quarta-feira, 30 de setembro de 2020

STF retoma julgamento de manobra de Bolsonaro para privatizar refinarias sem aval do Congresso


Contra o governo na ação, Câmara e Senado alegam que artifício do governo de Jair Bolsonaro para venda de refinarias da Petrobrás “constitui desvio de finalidade e burla a Constituição e a decisão da Corte”

30 de setembro de 2020

(Foto: Nelson Jr./SCO/STF | Paulo Whitaker/Reuters)

Eduardo Maretti, RBA - O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar, em sessão remota, nesta quarta-feira (30), a Reclamação n° 42576, com a qual as mesas diretoras do Senado e da Câmara dos Deputados tentam impedir uma manobra jurídica da gestão do atual presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e do governo de Jair Bolsonaro, para privatizar as refinarias da estatal sem passar pelo Congresso Nacional. O julgamento foi suspenso na semana passada pelo presidente da Corte, Luiz Fux, e remarcado há cinco dias.

A ação do Congresso é importante porque se trata de intervenção direta de um dos poderes da República na briga contra as facilidades com que o governo tem se desfeito de patrimônios do país, o que pode “sensibilizar” ministros do STF, que poderiam não se sentir à vontade por votarem a favor do Executivo. 

De acordo com entendimento do advogado Ângelo Remédio Neto, do escritório Garcez, que representa oito sindicatos associados à Federação Única dos Petroleiros (FUP), as refinarias não são subsidiárias, o que possibilitaria sua venda, mas fazem parte da empresa-mãe, a Petrobras.

No ano passado, uma decisão do STF determinou que a alienação de empresas públicas matrizes, ou empresas-mãe, como a Petrobras, só pode se concretizar com aprovação legislativa (leia íntegra do acórdão aqui). Já a venda de subsidiárias não precisa do aval do Congresso. Mas esse não é o caso das refinarias, segundo entendimento da Câmara e do Senado, e também da FUP.

Desmonte de empresa pública

O governo e a gestão de Castello Branco tentam usar o artigo 64 da Lei do Petróleo (n° 9478/1997) para “simplificar” as privatizações, transformando as refinarias em subsidiárias. O dispositivo autoriza a criação de subsidiárias para cumprir finalidade social. No caso da Petrobras, de acordo com a interpretação dos petroleiros e das mesas do Congresso, para exploração, produção, refino e distribuição de óleo e derivados, mas não para privatizar, como quer o governo.

A Câmara e o Senado argumentam que a autorização legislativa para a constituição de subsidiárias “está vinculada ao cumprimento do objeto social da matriz”. Alegam ainda que “constitui desvio de finalidade e burla (…) normativa da Constituição e decisão da Corte (proferida no ano passado) a criação com o fim específico de alienação, porque submete à decisão exclusiva do Poder Executivo a redução, mas também o desmonte, do patrimônio da empresa pública”.

Insegurança jurídica

O julgamento do STF desta quarta é aguardado com grande expectativa porque, em tese, no momento, a Petrobras pode dar continuidade às privatizações, já que não existe uma decisão contrária a essa possibilidade. Para o advogado dos petroleiros, porém, um negócio como esse é cercado de insegurança jurídica, o que afastaria o interesse de eventuais empresas compradoras..

Quando Fux suspendeu o julgamento, três votos já haviam sido proferidos no sentido de paralisar as privatizações: de Edson Fachin, relator, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello. Faltariam mais três para a manobra jurídica da estatal sob Castello Branco ser inviabilizada, embora nenhum voto, antes do fim de um julgamento, seja definitivo. “É difícil que a Petrobras conclua o negócio neste cenário de insegurança”, diz Ângelo Neto. Isso porque a venda pode ser desfeita com uma decisão contrária à tese governamental.

Porém, o fato de Fux ter remarcado o julgamento poderia ser interpretado como um sinal preocupante, já que o voto do ministro e presidente do Supremo é considerado certo a favor do governo. A questão é saber se o ato de Fux de pautar a matéria já não pressupõe uma previsão de vitória de Bolsonaro, contrariando os interesses do país e beneficiando, mais uma vez, setores empresariais privados.

“Nosso direito é muito plausível”

“Não sabemos se o julgamento vai acabar amanhã, mas existem boas perspectivas de se respeitar a prerrogativa do Congresso Nacional (de autorizar ou não as privatizações)”, diz Remédio Neto à RBA.

Ele comentou também, em entrevista ao Sindipetro-RS, que “é sempre difícil falar em esperança quando se lida com o poder Judiciário”. No entanto, acrescenta: “acredito que o nosso direito aqui é muito plausível e o pedido é muito forte quando vem do Congresso Nacional”.

Mas uma eventual vitória, continua o advogado, não significa que a Petrobras não vai tentar a privatização por outros meios. “É possível esperar um resultado favorável desse julgamento, só que isso não significa que não vamos ter muito trabalho pela frente”, destaca.

Entre as principais refinarias na mira da sanha privatista do governo estão as históricas Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, e Presidente Getúlio Vargas (Repar) e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná. Além delas, Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul; Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais; Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas; e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará.


Brasil 247

Bolsonaro disse a Kassio Nunes: “vai ser você”. E o levou à casa de Gilmar Mendes


Jair Bolsonaro comunicou ministros do STF sobre a escolha do desembargador do TRF-1 Kassio Nunes para a vaga de Celso de Mello, o que surpreendeu tanto os magistrados quanto o próprio escolhido, que não figurava em nenhuma das listas de apostas

30 de setembro de 2020

Jair Bolsonaro e Kássio Nunes (Foto: Alan Santos/PR | Ascom/TRF1)

247 - Jair Bolsonaro comunicou a ministros do Supremo Tribunal Federal que a escolha do substituto do ministro Celso de Mello na Corte será o desembargador do Piauí Kassio Nunes, do TRF-1. A informação foi publicada a princípio pelo colunista Lauro Jardim.

Segundo a jornalista Mônica Bergamo, ele também avisou o próprio desembargador: “vai ser você”. E surpreendeu a todos, magistrados e desembargador, pelo fato de o nome de Nunes não constar em nenhuma das listas de apostas.

Depois do aviso, Bolsonaro levou Kassio Nunes à casa de Gilmar Mendes, onde se encontraram também com Dias Toffoli e com o ministro das Comunicações, Fabio Faria. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, estava presente.


