segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Rússia anuncia preparativos para vacinação em massa contra a Covid-19


Ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, disse que os testes clínicos pós-registro da vacina russa contra o coronavírus começam nesta semana e que a vacinação em massa deverá ser iniciada entre novembro e dezembro

31 de agosto de 2020

Frascos de vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, de Moscou 06/08/2020
Frascos de vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, de Moscou 06/08/2020 (Foto: Fundo Russo de Investimento Direto/Divulgação via REUTERS)

Sputnik - Ministro da Saúde russo afirma que testes clínicos pós-registro da vacina russa contra o coronavírus começam nesta semana.

Em declaração a jornalistas, o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, afirmou:"No [processo de] registro, se encontram algumas vacinas [contra o coronavírus]. [A produção da vacina] em volumes máximos se dará entre novembro e dezembro."

Desta forma, a vacinação em massa contra a COVID-19 na Rússia tem prazo previsto para começar entre novembro e dezembro.

Ainda de acordo com o ministro, alguns voluntários para os próximos testes clínicos já foram selecionados.

"Os grupos para observação pós-registro estão sendo formados. Mais de 2.500 pessoas já foram selecionadas, e, ao total, serão 40.000 [voluntários]", acrescentou Murashko.

Em primeiro lugar, a vacina será concedida a pessoas que fazem parte dos grupos de risco.

"[Para] os grupos de risco, as primeiras vacinas serão concedidas em pouco volume já em setembro, e uma cobertura mais massiva da vacinação está planejada para depois de novembro e dezembro", acrescentou Murashko.

"Nós vemos que a vacina é efetiva e segura", disse o ministro.
Vacinas contra o coronavírus

No início do mês, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou a primeira vacina a ser registrada no mundo contra a COVID-19, doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2.

A vacina, chamada Sputnik V, foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya.

Já na semana passada, Putin afirmou que uma segunda vacina contra o coronavírus ficará pronta em setembro.


Brasil 247

BOLSONARO vs. A IMPRENSA | Por que o presidente voltou a atacar jornalis...



Carta Capital

28.08.2020 | TV GGN 20h: O fim do genocida Witzel e o alívio para o geno...



TV GGN

domingo, 30 de agosto de 2020

Marcos Coimbra: quem aposta em alta da popularidade de Bolsonaro pode cair do cavalo


O presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, criticou o “tratamento editorial” dispensado à última pesquisa Datafolha, que apontou aumento na popularidade de Jair Bolsonaro. "Todo mundo que embarcou nessa ideia de que Bolsonaro consolidou aprovação superior a um terço, chegando a 40%, tem grande probabilidade de cair do cavalo”, afirmou

30 de agosto de 2020

Marcos Coimbra e Jair Bolsonaro (Foto: Dir.: Isac Nóbrega - PR)

Por Tiago Pereira, da RBA - O presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, criticou o “tratamento editorial” dispensado à última pesquisa Datafolha. Divulgada em meados de agosto, foi alardeada como "recorde" de aprovação do presidente Jair Bolsonaro. Contudo, Coimbra lembra que a pesquisa foi feita por celular, e não presencialmente.

Ele participou, neste sábado (29), junto com a economista Marilane Teixeira, do 4° Mutirão Digital Lula Livre, movimento que pressiona por justiça para o ex-presidente.

Para Coimbra, trata-se de uma pesquisa de “baixa qualidade”. “Se o Datafolha achasse que pesquisa telefônica era boa, porque a vida inteira fez pesquisa presencial?”, provocou. A mudança de metodologia se deu em função das restrições impostas pela pandemia.

“Quando começarem a sair, outra vez, as pesquisas feitas presencialmente, com todo mundo, muita gente vai levar um susto. Todo mundo que embarcou nessa ideia de que Bolsonaro consolidou aprovação superior a um terço, chegando a 40%, tem grande probabilidade de cair do cavalo”, afirmou.

Coimbra lembrou, por exemplo, que em cidades do interior do Nordeste, a população com acesso ao celular fica abaixo de 50%. Além disso, a pessoa deve ainda estar disposta a responder um longo questionário. “Primeiro, você não acessa todo mundo. Segundo, tem uma barreira, que é o desinteresse.”

Economia

Para Marilane, pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp), a grande popularidade de Bolsonaro pode ser atribuída ao pagamento do auxílio emergencial. Idealizada pela oposição, a prorrogação da proposta tem causado uma queda de braço com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Enquanto Guedes quer a retomada da agenda de reformas neoliberais, outra ala do governo quer manter o auxílio. Porém, em função do teto de gastos, a criação do Renda Brasil, que substituiria o programa Bolsa Família, implicaria em cortes de gastos em outras áreas, inclusive. O resultado desse enfrentamento deve ser visto em breve. “Os próximos dias serão decisivos, porque o Orçamento tem que ser enviado ao Congresso até dia 31 de agosto.”

Além disso, ela chamou a atenção para a continuidade das propostas de precarização das formas de contratação. Dentre os projetos gestados pelo governo está uma nova versão da carteira verde e amarela. Sem direitos trabalhistas, essa nova modalidade ainda pretende impor a contratação por hora.


Brasil 247

Operador de pastor Everaldo tem carros-forte e offshores para lavar dinheiro, indica investigação do MPF


Presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo é acusado de chefiar grupo oculto instalado na máquina pública para desviar recursos da área da Saúde e se beneficiar sistematicamente de contratações irregulares do governo

30 de agosto de 2020

Presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo (Foto: Paulo Emílio)

247 - Investigação do Ministério Público Federal (MPF-RJ) que embasou a Operação Tris in Idem, que resultou no afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, apontou o empresário Victor Hugo Amaral Cavalcante Barroso como o operador financeiro do Pastor Everaldo, presidente nacional do PSC. 

Preso temporariamente na operação, Pastor Everaldo é acusado de chefiar um dos três grupos ocultos instalados na máquina pública para desviar recursos da área da Saúde e se beneficiar sistematicamente de contratações irregulares do governo. 

Segundo reportagem do blog do jornalista Fausto Macedo, no jornal O Estado de S. Paulo, Victor Hugo Amaral Cavalcante Barroso recebia 15% de 'caixinha de propinas' em troca da cooptação de agentes públicos e privados e da administração da contabilidade paralela do suposto esquema de loteamento de contratos e cargos no governo do Rio. 

“Victor Hugo Barroso criou uma complexa organização de pessoas jurídicas, que indicam a estruturação de “camadas” de ocultação de valores, também típica de lavagem de dinheiro, onde as transações financeiras se misturam, dificultando a rastreabilidade”, diz o Ministério Público Federal na representação.

Segundo a reportagem, nesta etapa de lavagem de dinheiro, o grupo usaria a transportadora de valores Fênixx, constituída por Barroso em sociedade com o secretário de Cidades, Juarez Fialho, para guardar os valores desviados em carros-forte.

