sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Johnson vence e diz que Brexit agora é irrefutável


O Partido Conservador alcançou ampla vitória nas eleições do Reino Unido desta terça-feira, a mais ampla desde 1987, quando a dama de ferro, Margaret Thatcher conquistou uma esmagadora maioria no Parlamento. Contrariando as pesquisas, que previam um resultado apertado, os trabalhistas sofreram séria derrota. O primeiro-ministro Boris Johnson acha que agora ninguém poderá impedir a saída do país da União Europeia

13 de dezembro de 2019

Boris Johnson (Foto: REUTERS/Hannah McKay)

247 - Boris Johnson conquistou uma maioria esmagadora e permanecerá exercendo o posto de primeiro-ministro do Reino Unido disposto a de uma vez por todas retirar o país do bloco europeu. 

Com a apuração das urnas próxima do fim, as projeções da BBC indicam uma maioria de 79 cadeiras no Parlamento na eleição realizada nesta quinta-feira (12), informa o UOL .

A principal bandeira de Johnson era "fazer o Brexit acontecer" e tirar de vez o Reino Unido da União Europeia no mês que vem, após meses de impasse em torno da saída britânica do bloco europeu definida em referendo em 2016.

A ampla margem obtida pelos conservadores indica que o Brexit vai enfim sair do papel.

"Parece que este governo conservador de uma nação recebeu um novo e poderoso mandato para concluir o Brexit", afirmou Johnson, ao longo da contagem dos votos.

O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, afirmou que a sigla teve uma "noite muito decepcionante" e que não liderará os trabalhistas numa próxima eleição. O partido focou sua campanha no fim da austeridade e no aumento dos gastos em serviços públicos, como o sistema de saúde.

As projeções indicam que o placar deve ficar assim: conservadores com 364 cadeiras, seguidos dos trabalhistas com 203, do Partido Nacional Escocês (SNP) com 48 e dos liberais-democratas com 11. O Partido do Brexit, esvaziado na estratégia de apoiar Johnson, acabou sem vitória.

"Quero agradecer ao povo deste país por ter votado nas eleições de dezembro que não queríamos convocar, mas que acho que acabou sendo uma eleição histórica que nos dá agora, em este novo governo, a chance de respeitar a vontade democrática do povo britânico de mudar este país para melhor e de liberar o potencial de todo o povo deste país", disse o conservador.

Por outro lado, o Partido Trabalhista, que perdeu assentos em lugares que apoiaram o Brexit em 2016, está enfrentando sua pior derrota desde 1935.


Para Corbyn, "o Brexit polarizou tanto o debate que anulou tanto o debate político normal".


Brasil 247

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