Nunes era candidato a uma vaga no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que será aberta com a saída do ministro Hugo Napoleão, que se aposenta em dezembro.

Bolsonaro já havia dito que gostaria de indicar alguém “terrivelmente evangélico” para a vaga. Kassio Nunes é católico.



Brasil 247

MP-RJ suspende denúncia contra Flávio Bolsonaro e Queiroz após vazamento do Globo


O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, suspendeu a apresentação da denúncia depois que o conteúdo da peça foi divulgado para a imprensa antes de ser entregue à Justiça, segundo o jornal Valor Econômico

30 de setembro de 2020

Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | Divulgação)

Conjur - O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, suspendeu a apresentação da denúncia contra Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz depois que o conteúdo da peça foi divulgado para a imprensa antes mesmo de ser entregue à Justiça. A informação é do jornal Valor Econômico.

Na segunda-feira (28/9), o jornal O Globo publicou uma reportagem informando que o Ministério Público do Rio apresentou denúncia contra os dois por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa por um esquema de "rachadinha" no gabinete do político quando ele era deputado estadual do Rio.

No mesmo dia, em nota, o MP informou que "até o momento, não há denúncia ajuizada contra o atual senador Flávio Bolsonaro nas investigações referentes a movimentações financeiras em seu gabinete no período em que era deputado estadual. A Instituição lamenta e repudia a divulgação de notícias relacionadas a investigações sigilosas, sem qualquer embasamento ou informação oficial por parte do MP-RJ, o que causa prejuízo à tramitação do procedimento e desinformação junto ao público".

A peça foi compartilhada com a imprensa antes mesmo de ser entregue à Justiça, o que teria irritado Gussem. Por isso, ele ordenou a suspensão da transmissão da denúncia ao sistema. Também segundo o Valor, internamente, o PGJ tem uma postura crítica aos vazamentos sistemáticos.

Denúncia
Com base em quebras de sigilo bancário e fiscal, a denúncia do MP-RJ sustentaria que Flávio Bolsonaro usou pelo menos R$ 2,7 milhões em dinheiro vivo do esquema. De acordo com a promotoria, funcionários que passaram pelo gabinete de Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual devolviam parte dos salários a Queiroz.

Posteriormente, conforme o MP-RJ, os valores seriam lavados e retornavam ao senador por meio de três formas: do pagamento de despesas pessoais com dinheiro vivo, da loja de chocolates dele e de transações imobiliárias.



Brasil 247

Os 4 mosqueteiros

 Renato Aroeira


Brasil 247

Bom dia 247 - Mercado começa a abandonar o Posto Ipiranga (30/9/20)



TV 247

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Bom dia 247: os exterminadores do Brasil (29.9.20)



TV 247

Carol Proner sobre fim da Lava Jato sem punição de tucanos: “seletividade está confirmada”


“Você, que é a favor do implacável combate à corrupção, por rigor de coerência deixe de defender e ressalvar essa mega-operação daninha e lesa-pátria”, afirma a jurista

29 de setembro de 2020

Carol Proner (Foto: Reprodução/Facebook)

247 - A professora de Direito Carol Proner, integrante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), reforçou a “seletividade” da Lava Jato com a notícia sobre o fim da operação em São Paulo sem punição de tucanos.

“Lava Jato de São Paulo termina sem investigar tucanos. A seletividade está confirmada. Você, que é a favor do implacável combate à corrupção, por rigor de coerência deixe de defender e ressalvar essa mega-operação daninha e lesa-pátria”, cobrou a jurista.

A Operação Lava Jato de São Paulo tem sob sua responsabilidade investigações sobre irregularidades cometidas por governos do PSDB em grandes obras tocadas pelos governos do PSDB em grandes obras, como Rodoanel e Metrô. Esta terça-feira (29) é o último dia de atuação da força-tarefa paulista.


Brasil 247

China adverte Estados Unidos que reagirá a provocação militar no Mar do Sul



As Forças Armadas da China responderão imediatamente e com a devida força se os Estados Unidos atacarem as ilhas do Mar do Sul com drones ou outros equipamentos militares, advertiu nesta terça-feira um influente meio de comunicação do país asiático

29 de setembro de 2020

Bandeiras dos Estados Unidos e da China (Foto: REUTERS/Aly Song)

247 - O jornal Global Times relatou em um editorial que uma revista militar em Washington, pela primeira vez em anos, publicou uma manobra simulada com o drone MQ-9 Reaper tendo ao fundo o mapa da China, o que é em Pequim como um sinal de guerra.

Este relatório coincide com as novas críticas do Departamento de Estado dos EUA sobre a construção nas Ilhas Nansha e informações sobre o possível envio dos Reapers MQ-9 para destruir algumas partes e a infraestrutura daquele território, informa Prensa Latina.

“Para a China, isso seria uma invasão e uma agressão de guerra. Nossa única opção será contra-atacar o inimigo e ensinar-lhe uma lição que nunca esquecerá'', disse o Global Times.

A nação asiática - afirma o editorial - vai derrubar qualquer aeronave americana, tripulada ou não, que entrar em seu espaço aéreo, mas também bombardeará as bases de onde sair, se danificar as ilhotas e recifes nacionais do Mar do Sul.

O jornal também advertiu sobre um eventual ataque a Nansha. 

"Os Estados Unidos e seus políticos devem levar a sério nossas advertências e não pensar que podem fazer o que quiserem (...) Em 1950, a China teve a coragem de travar uma guerra sangrenta contra o exército americano. Hoje não hesitaremos em agir face às provocações e ataques extremos", diz o editorial.

Nos últimos meses, as tensões entre os EUA e a China aumentaram e vários analistas concordam que elas podem desencadear um conflito armado, especialmente sobre a questão do Mar da China Meridional e Taiwan.


Brasil 247

sábado, 26 de setembro de 2020

GGN 20hs: Celso de Mello foge da raia para não julgar Moro e Bolsonaro




TV GGN

Por que a Alemanha escolhe a Huawei apesar da pressão dos EUA?



A chanceler alemã Angela Merkel não quer excluir a gigante de tecnologia da construção da rede 5G no país por essa ser uma empresa chinesa, apesar da pressão dos "falcões da segurança"

26 de setembro de 2020

Angela Merkel (Foto: Sputnik)

Sputnik - A recusa de Angela Merkel em banir ou restringir as atividades do gigante tecnológico chinês é um exemplo para a Europa e um desafio à política dos EUA, dizem especialistas.