Além disso, as offshores Tremezzo S/A, Firbank Croporation e South America Properties LLC, registradas em nome do operador, de sua mãe e irmã no Uruguai, serviriam para remessas de dinheiro ao exterior.


Brasil 247

Jornalistas Livres defendem Nassif e alertam para o risco de cancelamento do jornalismo por decisões judiciais


"E por que o BTG Pactual quer censurar o mais importante jornalista de economia do País, Luis Nassif?", questiona Laura Capriglione, dos Jornalistas Livres. "Essa é fácil: para que ele não possa contar a todos que o Brasil está sendo esquartejado e vendido como lavagem para porcos", afirma

30 de agosto de 2020

Jornalista Luis Nassif (Foto: Editora 247)

Por Laura Capriglione, dos Jornalistas Livres – A censura ao Jornal GGN e ao jornalista Luis Nassif está naquele rol de obscenidades a que o Brasil se acostumou. Se nem Deus mais se respeita (olha o padre e a evangélica que gabaritam em todos os pecados), se nem médico mais se respeita (veja as invasões de hospitais insufladas por Bolsonaro), se advogado agora leva socos na boca quando vai a presídios (e quem os dá são os policiais), se uma criança estuprada de 10 anos é xingada de “puta” e querem obrigá-la a levar a gestação a termo, mesmo que ela morra… Se num dia é uma patroa praticamente jogando um menino das alturas de um prédio e, no outro, é o surgimento instantâneo da Máfia dos Respiradores (enquanto o País sufoca com cento e picos mil mortos). Se morrem cento e picos mil e o presidente que perguntou “E daí?” está praticamente reeleito…

Se tudo isso é verdade, por que não censurar o Jornal GGN e o jornalista Luis Nassif? O que é, diante de tanto horror, um juiz mandar apagar as matérias que mencionem o BTG Pactual, não por acaso o hiper-banco de investimento de onde emergiu o atual ministro Paulo Guedes, antes de se consagrar como o maior criminoso do País? Só para dar uma idéia do tamanho, em julho de 2014, o BTG Pactual alcançou a marca de US$ 200 bilhões em ativos totais. Mais de R$ 1 trilhão.

É que, se eles conseguirem censurar o Jornal GGN e o jornalista Luis Nassif, se eles conseguirem censurar a imprensa, eles também serão capazes de suprimir todas as notícias que foram mencionadas acima. Bastará um juiz decidir que quer que seja assim. Cancelam-se as matérias. Cancela-se o jornalismo. Cancela-se o que é inconveniente para os amigos do Presidente.

E por que o BTG Pactual quer censurar o mais importante jornalista de economia do País, Luis Nassif?

Essa é fácil: para que ele não possa contar a todos que o Brasil está sendo esquartejado e vendido como lavagem para porcos, para ser comprado em seguida por bancos como o BTG Pactual, o hiper-banco de investimento de onde emergiu o atual ministro Paulo Guedes — antes de se consagrar como o maior escroque do País (é sempre bom lembrar).

Follow the money (“Siga o dinheiro”) é um bordão que foi popularizado pelo filme “Todos os Homens do Presidente” (EUA, 1976). É assim: se você está investigando um escândalo de corrupção, o primeiro aspecto a considerar é quem vai ganhar com isso. Quem vai ganhar na loto.
Luis Nassif, porque é o mais importante jornalista de economia do País, estava fazendo exatamente isso. Mostrando os grandes fluxos de dinheiro que permitem provar os esquemas de corrupção graúdos. Censurar Nassif e o Jornal GGN é calar o jornalismo, impedir as reportagens. É cassar da população o direito de se informar. É tornar os entes financeiros absolutamente fora de qualquer controle social, sob o argumento de que, estando nas bolsas de valores, não podem sofrer qualquer vibração na opinião pública. Absolutamente fora de qualquer controle social.

Pense nisso. Bancos livres para fazer o que quiserem…

Por tudo isso, os Jornalistas Livres solidarizam-se com o mais importante jornalista de economia do País, Luis Nassif. E colocam-se à disposição para republicar em nossas páginas os conteúdos censurados.

Pela liberdade de imprensa!

Pela liberdade de expressão!

Abaixo a censura!


Brasil 247


Lula critica Globo por tentar pautar o STF


"Merval Pereira esconde que a defesa de Lula pede e reitera há dois anos o julgamento da suspeição de Moro", afirmou o ex-presidente Lula no Twitter. "Não é a defesa que marca a hora, é o STF. Afronta é a Globo pautar a Corte e até escolher quem vai julgar", disse

30 de agosto de 2020

Ex-presidente Lula (Foto: Felipe Gonçalves - 247)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o jornalista Merval Pereira pela coluna publicada neste domingo (29), na qual o jornalista disse que o advogado Cristiano Zanin Martins "está querendo aproveitar-se da circunstância para conseguir a anulação das condenações".

"Merval Pereira esconde que a defesa de Lula pede e reitera há dois anos o julgamento da suspeição de Moro. Não é a defesa que marca a hora, é o STF. Afronta é a Globo pautar a Corte e até escolher quem vai julgar. Por que tanto medo da Justiça?", escreveu o ex-presidente no Twitter.

O STF tem anulado condenação de alguns réus e, para Merval, "Zanin está disposto a aproveitar essa brecha para, enfim, conseguir anular as condenações de Lula, o que o tornaria novamente ficha-limpa, permitindo que se candidate à presidência em 2022". 

O ex-presidente já havia criticado O Globo e O Estado de S.Paulo apontando que os dois jornais tentam fazer um "apelo quase desesperado aos ministros do Supremo para que não façam justiça, não cumpram com seu dever".

"Será a oportunidade de restaurar a credibilidade do Judiciário brasileiro e da crença na verdade, na justiça e nas instituições. Por que tanto medo?", questionou. 


Brasil 247

Dilma: censura a Nassif é uma afronta à Constituição


Ex-presidente Dilma Rousseff disse que nenhum poder tem autoridade para censurar a informação. "A censura ao GGN afronta a Constituição e decisões do próprio STF. Que as instâncias superiores da justiça corrijam este abuso", afirmou

30 de agosto de 2020

Brasília- DF. 04-09-2019- Seminário pela Soberania Nacional e Popular, com a presença de Dilma Roussef, Fernando Haddad e Guilherme Boullos. (Foto: LULA MARQUES)

247 - A ex-presidente Dilma Rousseff criticou neste domingo (30) a censura imposta ao Jornal GGN, do jornalista Luis Nassif, por um juiz do Rio de Janeiro a pedido do banco BTG Pactual. 

