sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Globo faz lobby para empreiteiras de fora





Jornal comandado por João Roberto Marinho sugere que, ‘já que todas as grandes empreiteiras nacionais são corruptas, deve-se abrir o mercado a competidores de fora’; publicação faz referência aos executivos presos na Lava Jato, por suposto envolvimento no esquema de desvios de Alberto Youssef

30 de Janeiro de 2015 às 08:48





247 – O jornal de João Roberto Marinho começou o lobby para empreiteiras de fora para ocupar o mercado das grandes empresas nacionais investigadas na Lava Jato. Leia:


Condenar os corruptos e preservar as empresas

Deve-se a aplicar a legislação com rigor, preocupando-se também com projetos-chave e empregos, mas sem que isso torne inimputáveis acionistas e executivos

Enquanto transcorrem as investigações sobre o petrolão e se confirmam as piores expectativas sobre a dimensão do esquema de roubalheira montado na Petrobras sob inspiração lulopetista, crescem as preocupações com o futuro da estatal e principalmente das empreiteiras cúmplices do esquema.

No pronunciamento de abertura da primeira reunião ministerial do seu segundo governo, terça-feira, a presidente Dilma defendeu a tese de que combater a corrupção não pode significar destruir as empresas.

Por suposto. Trata-se de aplicar a devida legislação com o rigor que o escândalo exige, mas sem se esquecer da necessidade de se preservar empreendimentos estratégicos e o máximo de empregos.

Uma interpretação literal da fala da presidente pode induzir o entendimento de que ela propõe a não aplicação da Lei Anticorrupção, por ela mesma sancionada entre fanfarras.

Algo inconcebível, mesmo porque o Executivo não tem poderes de direcionar o Judiciário e o Ministério Público nas denúncias e veredictos. Mas ele pode, na regulamentação dessa lei, ainda a ser apresentada, tentar abrir espaço para fórmulas jurídicas que punam a corrupção sem danos irreversíveis ao patrimônio técnico e à capacidade operacional das empresas.

Algo precisa ser feito a fim de preservar empreendimentos e empregos, mas sem criar um regime de inimputabilidade para acionistas e altos executivos. Nenhum assaltante dos cofres públicos pode escapar ileso. Quanto à Petrobras, ela diminuirá de tamanho — seu valor de mercado já caiu a mais da metade —, mas seu maior acionista, o Tesouro, sempre poderá resgatá-la, mesmo a um elevado custo político para o governo Dilma e PT.

Nos EUA, as empresas envolvidas em corrupção não quebram; porém, fragilizadas, terminam adquiridas por concorrentes. No Brasil, o fato de todas as grandes empreiteiras participarem do petrolão é mais um motivo para se abrir este mercado a competidores de fora.

Mesmo ainda sem regulamentação, a Lei Anticorrupção pode ser aplicada, e dela constam multas a serem cobradas às pessoas jurídicas, com valores entre 0,1% e 20% do faturamento. A penalização financeira é outro instrumento usado na esfera administrativa e na Justiça americanas. A Petrobras, também processada nos EUA, certamente será multada, pois lesou investidores ao não zelar como deveria pelo patrimônio deles.

No momento, empreiteiras adotam a tática de se apresentar como vítimas de achaques. A chance é pequena de convencer juízes e promotores. Talvez não tenham outra alternativa a não ser aceitar acordos de “leniência”, previstos na lei, a versão da delação premiada para pessoas jurídicas. Ajudam nas investigações e recebem penas mais leves ou menos pesadas.
 
 
 
Brasil 247

A prestação de contas desastrosa da Petrobras

 




Os jornalões estão incorrendo em um ridículo intencional ao estimar a corrupção da Petrobras em R$ 88 bilhões. Foram auxiliados pela maneira desastrada com que a empresa está calculando e anunciando o “Impairment” no seu balanço.

A Força Tarefa do Lava Jato levantou dois números: a taxa de propina (paga pelos fornecedores) era de 3%; até agora o valor total das propinas foi de R$ 2,1 bilhões. Se aplicar os 3% sobre todos os investimentos do período Paulo Roberto Costa, chega a R$ 4,5 bilhões – quantia elevadíssima mas longe dessa ficção dos R$ 88 bilhões.

Os R$ 88 bilhões do teste do Impairment nada tem a ver com corrupção. Trata-se de um teste estimando o valor real de um ativo calculado em cima da projeção de resultados dele.

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Um exemplo:


O sujeito tem uma fábrica de cueca que dá lucro de R$ 100 mil por ano.


Ele define um prazo de, digamos, 10 anos, e uma taxa de juros compatível com o mercado. Digamos, de 10% ao ano.


Nesse caso, o valor do ativo (a fábrica de cuecas) será de R$ 614,5 mil.

Aí ocorre uma crise qualquer e derruba em 20% o resultado da companhia. Com R$ 80 mil de lucros anuais, o valor da empresa cai para R$ 491,6.

O teste do “Impairment” consiste em adequar o valor do ativo à nova situação. Mas não se faz automaticamente. O diretor da companhia chama o auditor e pondera: o mercado caiu 20% hoje mas pode se recuperar no próximo ano. E trata de incorporar gradativamente a diferença.

A diferença entra como ativo diferido e é tratada como despesa – ajudando a abater o Imposto de Renda devido.

