sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Governo decide acelerar queima de reservas internacionais para segurar o dólar


A equipe econômica comandada por Paulo Guedes decidiu acelerar a venda de reservas internacionais, acumuladas nos governos Lula e Dilma, para tentar fazer frente à disparada do dólar, que ontem chegou a bater em R$ 4,27; só nesta sexta-feira serão vendidos mais US$ 3 bilhões

31 de janeiro de 2020

(Foto: Reuters)

247 - O Banco Central fará nesta sexta-feira (31) um leilão extraordinário de US$ 3 bilhões. 

Chamado de leilão de linha, esse tipo de venda caracteriza-se pelo caráter temporário. Os dólares vendidos são recomprados pelo Banco Central depois de alguns meses, retornando para as reservas internacionais.

A última vez em que o BC tinha feito um leilão de linha tinha sido em 18 de dezembro, quando a autoridade monetária vendeu US$ 600 milhões com compromisso de recompra.

Em meio ao receio do impacto do coronavírus sobre a economia global, o dólar tem subido nos últimos dias. Hoje, a moeda norte-americana chegou a ultrapassar R$ 4,27, mas fechou o dia em R$ 4,259. Esse foi o maior valor nominal desde 1994, quando o real foi criado, informa a Agência Brasil.


Brasil 247

Novo logotipo do PCdoB




De Luciana Lima no site Metrópoles.

O PCdoB lançou nesta quarta-feira (29/01/2020) sua nova marca (foto em destaque) com o objetivo de atrair forças do chamado centro político – para além dos grupos esquerdistas – e formar uma frente ampla contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O emblema, porém, não conta com símbolos tradicionais do partido quase centenário, como a “foice e o martelo”, referências históricas do comunismo, e apresenta predominantemente as cores verde e amarela. O vermelho, cor do partido, ficou restrito ao número da legenda que tenta fortalecer o nome do governador do Maranhão, Flávio Dino, como cabeça de chapa em oposição a Bolsonaro nas eleições de 2022.

O objetivo da marca, segundo os organizadores do movimento, é ser mais palatável à população em tempos de aversão ao “comunismo” pregado pelos partidos no poder. A ideia da frente é reunir “todos contra Bolsonaro”.

(…)


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

O surto autoritário do MP morista não poupa nem repórter e fotógrafo


POR FERNANDO BRITO · 30/01/2020


Publica o Conjur que “dois repórteres da Folha de S. Paulo foram investigados durante a fase de inquérito que gerou uma nova denúncia contra o ex-presidente Lula”, por conta da invasão – simbólica, diga-se, porque todos retiraram-se espontaneamente – do triplex “atribuído” a Lula no Guarujá, no Guarujá, no dia 16 e abril de 2018.

Pela cobertura do jornal, é possível saber quem são as vítimas deste arreganho autoritário do MP: a repórter Cátia Seabra e o fotojornalista Marcelo Justo.

Nem é preciso dizer que os dois estavam no mais estrito exercício profissional. A menos que cobertura jornalísca, nestas cabeças doentes, tenha a passado a ser indício de crime, a pedir investigação.

Mesmo tendo decidido “não denunciar” os jornalista, só o fato de terem sido investigados se constitui num abuso contra a liberdade e imprensa.

Aliás, com o requinte sórdido de registrar que ainda podem ser caso surjam “novas provas”, com uma citação ao artigo 18 do Código Penal.

Espera-se que a Folha tome contra esta violênciacontra seus profissionais.

Se estas feras, bem alimentadas com o dinheiro público, não forem detidas, a liberdade de imprensa estará sepultada no Brasil.


Tijolaço

Moro já analisa pesquisas com seu nome para presidente, mesmo contra Bolsonaro


Sérgio Moro recebe há cerca de seis meses pesquisas eleitorais feitas por um instituto e não divulgadas publicamente em que seu nome é colocado como uma opção de candidato a presidente da República em 2022. Nos cenários, prevê-se até disputa com Bolsonaro

31 de janeiro de 2020


(Foto: José Cruz - ABR)


247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, recebe há cerca de seis meses pesquisas eleitorais feitas por um instituto e não divulgadas publicamente em que seu nome é colocado como uma opção de candidato a presidente da República em 2022. O levantamento é composto das “perguntas estimuladas”, em que os pesquisadores citam para o entrevistado quais são as opções de resposta. A informação é de Época

Na primeira pesquisa que o ex-juiz recebeu, ele aparecia com mais de 15% dos votos. Segundo a revista, Moro também passou analisar pesquisas com seu nome e que também incluem Jair Bolsonaro como presidenciável. 

Depois de condenar Luiz Inácio Lula da Silva sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP), Moro aceitou ser ministro do rival do ex-presidente. O detalhe é que o ex-magistrado já havia recebido o convite para integrar o atual governo ainda durante a campanha eleitoral, o que revelou o seu projeto de poder.


Em pouco mais e um ano de governo, Moro viu a sua aglutinação política não surtir o efeito desejado. Perdeu o Coaf, que passou ao ficar sob responsabilidade do ministério da Economia, e foi derrotado em algumas propostas contidas no pacote anticrime. 

O atual ministro também teve a imagem cada vez mais desgastada a partir de junho do ano passado, quando o site Intercept Brasil passou a publicar diversas irregularidades da Operação Lava Jato. Segundo as reportagens, Moro interferia no trabalho dos procuradores de Curitiba (PR), dando orientações sobre as acusações, o que fere a equidistância entre quem julga e quem acusa.