A Alemanha pretende continuar cooperando com a Huawei, apesar das tentativas de Washington de evitar a participação do gigante chinês, dizem especialistas entrevistados pela Sputnik Alemanha.

Atualmente, o governo alemão está formulando regras de segurança para sua rede 5G. A chanceler alemã Angela Merkel não quer excluir a Huawei da construção da rede 5G na Alemanha por essa ser uma empresa chinesa, apesar da pressão dos "falcões da segurança" no país, informou a agência Bloomberg citando fontes anônimas.

O anúncio da chefe de Estado alemã pode servir de exemplo para outros países da União Europeia (UE) construírem suas relações com o gigante lógico chinês, opina o jornal Global Times.

Assim, a recusa pela Alemanha de impor uma proibição à admissão da Huawei em seu mercado com o pretexto de garantir sua segurança nacional, uma vez que os critérios para esta segurança ainda estão sendo desenvolvidos, é também um desafio à política europeia dos EUA, pois atualmente Berlim detém a presidência no Conselho da UE.

A abordagem da Alemanha relativamente à Huawei seria ditada não apenas pelos interesses da Alemanha, mas também pelos da UE, observa Mikhail Belyaev, especialista do Instituto Russo de Estudos Estratégicos, em entrevista à Sputnik.

"Neste caso estamos falando de apenas uma empresa, a Huawei, a maior empresa, que detém as posições de liderança no setor e que tem nas suas mãos, podemos dizer, o futuro. É claro que a Alemanha está abrindo portas para esta empresa tanto em seu próprio país quanto na UE, entendendo que esse vetor trará benefícios significativos tanto para a própria Alemanha quanto para toda a UE", comenta.
Desvantagens sem a Huawei

A revista alemã de informação política Focus nomeou a Huawei como uma das líderes no campo da tecnologia 5G, sendo muito atraente em termos de relação preço-qualidade. Metade das antenas utilizadas pelas operadoras de telecomunicação Deutsche Telekom e Vodafone para construir as redes 5G são fabricadas pela Huawei.

A publicação estima que as operadoras alemãs perderão bilhões de euros e deixarão outros países para trás na construção do 5G se a Alemanha tiver que abrir mão desses serviços por causa de eventuais regulamentos de segurança. A Huawei tem negado repetidamente as acusações por parte dos EUA de ignorar os requisitos de segurança.

Entrevistado pela Sputnik China, Hu Chunchun, vice-diretor do Centro de Estudos Alemães da Universidade Tongji em Tientsin, China, observou que a cooperação da Huawei com a Alemanha continuará, apesar das dificuldades:

"A Alemanha não se recusa a envolver a Huawei na construção de redes 5G no país, o que a China considera bem-vindo. É incompreensível, mas os EUA transformaram sem provas a Huawei e o 5G em um problema de segurança nacional. Mesmo que deixemos de lado a teoria da conspiração, estas são acusações infundadas e unilaterais contra a China por parte dos EUA.

"Nesse contexto, é muito difícil para a Alemanha, ocupando a presidência rotativa da UE, resistir à pressão dos Estados Unidos e fazer um julgamento relativamente justo. Esperamos que os círculos políticos na Alemanha realmente cumpram as intenções da chanceler Merkel."

O especialista, no entanto, alerta que Washington pode impedir uma cooperação real entre Berlim e Pequim.

"Espero que a chanceler Merkel faça julgamentos políticos racionais que reflitam a opinião da parte principal da sociedade alemã."
Confronto indireto entre Washington e Berlim

Mikhail Belyaev avalia que a Alemanha se envolveu em um complexo jogo geopolítico com os EUA devido a sua cooperação com a Huawei, mas não vai recuar:

"A América compreende o impacto que a política europeia da China pode ter nas posições americanas no mundo, tanto econômicas quanto políticas e morais. O fortalecimento da Europa, o fortalecimento da China e o fortalecimento dos laços Europa–China minam o domínio da América no mundo de muitas maneiras."

Como prevê o especialista do Instituto Russo de Estudos Estratégicos, a Alemanha continuará sob pressão dos EUA em meio a sua rápida perda de influência no mundo.

"[A Alemanha] manterá sua posição relativamente à Huawei, enquanto a América não conseguirá nada com sua pressão sobre ela", afirma.


Brasil 247

Luiza Trajano fala sobre inclusão racial no Brasil



TV 247

Luiza: não pode ter meritocracia se o ponto de partida não é o mesmo


Em debate do grupo Prerrogativas, transmitido pela TV 247, a empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza, explicou por que lançou um programa de trainee só para negros

26 de setembro de 2020

Luiza Trajano

247 - A empresária Luiza Trajano disse neste sábado (26) que não pode haver meritocracia se o ponto de partida não é o mesmo para toda a sociedade. 

A afirmação foi feita durante debate promovido pelo Grupo Prerrogativas, formado por advogados renomados de todo o país. 

A live foi retransmitida pela TV 247 e contou com a participação do juiz André Nicolitt.

Luiza Trajano foi destaque no noticiário nos últimos dias por anunciar que o Magazine Luiza selecionará apenas candidatos negros para seu programa de trainee, o que despertou uma série de reações racistas. 

A empresária homenageou o cidadão negro estadunidense George Floyd brutalmente assassinado pela polícia, sufocado por oito minutos. Ela disse que foi "George quem começou tudo isso", referindo-se ao programa de trainee.


TV 247


Brasil 247



Detonautas - Micheque (Lyric Video)



Diário do Centro do Mundo   -   DCM

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

23.09.2020 | TV GGN 20h: O terrorismo com a inflação




TV GGN

Investimentos estrangeiros no Brasil de Bolsonaro despencaram 85% em agosto


De acordo com números divulgados pelo Banco Central, investimentos estrangeiros no Brasil somaram US$ 1,4 bilhão em agosto contra US$ 9,5 bilhões no mesmo período do ano passado, uma redução de 85%. Na ONU, Bolsonaro mentiu ao propagandear que país estaria atraindo investimentos

24 de setembro de 2020

Jair Bolsonaro e porto de Santos (Foto: Reuters)

247 - Os investimentos de estrangeiros no Brasil despencaram 85% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2019. Segundo números divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Banco Central, as aplicações somaram US$ 1,4 bilhão, ante US$ 9,5 bilhões em agosto do ano passado. O número desmente Bolsonaro em seu discurso na ONU, na última terça-feira (22), quando ele alardeou que o Brasil estaria atraindo capital estrangeiro em larga escala. 