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O “Impairment” da Petrobras foi de R$ 88 bilhões. Significa que houve uma redução das expectativas de lucros de um grande conjunto de investimentos.

Parte dessa redução decorreu de gastos excessivos em alguns investimentos. Mas a maior parte foi decorrente da mudança do cenário econômico, com queda dos preços de petróleo, mudança no perfil de consumo etc.

Houve queda nos preços internacionais do petróleo que impactaram o pré-sal e derrubaram o valor potencial dos investimentos.

Suponha o seguinte, bem grosso modo para entender a lógica do “Impairment”.


O custo de extração do barril do pré-sal é de US$ 40,00.


A cotação internacional do barril está em US$ 120,00.


A cotação cai para US$ 50. Nesse caso o teste do “Impairment” iria definir uma baixa de quase 88% nos ativos do pré-sal.


Aí o mercado se recupera e a cotação vai para, digamos, US$ 70. Nesse caso, o teste iria exigir um aumento de 200% no valor dos ativos.

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Por isso mesmo, nenhuma grande empresa lança de uma vez todo o ajuste do “Impairment” no balanço. E nem anuncia aos quatro ventos, como fez a diretoria da Petrobras.

Simplesmente chamaria o auditor interno e o externo, discutiria com eles e definiriam em conjunto uma maneira gradativa de incorporar o “Impairment” ao balanço, levando em conta o fato de que os cenários futuros são voláteis.

O mercado torcia por um ajuste radical porque todos esses valores seriam levados à conta de despesas, reduzindo drasticamente o Imposto de Renda nos próximos balanços – e, obviamente, aumentando os lucros.

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Dilma precisa tirar o tema Petrobras do caminho para começar a governar. E não será com prestações de conta desastrosas que o tema desaparecerá do noticiário.
 
 
 
Jornal GGN

Diretor do Bradesco prevê que inflação vai despencar





"Há liquidez e juros altos, não consigo ver o real depreciando muito. Apesar de não ser meu cenário-base, não é impossível a inflação atingir o centro da meta em 2016. Para a renda fixa, estimo entrada entre R$ 30 bilhões e R$ 35 bilhões, o que reforça uma inflação comportada no segundo semestre", disse Octavio de Barros, diretor do departamento de estudos econômicos do Bradesco

30 de Janeiro de 2015 às 08:15




247 – A inflação deve reverter a tendência de alta no segundo trimestres deste ano e vai "despencar", segundo Octavio de Barros, diretor do departamento de estudos econômicos do Bradesco.

"Ninguém deve se assustar com a inflação do primeiro trimestre, que estará rodando anualizada e dessazonalizada em torno de 13,5% [excluindo impactos sazonais do trimestre e considerando a média projetada para 12 meses]", afirmou Barros à colunista Maria Cristina Frias.

Ele diz ainda que a alta deste primeiro trimestre não deve contaminar as expectativas para 2016.

"Há liquidez e juros altos, não consigo ver o real depreciando muito. Apesar de não ser meu cenário-base, não é impossível a inflação atingir o centro da meta em 2016. Para a renda fixa, estimo entrada entre R$ 30 bilhões e R$ 35 bilhões, o que reforça uma inflação comportada no segundo semestre."




Brasil 247

'Baseados em apelidos, grampos da Lava Jato são nulos'





Para o advogado Celso Vilardi, que defende executivos da Camargo Corrêa, os grampos autorizados pelo juiz Sergio Moro ocorreram de modo “indefinido e descontrolado”, o que tornaria nula toda a origem da história; estratégia semelhante é adotada pela defesa do doleiro Alberto Youssef, que tenta anular processos da operação com a teoria dos frutos da árvore envenenada, que considera ilícitas provas derivadas daquelas já produzidas ilicitamente

30 de Janeiro de 2015 às 05:36





Por Felipe Luchete, do Consultor Jurídico - Greta Garbo, Omeprazol, Primo e Matusalém não viraram manchetes de jornais, mas estão na lista dos primeiros investigados na operação “lava jato”. Ainda em 2013, quando nem sequer se falava em corrupção na Petrobras, eles foram alvos de interceptações autorizadas pela Justiça Federal no Paraná. Essas decisões agora são questionadas pelo advogado Celso Vilardi, que defende executivos da Camargo Corrêa.

Em documento protocolado na última quarta-feira (28/1), ele e outros integrantes do escritório Vilardi Advogados afirmam que o juiz federal Sergio Fernando Moro autorizou escutas com base apenas em apelidos e pin numbers (números de aparelhos BlackBerry). Como a quebra de sigilo é a “mais séria e invasiva das medidas restritivas de direitos individuais”, os advogados dizem que seria fundamental saber antes quem eram os investigados.

Para Vilardi, os grampos ocorreram de modo “indefinido e descontrolado”, o que tornaria nula toda a origem da história. Estratégia semelhante é adotada pela defesa do doleiro Alberto Youssef, que tenta anular processos da “lava jato” com a teoria dos frutos da árvore envenenada, que considera ilícitas provas derivadas daquelas já produzidas ilicitamente.

A investigação tinha foco inicial em um suposto esquema de lavagem de dinheiro que envolveria o deputado José Janene, já morto. A partir de grampo feito em aparelho do doleiro Carlos Habib Chater, a Polícia Federal chegou a outras pessoas (os tais apelidos) e passou a investigar Youssef (apontado como o “Primo”), até que o caso fosse ampliado para supostas fraudes na Petrobras.