"Solidariedade ao @JornalGGN, de @luisnassif, que está sendo vítima de censura. Nenhum poder, nem o poder judiciário, tem autoridade para censurar a informação e a opinião e interditar um dos direitos humanos mais fundamentais, que é a liberdade de expressão e de imprensa", escreveu Dilma pelo Twitter

A decisão do juiz Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves, da 32ª Vara Cível do Rio de Janeiro, obrigou o veículo a tirar do ar uma série de reportagens sobre o BTG Pactual, sob pena de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

A ex-presidente afirmou a decisão do magistrado não tem amparo na Constituição. "A censura ao GGN afronta a Constituição e decisões do próprio STF. Que as instâncias superiores da justiça corrijam este abuso, que não por acaso ocorre quando faz quatro anos o golpe de 2016, que deu início à degradação da democracia no Brasil. #abaixoacensura", afirmou a ex-presidente. 

As reportagens censuradas pelo magistrado Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves abordam vários contratos suspeitos envolvendo o banco, a começar por um caso que o veículo denunciou em março deste ano: uma licitação supostamente dirigida da Zona Azul da Prefeitura de São Paulo, vencida pelo banco através da empresa Allpark, que pertence ao grupo BTG.

Em outra matéria, a denúncia aponta a uma estranha venda de “créditos podres” do Banco do Brasil para o BTG Pactual – se tratam de títulos cujo lucro são difíceis de restituir até mesmo para um banco público como o Banco do Brasil, e é ainda mais estranho que um banco privado de menor capacidade, como o BTG, esteja interessado neles.


Brasil 247

Quatro anos após o golpe, Dilma segue sendo perseguida, diz Marilene Felinto


"Quantas ondas feministas serão necessárias? Na décima onda, a marcha será por Dilma Rousseff, esta cujo nome seguem achincalhando, equiparando-o ao de seus opressores, seus algozes torturadores", apontou a escritora

30 de agosto de 2020

Dilma cobra queda de preços dos combustíveis. (Foto: Brasil247)

247 – A escritora Marilene Felinto denunciou a contínua perseguição à ex-presidente Dilma Rousseff, quatro anos após um golpe de estado que derrubou a primeira mulher presidente na história do Brasil e abriu caminho para a ascensão de uma horda fascista. "Espantoso o deboche, o enxovalho que continuam a praticar contra o nome de Dilma Rousseff e tantas outras, contra esse tipo de mulher-margarida, mulher que marcha por direitos, por justiça social", escreveu Marilene Felinto, em artigo na Folha de S. Paulo.

"É preciso fraternidade entre mulheres que entendam a importância da resistência feminista, ainda que luta inglória: pois não é repulsiva a insistente perseguição à reputação da pessoa (e da política e da militante) Dilma Rousseff neste país?", questiona.

"Quantas ondas feministas serão necessárias? Na décima onda, a marcha será por Dilma Rousseff, esta cujo nome seguem achincalhando, equiparando-o ao de seus opressores, seus algozes torturadores", escreve ainda Marilene Felinto, uma alusão ao editorial "Jair Rousseff".

"Não é misoginia pura a desvalorização de figura tão importante na nossa história, dessa primeira e única mulher eleita presidente deste país vergonhosamente feminicida? E não se trata de uma mulher qualquer, mas de uma guerreira da resistência à opressão em todas as suas formas", aponta ainda a escritora.


Brasil 247

sábado, 29 de agosto de 2020

Supremo deve fazer justiça e anular sentença de Moro contra Lula, dizem juristas


Gisele Cittadino e Marco Aurélio de Carvalho destacam que são inúmeros os elementos que comprovam a parcialidade de Moro

29 de agosto de 2020

Lula e fachada do STF (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

Os advogados Gisele Cittadino e Marco Aurélio de Carvalho afirmaram que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tem o dever de declarar a suspeição do ex-juiz Sergio Moro na condenação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para eles, são “vastas” e “absolutamente aterrorizadoras” as provas da atuação parcial do então juiz da Lava Jato.

Os advogados participaram, neste sábado (29), do 4º Mutirão Digital Lula Livre, mobilização virtual que pressiona para que se faça justiça no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fundador da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e integrante do grupo Prerrogativas, Carvalho disse que se Moro não for julgado parcial, nenhum outro juiz poderá ser julgado como tal, em todo o território brasileiro.

“Se o Supremo não aproveitar essa oportunidade impar, singular, de reacreditar o nosso sistema de Justiça, provavelmente vai estar tirando do nosso ordenamento jurídico o princípio da imparcialidade”, afirmou.

Ele lembrou algumas das situações que comprovam que Moro agiu de forma “injusta” e “criminosa” para condenar Lula.

“Quebrou o sigilo telefônico dos advogados do ex-presidente Lula. Orientou uma das partes no processo, o Ministério Público, a fazer tais ou quais inquirições. Escolheu uma procuradora em detrimento de outra. Orientou o os procuradores a procurar tais ou quais provas. Ignorou as mais de 80 pessoas que foram depor em favor de Lula. Ignorou farta documentação comprobatória da inocência do ex-presidente, e agiu com interesses notadamente eleitorais”, destacou.

Malícias

Gisele, também da ABJD, disse que a anulação da sentença de Moro contra Lula não é apenas uma “possibilidade”, mas uma “expectativa”. Segundo ela, não precisa ser jurista para ler a sentença que condenou Lula, no caso do tríplex do Guarujá, e perceber “a engenhosidade, a malícia e a deturpação”, utilizada por Moro para garantir a condenação.

A jurista também destacou o “paradoxo” envolvendo o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato de Curitiba. “Ele, que sempre denunciou a prescrição como um dispositivo que serviria para garantir a ‘impunidade’, foi salvo da abertura de processo disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)”. O órgão entendeu que caberia investigar a conduta de Dallagnol, no caso do uso político do Power Point contra Lula. Mas, após 41 adiamentos, as punições disciplinares já estavam prescritas.

Avanços

A deputada Gleisi Hoffman, presidenta do PT, destacou “avanços” na luta pela plena restituição dos direitos políticos do ex-presidente Lula. Ela citou, por exemplo, a anulação da delação do ex-ministro Antônio Palloci, que teve o seu conteúdo divulgado por Moro dias antes do primeiro turno das eleições. E, mais recentemente, a anulação de condenação de Moro no caso Banestado, por parcialidade.

Da mesma forma, ela voltou a exigir que o STF julgue a sentença “injusta e ordinária” de Moro contra Lula. “A liberdade de Lula tem a ver com a luta pela democracia no país. Não teremos um país efetivamente democrático se o maior líder político e popular não tiver os seus direitos plenamente restabelecidos”, afirmou.