Brasil 247

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Boa Noite 247 - Chico Buarque denuncia Brasil 'governado por loucos' (30.01.2020)




TV 247

Bom dia 247: O futuro de Haddad e da esquerda (30.1.20)




TV 247

R$ 300 de moralidade


POR FERNANDO BRITO · 29/01/2020



A moral de todo homem tem um preço, diz o velho adágio.

No caso de Jair Bolsonaro, custa aproximadamente R$ 300 por mês, a diferença entre o cargo que Vicente Santini – demitido da Secretaria Executiva da da Casa Civil da Presidência por usar um jatinho da FAB para voar de Davos para a Índia – e nomeado hoje Secretário Especial de Relacionamento Externo do mesmo ministério.

Bolsonaro, ao chegar da Índia, anunciou estrepitosamente:

“O que ele fez não é ilegal, mas é completamente imoral. Ministros antigos foram de aviões lá comercial, classe econômica. Eu mesmo já viajei no passado, não era presidente, para Ásia toda de comercial, classe econômica, e não entendi. A explicação que chegou no primeiro momento: ‘ele teve de participar de reunião de ministros por isso…’ Essa não, essa desculpa não vale.”

Mas como o rapaz tem a inexcedível credencial de ser amigos dos filhos presidenciais – a Folha dá essa foto de um “churrascão” com Eduardo e Flávio – o seu castigo vai ser de R$ 300 por mês.

Menos que uma “rachadinha” do Queiroz.


Tijolaço

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Um país entregue. Por Paulo Nogueira Batista Jr.


POR FERNANDO BRITO · 27/01/2020


Um texto que dói, o de Paulo Nogueira Batista Jr. – para mim, o mais lúcido pensador econômico do Brasil -, publicado originalmente no GGN:


Paulo Nogueira Batista Jr. no GGN

Hoje queria escrever um pouco sobre um dos meus assuntos prediletos e obrigatórios – o Brasil e, em especial, a política externa do país. No ano passado, animei-me a publicar um livro com o título “O Brasil não cabe no quintal de ninguém”. Não cabe mesmo, leitor. Mas o pessoal se esforça – e como!

Considere, por exemplo, a política externa do governo atual. O vexame é completo, quase inacreditável. Se fosse o caso de resumi-la em uma frase apenas, diria que se trata de uma tentativa canhestra, mais do que canhestra: grotesca, de enquadrar o país no quintal do grande irmão do Norte. Não há nenhuma razão aparente para empreender tal tentativa. Nada nos obriga à submissão, a abdicar da nossa autonomia e até do mínimo de dignidade que deve reger o comportamento de qualquer governo, particularmente em países de porte continental como o Brasil. Tudo se passa, entretanto, como se tivéssemos perdido uma guerra e o país estivesse agora entregue a prepostos de forças estrangeiras – prepostos medíocres e subservientes.

Nunca foi tão verdadeira a observação de que o brasileiro não está à altura do Brasil. Os americanos não queriam, é certo, um Brasil independente, com voz própria. Mas não imaginavam que pudessem obter sem grande esforço uma rendição tão completa e vergonhosa. A verdade é que esse imenso país sul-americano está sendo entregue de mão beijada.

E o mais estranho é que tudo se passa ao som de patriotadas ridículas, com a conspurcação dos símbolos e das cores nacionais, sob o signo de um “novo nacionalismo”, um nacionalismo simiesco, que imita de maneira constrangedora o nacionalismo de Donald Trump e, em momentos de alucinação, até mesmo de Adolf Hitler.

E, no entanto, mesmo na pior das desgraças é sempre possível encontrar motivo para certo orgulho e satisfação. Afinal, pergunto, que outro país conseguiria a proeza de inventar o nacionalismo entreguista, sofisticação dialética difícil de igualar? O Brasil não é para principiantes, dizia Tom Jobim. Lendo recentemente uma biografia de Dom Pedro II, escrita pelo historiador José Murilo de Carvalho, descobri espantado que o imperador era republicano. E o Marechal Deodoro da Fonseca, monarquista. Portanto, tudo é possível no Brasil. Temos agora o incomparável nacionalista vira-lata, que clama a sua devoção pelo país ao mesmo tempo em que bate continência para a bandeira dos Estados Unidos e faz juras de amor ao presidente daquele país.

No resto do mundo, reina a mais completa perplexidade sobre a decadência do Brasil. Ninguém acreditaria que sofreríamos tal colapso e desceríamos a níveis tão baixos. Há não muito tempo o nosso país era referência, não só na América Latina, mas no mundo inteiro. Não estou exagerando, leitor. Tive o privilégio de representar o Brasil no FMI, no G20 e nos BRICS numa época em que o nosso país se comportava como o grande país que é. Tínhamos, claro, nossas limitações, nossas dificuldades. Mas éramos respeitados como voz autônoma, capaz de expressar com criatividade e competência os anseios de paz, progresso e reforma da governança internacional. Todo esse capital de respeito, simpatia e soft power está sendo jogado pela janela.

Somos subdesenvolvidos, reconheço. Nossos quadros nem sempre são os melhores, admito. E, mesmo nos nossos momentos mais felizes, demos as nossas pisadas de bola. Mas, convenhamos, era preciso escalar esse time de pernas-de-pau?

Vamos imaginar, por um instante, que por obra do insondável destino Jair Messias Bolsonaro fosse conduzido, digamos, à presidência da Micronésia. Os micronesianos contemplariam, perplexos, o seu novo supremo mandatário, fariam uma rápida reunião e correriam com ele sem demora. E se Paulo Guedes ou Ernesto Araújo aparecessem de repente em algum ministério da Economia ou das Relações Exteriores, qualquer um, em qualquer lugar do mundo? Ora, seriam encaminhados imediatamente, sem hesitações, ao almoxarifado mais próximo.