“A interceptação telefônica teve por objetivo identificar condutas criminosas que não estavam sendo investigadas. Condutas de terceiros que não tinham nome, nem forma. Sequer tinham localização”, afirma Vilardi. “Passaram a ser investigados, diretamente por meio de escutas telefônicas, o Silo, o Rubens speedfast, o Fast GMX, o Michelin, o Primo e o Juizo. Mas quem são eles? O juízo não sabia e não se preocupou com a identificação e qualificação dos investigados.”

Ele ainda reclama por não ter tido acesso à integra do material coletado, que permitiria a análise de detalhes das interceptações. Embora Moro já tenha se manifestado sobre o assunto, alegando que os advogados poderiam questionar um dos delegados durante audiência, a defesa afirma ter direito de conhecer toda a prova, e não apenas participar de uma “encenação” presidida “por Vossa Excelência”.

Fora do “clube”

As afirmações foram dadas em documentos que tentam desconstruir acusações contra o diretor presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini (foto), e o presidente do conselho de administração da companhia, João Ricardo Auler. Segundo o MPF, eles integram um “clube” de empreiteiras que fraudava contratos da Petrobras. Os advogados afirmam que os clientes estão “absolutamente” seguros de que não cometeram crimes e definem a denúncia como um “despautério”, sem descrições fundamentadas.

A acusação também é criticada na defesa apresentada nesta quinta-feira (29/1) pelo advogado Alberto Toron, que representa executivos da UTC Engenharia. A peça afirma que a operação “lava jato” apresenta “várias situações de marcante ilegalidade, onde o insólito virou uma espécie de marca registrada”.

Toron alega, por exemplo, que a denúncia não diz quando ou onde os clientes teriam ofertado propina para ganhar contratos nem o valor pago ou a obra que originou suposto ato de corrupção. “Não basta afirmar que houve sobrepreço — o que, frise-se, sequer foi feito —, a denúncia tinha que percorrer o caminho para demonstrá-lo”, afirma. O documento ainda inclui como testemunha oito políticos, incluindo o ministro da Defesa, Jaques Wagner.
 
 
 
Brasil 247

Gabrielli volta a apontar 'voto político' do TCU





Segundo do ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli, "ministro José Jorge, do Tribunal de Contas da União, faz malabarismos para defender a tese política de prejuízo na compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras, em 2006"; "Só a motivação política explica a supressão da verdade"

30 de Janeiro de 2015 às 05:25





247 – Em artigo, o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli volta a criticar o ministro José Jorge, do Tribunal de Contas da União. Segundo ele, o ministro faz malabarismos para defender a tese política de prejuízo na compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras, em 2006. Leia:

O voto político do ministro José Jorge

A compra da refinaria de Pasadena (EUA) não resultou em prejuízo à Petrobras. Só a motivação política explica a supressão da verdade

Em seu voto, o ministro José Jorge, do Tribunal de Contas da União, faz malabarismos para defender a tese política de prejuízo na compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras, em 2006, quando eu presidia a companhia.

Somente tal motivação é capaz de explicar uma série de erros de interpretação cometidos por um ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso e candidato a vice de Geraldo Alckmin na dobradinha PSDB-PFL na eleição presidencial de 2006. O erro fundamental é tratar a compra da refinaria como se fosse uma obra a ser construída do zero.

Ele toma uma determinada avaliação feita por uma consultoria contratada pela Petrobras que fez 27 avaliações de cenários futuros sobre o Valor Presente Líquido (VPL) da refinaria --variando de US$ 84 milhões a US$ 1,16 bilhão-- como se fosse o orçamento "correto" de uma obra. Compara o valor com o preço pago, depois de quatro anos de conflitos arbitrais e judiciais, e batiza o resultado como prejuízo.

A aquisição de empresas, diferentemente das obras, não se mede pelo seu custo histórico, mas, sim, pelo que se espera de geração de receitas e lucros no futuro. O VPL calcula, portanto, quanto o fluxo de caixa futuro supera o valor investido.

O ministro José Jorge não leva em consideração que o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) feito pela Petrobras, e endossado por pareceres externos, apresentava um VPL positivo para a aquisição de Pasadena. Não leva em conta ainda que a consultoria fora contratada para desenhar vários cenários possíveis, e não para determinar um preço-alvo para a compra.

Esses cenários levaram em consideração diferentes hipóteses sobre o futuro e sobre os investimentos e serviram de insumo para o estudo preparado pela Petrobras.

O voto do ministro relator também não considera a métrica mais usada para comparação de compra de refinarias, que é o valor em dólar de cada barril de capacidade diária de destilação. Em 2006, ocorreram cinco grandes transações de compra de refinarias nos EUA, com outras seis transações no Canadá, na Colômbia, na Alemanha, na Índia, em Israel e na Lituânia.

A média dessas 11 transações foi de US$ 10,4 mil por capacidade de destilação diária, sendo de US$ 9,3 mil nas transações nos EUA. Os primeiros 50% de Pasadena foram adquiridos, incluindo as operações de comercialização, por US$ 7,4 mil nessa métrica, ou seja, abaixo do preço de mercado. Assim, também não se pode falar em prejuízo.