Confira o 4º Mutirão Digital Lula Livre:

Brasil 247

Juiz censura Jornal GGN e manda tirar do ar matérias sobre BTG Pactual


O magistrado Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves, da 32ª Vara Cível da cidade do Rio de Janeiro, estabeleceu pena diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento

29 de agosto de 2020


247 - O juiz Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves, da 32ª Vara Cível da cidade do Rio de Janeiro, determinou nessa sexta-feira (28) que o Jornal GGN, editado pelo jornalista Luis Nassif, retire do ar todas as reportagens reelacionadas ao banco BTG Pactual. 

O magistrado estabeleceu pena diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento. 

O GGN vinha publicando reportagens relacionadas à compra de carteiras de crédito de R$ 2,9 bilhões do Banco do Brasil. A operação chamou a atenção por se tratar da primeira cessão de carteira do Banco do Brasil a uma entidade financeira que não integra o conglomerado e pela falta de transparência sobre os possíveis lucros, ou como o BTG teria a capacidade de recuperar as perdas desse suposto crédito podre.


Brasil 247

Trump impõe nova humilhação a Bolsonaro e reduz cota do aço brasileiro


Com o governo brasileiro totalmente submisso aos interesses dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump anunciou redução da cota de importação de aço do Brasil, citando o desaquecimento do mercado siderúrgico do país

29 de agosto de 2020

(Foto: Reuters)

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está em campanha à reeleição, anunciou neste sábado (29) redução da cota de importação de aço do Brasil. 

Em comunicado, a Casa Branca justificou a medida que afetará a economia brasileira citando o desaquecimento do mercado siderúrgico dos Estados Unidos em meio às paralisações provocadas pela pandemia do coronavírus.

Segundo reportagem do G1, o limite de importação do aço brasileiro havia sido definido em 2018 por meio de um acordo com o Brasil, para evitar que o país pagasse tarifa imposta a outras nações.

Em um comunicado, ele afirma que as exportações dos produtores norte-americanos caíram 15% no primeiro semestre de 2020, e que a utilização da capacidade instalada das empresas do setor está abaixo de 70%, até o dia 15 de agosto.


Brasil 247

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

'Por que Globo e Estadão têm tanto medo da verdade e da justiça?', questiona Lula


Condenado sem provas para não disputar a eleição presidencial de 2018, Lula afirma que os dois jornais da mídia corporativa fizeram um apelo "quase desesperado" aos ministros do Supremo para que não façam justiça e não restabeleçam a verdade em relação à sua sentença. "Por que tanto medo?", questiona

28 de agosto de 2020

Ex-presidente Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os jornais O Globo e O Estado de S.Paulo, que defenderam recentemente em editoriais a continuidade da suspensão dos direitos políticos dele. De acordo com o ex-presidente, os dois veículos da mídia corporativa fazem um "apelo quase desesperado aos ministros do Supremo para que não façam justiça, não cumpram com seu dever".

"O que ressalta dos editoriais do Globo e do Estadão é o medo de que a verdade seja reconhecida e de que a justiça seja feita, por fim, a um cidadão que exerceu com dignidade o mais alto cargo da República e que pagou com a prisão ilegal, por 580 dias, por contrariar os interesses dos que não queriam ver o povo brasileiro elegê-lo outra vez", afirmou Lula por meio de sua assessoria de imprensa. 

"O julgamento do habeas corpus da suspeição terá, sim, profundas consequências para o país. Será a oportunidade de restaurar a credibilidade do Judiciário brasileiro e da crença na verdade, na justiça e nas instituições. Por que tanto medo?", questionou. 

O ex-presidente foi condenado no processo do triplex em Guarujá (SP), após ser acusado de ter recebido o imóvel como propina da OAS, sem nunca ter dormido nem tido a chave do apartamento. 

Por meio da nota, Lula destacou que, em 1º. de novembro de 2018, a defesa dele levou ao Supremo Tribunal Federal um habeas corpus pedindo a anulação da sentença do tríplex e de todos os casos em que o então juiz Sergio Moro atuou contra ele. 

"O pedido tem base em fatos notórios como os grampos ilegais, inclusive dos advogados de Lula, o abuso da condução coercitiva, a sentença que ignorou 73 testemunhos contrários à denúncia, e condenou por 'atos indeterminados', a deliberada manipulação da opinião pública por meio da mídia, tudo caracterizando a motivação política e eleitoral de Moro para perseguir Lula".

Segundo o ex-presidente, "a atitude dos dois jornais revela, em primeiro lugar, a cumplicidade que continuam mantendo com a atuação político-partidária de setores do Ministério Público e do Judiciário ao longo dos processos contra Lula". "É o chamado lawfare, que utiliza as instituições da justiça e da democracia contra a justiça e a democracia. Mesmo diante da evolução dos fatos, que levará inexoravelmente à consagração da verdade, tornaram-se prisioneiros das mentiras que construíram junto com Moro, a força-tarefa e outros agentes do estado que atuaram no processo".

"Por isso insistem, como faz O Globo, na falácia de que haveria 'um sólido conjunto de provas contra o ex-presidente'. Que provas são estas que não surgem nem na denúncia nem na sentença? Se foi a defesa de Lula que demonstrou que o tríplex nunca foi dele? Se o imóvel foi até dado em garantia para um empréstimo ao real proprietário? Se o próprio Moro admitiu que não havia ligação entre o tal tríplex e recursos desviados da Petrobrás? Se invadiram as casas de Lula e seus familiares, vasculharam suas contas bancárias e fiscais e não encontraram sequer um centavo ilegal?", perguntou.

O ex-presidente ressaltou que não foi a sua defesa "que provocou as recentes decisões de cortes superiores reformando decisões da Lava Jato contra outros réus e anulando sentença de Moro em outro processo". 

"Foram os abusos e ilegalidades da própria operação e a parcialidade comprovada do ex-juiz. Não foi e nem será a defesa de Lula que vai determinar a ocasião do julgamento do habeas corpus nem a composição da turma que irá fazê-lo. O caso foi apresentado, repita-se, há quase dois anos. Isso compete à Corte, malgrado as pressões indevidas sob argumentos falaciosos dos jornais".

Processo e a eleição

Em 2018, o então juiz Sérgio Moro emitiu a ordem de prisão de Lula sem o esgotamento de todos os recursos judiciais. 

Naquele mesmo ano, Moro recebeu ainda durante a campanha eleitoral o convite da equipe de Jair Bolsonaro para ser ministro da Justiça. Depois liberou a delação premiada de Antonio Palocci a uma semana do primeiro turno para diminuir a votação do então presidenciável Fernando Haddad (PT).

Uma reportagem publicada pelo Intercept Brasil, em junho do ano passado, apontou que o procurador Deltan Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula.

"No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira, Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ, formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: 'Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua'", diz o site. 

Em setembro de 2016, quando a denúncia foi apresentada, o procurador Henrique Pozzobon afirmou que não havia "provas cabais" de que o ex-presidente era o proprietário do apartamento.