Tijolaço

Acusação a Lula por entrada do MTST no ‘triplex’ é caso de delírio


POR FERNANDO BRITO · 29/01/2020


Os procuradores do Ministério Público de São Paulo deveriam perder o cargo por “reprovação a posteriori em Direito“.

Acusam Guilherme Boulos, líder do MTST, e Lula pela invasão do apartamento triplex do Guarujá , enquadrando-os no artigo 346 do Código Penal:
Art. 346 – Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

A começar, não há indícios de que se tirou, suprimiu, destruiu o que tenha se danificado coisa alguma.

Mesmo o artigo 161, que trata do esbulho possessório e prevê pena para quem invadir propriedade alheia diz que é crime quando feito para esbulhar (“apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia”).

Nem isso o pessoal do MST fez: ninguém se apropriou de nada.

Como Boulos ou Lula não participaram da ação, poderiam, se houvesse o crime tipificados, ser acusados de incitação, jamais pela ocupação.

Lula, aliás, estava preso, impossibilitado de participar de coisa alguma.

Poderia, no máximo, ser apontado por “incitar, publicamente, a prática de crime”, que é o artigo 286 do CP, caso para juizados especiais, por ter pena entre três e seis meses.

Os regiamente pagos promotores paulistas tirariam zero na cadeira de Introdução ao Direito Penal.

Não conhecem os conceitos de autoria, materialidade e tipicidade de crime.

Estudaram marketing, apenas.


Tijolaço

Imitação de Moro por Adnet na Globo bomba nas redes



O humorista Marcelo Adnet imitou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, no programa Fora de Hora. Entre as perguntas do público estavam algumas sobre o ex-presidente Lula. Assista ao vídeo



29 de janeiro de 2020



(Foto: Dir.: Marcelo Camargo - ABR)



247 - O humorista Marcelo Adnet imitou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, no programa Fora de Hora que foi ao ar na noite desta terça-feira (28). No quadro, Adnet/Moro concede entrevista exclusiva para o programa e fala sobre temas como as camisinhas de Danilo furadas por Thelma, na novela Amor de Mãe.




Escaparam da entrevista assuntos como o seu futuro na política, vazamento de áudios e imunidade, entre outros temas polêmicos. Entre as perguntas do público estavam algumas sobre o ex-presidente Lula.

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

STJ autoriza divulgação de resultados do Sisu e inscrições do Prouni


Presidente do STJ, ministro João Otávio de Noronha, liberou nesta terça-feira, 28, a divulgação dos resultados do Sisu pelo governo Jair Bolsonaro. Com a decisão de Noronha, o governo poderá divulgar o resultado do Sisu e deve definir novas datas para o Prouni. Ministério da Educação ainda não informou quando publicará os resultados

28 de janeiro de 2020

(Foto: PR | ABr)

247 - O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, liberou nesta terça-feira, 28, a divulgação dos resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) pelo governo Jair Bolsonaro e os próximos passos do processo seletivo com base no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019.

Segundo inforções do portal G1, com a decisão de Noronha, o governo poderá divulgar o resultado do Sisu e deve definir novas datas para o Prouni.

O Ministério da Educação ainda não informou quando publicará os resultados.

Nesta terça, antes da decisão do STJ, candidatos que concorrem a uma vaga em universidades públicas pelo Sisu conseguiram acessar a lista com os resultados das notas do Enem e MEC admite que as listas do Sisu chegaram a ser publicadas no site do sistema (leia mais no Brasil 247).


Brasil 247

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Bom dia 247: A estratégia de Lula para 2020 (27.1.20)




TV 247

Por que Amazon e Google querem o Serpro, que tem o maior banco de dados sobre o brasileiros?


Publicado por Lucas Mendes
- 26 de janeiro de 2020



O governo federal colocou o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a Empresa de Tecnologias e Informações da Previdência Social (Dataprev) no Programa Nacional de Desestatização. A privatização das empresas, responsáveis por gerir a infraestrutura de tecnologia do país, já havia sido anunciada em agosto – mas, agora, já tem previsão de fechamento de algumas unidades. O Brasil de Fato conversou com Sheyla Lima, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados, Informática e Tecnologia da Informação do Estado de Pernambuco (Sindpd-PE) sobre o que estas privatizações significam para o país.
Um dos argumentos usados pelo governo para incluir as duas estatais no Plano de Privatizações é de praticarem preços acima dos de mercado e terem custos elevados. É verdade?

Essa é sempre uma argumentação que eles trazem. O governo alega que o custo é muito alto. O grande cliente dessas duas empresas é o próprio governo. Então, essa negociação tem que ser feita diretamente com o governo, sobre os preços dos serviços. Porque tem a prestação do serviço, a guarda das informações e o desenvolvimento de todos esses sistemas. No Serpro são mais de quatro mil, na Dataprev mais de 700 serviços.


Tudo isso o governo pode chegar e negociar, porque são empresas públicas. Não é verdade que é um serviço mais caro, até porque não foi feito o levantamento de quanto custa o total desses serviços nas empresas privadas, além de que não podemos contar com o compromisso com a continuidade ou a descontinuidade do cumprimento desses serviços.

Para você ver, agora estamos com um problema imenso, que é o anúncio do fechamento de 16 unidades da federação do Serpro, que são os escritórios, e 20 da Dataprev, inclusive aqui em Pernambuco. O programa de privatização começa a acelerar, desmontando as empresas.