Na comparação mensal, a redução foi de 48% nos investimentos entre os meses de julho (US$ 2,7 bilhões) e agosto.

Também no mês passado, as exportações foram de US$ 17,8 bilhões, queda de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado. As importações diminuíram 26,8%, para US$ 11,9 bilhões.

A baixa demanda é um dos fatores que explica a redução dos investimentos estrangeiros no Brasil. O País encerrou agosto com cerca de 12,9 milhões de desempregados, 2,9 milhões a mais que o registrado no começo de maio, um aumento de 27,6% no período, segundo números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A postura de Bolsonaro na pandemia é outro motivo que explica a dúvida de estrangeiros para investir no Brasil. Na contramão do mundo, ele já amenizou os efeitos da Covid-19, ao classificá-la como uma "gripezinha", em março, e perguntou "e daí?" ao ser questionado sobre os cinco mil mortos pela doença, em abril.

O desmatamento também aumentou as ameaças de boicote dos estrangeiros ao Brasil. O desmatamento na Amazônia brasileira, por exemplo, registrou um recorde semestral de 3.070 km2 no primeiro semestre deste ano, segundo relatório com base nas observações de satélite do sistema DETER do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Mesmo com recordes de desmatamento, Bolsonaro voltou a negar o problema. Durante pronunciamento (virtual) na Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira (22), ele voltou a dizer que a Floresta Amazônica não pega fogo por ser úmida e culpou indígenas pelas queimadas. Também denunciou uma "campanha de desinformação" sobre a derrubada das florestas.


Brasil 247

Na crise da pandemia, São Paulo perdeu entre 50 mil e 75 mil bares e restaurantes


Bares e restaurantes de São Paulo foram vitimados pela pandemia e tiveram que fechar as portas
24 de setembro de 2020, 05:11 h Atualizado em 24 de setembro de 2020, 08:28

24 de setembro de 2020


(Foto: ag. Brasil)

247 - Cerca de 75 mil bares e restaurantes foram fechados definitivamente durante os seis meses de quarentena oficial no estado de São Paulo.

As baixas se acumulam desde 24 de março, quando um decreto do governador João Doria (PSDB) restringiu o funcionamento do comércio, devido à pandemia da Covid-19.

Reportagem da Folha de S.Paulo indica que entre 20% e 25% dos estabelecimentos de alimentação encerraram as atividades no país. Em São Paulo, o levantamento aponta de 50 mil a 75 mil restaurantes, bares e lanchonetes paulistas falidos por falta de faturamento.


A asfixia financeira é a principal queixa das duas entidades que representam o setor: a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e a ANR (Associação Nacional de Restaurantes).


Brasil 247

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Bom dia 247: Bolsonaro, um Pinóquio na ONU (23.09.20)




Brasil 247

O que deveria ser o discurso do Brasil na ONU Por Lula

 


22 de setembro de 2020

Eles

Publicado originalmente no site do ex-presidente

POR LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

As únicas palavras sensatas do discurso de Jair Bolsonaro hoje na ONU foram as primeiras: o mundo precisa mesmo conhecer a verdade. Mas na boca de uma pessoa que não tem compromisso com a verdade até esta frase soa falsa.

O que se esperava ouvir hoje de um presidente são coisas simples, que estão indicadas no Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, apresentado ontem pelo Partido dos Trabalhadores. Algo assim:

Senhoras e senhores desta Assembleia,O Brasil se envergonha de ter tido, ao longo desta gravíssima pandemia, um governo que ignorou a ciência e desprezou a vida, o que resultou em mais de 136 mil mortes e milhões de contaminados pela Covid.

Queremos anunciar que, a partir deste momento, vamos realizar testes em massa na população para conhecer as verdadeiras dimensões da pandemia e enfrentá-la.

Vamos recompor o Orçamento da Saúde para ter hospitais, médicos, enfermeiros e remédios; investir o que for necessário para salvar vidas.

Vamos manter o auxílio emergencial de R$ 600 e instituir o Mais Bolsa Família, para que este valor seja pago mensalmente a todas as famílias vulneráveis.

Os bancos públicos abrirão imediatamente crédito para as pequenas empresas. Retomaremos já as obras paradas para reativar a economia e gerar empregos.

O governo brasileiro nunca mais fará propaganda enganosa de remédios sem comprovação científica nem voltará a desmoralizar medidas coletivas de prevenção.

A partir de hoje, estamos decretando o Desmatamento Zero da Amazônia. Três anos de proibição total de queimadas e derrubadas, para que a natureza tenha tempo de se recuperar da destruição.

Convocamos as Forças Armadas para combater o incêndio do Pantanal, a começar pelos 4 mil hoje deslocados para fazer provocação militar irresponsável em nossa fronteira com a Venezuela.

Os povos indígenas são irmãos da natureza e guardiões do meio ambiente. Terão prioridade nas ações emergenciais de saúde. Seu território e suas culturas voltarão a ser respeitados, com a retomada das demarcações de reservas e terras indígenas.

Os cientistas e os agricultores brasileiros desenvolveram a mais avançada tecnologia para o cultivo de grãos e produção de proteína animal.

Este conhecimento, a partir de hoje, voltará a ser utilizado em benefício da segurança alimentar do planeta e do povo brasileiro, de maneira social e ambientalmente sustentável.
A partir de hoje está proibido em nosso território o uso indiscriminado de insumos e sementes que representam risco à saúde humana.

Não é preciso destruir para botar comida na mesa. É preciso, sim, entregar terra, tecnologia e financiamento a centenas de milhares de famílias que trabalham no campo para alimentar as cidades.

Estamos criando hoje um banco de terras públicas para retomar a reforma agrária no Brasil. E reativando o financiamento da agricultura familiar.

É desta forma, garantindo segurança alimentar para nossa população e produzindo com abundância, respeito ao meio ambiente e à saúde humana, que o Brasil quer contribuir para saciar a fome no mundo.

Senhoras e senhores,

Esta assembleia foi criada, ao final da mais devastadora guerra de todos os tempos, para construir a paz, promover a educação, a saúde, o trabalho digno, a produção de alimentos e o equilíbrio nas relações econômicas.