Brasil 247

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Altman: Ciro é o maior fator de divisão do campo popular


Para o jornalista Breno Altman, o presidenciável do PDT pratica um "duvidoso oportunismo eleitoral". "Errático, [Ciro Gomes] quer criar um antipetismo para chamar de seu e atrair parte do eleitorado da direita tradicional", afirma

27 de agosto de 2020

Breno Altman e Ciro Gomes (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Nacho Doce/Reuters)

247 - O jornalista Breno Altman criticou nesta quinta-feira (27) o ex-ministro Ciro Gomes que, desde as eleições presidenciais de 2018, tem combatido o PT e se recusou a declarar apoio ao então candidato Fernando Haddad contra Jair Bolsonaro. 

Pelo Twitter, Altman disse que Ciro dá um tiro no pé ao atuar com divisor do campo popular.

"Ciro Gomes é o maior fator de divisão do campo popular. Por duvidoso oportunismo eleitoral, quer angariar o voto centrista, batendo em Bolsonaro e no PT. Errático, quer criar um antipetismo para chamar de seu e atrair parte do eleitorado da direita tradicional. Tiro no pé...", afirmou Altman.


Brasil 247

Bom dia 247: Bolsonaro frita Guedes (27.8.20)



Brasil 247

Foto de bateria (imagem referencial)Desenvolvida bateria nuclear 'eterna': carregar celular seria coisa do passado?

Foto de bateria (imagem referencial)

A bateria usa energia nuclear que emite menos radiação que o corpo humano, garante a empresa desenvolvedora, tornando a tecnologia não só muito útil como segura.

A empresa norte-americana NDB afirma ter criado uma bateria que funciona por um período de entre dez anos até 28 mil anos sem precisar de ser carregada. Segundo especialistas, as baterias de nanodiamante atuam como pequenos geradores de energia nuclear.

A bateria "nuclear" é um núcleo radioativo de resíduos nucleares reciclados, uma fonte isotópica, que é revestida com diamante sintético. Os isótopos interagem uns com os outros e isto converte a energia em corrente elétrica.

Uma vez que uma substância radioativa pode existir durante vários milhares de anos antes de desaparecer, a vida útil desta bateria excederia todos os tempos de funcionamento possíveis do equipamento.
Os cientistas afirmam que essas fontes são inofensivas para os seres humanos e para o meio ambiente. Os níveis de radiação desta bateria serão menores que os níveis de radiação produzidos pelo próprio corpo humano.

De acordo com a NDB, a tecnologia tornará possível criar um produto de qualquer forma ou padrão, de baterias AA mais comuns até carros elétricos.

Os representantes da empresa garantem ao portal New Atlas que seu produto terá um preço, em alguns casos, mais barato do que o das baterias de lítio existentes, devido aos fornecedores de resíduos nucleares pagarem mais à NDB pela coleta de seus materiais perigosos usados.

Segundo dr. John Shawe-Taylor, cátedra da UNESCO e professor da University College de Londres, Reino Unido, a tecnologia pode trazer grandes mudanças ao mercado mundial.
"A NDB tem o potencial de resolver a grande questão global das emissões de carbono de uma só vez, sem os caros projetos de infraestrutura, custos de transporte de energia ou impactos ambientais negativos associados a soluções alternativas, como a captura de carbono em usinas elétricas a combustível fóssil, usinas hidrelétricas, turbinas ou usinas nucleares".

É estimado que uma versão comercial de baixa potência chegue ao mercado em menos de dois anos, e a versão de alta potência tem o seu lançamento planejado em 2025.


Sputnik

AGU recorre e Deltan Dallagnol pode voltar a ser julgado


Recurso será analisado no Supremo Tribunal Federal pelo ministro Gilmar Mendes, que pode determinar que o coordenador da Lava Jato em Curitiba volte a ser julgado

27 de agosto de 2020

Deltan Dallagnol (Foto: Brasil 247)

247 - A AGU (Advocacia Geral da União) entrou com recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) para que a corte reveja a decisão de suspender julgamentos do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) que poderiam afastar o procurador Deltan Dallagnol da Lava Jato. O coordenador da Lava Jato em Curitiba ainda pode, assim, voltar a ser julgado.

A decisão foi do ministro Celso de Mello. Como ele está de licença médica, o recurso da AGU deve ser julgado pelo ministro Gilmar Mendes, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo.


Brasil 247

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Cristiano Zanin, advogado de Lula, fala sobre julgamento do caso do powe...



Diário do Centro do Mundo   -   DCM



Bolsonaro defende trabalho infantil e diz que crianças 'cheiram crack sem problema nenhum'


'Bons tempos onde menor podia trabalhar', diz Bolsonaro em evento de bares e restaurantes, defendendo opinião que contraria o Estatuto da Criança e do Adolescente

26 de agosto de 2020

Jair Bolsonaro e crianças trabalhando (Foto: Reuters | Agência Brasil)

247 - Convidado para a abertura do congresso nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em um hotel de Brasília na noite desta terça-feira (25), Jair Bolsonaro disse que a época em que o trabalho infantil era legalmente permitido eram "bons tempos" .

"Bons tempos, né?, onde menor podia trabalhar. Hoje, ele pode fazer tudo, menos trabalhar, inclusive cheirar um paralelepípedo de crack, sem problema nenhum", afirmou Bolsonaro, informa O Globo

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sancionado em 1990, proíbe "qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz". 

Na campanha eleitoral de 2018, Jair Bolsonaro declarou que "o ECA tem que ser rasgado e jogado na latrina" por ser "um estímulo à vagabundagem e à malandragem infantil".


Brasil 247

Kennedy: Moro e Dallagnol corromperam o sistema judicial e lançaram o Brasil no abismo


"Em 2020, o Brasil descobre q Bolsonaro é autoritário e corrupto. Moro, parcial e corrupto. Dallagnol, hipócrita e corrupto", postou o jornalista Kennedy Alencar

26 de agosto de 2020


247 – O jornalista Kennedy Alencar, correspondente da CBN nos Estados Unidos, se manifestou sobre a blindagem ao procurador Deltan Dallagnol e a derrota de Sergio Moro no Supremo Tribunal Federal. "Em 2020, o Brasil descobre q Bolsonaro é autoritário e corrupto. Moro, parcial e corrupto. Dallagnol, hipócrita e corrupto. Bolsonaro se beneficiou das rachadinhas. Por isso, não responde pela grana do laranja Queiroz. Moro e Dallagnol corromperam sistema judicial. País no abismo", disse ele. Saiba mais sobre a derrota de Moro:

Sputnik – A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (25) anular uma sentença proferida pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, no caso Banestado, esquema de corrupção ocorrido na década de 1990.

A decisão ocorreu porque o colegiado entendeu que houve quebra de imparcialidade de Moro ao julgar um recurso do doleiro Paulo Roberto Krug.

