Jornalista que forjou a acusação contra o ministro Flávio Dino foi responsável por duas denúncias falsas, que renderam processos contra o presidente
19 de novembro de 2023
Andreza Matais (Foto: Reprodução/TV Estadão)
247 – A jornalista Andreza Matais, editora-executiva do Estado de S. Paulo que ganhou o apelido de "dama das fake news" depois de assediar jornalistas a forjar uma acusação contra o ministro Flávio Dino, tem também um histórico de publicação de notícias falsas relacionadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dentre as acusações, destacam-se duas matérias veiculadas no Estadão, as quais foram utilizadas para fabricar denúncias infundadas do Ministério Público do Distrito Federal, resultando em ações judiciais prolongadas e prejudiciais para Lula.
Em 1º de outubro de 2015, Matais publicou uma matéria sobre a Medida Provisória 471, alegando um suposto pagamento de propina com anos de atraso, atribuindo a responsabilidade, que era do Congresso, ao presidente Lula. Essa história resultou na acusação contra o presidente perante o juiz federal Vallisney Oliveira, em 2017. No entanto, Lula só seria inocentado dois anos depois, quando o juiz Frederico Botelho de Barros Viana afirmou a ausência de evidências apropriadas para sustentar as acusações. O Ministério Público reviu sua posição e pediu o arquivamento do caso.
Em 30 de outubro de 2015, seguindo a primeira notícia, Matais divulgou uma acusação ainda mais inverossímil, envolvendo a compra dos caças suecos Grippen no governo Dilma Rousseff com a suposta ação de lobistas. Novamente, as acusações de Andreza, sem base na realidade, resultaram na acusação contra Lula, em dezembro de 2016, pelas mãos do juiz Vallisney. O processo se arrastou, acessando até mesmo dados de segurança nacional, mas não encontrou sustentação para a acusação. O ministro Lewandowski encerrou o caso em março de 2022, mais de cinco anos após a publicação da matéria.
Embora os procuradores que assinaram as denúncias falsas tenham sido repreendidos por Lewandowski, nenhuma punição foi aplicada até o momento. Com seu histórico de ataques à esquerda, Andreza Matais foi promovida a diretora da sucursal do Estadão em Brasília, cargo do qual foi formalmente afastada após denúncias de assédio apresentadas ao Ministério Público do Trabalho recentemente. Seu histórico levanta questões sobre a ética jornalística e a responsabilidade na disseminação de informações, especialmente quando estas podem ter sérias consequências legais e pessoais para os envolvidos.
Brasil 247
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