Passados 75 anos, não tivemos sequer um dia sem guerras. O colonialismo deu lugar a outro tipo de dominação, ditada pela concentração de capitais e a especulação financeira. O acesso à educação e saúde é uma miragem para a imensa maioria. As relações de trabalho regridem ao que eram no século 19.

E, vergonha das vergonhas: 800 milhões de crianças passam fome todos os dias, no mesmo planeta em que uns poucos privilegiados nem sabem como gastar – ou sequer como contar – suas inacreditáveis fortunas.

Como alertou papa Francisco: “Não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça na desigualdade”.

No Brasil, a partir de hoje, tudo que o estado fizer será no sentido de reverter séculos de desigualdade, o racismo estrutural que nos legou a escravidão, o patriarcado que discrimina as mulheres, superar o preconceito, a fome, a pobreza, o desemprego.

A partir de hoje o Brasil exercerá plenamente sua soberania, não para oprimir quem quer que seja, mas para promover a integração da América Latina, a cooperação com a África, relações econômicas equilibradas e democráticas entre os países, defender o meio ambiente e a paz mundial.

O Brasil quer para si o que deseja para todos os povos do planeta: soberania, autodeterminação, acesso compartilhado ao conhecimento, às vacinas e medicamentos imprescindíveis, regras justas de comércio, ação internacional efetiva para o desenvolvimento e o combate à pobreza no mundo.

O Brasil quer para todos democracia, paz e justiça.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Charge: A mentira como método. Por Aroeira

 



Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Assange corre “risco muito alto” de suicídio se extraditado, diz psiquiatra

 


22 de setembro de 2020

Publicado originalmente no Brasil de Fato


O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, corre “risco muito alto” de suicídio se for extraditado para os Estados Unidos, afirmou nesta terça-feira (22) o psiquiatra Michael Kopelaman, que testemunhou no julgamento do jornalista em Londres.

Ao longo de 20 exames feitos em Assange, Kopelaman disse que o paciente reclamou de ouvir vozes e música imaginárias enquanto estava detido na prisão de alta segurança de Belmarsh, no sudoeste da capital inglesa.


Segundo o psiquiatra, há evidências de que o fundador do WikiLeaks tem “depressão severa” e “sintomas psicóticos”, o que lhe causavam alucinações auditivas, entre outros sintomas. Um exemplo é que Assange disse ter ouvido música e vozes dizendo “você é pó, está morto, estamos vindo para buscá-lo”, afirma o especialista.

Os impulsos suicidas de Assange “surgem de fatores clínicos, mas é a iminência da extradição que desencadeará a tentativa”, acrescentou Kopelaman, alertando que “ele se deteriorará substancialmente” se extraditado.

A parceira de Assange, Stella Moris, já havia dito que temia que ele se suicidasse, deixando seus dois filhos pequenos sem pai.

James Lewis, representante do governo dos Estados Unidos no julgamento, questionou Kopelman sobre a veracidade de algumas das afirmações de Assange, sugerindo que ele pode tê-las inventado.

Assange enfrenta 18 acusações de acordo com a Lei de Espionagem dos EUA em relação ao lançamento de 2010 pelo WikiLeaks de 500 mil arquivos secretos detalhando aspectos das campanhas militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque.

Edição: Rodrigo Chagas


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Fracasso de Guedes e Bolsonaro produz a maior fuga de dólares da história do Brasil


Os dados do fluxo cambial mostram a saída de US$ 15,2 bilhões nos primeiros oito meses deste ano. Além disso, a bolsa de valores paulista perdeu R$ 87,3 bilhões

23 de setembro de 2020

(Foto: Reuters)

247 – O fracasso de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro em restaurar a "confiança", o que vem sendo prometido aos brasileiros desde o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, ocorrido em 2016, produziu, neste ano, a maior fuga de capitais da história do Brasil.

Os dados do fluxo cambial mostram a saída de US$ 15,2 bilhões nos primeiros oito meses deste ano, no pior resultado desde 1982, quando estes dados começaram a ser medidos. Um dos motivos para a fuga de investidores é a devastação ambiental, que Bolsonaro negou nas Nações Unidas. Além disso, a bolsa de valores paulista perdeu R$ 87,3 bilhões. É o que aponta reportagem de capa do jornal O Globo desta quarta-feira.

Com a saída do capital estrangeiro, o dólar se desvaloriza e já é negociado a R$ 5,40. A situação só não é mais grave em razão da demanda chinesa por alimentos, que tem garantido as exportações do agronegócio, num Brasil que também tem sido desindustrializado.

Além da fuga de dólares, Bolsonaro e Guedes entregarão ao País, neste ano, o maior rombo fiscal da história. Saiba mais:

BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Economia elevou em 63,6 bilhões de reais a estimativa de déficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) no ano, para o valor recorde de 861 bilhões de reais, ao incorporar o impacto da prorrogação do auxílio emergencial para enfrentar a pandemia do coronavírus.

Os novos números constam do relatório de receitas e despesas do quarto bimestre, divulgado nesta terça-feira. O cálculo considera uma projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,7% em 2020.

No relatório do terceiro bimestre, a projeção era de déficit de 787,45 bilhões de reais. Com o estado de calamidade pública aprovado pelo Congresso, o governo está desobrigado de cumprir em 2020 a meta de déficit primário, de 124,1 bilhões de reais.

No novo relatório, o governo elevou as despesas primárias calculadas para o ano em 63,598 bilhões de reais, a 2,046 trilhões de reais, refletindo principalmente a extensão em quatro meses do auxílio emergencial, que será pago agora até dezembro com valor reduzido, de 300 reais.

O custo dos pagamentos adicionais do auxílio será de 67,6 bilhões de reais. Por outro lado, o governo reduziu pela metade, para 17 bilhões de reais, a projeção de despesas com o programa de financiamento à folha de pagamento das empresas (Pese).

Para a receita líquida a conta foi reduzida em 9,955 bilhões de reais, a 1,185 trilhão de reais. A redução é explicada por revisão de algumas projeções macroeconômicas para o ano, arrecadação verificada em julho e agosto e alterações na legislação tributária para o combate ao Covid-19.

A Cofins foi o tributo que sofreu a maior redução na projeção de arrecadação --de 10,6 bilhões, para 224,7 bilhões de reais--, o que é explicado, segundo o governo, pelo crescimento das compensações tributárias.