Depois de adquirida a empresa há de se comparar o seu desempenho com o esperado na época da aquisição. Os estudos da aquisição projetavam margens para a refinaria de 2006 a 2014 que, somente em 2006 e 2008, foram superiores às efetivamente realizadas, sendo mais pessimistas do que a realidade em todos os outros anos até 2012.

Portanto a Petrobras foi conservadora nas suas avaliações do futuro da refinaria, contrariamente à conclusão equivocada de José Jorge. A origem do erro do ministro é comparar margens líquidas com margens brutas e afirmar o inverso do que efetivamente ocorreu na avaliação conservadora feita pela Petrobras. Prova disso é que os resultados operacionais de Pasadena foram muito melhores do que os projetados em 2006, somando quase US$ 800 milhões entre 2006 e 2012.

Por isso, a compra da refinaria de Pasadena, vista sob vários aspectos, não resultou em prejuízo à Petrobras, sendo correta a decisão tomada pelo Conselho de Administração da empresa em 2006 ao validar a transação. Essa é a explicação que faço em minha defesa no TCU.

Não há como se falar em erro na aquisição porque toda a negociação seguiu as regras de governança da empresa e a proposta se sustentou em pareceres independentes de consultorias especializadas.

O voto do ministro José Jorge, inexplicavelmente, também ignora a conclusão da primeira equipe de fiscalização do tribunal que se debruçou sobre o negócio durante três meses e concluiu que não houve qualquer prejuízo. Ignora também a extensa defesa feita pela Petrobras, em janeiro de 2014, na qual os erros de interpretação sobre o cálculo do Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica são minuciosamente corrigidos.

Por que, então, o voto do ministro relator se cala sobre as conclusões da equipe que mais tempo analisou os dados de Pasadena ou ainda sobre a defesa da Petrobras? Onde está o prejuízo que o ex-ministro de FHC insiste em afirmar?

Na lógica cartesiana, somente a motivação política explicaria a supressão da verdade --incontestável diante dos números-- e a insistência, por parte do ministro, em uma leitura enviesada de um prejuízo que nunca existiu.
 
 
 
Brasil 247

Pedido de vista de Gilmar completa 300 dias





Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emperra desde abril do ano passado a ação que pede o fim de doações de empresas para campanhas; ele pediu vista do julgamento quando contava com 6 votos a favor e um contra; recentemente, ele afirmou que a tese de que a corrupção existe por conta do financiamento das empresas privadas é um "discurso fácil"; "O partido que desenhou essa proposta (o PT) queria o financiamento público e o voto em lista. A minha objeção é que nós temos de discutir o sistema eleitoral para saber qual é o modelo de financiamento. E não discutir o modelo de financiamento para definir o sistema eleitoral"

30 de Janeiro de 2015 às 05:26





247 – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emperra há mais de 300 dias a ação que pede o fim de doações de empresas para campanhas. O magistrado pediu vista do julgamento, iniciado no dia 2 de abril de 2014, quando contava com 6 votos a favor e um contra.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4650), movida pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados no Brasil (OAB), pede mudanças nas Leis 9.096/1995 e 9.504/1997, que disciplinam o financiamento de partidos políticos e campanhas eleitorais.

O ministro sinaliza não ter pressa para dar continuidade ao debate. Em entrevista à revista Istoé, no mês de dezembro, ele afirmou que a tese de que a corrupção existe por conta do financiamento das empresas privadas é um "discurso fácil". "O partido que desenhou essa proposta (o PT) queria o financiamento público e o voto em lista. A minha objeção é que nós temos de discutir o sistema eleitoral para saber qual é o modelo de financiamento. E não discutir o modelo de financiamento para definir o sistema eleitoral", defende.

Nos últimos anos, o custo das campanhas eleitorais dispararam. Ao mesmo tempo, o número de doadores privados está cada vez mais concentrado entre grandes grupos econômicos, responsáveis pela pesada maioria da oferta de dinheiro a partidos políticos e seus candidatos. Pode-se, inclusive, fazer doação oculta, com a omissão de identificação. Além disso, na prática ocorre o caixa 2, com doações não contabilizadas.
 
 
 
Brasil 247

Desemprego é o menor da história em 2014: 4,8%





Taxa caiu de 4,8% em novembro para 4,3% em dezembro, repetindo a menor taxa histórica de dezembro de 2013; já o índice de desocupação médio de janeiro a dezembro de 2014 foi estimado em 4,8%, também o menor da história da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), contra 5,4% no ano anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE na manhã desta quinta-feira 29; média anual da população desocupada foi estimada em 1,176 milhão de pessoas, contingente 54,9% menor que o de 2003 e 10,8% abaixo da média de 2013

29 de Janeiro de 2015 às 10:07





RIO DE JANEIRO (Reuters) - O desemprego brasileiro caiu a 4,3 por cento em dezembro, ante 4,8 por cento em novembro, e igualou a mínima histórica registrada no mesmo mês de 2013, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

Com isso, o desemprego encerrou 2014 com taxa média de 4,8 por cento, também a menor da série, contra uma taxa média de 5,4 por cento em 2013.