Segundo os ministros, o ex-juiz agiu de forma irregular ao colher depoimentos durante a verificação da delação premiada de Alberto Youssef, e ao juntar documentos aos autos depois das alegações finais da defesa. As informações foram publicadas pelo portal G1.

Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela anulação da condenação. Edson Fachin e Cármen Lúcia manifestaram-se pela manutenção da sentença e pelo reconhecimento da regularidade da conduta de Moro.

No entanto, diante da ausência de Celso de Mello, em licença médica, prevaleceu o resultado mais favorável ao doleiro Paulo Roberto Krug, conforme determina o regimento do STF.

Em nota, Sergio Moro disse que a regularidade de sua atuação foi confirmada por outros tribunais superiores.

"Em toda minha trajetória como Juiz Federal, sempre agi com imparcialidade, equilíbrio, discrição e ética, como pressupõe a atuação de qualquer magistrado. No caso específico, apenas utilizei o poder de instrução probatória complementar previsto nos artigos 156, II, e 404 do Código de Processo Penal, mandando juntar aos autos documentos necessários ao julgamento da causa", escreveu Moro.


Brasil 247

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Gleisi fala em 'dia de vergonha para o MP': salvou Deltan 'no tapetão da prescrição'

A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, disse que o CNMP tornou-se “responsável pela impunidade dos crimes cometidos [por Dallagnol] na coletiva do powerpoint"

25 de agosto de 2020

Gleisi Hoffmann / Deltan Dallagnol (Foto: EBC Agencia Brasil)

247 - Após novo arquivamento do julgamento de Deltan Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, disse que o CNMP tornou-se “responsável pela impunidade dos crimes cometidos na coletiva do powerpoint”, em seu perfil no Twitter.

“Nenhum conselheiro ousou defender Dallagnol, mas os 4 anos e 42 adiamentos o salvaram no tapetão da prescrição”, destacou. Ela ainda disse que a ação marca o “dia de vergonha para o MP”. 

Confira.

Antes disso, em sessão na Câmara dos Deputados, Gleisi criticou o “powerpoint tosco e mentiroso” de Dellagnol contra Lula e denunciou o adiamento do julgamento 42 vezes durante quatro anos desde o ocorrido.

Para ela, a decisão de hoje definiria a forma como o MP entra para a história:

“Ou fará justiça e resgatará a credibilidade do Ministério Público, ou vai se configurar como dia da vergonha, em que vai sancionar todo tipo de abuso, decepcionando a sociedade e contribuindo para desmoralizar o MP”, afirmou.

A deputada petista ainda declarou que Dallagnol era o “astro” de um “show midiático” em que “apresentava powerpoint mentiroso e criminoso”. Confira o depoimento aqui.

Novo arquivamento

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu arquivar nesta terça-feira (25) o processo que tramitava no órgão a pedido da defesa do ex-presidente Lula e que pedia punição administrativa a três procuradores da Lava Jato, entre eles Deltan Dallagnol, pela apresentação do PowerPoint feita em 2016 para explicar a denúncia apresentada pelo Ministério Público sobre o triplex do Guarujá.

A apresentação apontava Lula como grande comandante de uma suposta organização criminosa ligada à Petrobrás, tese que não tinha qualquer relação com o triplex, objeto da denúncia do MP, além de apresentar uma conclusão do caso antes da investigação sobre o ex-presidente. Além de Dallagnol, a ação mirava os procuradores Roberto Pozzobon e Júlio Noronha, também da força-tarefa da Lava Jato.

Mesmo com um placar do plenário favorável à abertura de um processo administrativo disciplinar contra os procuradores, os conselheiros entenderam (oito dos 11 integrantes do órgão votaram desta forma), a maioria entendeu, após uma discussão, que por conta do tempo as punições não poderiam mais ser aplicadas porque prescreveram.

O debate sobre a prescrição aconteceu após a conselheira Sandra Krieger levantar uma questão de ordem pedindo a suspensão do julgamento para debater a prescrição da punição. O CNMP decidiu então suspender momentaneamente a proclamação do resultado da análise para depois do debate anunciar que as punições estavam prescritas.


Brasil 247

Covenção de Trump é de ‘terror anticomunista’


Fernando Brito


Joe Biden é um socialista, como sua companheira de chapa, Kamala Harris.

Obama é comunista.

O vírus da pandemia foi produzido pelo Partido Comunista Chinês.

Os democratas vão quebrar os Estados Unidos da América, exportar os empregos para a China e transformar o país num paraíso das drogas, como teriam feito da Califórnia, nas palavras da namorada do filho de Trump, Kimberly Guilfoyle, dando uma de Janaína Paschoal, uma “terra de agulhas de heroína descartadas nos parques.

Aliás, o “Dudu de Lá”, Donald Trump. Jr, foi uma das estrelas da festa, dizendo que tudo ia às mil maravilhas no EUA até que o “vírus chinês” chegasse.

E que “os anarquistas inundaram as ruas” e Joe Biden é “o monstro do Lago Ness deste pântano”.

Os Estados Unidos estão ameaçados pelo caos, no caso de um triunfo democrata.

Tenho lá minhas dúvidas de que esta estratégia funcione para além do que já tem Trump e que é, reconhecidamente, pouco para vencer.

O próprio presidente, na mensagem de abertura da convenção, usou o tom de terror para definir as eleições, dizendo que “eles estão usando a Covid para fraudar o povo americano, todo o nosso povo, de uma eleição justa e livre”

A aposta do trumpismo no ódio é clara e resoluta, mas não parece suficiente para expandir seu eleitorado e, pior, abre defecções em seu próprio partido, assustado com a retórica autoritária.

Do ponto de vista da comunicação, o espetáculo republicano tem estado a anos-luz do produzido pelos Democratas, semana passada. Tudo parecia falso, inclusive a conversa de Trump com “pessoas do povo” que recebeu na Casa Branca.

As pesquisas desta semana – que até agora apontam vantagem, em média, de oito pontos no eleitorado em geral e vantagem mais larga no colégio eleitoral de delegados estaduais que elege o presidente por lá – vão começar a definir o destino de Trump.

Se não reagir e, ao menos, encostar nos índices de Joe Biden, é improvável que consiga uma reversão em cima da hora.


Tijolaço

“Sr. presidente, por que sua mulher recebeu R$ 89 mil do Queiroz?”, pergunta O Globo em editorial


Publicado em 25 agosto de 2020

Flávio Bolsonaro, Jair e Queiroz. Foto: Reprodução

Do editorial do Globo:

Bolsonaro voltou no domingo a ser o que é. Depois de dois meses cumprindo a liturgia do cargo, agrediu um repórter do GLOBO ao ser questionado, dentro das estritas prerrogativas e da missão do jornalismo profissional, sobre um assunto de interesse público — a razão de a primeira-dama Michelle ter recebido, do casal Fabrício Queiroz e Márcia Aguiar, cheques num total de R$ 89 mil.