Na semana passada, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia atualizou as projeções macroeconômicas para 2020. A estimativa para retração do PIB não foi alterada, mas a projeção para a inflação foi levada para 1,83%, ante estimativa anterior de 1,60%.

Diferente do que usualmente acontece, o relatório de receitas e despesas deste bimestre não foi detalhado à imprensa pelo secretário Especial de Fazenda, Waldery Rodrigues.

Waldery foi repreendido indiretamente na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro, após divulgar que a equipe econômica estudava propor o congelamento dos benefícios previdenciários para financiar a ampliação do programa Bolsa Família.

Bolsonaro descartou a ideia e disse que daria um “cartão vermelho” a quem lhe propusesse tirar dinheiro dos pobres para dar aos “paupérrimos”.


Brasil 247

terça-feira, 22 de setembro de 2020

“O mundo está no momento mais perigoso da história humana”, diz Noam Chomsky

 


22 de setembro de 2020

Noam Chomsky. Créditos da foto: (Reprodução)

Originalmente publicado por ZAP AEIOU

Numa entrevista ao editor George Eaton, do New Statesman, o ativista, agora com 91 anos, indicou que os perigos atuais superam os da década de 1930. “Não houve nada parecido na história da humanidade”.

Chomsky foi entrevistado antes da primeira reunião do Progressive International, uma nova organização fundada por Bernie Sanders, ex-candidato à presidência dos Estados Unidos (EUA), e Yanis Varoufakis, ex-ministro das finanças grego, para combater o autoritarismo de direita.

“Tenho idade suficiente para lembrar, muito vivamente, a ameaça de que o nazismo podia dominar grande parte da Eurásia. Os estrategas militares dos EUA previram que a guerra terminaria com uma região dominada pelos EUA e uma região dominada pela Alemanha. Mas mesmo isso, horrível o suficiente, não foi como o fim da vida humana organizada na Terra, que é o que somos a enfrentar agora”, afirmou.

“Estamos numa confluência surpreendente de crises muito graves. A extensão dessas foi ilustrada pela última configuração do famoso Relógio do Juízo Final. Foi definido todos os anos desde o bombardeio atómico, o ponteiro dos minutos moveu-se para frente e para trás. Mas, em janeiro passado, abandonaram os minutos e passaram para segundos até a meia-noite, o que significa rescisão. E isso foi antes da pandemia”, apontou.

Essa mudança refletiu numa “crescente ameaça de guerra nuclear, provavelmente mais severa do que durante a Guerra Fria, “numa crescente ameaça de catástrofes ambientais” e “numa forte deterioração da democracia”. “A única esperança lidar com as duas [primeiras] crises, que ameaçam a extinção, é por meio de uma democracia vibrante, com cidadãos informados, que participam do desenvolvimento de programas”, referiu.

Segundo o professor, Donald Trump “conseguiu algo bastante impressionante: conseguiu aumentar a ameaça de cada um dos três perigos. Em relação às armas nucleares”, colocou “fim ao desmantelamento do regime de controle de armas, que oferecia alguma proteção. Aumentou muito o desenvolvimento de armas novas, perigosas e mais ameaçadoras, o que significa que outros também o fazem, o que está aumenta a ameaça para todos nós”.

“Na catástrofe ambiental, ele [Trump] escalou os esforços para maximizar o uso de combustíveis fósseis e encerrar as regulamentações que, de alguma forma, mitigavam o efeito do desastre que se aproxima se continuarmos o curso atual”, acrescentou.

E continuou: “Sobre a deterioração da democracia, virou uma anedota. O ramo executivo do governo dos EUA foi completamente expurgado de qualquer voz dissidente. Agora é deixado com um grupo de bajuladores”.

Chomsky descreveu Trump como a figura de proa de um novo “internacional reacionário” formado pelo Brasil, Índia, Reino Unido, Egito, Israel e Hungria. “No hemisfério ocidental, o principal candidato é o Brasil de [Jair] Bolsonaro, uma espécie de clone pequeno do Presidente Trump. No Médio Oriente, com base nas ditaduras familiares, estão os estados mais reacionários do mundo. O Egito de [Abdul Fatah Khalil Al] Sisi é a pior ditadura” que o país “já teve. Israel moveu-se tanto para a direita é preciso um telescópio para vê-lo, é o único país do mundo onde os jovens são ainda mais reacionários do que os adultos”.

“[Narendra] Modi está a destruir a democracia secular indiana, reprimindo severamente a população muçulmana”, disse, acrescentando: “Na Europa, o principal candidato é [Viktor] Orbán, na Hungria, que está a criar um estado proto-fascista. Existem outras figuras, como [Matteo] Salvini na Itália, que se diverte a ver refugiados a afogarem-se no Mediterrâneo”.

Sobre o Reino Unido, considerou: “[Nigel] Farage virá e será um candidato adequado se Boris Johnson não servir o propósito”. A ameaça do Governo do Reino Unido de “violar o direito internacional e romper totalmente com a União Europeia tornaria a decadente Grã-Bretanha ainda mais vassala dos EUA do que já se tornou”, sublinhou.

Chomsky alertou ainda que a ameaça de Trump sobre recusar deixar o cargo caso seja derrotado pelo candidato democrata Joe Biden não tem precedentes. “Ele [Trump] já anunciou repetidamente que, se não gostar do resultado da eleição, não sairá”, notou, frisando que “os militares têm o dever de removê-lo à força”.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Bom dia 247: Mídia mantém PT na clandestinidade (22.9.20)




TV 247

No aniversário da ONU, Xi Jinping alude aos Estados Unidos como país que se comporta como 'chefe do mundo'


Ao se pronunciar em videoconferência comemorativa do 75º aniversário da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta segunda-feira, o presidente da China, Xi Jinping afirmou a oposição de seu país ao unilateralismo e ao "chefe do mundo"

22 de setembro de 2020

Xi Jinping, presidente da China (Foto: Xinhua)

247 - O presidente chinês, Xi Jinping, compartilhou na segunda-feira suas opiniões sobre o papel da Organização das Nações Unidas (ONU) na era pós-Covid, opondo-se ao unilateralismo, à intimidação ou a qualquer país que atue como o "chefe do mundo".

As declarações foram feitas em uma reunião de alto nível para comemorar o 75° aniversário da ONU, informa a Xinhua.

Destacando que a ONU deve defender firmemente a justiça, Xi disse que nenhum país tem o direito de dominar os assuntos internacionais, controlar o destino dos outros, ou manter todas as vantagens de desenvolvimento para si próprio.

