estavam, ofendeu jornalistas que o questionaram, acusou sem provas o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de manipular o caso para prejudicá-lo e insinuou que o juiz do processo tem interesse em fazer as vontades do governador, já que uma filha do magistrado é funcionária do Estado. 

A reação truculenta do presidente surpreendeu mesmo aqueles que acompanharam sua trajetória política até aqui e testemunharam seu destempero em diversas ocasiões. 

É fato que Bolsonaro transformou sua retórica inflamada e muitas vezes ofensiva em uma marca pessoal, vista por seus apoiadores como sinal de sua “autenticidade” como político, destacando-se dos demais por ter a coragem de dizer em voz alta, em público, o que os demais não sussurram nem quando estão sozinhos. Foi dessa maneira que Bolsonaro construiu a imagem de um outsider político, a despeito do fato de estar na política há três décadas. 

Também é fato que Bolsonaro, desde que assumiu a Presidência, costuma recorrer à agressividade sempre que precisa mobilizar a militância bolsonarista para intimidar adversários políticos. A esta altura está claro que Bolsonaro não conhece outras formas de fazer política. 

No entanto, o que se testemunhou ontem à saída do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, foi muito além do tolerável até para o grosseiro padrão do bolsonarismo. Já seria indecoroso mesmo se Bolsonaro fosse apenas um deputado federal do baixo clero; como presidente da República, tal comportamento envergonha os cidadãos e enxovalha o País. 

Nada justifica que o presidente tenha se dirigido a jornalistas da forma como fez, com ofensas ginasianas a respeito da sexualidade de um repórter e do comportamento da mãe de outro. Que Bolsonaro tem dificuldades em lidar com a imprensa já está claro a esta altura – e não é o primeiro nem, provavelmente, será o último presidente a ter rusgas com jornalistas e veículos. Tampouco é segredo que Bolsonaro antagoniza a imprensa com o objetivo de desmoralizar o noticiário que lhe é desfavorável – e isso também não é novidade no mundo da política. Desta vez, porém, não há cálculo político que desculpe ou relativize o tom de Bolsonaro, próprio de arruaceiros que chamam desafetos para uma briga de rua. 

Ao agir dessa maneira, Bolsonaro não apenas se apequena como presidente, como dá a entender que está acuado diante das suspeitas que recaem sobre seu filho Flávio – o senador teria se beneficiado de esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro quando era deputado estadual no Rio de Janeiro. O caso todo ainda tem muitos pontos obscuros e é preciso aguardar que a polícia e o Ministério Público concluam seu trabalho e os tribunais punam quem deve ser punido, quando for a hora. No momento, o interesse no caso é basicamente político, com potencial para prejudicar o presidente – razão pela qual Bolsonaro faria bem se tratasse o noticiário com a maior discrição possível, pois é preciso preservar a Presidência, da qual depende a governabilidade do País. 

Mas o presidente parece simplesmente incapaz de se comportar de acordo com o cargo que ocupa e de compreender que esses maus modos, ao criar atritos e cizânias, podem prejudicar a recuperação do País justamente no momento em que se verificam bons sinais na economia. 

O decoro no exercício da Presidência não é um capricho; é, antes, a consciência da responsabilidade – e dos limites – de quem conduz os rumos da nação, como chefe de Estado e de governo. Não é qualquer um que pode ocupar a cadeira presidencial, por mais que o atual presidente queira apresentar-se como um homem comum. A deferência ao cargo de presidente da República é, antes de mais nada, deferência à própria noção de República, em que todos devem se submeter à lei – e mesmo a mais alta autoridade do País não pode fazer ou dizer o que lhe dá na cabeça. Honestidade e compostura devem emanar da cadeira presidencial.




Brasil 247