O presidente reagiu com palavras dignas daquele personagem do “Casseta & Planeta”, o Maçaranduba, que queria resolver tudo “na porrada”. Os ares de valentão ginasiano podem pegar bem com o extremista que faz o gesto de arminha com a mão. Mas voltar a agredir a imprensa cobra um preço alto nas faixas da classe média e do eleitorado mais instruído, que voltaram a dar apoio a Bolsonaro, não por coincidência nestes pouco mais de dois meses em que mudou de tom.

A onda de críticas que recebeu nas redes sociais — uma enxurrada de perguntas sobre a razão de R$ 89 mil terem sido depositados em favor de Michelle — confirma que Bolsonaro erra ao deixar emergir sua face autoritária, incapaz de entender que, numa democracia, é papel da imprensa fazer perguntas incômodas. É hora de ele compreender que parcela relevante da sociedade não aceita esse tipo de postura. Se não quer ou não sabe responder, que se cale. É inadmissível agredir um repórter que faz seu trabalho.

Das perguntas incômodas, a dos cheques de Michelle é apenas um dos mistérios que pairam sobre a conexão entre o ex-PM Queiroz e o clã Bolsonaro. O Ministério Público fluminense ainda investiga o papel de Queiroz no esquema que é acusado de gerenciar no gabinete do ainda deputado estadual Flávio Bolsonaro na Alerj.(…) Agora se descobre que os depósitos para Michelle somaram mais que o dobro disso — sem registro de transferência de Bolsonaro a Queiroz. O presidente continuou ontem a agredir a imprensa. Mas ainda não respondeu à pergunta do GLOBO: por que sua mulher, Michelle, recebeu R$ 89 mil do Queiroz?
.x.x.x.

Folha de S. Paulo, em editorial, também cobrou resposta de Jair Bolsonaro à pergunta pertinente. Diz que ele ataca a imprensa porque não tem resposta.

Estadão compara comportamento de Bolsonaro à “selvageria”, e diz que é o jeito que encontrou para não dar explicação a “negócios esquisitos” com Fabrício Queiroz.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Folha cobra de Bolsonaro uma resposta para o escândalo de corrupção na família


Jornal quer saber por que Jair Bolsonaro não responde por que salários de servidores públicos foram desviados e usados para pagar despesas pessoais de Michelle Bolsonaro e de sua família

25 de agosto de 2020

(Foto: ABr | Divulgação)

247 – A Folha de S. Paulo, jornal que, assim como o Globo, também apoiou o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff e a prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fenômenos que permitiram a ascensão de Jair Bolsonaro, projeto de ditador que hoje ameaça "dar porrada em jornalistas", também questiona, em editorial, por que ele não tem resposta para os escândalos de corrupção na sua família.

"Ninguém se iluda com a conduta relativamente branda adotada pelo presidente Jair Bolsonaro desde que lhe ficou patente, pelo anteparo firme das instituições democráticas, a impossibilidade da via autoritária. Era atenuar os modos ou marchar para o impeachment", diz o texto.

"Prestar contas de seus atos não é uma opção do chefe de Estado ou de quem quer que exerça função pública. Trata-se de mandamento democrático que será cumprido cedo ou tarde, de modo colaborativo —que é o mas indicado— ou não. Em vez de produzir mais fumaça para desviar a atenção do caso Queiroz, seria melhor o presidente explicar por que R$ 89 mil em cheques do famigerado assessor acabaram na conta da primeira-dama", lembra ainda o editorialista.


Brasil 247

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Bolsonaro ‘bundão’ e o crime evangélico de Flordelis, que diz preferir matar a se separar




Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Bom dia 247: Bolsonaro agride imprensa e Maia passa pano (24.8.20)




TV 247

Ameaça de Bolsonaro a jornalista é crime, afirma especialista


O professor de Criminologia e Direito Penal da USP, Mauricio Stegemann Dieter, afirmou ao portal que "a promessa de um soco contra um repórter que, legitimamente, dirige uma pergunta a uma figura pública pode sim caracterizar o crime de ameaça previsto no artigo 147 do Código Penal"

24 de agosto de 2020

Maurício Dieter
Maurício Dieter (Foto: MARCOS SANTOS / USP IMAGENS)

247 - Especialistas acreditam que a fala de Jair Bolsonaro, no domingo, 23, contra um repórter do jornal O Globo, pode ser considerada como crime de ameaça, conforme noticiou uma matéria do Uol

Após ser questionado sobre o motivo de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro investigado por lavagem de dinheiro, ter depositado cheques na conta bancária da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, Bolsonaro disse ao jornalista: "Minha vontade é encher sua boca com uma porrada, tá? Seu safado".

Segundo os especialistas entrevistados pelo Uol, apesar de poder configurar como crime de ameaça, dificilmente a declaração pode ser considerada como crime de responsabilidade - o que permitiria um impeachment. O repórter, porém, pode denunciar Bolsonaro por ter sido ameaçado.


O professor de Criminologia e Direito Penal da USP, Mauricio Stegemann Dieter, afirmou ao portal que "a promessa de um soco contra um repórter que, legitimamente, dirige uma pergunta a uma figura pública pode sim caracterizar o crime de ameaça previsto no artigo 147 do Código Penal".

"A ameaça sempre acontece em um contexto; é nele que as conclusões sobre o tipo objetivo e subjetivo do crime vão encontrar suas respostas mais adequadas, que precisam ser investigadas pela autoridade pública competente, e a partir da representação do jornalista, desde que tenha se entendido vítima deste crime", afirma o especialista.


Brasil 247

domingo, 23 de agosto de 2020

Dilma pede direito de resposta à Folha após editorial que a compara a Bolsonaro


“A comparação feita pelo texto, desde o título, é falsa e indevida”, disse a ex-presidente Dilma Rousseff, que foi alvo de um golpe de estado, em 2016, apoiado pela Folha de S. Paulo, jornal que, neste sábado, a comparou a Jair Bolsonaro

23 de agosto de 2020

Dilma e Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Do blog de Dilma Rousseff - A ex-presidenta Dilma Rousseff enviou ontem, sábado, à direção de redação da Folha S. Paulo, pedido de direito de resposta, com base na lei 13.188, ao editorial “Jair Rousseff”. No pedido, Dilma cobra a publicação, pelo jornal, da íntegra da nota na qual contesta os termos do editorial.

“A comparação feita pelo texto, desde o título, é falsa e indevida. Assim, em nome da verdade, da pluralidade e do direito ao contraditório, solicito à Folha de S. Paulo a publicação do meu direito de resposta ao seu editorial”, diz o pedido.