Pesquisa da Reuters apontava expectativa para a taxa de desemprego de 4,6 por cento em dezembro, segundo a mediana de 26 projeções, que foram de 3,85 a 5,20 por cento.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Confira abaixo o texto publicado pelo IBGE com os dados da pesquisa:

Em dezembro, taxa de desocupação fica em 4,3% e fecha 2014 com média de 4,8%

Em dezembro de 2014, a taxa de desocupação foi estimada em 4,3%, repetindo o percentual de dezembro de 2013 e mantendo o menor nível de toda a série histórica da PME. Em novembro de 2014, a taxa fora de 4,8%. Já a taxa de desocupação média de janeiro a dezembro de 2014 foi estimada em 4,8% (a menor da série), contra 5,4% em 2013. Em relação a 2003 (12,4%), a redução chegou a 7,5 pontos percentuais.

Em 2014, a média anual da população desocupada foi estimada em e 1,176 milhão de pessoas desocupadas, contingente 54,9% menor que o de 2003 (2,608 milhões) e 10,8% abaixo da média de 2013 (1,318 milhão). Em dezembro de 2014, a população desocupada nas seis regiões pesquisadas (1,051 milhão) recuou 11,8% em relação a novembro (1,192 milhão) e 0,9% contra dezembro de 2013 (1,061 milhão).

A média anual da população ocupada nas seis regiões pesquisadas em 2014 foi estimada em 23,087 milhões de pessoas, recuando 0,1% em relação a 2013, quando este contingente era de 23,116 milhões. Em dezembro de 2014, a população ocupada nas seis regiões pesquisadas chegou a 23,224 milhões, recuando 0,7% em relação a novembro e ficando estatisticamente estável (0,5%) frente a dezembro de 2013.

O percentual médio de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado em relação à população ocupada passou de 50,3% (11,6 milhões) em 2013, para 50,8% (11,7 milhões) em 2014. Em 2003 essa proporção era de 39,7% (7,3 milhões). Em 12 anos esse contingente cresceu 59,6% (ou mais 4,4 milhões). Em dezembro de 2014, havia 11,807 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, apresentando estabilidade no mês e no ano.

Em 2014, a média anual do rendimento habitual real da população ocupada (R$ 2.104,16) cresceu 2,7% em relação a 2013 (R$ 2.049,35). Em relação a 2003 (R$1.581,31), houve um ganho de 33,1% (ou cerca de R$ 522,85). De 2003 a 2014, o rendimento habitual real nos serviços domésticos teve o maior aumento (69,9%) entre os grupamentos de atividade pesquisados pela PME. Em dezembro de 2014, o rendimento médio habitual dos ocupados era R$ 2.122.10. Houve queda de 1,8% em relação a novembro (R$ 2.161,93) e alta de 1,6% contra dezembro de 2013 (R$ 2.089,57).

A média anual da massa de rendimento real mensal habitual em 2014 (R$ 49,3 bilhões) cresceu 3,0% em relação a 2013 e 66,0% contra 2003. Em dezembro de 2014, a massa de rendimento real habitual (R$ 50.015 milhões) caiu 2,4% em relação a novembro (R$ 51.243 milhões) e subiu 1,4% em relação a dezembro de 2013 (R$ 49.307 milhões). Já a massa de rendimento efetivo (R$ 55.180 milhões) cresceu 7,2% em relação a outubro (R$ 51.467 milhões) e cresceu 5,5% contra novembro de 2013 (R$ 52.297 milhões).

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Sua publicação completa está disponível aqui. A publicação da Retrospectiva do Mercado de Trabalho 2003-2014 está aqui.

Rio de Janeiro mostra maior redução na população desocupada

O maior percentual de redução na população desocupada de 2014 em relação a 2013 foi na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (-23,4%), com São Paulo (-16,5%) e Belo Horizonte (-12,5%) a seguir. Nas Regiões Metropolitanas de Salvador (14,8%), Porto Alegre (8,7%) e Recife (1,8%), por outro lado, a população desocupada cresceu entre 2013 e 2014.

Nível de ocupação das mulheres ainda é menor, porém cresce mais que o dos homens

O nível da ocupação, proporção entre a População Ocupada e a População em Idade Ativa (dez anos ou mais de idade), alcançou 53,3%. Frente a 2003 (50,0%) houve alta de 3,2 pontos percentuais. O nível de ocupação das mulheres (45,4%) continuou inferior ao dos homens (62,6%), mas, em relação a 2003, seu aumento foi superior ao dos homens. Em relação a 2003, aumentou o nível da ocupação dos jovens de 18 a 24 anos (de 53,8% para 57,2%) e da população de cor preta ou parda (de 48,5% para 53,0%).

Serviços domésticos e construção têm os maiores ganhos no rendimento

Em todos os grupamentos de atividade houve ganhos no poder de compra do rendimento do trabalho. Os grupamentos com os maiores aumentos percentuais foram aqueles com os menores rendimentos. De 2013 a 2014, os ganhos de rendimento dos grupamentos foram: construção, 6,7%; serviços domésticos, 4,5%; comércio, 4,2%; educação, saúde e administração pública, 2,7%; outros serviços, 1,9%; indústria, 1,3% e serviços prestados às empresas, 0,6%.

Nos serviços domésticos, de 2003 a 2014, houve o maior aumento entre os grupamentos, 69,9%. Ainda em relação a 2003, outro destaque foi a construção, composto em sua maioria por pedreiros, com ganho de 58,7%.

Em 2014, o rendimento médio real domiciliar per capita (R$1.425,63) aumentou 2,4% em relação a 2013 e 49,6% comparado a 2003.