E começam desmontando nacionalmente. Aqui mesmo em Pernambuco, a unidade da Dataprev teve um investimento no imóvel, com reformas, para a permanência dessa empresa, no ano passado e agora anunciam que vão fechar até o final de fevereiro. Esse debate da ‘economia’ não é verdade. É simplesmente desmonte do estado.
Qual o Sindpd avalia que seria o motivo pela privatização?

Nós avaliamos que é o capital quem está dando as regras do jogo. É inadmissível você imaginar um país como o nosso, que teve um crescimento imenso em duas décadas basicamente, uma história como a Petrobras, que as guerras pelo mundo afora são por conta do petróleo e hoje está sendo fatiada, desmontada e sendo vendida ao capital estrangeiro. É o capital ditando as regras, independentemente que isso signifique perder a soberania do país, independentemente que a gente volte a ser o quintal dos países “desenvolvidos”.

Não há uma política de fortalecimento do Estado brasileiro, não há uma política para a soberania nacional, para que a gente mantenha o país como um país forte, como uma nação soberana, como um país respeitado lá fora. E quem compra? A China, os Estados Unidos, a Espanha…

A sociedade não tem noção do que está acontecendo. Enquanto isso, eles vão atropelando e vendendo. Desrespeitam o país, desrespeitam o povo brasileiro e não respeitam as regras constitucionais, do direito administrativo, do direito civil e trabalhista. O capital está passando por cima de tudo, infelizmente.
Só para se ter uma ideia, vamos levar em consideração a Dataprev. Quando você nasce, você já está dentro do banco de dados, porque a relação não é só com a previdência, mas também com os cartórios e com outros órgãos de governo também. Após 24 horas, toda a movimentação cartorial que é feita, essas informações, vão para o banco de dados da Dataprev.Que dados (da população) são estes que estão em jogo?

Então, se você nasce, se você morre, se você vende, sua vida trabalhista. Quanto ao Serpro, todas as informações fiscais, contábeis e sociais estão dentro dessa base de dados. Então, quem eu sou, onde estou, como estou, quanto recebo, quanto gasto, quanto invisto, quanto eu compro, o que eu compro, onde eu compro, se eu saio do país, se eu entro no país, se sou brasileiro, se sou estrangeiro; das pessoas jurídicas… Tudo.

Agora eu pergunto: por que tem empresas como a Amazon e a Google interessadas em comprar o Serpro? Se são empresas que não funcionam bem, que estão sucateadas, que não interessam, por que essas grandes empresas internacionais têm interesse? Porque essas informações são fundamentais.

São as informações de todo o povo brasileiro, de todas as empresas e do governo. Tudo que o governo paga, tudo que ele recebe, os dados administrativos e financeiros de todos os empregados do governo, todas as compras, todas as licitações, o que o governo faz de fiscalização e arrecadação em portos, aeroportos e vias terrestres. Tudo isso.

Se um governo de um país como é o Brasil, de uma dimensão continental, que tem estratégias para dentro e para fora do país, essas informações também estão dentro de suas empresas, como é que ele vai jogar isso para o capital estrangeiro?

Quando as empresas públicas foram criadas, foram pensadas com uma forte garantia de segurança em que o dado segue a finalidade. Ou seja, se eu pego a minha informação para, por exemplo, me aposentar, a Receita Federal ou a Previdência pega minha informação para uma finalidade e só vai ser utilizado para isso e ponto, ele não vai ser utilizado para mais nada.

E nós não vamos ter esta mesma garantia que isso aconteça com o setor privado. O que nós vemos são vários vazamentos de informações que acontecem por aí.
Quais as movimentações do governo em torno da privatização recentemente?

A princípio, demoraria em torno de dois anos, com estudos para começar de fato o processo de privatização. O que se percebeu efetivamente é que o governo acelerou este processo.

Serpro e Dataprev são empresas originárias e precisam de autorização do Congresso Nacional para poderem ser privatizadas. Então, tem que ir para as duas Casas, para o Executivo receber a autorização para ser vendida.

O que é que está acontecendo? O governo acelerou o processo de desmonte dessas duas empresas e anunciou o fechamento de 16 unidades do Serpro e de 20 unidades da Dataprev. Então você diminui o tamanho para facilitar lá no Congresso Nacional ou tentar pular essa etapa, mostrando números não reais.

O Salim Mattar, que é empresário, dono da Localiza e é Secretário de Desestatização, o negócio dele é vender, sem critérios. Vemos os pronunciamentos dele e não há nenhuma argumentação relativa à estratégia dessas empresas, à funcionalidade delas. A questão é privatizar e acabou a história.

Aceleram o processo sem comunicação, sem respeito nenhum aos empregados que têm 10, 20, 30 e até 40 anos dentro dessas empresas. Os anúncios, por exemplo, foram feitos em um período de férias, quando tem o recesso parlamentar, do Judiciário e afins. Para a Dataprev, 11 dias foi o prazo dado para os funcionários serem informados de que estão sendo fechadas as unidades, apresentarem um PAC (plano de ajustamento de conduta), que é um programa de demissão que não é vantajoso em nenhum momento, e caso o empregado não aderir, eles disseram “a demissão vai ser sumária e as portas serão fechadas”.

É (ter) nenhum cuidado com o principal patrimônio, que é a pessoa. Os prédios não pertencem ao governo a, b ou c, é do povo brasileiro e eles saem passando um trator, vendendo as sedes para acabar também com o símbolo.
Como os trabalhadores têm se organizado?

Os trabalhadores pegos de surpresa, alguns que já esperavam e o movimento sindical, que é a representação desses trabalhadores nacionalmente, se organizaram em uma luta conjunta das duas empresas, porque elas estão na mesma situação, talvez uma mais acelerada do que outra.