"Menos ainda deve ser permitido que ele faça o que deseja e seja hegemônico, intimidador ou chefe do mundo," disse Xi.

Xi disse que é imperativo que a representatividade e a voz dos países em desenvolvimento sejam aumentadas para que a ONU possa ser mais equilibrada na reflexão dos interesses e vontades da maioria dos países no mundo.

Enfatizando que a ONU deve defender o Estado de direito, Xi disse que as relações entre os países e a coordenação de seus interesses devem se basear apenas em normas e instituições.

" [Os países] não devem ser governados por aqueles que mostram o punho para os outros", disse Xi.

Os países grandes devem dar o exemplo na defesa e salvaguarda do Estado de direito internacional e no cumprimento de suas promessas, acrescentou.

"Não deve haver prática de excepcionalismo nem padrão duplo. Não podem ser distorcidos ou usados os direitos internacionais como um pretexto para prejudicar os direitos e interesses legítimos de outros países ou a paz e a estabilidade do mundo", indicou Xi.

O presidente chinês disse que a ONU deve promover a cooperação, assinalando que "a mentalidade da Guerra Fria, as linhas ideológicas ou jogos de soma zero não são soluções para os problemas próprios de um país, nem muito menos uma resposta aos desafios comuns da humanidade".

"O que precisamos fazer é substituir o conflito pelo diálogo, a coerção por consulta e o jogo de soma zero por ganhos recíprocos", acrescentou.

O presidente chinês também disse que a ONU deve se focar em ações reais.

"Para pôr em prática o princípio do multilateralismo, devemos agir e não só falar", disse Xi. "Deve haver uma cura, não apenas uma terapia."

O ONU deve ter como alvo a solução dos problemas e avançar para resultados tangíveis quando ela promove a segurança, o desenvolvimento e os direitos humanos paralelamente, acrescentou.

Em particular, Xi disse que a prioridade deve ser dada à abordagem dos desafios de segurança não tradicionais como a saúde pública.

Na reunião, Xi elogiou o papel da ONU nesses 75 anos, dizendo que a organização realizou uma jornada extraordinária.

Xi disse que os 75 anos testemunharam um progresso drástico na sociedade humana e profundas mudanças na situação internacional, e foram um período de rápido desenvolvimento do multilateralismo.

Xi disse que a China defende firmemente o papel central da ONU nos assuntos internacionais.

A China defende firmemente o sistema internacional centrado na ONU e a ordem internacional apoiada no direito internacional, disse.

"Reafirmemos nosso firme compromisso com o multilateralismo e trabalhemos para promover uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade", disse Xi antes de concluir seus comentários.


Brasil 247

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Boa Noite 247 (21.9.20) - Lula: reconstruir o Brasil X Bolsonaro: destruir a Globo




TV 247

PT LANÇA PLANO DE RECONSTRUÇÃO DO BRASIL COM LULA, HADDAD, GLEISI E MERC...



TV 247

Bom dia 247: Lula lança plano de reconstrução nacional (21.09.20)



TV 247

Lula lança nesta segunda o Plano de Reconstrução do Brasil


O ex-presidente Lula irá lançar nesta segunda-feira, 21, o “Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil”, numa iniciativa coletiva liderada pela Fundação Perseu Abramo, pelo Partido dos Trabalhadores e por pesquisadores do país inteiro. O plano reúne propostas para um novo ciclo de desenvolvimento do país, com o olhar voltado para o meio ambiente, para a democracia e para a soberania

20 de setembro de 2020

Ex-presidente Lula em pronunciamento de 7 de setembro (Foto: Reprodução)

247 - O Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil idealizado e elaborado pela Fundação Perseu Abramo e pelo Partido dos Trabalhadores será lançado nesta segunda-feira, 21, com a presença do ex-presidente Lula, em transmissão ao vivo pela internet. A TV 247 irá retransmitir a live de lançamento. 

Leia o texto-convite publicado no site da Fundação Perseu Abramo

A Fundação Perseu Abramo (FPA) e o Partido dos Trabalhadores (PT) lançam na segunda-feira, 21 de setembro, às 10h, o Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, que reúne propostas ao mesmo tempo factíveis e ambiciosas para salvar vidas, gerar empregos e renda, desenvolver a economia nacional, radicalizar a democracia hoje ameaçada, promover a soberania e construir um novo país. O lançamento será transmitido ao vivo pelos perfis do PT e da FPA no Facebook, no Twitter e nos canais do Youtube.

As propostas pressupõem uma nova orientação para a nação brasileira, baseada na ampliação da igualdade, das liberdades, da soberania, na qual o Estado assuma o papel principal de indutor do desenvolvimento de um novo tipo. Foram concebidas com base em contribuições de centenas de pessoas de origem diversa – trabalhadores, mulheres, negros, indígenas, representantes do setor público, LGBTQI+, artistas e intelectuais profundamente comprometidos com uma luta por melhor qualidade de vida para a população.

No campo econômico, preveem um papel essencial para o Estado na reconstrução e transformação da economia. No social, ousadas e inovadoras políticas públicas protetivas e inclusivas, de combate ao racismo estrutural, à opressão sobre as mulheres promovida pela sociedade patriarcal, à homofobia, à agressão constante contra os povos originários e os quilombolas.

Conciliação da preservação ambiental com produção agrícola, promoção da Reforma Agrária e apoio à agricultura familiar são as bases do plano para a agricultura, assim como a conquista e manutenção dos mercados para os produtos brasileiros.

No meio ambiente, é imprescindível combater a devastação ambiental provocada pelo atual governo, por meio de um Green New Deal, um novo “pacto verde” que facilite a transição ecológica para uma economia de baixo carbono. Dessa forma, é possível gerar empregos de qualidade e atividades sustentáveis com base em tecnologias limpas.

Outro ponto essencial é a efetivação de uma Reforma Tributária justa, solidária e sustentável, marcadamente progressiva, com taxação de grandes fortunas e dos rendimentos financeiros, de lucros e dividendos, de forma a aliviar a carga tributária sobre os mais pobres e as pequenas empresas, reduzindo consideravelmente os tributos sobre o consumo e os serviços.