Rendimento dos pretos e pardos equivale a 58,0% dos rendimentos dos brancos

A pesquisa apontou disparidades entre os rendimentos de homens e mulheres e, também, entre brancos e pretos ou pardos. Em 2014, em média, as mulheres ganhavam em torno de 74,2% do rendimento recebido pelos homens - uma expansão de 0,6 ponto percentual frente a 2013 (73,6%). A menor proporção foi registrada em 2003, 70,8%.

O rendimento dos trabalhadores de cor preta ou parda, de 2003 para 2014, cresceu 56,3%, enquanto o rendimento dos trabalhadores de cor branca cresceu 30,4%. Mas a Pesquisa registrou também, que os trabalhadores de cor preta ou parda ganhavam, em média, em 2014, 58,0% do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca. Em 2013, esta razão era 57,4%. Destaca-se que, em 2003, não chegava à metade (48,4%).

Rendimento no Rio de Janeiro mostra o maior crescimento

Entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas, o rendimento médio real habitual da população ocupada no Rio de Janeiro teve a maior expansão (6,4%), com Recife (4,1%) a seguir.

Em relação a 2003, quatro regiões apresentaram variações maiores que a verificada no total das seis regiões metropolitanas (33,1%): Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, com taxas de 36,6%; 39,8%; 43,5% e 49,3%, respectivamente. As menores variações foram em São Paulo (23,9%) e Salvador (27,5%). Embora São Paulo tenha crescido menos do que a média das regiões pesquisadas, seu patamar é o segundo mais alto (R$ 2.192,43), logo atrás do Rio de Janeiro (R$ 2.346,50).

De 2013 para 2014, o rendimento aumentou em quase todas as formas de inserção: empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (1,7%), os militares e funcionários públicos estatutários (2,6%), trabalhadores por conta própria (3,8%) e empregadores (7,1%). Já os empregados sem carteira no setor privado registraram queda real de 1,7%.

Cresce a presença de pessoas com 50 anos ou mais no mercado de trabalho

De 2013 para 2014, a proporção de pessoas com 50 anos ou mais de idade na população em idade ativa aumentou de 32,3%, para 34,1%. Neste período, a presença de pessoas com 50 anos ou mais de idade no mercado de trabalho passou de 23,6%, para 24,7%. Em 2003, este grupo representava 16,7% da população ocupada.

Escolaridade de população ocupada continua crescendo

De 2013 para 2014, a escolaridade da população com 10 anos ou mais de idade aumentou. A proporção de pessoas com 11 anos ou mais de estudo cresceu 1,4 ponto percentual (de 48,5% para 49,9%). Em relação a 2003, quando este percentual era 34,3%, a expansão foi de 15,5 pontos percentuais em 12 anos.

Entre os trabalhadores, o avanço da população com 11 anos ou mais de estudo foi ainda maior, passando de 46,7% em 2003 para 65,4 % em 2014, crescimento de 18,7 pontos percentuais. Aumentou também a proporção de trabalhadores com ensino superior completo: em 2003 eles representavam 13,8% e, em 2014, 21,3%.

No ano, participação feminina no mercado de trabalho ficou estável

A participação das mulheres na população ocupada praticamente não se alterou, passando de 46,0% em 2013 para 46,1% em 2014. Ressalta-se que no confronto 2003 (43,0%), houve elevação significativa da participação delas no mercado de trabalho.

Em 2014, as pessoas ocupadas tinham uma jornada média semanal de 40,1 horas efetivamente trabalhadas, contra 41,3 horas em 2003. As regiões metropolitanas de São Paulo (40,6) e Rio de Janeiro (40,8) apresentaram jornadas superiores à média das seis regiões.

De 2013 para 2014, os grupamentos de atividade que mais aumentaram sua participação na população ocupada foram Serviços prestados às empresas (de 16,2% para 16,4%) e Outros Serviços (de 18,0% para 18,5%).

Resultados de dezembro de 2013: taxa de desocupação cai para 4,3%

A taxa de desocupação em dezembro de 2014 foi estimada em 4,3% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas, atingindo pelo segundo ano consecutivo o menor valor da série histórica da pesquisa (mesmo valor em dezembro de 2013). Frente a novembro último a taxa diminuiu 0,5 ponto percentual.

Regionalmente, na análise mensal, a taxa de desocupação sofreu redução em quatro das seis regiões analisadas: em Salvador caiu 1,5 ponto percentual (passou de 9,6% para 8,1%); em Recife caiu 1,3 ponto percentual (passou de 6,8% para 5,5%); em Belo Horizonte caiu 0,8 ponto percentual (passou de 3,7% para 2,9%); em Porto Alegre caiu 0,6 ponto percentual (passou de 4,2% para 3,6%) e nas demais regiões não variou. Em relação a dezembro de 2013, a taxa só apresentou variação estatisticamente significativa na região metropolitana de Porto Alegre, onde aumentou 1,0 ponto percentual, passando de 2,6% para 3,6%.

O contingente de desocupados, em dezembro de 2014 (1,1 milhão de pessoas no conjunto das seis regiões investigadas) recuou 11,8% em comparação com novembro (menos 141 mil pessoas). Na comparação com dezembro de 2013, apresentou estabilidade. Na análise regional, o contingente de desocupados, em comparação com novembro, caiu em Belo Horizonte (22,1%), em Recife (20,2%), em Salvador (16,8%) e em Porto Alegre (15,0%), ficando estável nas demais regiões. No confronto com dezembro de 2013, a desocupação aumentou 44,2% em Porto Alegre e caiu 17,7% em Belo Horizonte. Nas demais regiões não apresentou variação estatisticamente significativa.