A gente vai resistir, ninguém vai esperar isso sentado, estamos buscando todas as possibilidades jurídicas, no Executivo, no Legislativo, em diálogo com a população, fazendo audiências públicas em todo o país. Aqui em Pernambuco tem uma audiência pública para acontecer em fevereiro, onde a gente pretende falar para os congressistas e para a população o que são essas duas empresas e a importância delas. Um dado que eu acho que é extremamente importante, que essas são empresas também que têm uma participação efetiva na questão dos impostos dentro dos estados e dos municípios que elas estão inseridas.

O Serpro tem estado ao longo dos anos entre as 30 empresas do ISS do município do Recife, então, não é uma coisa pequena. Não se abre mão de R$ 2 milhões/ano de um recolhimento de imposto. Estamos buscando apoio junto ao município e ao governo do estado e ao Consórcio Nordeste – este já tivemos até reunião.

O Recife é uma das cidades de polo importantíssima dentro ramo de TI. Nós temos aqui o Porto Digital, como vamos abrir mão do Serpro e da Dataprev? O Serpro é a maior empresa de informática pública do mundo, ganhou o prêmio da melhor empresa de TI em 2019. Como vamos abrir mão disso? Fechar essas empresas é ruim para o município, é ruim para o estado e é péssimo para o país.
E como trabalhadora do Serpro, como você se sente?

Para gente é muito difícil, enquanto empregados que construíram e que constroem essas empresas, que sabemos a importância e valorizamos o papel (das empresas) para a sociedade, a gente que está lá. Vimos elas diminuírem em menos da metade o número de empregados, no governo de Collor. Depois, ao passar do tempo, tivemos um governo progressista, um governo do povo, em que vimos os concursos públicos vindo, e a gente vimos a reestruturação até as empresas ganharem prêmios. Passamos por isso e é dolorido demais ver as pessoas sendo demitidas como se não fossem nada, como se não tivessem papel nenhum na sociedade, nem nesse mundo.

Estou há quase 37 anos no Serpro e vou dizer o que tenho dito aos empregados: eu quero, daqui a dez, 15 anos, passar na frente dela e dizer que foi a empresa que eu trabalhei a minha vida toda e que ela continua pública e eu quero que ela ainda exista. Porque não pode você ver tudo isso ser destruído dessa forma, por uma irresponsabilidade de um governo que é neoliberal e que está vendendo o país sem critério nenhum, jogando tudo no lixo, o que foi construído a muito custo.

Por isso que eu digo que é o povo brasileiro que tem que se unir e não permitir isso, porque essa venda das estatais e a destruição do país não afeta só a mim ou a um empregado da Petrobras ou da Caixa Econômica não, afeta o povo brasileiro. Temos que cobrar desse governo o mínimo de responsabilidade com o que não é dele, como as estatais, que são do povo.

Vamos lutar e vamos lutar até o fim.


Diário do Centro do Mundo

Gleisi diz que Dino poderá ser cabeça de chapa de aliança em 2022


As forças progressistas e de esquerda começam a se movimentar visando a união de forças para a batalha eleitoral de 2022. A novidade é o anúncio da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, de que a legenda poderá apoiar o governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, como cabeça de chapa

27 de janeiro de 2020

Fernando Haddad, Flávio Dino e Gleisi Hoffmann (Foto: Alessandro Dantas | Lula Marques | Reuters)

247 - Depois das movimentações do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em favor da frente ampla incluindo setores do centro e até da direita, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que seu partido poderá apoiar o comunista como cabeça de chapa na eleição presidencial de 2022.

Às vésperas de completar 40 anos de existência, que serão comemorados em fevereiro com um ato político e um festival no Ro de Janeiro, o Partido dos Trabalhadores pode fazer uma importante flexão em sua tática política e eleitoral;.

A deputada Gleisi Hoffmann, presidente da sigla, disse que o PT trabalha com a reedição da candidatura presidencial do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, mas vê o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), como uma alternativa.


Segundo ela, Dino pode ser chamado a compor como vice a chapa liderada pelo ex-prefeito de São Paulo, mas pode também conquistar o apoio petista como cabeça de chapa.

A informação é do Valor


Brasil 247

domingo, 26 de janeiro de 2020

Morre Kobe Bryant, um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos


O ex-jogador de basquete Kobe Bryant morreu hoje em um acidente de helicóptero na cidade de Calabasas, na Califórnia (EUA). As autoridades de Los Angeles confirmaram a morte do ex-jogador e falaram em cinco mortes

26 de janeiro de 2020

Jogadores da NBA estarão em Londres pelos EUA (Foto: Danny Moloshok/Reuters)

247 - O ex-jogador de basquete Kobe Bryant morreu hoje em um acidente de helicóptero na cidade de Calabasas, na Califórnia (EUA). As autoridades de Los Angeles confirmaram a morte do ex-jogador e falaram em cinco mortes.

A reportagem do portal Uol destaca que "o astro do basquete estava com pelo menos outras quatro pessoas, que também não sobreviveram. Vanessa Bryant, mulher de Kobe, não estava a bordo. As quatro filhas do casal também não estavam presentes. A causa do acidente ainda não é conhecida."
Five people confirmed deceased, no survivors in #Calabasas helicopter crash. #LASD #Malibu deputies remain with #LA County Fire personnel. Investigation ongoing.

Avoid the area until further notice.
-- LA County Sheriffs (@LASDHQ) January 26, 2020

De acordo com o "TMZ", Kobe costumava viajar de helicóptero desde a época do Los Angeles Lakers.