Leia abaixo a íntegra do pedido de direito de resposta enviado à Folha: 

À direção de redação da Folha de S. Paulo.

A/C do jornalista Sérgio Dávila.

c/c para a seção de editoriais.

Venho por meio desta solicitar a V.Sa., com base nos artigos 3 e 4 da lei 13.188, que dispõe sobre o direito de resposta ou retificação do ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social, que seja publicada por este jornal o texto em anexo, por meio do qual exerço o direito de responder ao principal editorial da edição de hoje, sábado, 22 de agosto, com chamada de destaque na primeira página, intitulado “Jair Rousseff”.

A comparação feita pelo texto, desde o título, é falsa e indevida. Assim, em nome da verdade, da pluralidade e do direito ao contraditório, solicito à Folha de S. Paulo a publicação do meu direito de resposta ao seu editorial. Em anexo, envio o texto a ser publicado, de acordo com a legislação.

DILMA ROUSSEFF


Do blog de Dilma Rousseff - A Folha tem enorme dificuldade de avaliar o passado e, assim, frequentemente erra ao analisar o presente.

Foi por avaliar mal o passado que a empresa até hoje não explicou por que permitiu que alguns de seus veículos de distribuição de jornal dessem suporte às forças de repressão durante a ditadura militar, como afirma o relatório da Comissão Nacional da Verdade.

Foi por não saber julgar o passado com isenção que cometeu a pusilanimidade de chamar de “ditabranda” um regime que cassou, censurou, fechou o Congresso, suspendeu eleições, expulsou centenas de brasileiros do país, prendeu ilegalmente, torturou e matou opositores.

Os erros mais graves da Folha, como estes, não são de boa-fé. São deliberados e eticamente indefensáveis. Quero deixar claro que falo, sobretudo, do grupo econômico Folha, e não de jornalistas.

Quero lembrar, ainda, a publicação, na primeira página, de uma ficha falsificada do Dops, identificada pelo jornal como se fosse minha, e que uma perícia independente mostrou ter sido montada grosseiramente para sustentar acusação falsa de um site fascista. Mesmo desmascarada pela prova de que era uma fraude, a Folha, de forma maliciosa, depois de admitir que errou ao atribuir ao Dops uma ficha obtida na internet, reconheceu que todos os exames indicavam que a ficha era uma montagem, mas insistiu: "sua autenticidade não pôde ser descartada."

Quem acredita que as redes sociais inventaram as fake news desconhece o que foi feito pela grande imprensa no Brasil - a Folha inclusive. Não é sem motivo que nas redes sociais a Folha ganhou o apelido de “Falha de São Paulo”.

O editorial de hoje da Folha - sob o título “Jair Rousseff” - é um destes atos deliberados de má-fé. É pior do que um erro. É, mais uma vez, a distorção iníqua que confirma o facciosismo do jornal. A junção grosseira e falsificada é feita para forçar uma simetria que não existe e, por isto, ninguém tem direito de fazer, entre uma presidenta democrática e desenvolvimentista e um governante autoritário, de índole neofascista, sustentado pelos neoliberiais - no caso em questão, a Folha. 

Todas as afirmações do editorial a respeito do meu governo são fake news. A Folha falsifica a história recente do país, num gesto de desprezo pela memória de seus próprios leitores.

Repisa a falsa acusação de que o meu governo promoveu gastos excessivos, alegação manipulada apenas para sustentar a narrativa midiática e política que levou ao golpe de 2016. Esquece deliberadamente que a crise política provocada pelos golpistas do “quanto pior, melhor” exerceu grande influência, seja sobre a situação econômica, seja sobre a situação fiscal.

A Folha, naquela época, chegou a pedir a minha renúncia, em editorial de primeira página, antes mesmo do julgamento do impeachment. Criava deliberadamente um ambiente de insegurança política, paralisando decisões de investimento, e aprofundando o conflito político. Estranhamente, a Folha jamais pediu o impeachment do golpista Michel Temer, apesar das provas apresentadas contra ele. Também não pediu o impeachment de Bolsonaro, ainda que ele já tenha sido flagrado em inúmeros atos de afronta à Constituição, e o próprio jornal o responsabilize pela gravidade da pandemia. A Folha continua seletiva em seus erros: Falha sempre contra a democracia, e finge apoiá-la com uma campanha bizarra com o bordão "vista-se de amarelo".

Um país que, em 2014, registrou o índice de desemprego de apenas 4,8%, praticamente pleno emprego, com blindagem internacional assegurada por um recorde de US$ 380 bilhões de reservas, não estava quebrado, como ainda alega a oposição. Na verdade, a destituição da presidenta precisou do endosso da grande mídia para garantir a difusão desta fake news. O meu mandato nem começara e o impeachment já era assunto preferencial da mídia, embalado pelas pautas bombas e a sabotagem do Congresso, dominado por Eduardo Cunha.

Os dados mostram que a “irresponsabilidade fiscal” que me foi atribuída é uma sórdida mentira, falso argumento para sustentar o golpe em curso. Entre 2011 e 2014, as despesas primárias cresceram 3,7% ao ano, menos do que no segundo mandato de FHC (4,1% ao ano), por exemplo. Em 2015, já sob efeito das pautas bombas, houve retração de 2,5% nessas despesas. As dívidas líquida e bruta do setor público chegaram, em meu mandato, a seus menores patamares desde 2000. Mesmo com a elevação, em 2015, para 35,6% e 71,7%, devido à crise que precedeu o golpe, elas ainda eram muito menores que no final do governo de Temer (53,6% e 87%) ou no primeiro ano de Bolsonaro (55,7% e 88,7%). 

Logo ao tomar o poder ilegalmente, os golpistas aproveitaram-se de sua maioria no Congresso e do apoio da mídia e do mercado para aprovar a emenda do Teto de Gastos, um dos maiores atentados já cometidos contra o povo brasileiro e a democracia em nossa história, pois, por 20 anos, tirou o povo do Orçamento e também do processo de decisão sobre os gastos públicos. Criou uma “camisa de força” para a economia, barrando o investimento em infraestrutura e os gastos sociais, e "constitucionalizando" o austericídio. O Teto de Gastos bloqueia o Brasil, impede o País de sair da crise gerada pela perversão neoliberal que tomou o poder com o golpe de 2016 e a prisão do ex-presidente Lula. E, a partir da pandemia, tornará ainda mais inviável qualquer saída para o crescimento do emprego, da renda e do desenvolvimento.  

Se a intenção da Folha é tutelar e pressionar Bolsonaro para que ele entregue a devastação neoliberal, que tenha pelo menos a dignidade de não falsificar a história recente. Aprenda a avaliar o passado e admita seus erros deliberados, se quiser ter alguma autoridade para analisar um presente sombrio de cuja construção participou diretamente.




Brasil 247