O contingente de pessoas ocupadas em dezembro de 2014 (23,2 milhões para o conjunto das seis regiões) recuou 0,7% em relação ao mês de novembro. Frente a dezembro de 2013, esse contingente não apresentou variação. Regionalmente, a análise mensal mostrou que essa população manteve-se estável em todas as regiões, exceto no Rio de Janeiro, onde apresentou queda de 1,3%. Na comparação com dezembro de 2013, Salvador e Porto Alegre, registraram alta (3,8% e 2,8%, nesta ordem), Belo Horizonte, retração (2,6%) e nas demais regiões pesquisadas o quadro foi de estabilidade.

Para os grupamentos de atividade, no conjunto das seis regiões, de novembro para dezembro de 2014, houve quedas na Indústria e na Construção (ambas de 3,9%) e alta nos Serviços Domésticos (4,0%). Em relação a dezembro de 2013, houve retração na Construção (5,1%) e elevação em Outros serviços (3,4%).

O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado, em dezembro de 2014, foi estimado em 11,8 milhões no conjunto das seis regiões pesquisadas. Este resultado não assinalou variação frente a novembro último e quando comparado com dezembro de 2013 também se mostrou estável.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado, para o conjunto das seis regiões pesquisadas, no mês de dezembro de 2014, em R$ 2.122,10. Este resultado ficou 1,8% abaixo do registrado em novembro (2.161,93) e 1,6% acima do assinalado em dezembro do ano passado (R$ 2.089,57). Regionalmente, em relação a novembro passado, o rendimento apresentou retração em São Paulo (3,4%), Belo Horizonte (2,2%), Recife (1,8%) e Rio de Janeiro (1,0%). Cresceu em Salvador (2,3%) e em Porto Alegre (1,6%). Frente a dezembro de 2013, o rendimento apresentou resultado positivo em Salvador (9,7%), Porto Alegre (6,1%), Rio de Janeiro (2,6%) e Recife (1,0%); declinou 1,2% em Belo Horizonte e ficou estável em São Paulo.

A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 50,0 bilhões em dezembro de 2014, registrou queda de 2,4% em relação a novembro último. Na comparação anual esta estimativa cresceu 1,4%.
 
 
 
Brasil 247

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Vídeo: Cunha, Presidente da República





Conversa Afiada




Retrato Em Branco e Preto
Chico Buarque


Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar, tanto pior
O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto
E que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes velhos fatos
Que num álbum de retrato
Eu teimo em colecionar

Lá vou eu de novo como um tolo
Procurar o desconsolo
Que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras
Versos, cartas, minha cara
Ainda volto a lhe escrever
Pra dizer que isso é pecado
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado
E você sabe a razão
Vou colecionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração
 
 
 
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"Cheek To Cheek" por Ginger Rodgers & Fred Astaire





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Grécia suspende privatizações



Tsipras avisa à Alemanha: a recusa em negociar poderá conduzir “a uma ruptura desastrosa recíproca”.



Os neolibelês queriam vender o porto do Pireu, com a Melina Mercouri junto...

Saiu no Publico, de Portugal:



Tsipras promete bater-se para “restabelecer a dignidade dos gregos”

Novo Governo grego anuncia suspensão de privatizações e promete resposta à crise social.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, iniciou o primeiro Conselho de Ministros assegurando que o novo Governo está pronto a “derramar o seu sangue” para “restabelecer a dignidade dos gregos”. Em cima da mesa desta reunião inaugural estão algumas medidas emblemáticas do programa eleitoral do Syriza, a começar por uma imediata suspensão de privatizações.

“Entre as nossas prioridades figura uma nova renegociação [da dívida pública] com os nossos parceiros para encontrarmos uma solução justa, viável e mutuamente benéfica, para que o nosso país saia do círculo vicioso de dívida e recessão”, declarou o chefe de Governo, na fase inicial da reunião, aberta à comunicação social. Numa resposta à torrente de avisos que chega de outros países da União Europeia, Tsipras avisou que a recusa em negociar poderá conduzir “a uma ruptura desastrosa recíproca”.

Com a bolsa de Atenas a cair e os juros da dívida a dez anos acima dos 11%, o novo executivo não parece querer perder tempo. À entrada para a reunião, Panayiotis Lafazanis, o novo ministro da Produção, Ambiente e Energia, anunciou que o Governo vai suspender “imediatamente” o processo de privatização das operadoras de electricidade. Já o vice-ministro da Economia, Jrístis Spirtzis, assegurou que serão travadas todas as privatizações que “sejam contrárias aos objectivos sociais” do Syriza, a começar pela “imediata suspensão” da venda de 67% do histórico porto de Pireu.

São igualmente esperados anúncios de medidas para melhorar a qualidade de vida dos gregos, incluindo a promessa de distribuição gratuita de energia às famílias em maior dificuldade, para as quais estão igualmente prometidas bolsas de alimentos. O executivo quer também pôr em marcha a lei para repor o salário mínimo nos 751 euros (contra os 580 actualmente em vigor), suspender o programa de avaliações e mobilidade na Função Pública e criar mecanismos que facilitem o pagamento de impostos em atraso, adianta a AFP.