Brasil 247

Comunidade japonesa no Brasil se revolta com declaração racista de Bolsonaro contra a jornalista Thays Oyama


Ao comentar o livro Tormenta, Jair Bolsonaro se referiu à autora como "aquela japonesa" e também afirmou que ela morreria de fome se tentasse ser jornalista no Japão; Oyama é neta de japoneses e nasceu em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo

26 de janeiro de 2020

Bolsonaro Oyama (Foto: Bolsonaro Oyama)

247 – A recente agressão racista e xenófoba de Jair Bolsonaro contra uma jornalista brasileira descdendente de japoneses repercutiu muito mal na comunidade de nisseis residentes no País. "Nikkeis se manifestam contra fala do presidente", diz o título de uma página da edição mais recente do jornal Nippak, que chegou às bancas do bairro da Liberdade, em São Paulo, na quinta-feira (23). Sob a manchete, dois artigos de membros da comunidade com críticas a Jair Bolsonaro (sem partido)., segundo aponta reportagem da Folha de S. Paulo, publicada neste domingo.

O alvo da agressão de Jair Bolsonaro foi a jornalista Thays Oyama, autora do livro Tormenta, que revela bastidores do governo atual e também a paranoia de Bolsonaro, que se referiu a ela como "aquela japonesa" e também afirmou que ela morreria de fome se tentasse ser jornalista no Japão; Oyama é neta de japoneses e nasceu em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo.

Para estudiosos do tema, integrantes da comunidade e advogados consultados pela Folha de S. Paulo, "as expressões de Bolsonaro sobre a autora embutem racismo e xenofobia e se somam a outras vezes em que o presidente recorreu a estereótipos e fez comentários sobre características físicas da etnia". Segundo eles, a situação poderia ser classificada como injúria racial. A jornalista, no entanto, disse que não irá processar Bolsonaro.


Brasil 247

Grupo de brasileiros deportados dos EUA viajou com algemas nos pés e nas mãos


Todos tentaram entrar ilegalmente no país norte-americano, pelo México, porém foram descobertos e estavam presos

Fronteira entre México e EUA - Foto: Gordon Hyde/Exército dos EUA


Cerca de 50 brasileiros deportados dos Estados Unidos desembarcaram, nesta sexta-feira (24), no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte. Todos vieram da cidade de El Paso, no Texas.

Os brasileiros tentaram entrar ilegalmente nos Estados Unidos, pelo México. No entanto, foram descobertos e estavam presos. “Nunca mais. Não tenho inimigos, mas, se tivesse, não desejaria isso para eles”, declarou Renê Lima, ao Estado de S. Paulo. Ele afirmou que muitos passageiros viajaram algemados, nas mãos e pés.

O Serviço de Imigração e Fiscalização Aduaneira dos Estados Unidos divulgou que “indivíduos presos e sob custódia das forças federais de segurança estão sujeitos a serem algemados. Fazer isso está totalmente de acordo com as leis federais e as políticas da agência”.

“Direito”

Neste sábado (25), pela manhã, Jair Bolsonaro declarou, em Nova Déli, na Índia, onde se encontra em visita oficial, que é “direito” dos Estados Unidos deportarem brasileiros que entraram no país ilegalmente.


Forum

sábado, 25 de janeiro de 2020

DO BANESTADO À LAVA JATO: A COOPERAÇÃO BR-EUA - EP.2 - #LavaJatoLadoB





TV GGN

Requião defende frente popular, e não frente ampla




TV 247

Lula sobre Glenn: ‘É a maior perseguição a um jornalista na história do Brasil’


"Ao invés do Moro se explicar à opinião pública, eles tentam, como ditadores, calar aqueles que denunciam. Eles não querem que a sociedade saiba das mentiras que eles contaram. O Glenn prestou um grande serviço à democracia brasileira", diz o ex-presidente

25 de janeiro de 2020
Glenn Greenwald e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Da Rede Brasil Atual – O ex-presidente Lula está em Belo Horizonte para participar de uma série de atividades que marcam o primeiro ano do crime ambiental da Vale, em Brumadinho, na região metropolitana, que deixou 270 mortos. Esta é a primeira passagem de Lula pelo estado mineiro desde que foi solto. A repórter Edilene Lopes entrevistou ao vivo Lula no Jornal da Itatiaia, nesta sexta-feira (24).

Acompanhe:

Você teve medo de morrer na prisão? 

Eu não penso na morte. Sinceramente, gosto da vida. Eu penso na vida, penso no dia de amanhã e no futuro, que é o que interessa à sociedade brasileira. Eu fiquei muito, muito chateado com a mentira do meu processo quando o ministro Barroso me proibiu de ser candidato.

Importante lembrar que eu fui preso porque me entreguei à Polícia Federal. Eu poderia ter saído do Brasil. Eu me entreguei porque eu precisava desmascarar o Moro e os procuradores da Lava Jato, e aqueles que mentiram e continuam contando mentira. Eu não vou fugir. Eu tinha certeza que eu poderia ser candidato, quando, de repente, o ministro toma a decisão de que eu não posso ser candidato. Fiquei chateado porque eu tinha crescido 16 pontos depois que me prenderam e eu queria fazer da prisão uma fotografia do Brasil que construímos, que foi o melhor período de inclusão social da história de 500 anos.

Me frustrou, mas me alimentava. Quanto mais havia coisas contra mim, mais me alimentava de resistir, brigar e lutar, que é o que eu vou fazer.


Você tem medo de voltar a ser preso?