Na política, o plano propõe uma Lei de Proteção do Estado Democrático de Direito, além de reformas políticas, eleitorais, do aparelho de Estado e dos órgãos de controle, que assegurem a transparência da máquina administrativa, o combate à corrupção sem desvios políticos e ideológicos e a abertura dos processos decisórios aos interesses populares. Também será imprescindível democratizar a produção e a disseminação das informações e combater as fake news e os discursos de ódio.

Em relação à soberania, é primordial recuperar a dignidade e o respeito pelo país, perdidos com a política externa bolsonarista de submissão servil aos interesses da extrema-direita dos Estados Unidos, que tornou o Brasil pária mundial. Além de uma nova política externa, orientada para o estímulo ao desenvolvimento nacional e para a construção de um mundo mais simétrico, assentado no multilateralismo e na multipolaridade.

Na cultura, estratégica para a identidade nacional e para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, as propostas buscam assegurar à população o acesso aos bens culturais e eliminar a guerra contra a cultura desencadeada pelo governo atual, garantindo aos artistas e intelectuais, ameaçados pelo abandono do setor, pelo discurso de ódio e pelas tentativas de censura, a livre expressão e o necessário apoio do Estado.

O plano completo estará disponível a partir do lançamento, no dia 21, nos sites da Fundação Perseu Abramo e do PT.

China dispara na frente na corrida pela vacina contra a Covid-19



Primeira vacina disponível para o público no mundo pode ser chinesa. O país pode ter uma vacina pronta para o público já em novembro, disse a chefe de biossegurança do Centro de Controle de Doenças e Prevenção do país, Wu Guizhen

21 de setembro de 2020

(Foto: ChinaDaily)

247 - A China dispara na frente nos esforços para produzir e distribuir a primeira vacina contra a Covid-19 no mundo. 

A chefe de biossegurança do Centro de Controle de Doenças e Prevenção da China, Wu Guizhen, afirmou que os ensaios clínicos na fase 3 têm corrido bem e acrescentou que ela mesma tomou uma das vacinas em abril e não teve reações adversas. Ela só não disse qual vacina está mais adiantada no processo. 

A China tem quatro candidatas em fase final, mas a primeira a realizar testes em humanos, em abril, foi a CanSino, que desenvolve em parceria com a Academia Militar de Ciências um imunizante que usa adenovírus, o vírus da gripe, modificado geneticamente como vetor. A vacina da CanSino também já foi liberada em regime de emergência para uso em militares e teve sua patente aprovada na China, informam O Estado de S.Paulo, a Reuters e a rede de TV chinesa CGTN.

Além dos quatro imunizantes chineses (CanSino, Sinovac, Sinopharm do Instituto Biológico de Pequim e do Instituto Biológico de Wuhan), outros cinco candidatos estão na fase 3. Instituto de Pesquisa Gamaleya (Rússia), Janssen Pharmaceutical Companies (EUA), Moderna (EUA), Pfizer (EUA) e Oxford/AstraZeneca (Reino Unido) também disputam essa olimpíada da biotecnologia e todas contam com o apoio da torcida.

O dr. Yu Xuefeng, CEO da CanSino, disse em uma entrevista para o canal estatal CGTN que ele tem plena confiança de que a vacina desenvolvida por eles é segura e só aguarda os resultados da fase 3 para confirmar sua eficácia. O cientista diz que a CanSino constrói paralelamente infraestrutura para produzir 200 milhões de unidades por ano a partir de 2021, mas alerta que a vacinação é um processo longo.

“Leva tempo para imunizar todo mundo”, explica ele. Questionado sobre seus concorrentes, Yu se mostrou cético em relação à vacina da Moderna por falta de informações, mas disse torcer para que outras farmacêuticas consigam um resultado positivo. O executivo também espera que o seu produto possa ser usado em países ocidentais e que a política não interfira na imunização.

O primeiro grande desafio da CanSino foi a criação de uma vacina contra o ebola, em 2015, para combater a doença em Serra Leoa, na África. A força-tarefa teve parceria com uma equipe do exército chinês liderada pela dra. Chen Wei. A major general Chen Wei acaba de ganhar o título honorário de “Herói do Povo” pelo trabalho no combate ao coronavírus.


Brasil 247

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

China critica "arrogância" de secretário de Estado dos EUA durante viagem à América do Sul


Embaixada da China no Suriname acusou o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, de “difamar” Pequim pelas críiticas desferidas contra empresas e investimentos chineses no continente

18 de setembro de 2020

Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, caminha ao lado do chanceler do Suriname, Albert Ramdin, ao chegar no país sul-americano (Foto: REUTERS/Ranu Abhelakh)

Reuters - A embaixada da China no Suriname acusou o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, nesta sexta-feira de “difamar” Pequim depois que o diplomata mais graduado de Washington criticou as práticas de empresas chinesas durante a primeira parada de sua viagem a quatro países sul-americanos.

Em um evento conjunto com o recém-eleito presidente do Suriname, Chan Santokhi, na quinta-feira, Pompeo contrastou “a qualidade dos produtos e serviços de empresas privadas americanas” com os de empresas chinesas, que ele disse nem sempre competirem em uma “base justa e igualitária”.

“Vimos o Partido Comunista Chinês investir em países, e tudo parece ótimo na fachada e depois desmorona quando os custos políticos conectados a isso se tornam claros”, disse Pompeo.

Seus comentários vieram depois de uma série de descobertas de jazidas de petróleo no litoral do Suriname, cujos laços comerciais com a China cresceram no governo do presidente anterior, Desi Bouterse, autocrata militar responsável por um colapso econômico que tentou se reeleger e perdeu para Santokhi no início do ano.

A China fez empréstimos e investimentos de grande porte na América Latina, rica em recursos, durante o boom de décadas das commodities que praticamente chegou ao fim em 2014. O governo Trump tem tentado ressaltar as dívidas pesadas e a deterioração econômica que estas relações deixaram para parceiros comerciais próximos da China, como Venezuela e Equador.

Em seu comunicado, a embaixada chinesa de Paramaribo disse: “Qualquer tentativa de plantar discórdia entre a China e o Suriname está fadada ao fracasso.”

“Aconselhamos o senhor Pompeo a respeitar os fatos e a verdade, a abandonar a arrogância e o preconceito, a parar de difamar e espalhar rumores sobre a China”, disse a embaixada.

Na quinta-feira, Santokhi disse aos repórteres que o relacionamento do Suriname com a China não foi um tema de conversa em sua reunião com Pompeo.

“Não é uma questão de fazer escolhas”, disse.


Brasil 247