Eu não tenho medo. Eu trabalho com a perspectiva porque eu sei o que eles querem, desde o impeachment da Dilma, eu sei o interesse que tem por trás de desmontar a indústria de engenharia e a Petrobras. É o interesse econômico, nas nossas empresas. O Ministério Público e a Justiça quebraram as empresas brasileiras. Você pode prender 50 empresários. Pode prender 50 políticos. O que não pode é destruir as empresas que geram empregos para o povo.

Você acha que sua condenação será anulada?


Já há uma unanimidade internacional entre juristas da minha inocência. Existe uma campanha massiva de suspensão de uma mentira. Eu posso ser condenado outra vez, e vou brigar e denunciar do mesmo jeito. Eu já provei minha inocência. Eu desafio o Moro, ele agora é ministro, eu desafio a força-tarefa da Lava Jato, a provar à sociedade brasileira um erro cometido por mim. Se provarem, eu pagarei. Mas enquanto não provarem um erro cometido por mim vou chamá-los de mentirosos.

O que acha da denúncia do Ministério Público contra Glenn Greenwald?

É o maior ato de perseguição a um jornalista que eu tenho conhecimento na história do Brasil. Ao invés do Moro se explicar à opinião pública, eles tentam, como ditadores, calar aqueles que denunciam. Eles não querem que a sociedade saiba das mentiras que eles contaram. O Glenn prestou um grande serviço à democracia brasileira.

Você será candidato em 2022 e acha que o ministro Sergio Moro estará na disputa?

Eu acho que o Moro quer estar (entre os candidatos). A denúncia contra mim é o pretexto mais forte que ele (Moro) já era político naquela época. Eu não sei se eu vou ser candidato porque eu tenho 74 anos, daqui três anos vou estar com 77, tem muita gente nova surgindo. A única coisa que eu quero é continuar tentando aumentar o nível de consciência da sociedade brasileira.

Nas eleições de 2018, a novidade era as pessoas dizem: “Eu não sou político”. O Bolsonaro conseguiu passar para a sociedade que depois de 28 anos de mandato ele não era político. Você viu o governador de Minas e Rio e você percebe que eles não estão preparados para o exercício de gestão pública.

Demissão do ministro da cultura 

Ele deu uma declaração inadmissível. Espero que a Regina Duarte se preocupe com a cultura do Brasil.

Tragédia de Brumadinho

Quando eu estava na prisão, que passou aquela cena da barragem, a gente não acreditava que fosse um acontecimento no planeta terra. Parecia uma coisa de outro planeta. Um volume de lama, um desastre ecológico e, mais ainda, um verdadeiro genocídio com 259 pessoas que já foram encontradas. Eu acho que, certamente, houve descaso na fiscalização. E certamente alguém que cuida da manutenção sabia que tinha problema.

Acontece que quando as pessoas pensam apenas no lucro, as pessoas nunca querem gastar dinheiro. Permitem que aconteça uma coisa dessas para começar a levar mais a sério a questão ambiental e a fiscalizar melhor a mineração.

Tem que dar parabéns ao trabalho dos bombeiros. Cada pessoa que trabalhou no resgate merece uma homenagem profunda da sociedade brasileira. Eles merecem ser reconhecidos nacionalmente.


Brasil 247

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Participante do BBB20, médica sugeriu que mataria Dilma “em seu plantão”


Marcela Mc Gowan

"Dilma passa mal no meu plantão? #meusonho", escreveu a ginecologista e obstetra Marcela Mc Gowan
Publicações de Marcela Mc Gowan no Facebook (Reprodução)




A médica Marcela Mc Gowan, 31 anos, participante da edição de 2020 do Big Brother Brasil (BBB), coleciona publicações polêmicas em suas redes sociais. Ao ser anunciada para o reality show da TV Globo, internautas passaram a divulgar nas redes sociais postagens antigas da médica desejando a morte da ex-presidenta Dilma Rousseff.

Em 2013, Marcela afirmou que sonha com Dilma “passando mal” em seu plantão. Em outra publicação, a obstetra e ginecologista, adepta ao parto humanizado e a outras práticas naturais na medicina, desejou que a ex-presidenta tivesse um fã “como o de John Lennon”. O ex-Beatle foi morto a tiros, em frente a sua casa em Nova York, por um homem que declarou ser seu admirador.



Marcela também apoiou as manifestações de 2013 ostentando hashtags como “o gigante acordou” e fora rede Globo”, a mesma emissora que hoje a divulga através do BBB. Em outra publicação, a obstetra faz críticas ao programa “Mais Médicos”, um dos motivos pelo qual ela pede a morte da ex-presidenta.


Forum

Dino se coloca como presidenciável e defende frente ampla



""Os mesmos que diziam que eu não posso concorrer à Presidência pelo PC do B são aqueles que achavam que eu jamais seria governador do Maranhão pelo PC do B", diz o governador do Maranhão, que também defende o diálogo com nomes da direita, como FHC e Luciano Huck

23 de janeiro de 2020


O governador do Maranhão, Flávio Dino (Foto: Lula Marques/Agência PT)

247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB afirma em entrevista que "ninguém tem força hoje para conter, sozinho, essa avalanche que está aí". A solução para a esquerda vencer as eleições está em "sentar com quem pensa diferente". 

Definindo-se como um "militante antibolha", diz preferir o apresentador Luciano Huck dialogando com ele do que com Jair Bolsonaro. E justifica as conversas que realizou com lideranças como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"O Brasil vive uma conjuntura de trevas. Nós temos uma ameaça objetiva à vida democrática, à dissolução da nação. O nazismo está entronizado como política de Estado daqui e de acolá. O vídeo desse secretário [Roberto Alvim] não é algo isolado. É preciso ter responsabilidade", afirmou ao programa de entrevistas da Folha e do UOL, em estúdio compartilhado em Brasília".

"Eu tenho responsabilidade com o Brasil e, por isso mesmo, não fico olhando preconceitos e rótulos, porque eu sei o tamanho dessa ameaça. O que estou procurando fazer é não deixar essa tal dessa bolha se cristalizar. Isso seria ruim para o Brasil."

Filiado a um partido comunista, ideologicamente materialista, o governador maranhense defende que "a religião é algo positivo para a sociedade, é algo inerente à vida humana, desde os seus primórdios". 

Dino se declara religioso, e ressalva: "Claro que não é possível, em nome da chamada laicidade do Estado, que eu transforme a minha concepção religiosa em uma imposição para as outras pessoas". E acrescenta: "Não é verdade, nos dias de hoje, que o PC do B seja um partido antirreligioso".

Praticamente assumindo-se como candidato à Presidência da República em 2022, ele rebate a crítica de que um comunista não possa assumir esse cargo. "Os mesmos que diziam que eu não posso concorrer à Presidência pelo PC do B são aqueles que achavam que eu jamais seria governador do Maranhão pelo PC do B". 

Para Flávio Dino, a estratégia da esquerda para vencer as eleições é a frente ampla: "O que eu tenho defendido com a ideia da frente ampla é a compreensão de que, quando você está num quadro de defensiva estratégica, que é o que nós vivemos em 2013, e mais acentuadamente desde o impeachment, você tem de reunir forças para retomar as condições de apresentar o seu programa, transformá-lo [em] vitorioso e implementá-lo". Dino ressalta o papel de Lula - "a maior liderança popular da vida brasileira" - nessa construção: "É claro que o meu campo político se referencia na liderança do ex-presidente Lula, e por isso ele tem um papel muito grande, e espero que ele faça os movimentos necessários e cabe a ele, mais do que a mim ou qualquer outra pessoa, cabe a ele, sem dúvida, liderar esse rearranjo de forças".


Brasil 247

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

New York Times critica o Brasil por denúncia contra Glenn e lembra que Moro tirou Lula da eleição



TV DCM

Como a Lava Jato deixou de lado a maior corrupção do planeta, por Luis Nassif




TV GGN

O caso Glenn Greenwald e o estado de exceção - Por Luis Nassif




TV GGN

Defesa de Glenn não irá ao STF enquanto Fux for plantonista


No período do recesso do Poder Judiciário deste ano, o plantonista do Supremo Tribunal Federal é o ministro Luiz Fux, defensor da Operação Lava Jato. Nestas condições, a defesa de Glenn Greenwald só recorrerá à corte suprema depois do retorno do ministro Gilmar Mendes

22 de janeiro de 2020

Ministro Luiz Fux (Foto: )

247 - A defesa do jornalista Glenn Greenwald não deve encaminhar ao Supremo Tribunal Federal uma reclamação contra a denúncia ao jornalista pelo Ministério Público Federal. 

Os advogados de Glenn preferem esperar o retorno do recesso do relator, Gilmar Mendes, que considerou a denúncia como uma afronta a uma determinação sua no ano passado. 

Durante o recesso deste ano, o plantonista da corte é o ministro Luiz Fux, considerado simpático à Lava Jato. 

Além disso, os advogados de Glenn avaliam também pedir a rejeição da denúncia ainda na primeira instância, informa o Painel da Folha de S.Paulo.


Brasil 247

Solidariedade da mídia corporativa ao jornalista Glenn Greenwald é pequena e quase protocolar


A julgar pelo comportamento dos veículos de comunicação da mídia corporativa, que foram parceiros da Lava Jato nos últimos anos, o jornalista Glenn Greenwald, editor do Intercept que foi alvo de uma clara tentativa de intimidação, pode colocar as barbas de molho

22 de janeiro de 2020

(Foto: Alessandro Dantas/PT)

247 – O jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept que ontem foi alvo de uma clara tentativa de intimidação, ao ser denunciado pelo Ministério Público Federal de associação criminosa com os hackers que teriam invadido os celulares de autoridades públicas ligadas à força-tarefa da Lava Jato, pode colocar as barbas de molho. Isso porque a imprensa brasileira, que é também atingida por este ataque à liberdade de expressão, que atinge Glenn hoje, mas pode ter outros alvos no dia de amanhã, foi extremamente pusilâneme diante desta nova agressão à democracia. O caminho escolhido foi o de uma suposta objetvidade e neutralidade – o que significa tomar o lado do arbítrio.

Tanto Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo como O Globo optaram por apenas noticiar o caso, sem aparentemente tomar partido – o que significa não tomar partido da democracia e da liberdade de expressão. O Ministério Público diz disso, Glenn e advogados dizem aquilo... Nenhum desses veículos publicou editorial condenando a escalada autoritária. No Globo, a exceção positiva foi o colunista Bernardo Mello Franco, que condenou a agressão à liberdade de expressão. Na Folha, quem defendeu as prerrogativas da imprensa foi o colunista Bruno Boghossian. No Estado, Vera Magalhães apenas disse que a denúncia deve cair se chegar ao STF. A realidade é que, embora seja apoiado por advogados e lideranças de partidos progressistas, Glenn tem hoje menos apoio do que deveria ter na mídia como um todo.

No Boa Noite 247 de ontem, um dos pontos centrais foi a tese de que o ataque ao editor do Intercept atinge todos os profissionais da imprensa. Confira:

Boa Noite 247 - Ameaça a Glenn atinge todos os jornalistas (21.01.2020)




Brasil 247