Boa parte destas medidas invertem as reformas impostas à Grécia pela troika de credores (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) em troca dos dois empréstimos concedidos ao país. A última tranche do empréstimo – estimada em sete mil milhões de euros – deveria ser entregue a Atenas até ao final de Fevereiro, mas os credores tinham avisado que só seria paga mediante a continuação das reformas em curso.

“Somos um Governo de salvação nacional, o nosso objectivo é restabelecer a segurança e a dignidade dos gregos”, sublinhou Tsipras, assegurando que Atenas está totalmente disponível para negociar, mas “não para continuar a política de submissão” que marcou os executivos anteriores.

A reunião do Conselho de Ministros antecede a chegada a Atenas de dois dirigentes europeus: já na quinta-feira é esperado na capital grega o presidente do Parlamento Europeu, o social-democrata alemão Martin Schulz, e no dia seguinte é a vez de Jeroen Dijsselbloem, ministros das Finanças holandês e presidente do Eurogrupo.

Com a renegociação do programa de assistência financeira em cima da mesa – e sobretudo a exigência de Atenas para uma reestruturação da dívida –, Tsipras acredita que a reunião com Dijsselbloem será “crucial e produtiva”, mesmo que, de Bruxelas, de Berlim e de várias outras capitais europeias continuem a chegar avisos de que só haverá negociações se a Grécia “respeitar os seus compromissos”.


Em tempo: o Conversa Afiada aguarda ansioso o pronunciamento da Urubóloga sobre a nova Grécia … – PHA



Conversa Afiada

Governo define rumos a seren tomados no ano de 2015 em reunião ministerial




NBR   -   Blog do Planalto

Aeroporto de Brasília se torna o 2º maior do Brasil





Com expansão de 10%, chegando a 18,1 milhões de passageiros, terminal ultrapassou Congonhas (SP) e Galeão (RJ) e se tornou o segundo mais movimentado do país em 2014, atrás apenas de Guarulhos; aeroporto é controlado pela concessionária formada pelo grupo brasileiro Engevix e pela argentina Corporación América, que investiu R$ 1,2 bilhão em sua ampliação

28 de Janeiro de 2015 às 06:29





247 – O aeroporto de Brasília se tornou o 2° maior do Brasil. Com expansão de 10%, chegando a 18,1 milhões de passageiros, terminal ultrapassou Congonhas (SP) e Galeão (RJ) e se tornou o segundo mais movimentado do país em 2014, atrás apenas de Guarulhos.

O aeroporto é controlado pela concessionária formada pelo grupo brasileiro Engevix e pela argentina Corporación América, que investiu R$ 1,2 bilhão em sua ampliação.

O crescimento também foi impulsionado pela redução do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o combustível de aviação no Distrito Federal em 2013 - de 25% para 12%. Após a medida, companhias aéreas passaram a incluir Brasília na rota dos voos.

Leia aqui reportagem de Fabio Pupo sobre assunto.
 
 
 
Brasil 247

Petrobras registra lucro de R$ 3 bi no 3º trimestre





Resultado anunciado pela companhia presidida por Graça Foster não incluiu baixas contábeis relacionadas às denúncias de corrupção da Operação Lava Jato, mas incluiu baixas de R$ 2,7 bilhões com a descontinuidade dos projetos das refinarias Premium I e II

28 de Janeiro de 2015 às 07:24





SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras anunciou que registrou lucro líquido de 3,087 bilhões de reais no terceiro trimestre de 2014, ante 3,395 bilhões no mesmo período de 2013, segundo balanço não auditado divulgado na madrugada desta quarta-feira,

O resultado não incluiu baixas contábeis relacionadas às denúncias de corrupção da Operação Lava Jato, mas incluiu baixas de 2,7 bilhões de reais com a descontinuidade dos projetos das refinarias Premium I e II.

(Por Gustavo Bonato)
 
 
 
Brasil 247

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Na contramão da AL, Brasil vem reduzindo a pobreza sim sr.





Leia aqui o relatório

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) divulgou nesta 2ª feira (ontem) seu tradicional relatório anual “Panorama Social da América Latina 2014″, apontando a estagnação da redução da pobreza na América Latina. Desde 2012, mostra o estudo, 28,1% dos habitantes da região (167 milhões de pessoas) vivem em condições de pobreza.

A estagnação nesse índice, porém, não é unânime. Países como o Brasil apresentaram avanços. Segundo os dados, considerando renda, padrão de vida, acesso a serviços, emprego e proteção social, Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Venezuela foram os que mais reduziram seus níveis de pobreza. Por outro lado, se pegarmos apenas a renda, Paraguai, El Salvador, Colômbia, Peru e Chile registram queda de mais de 1 ponto percentual em seus níveis de pobreza.

O caso do Brasil merece destaque. Pelos indicadores de pobreza da CEPAL que se baseiam na PNAD, em 2005, o índice de pobreza no país atingiu 36,4%. Sete anos depois, em 2013, ele caiu – pela metade! – e chegou a 18%. Em relação aos indicadores da pobreza absoluta, o Brasil passou dos 10,7% da população registrados em 2005 para 5,4% em 2012. Aumentou um pouco em 2013, quando chegamos a 5,9%.

Lembrem-se que o estudo apresentado no ano passado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) já registrava essa queda. “Entre 2001 e 2013 a taxa de extrema pobreza caiu mais da metade, saindo de 8,1% para 3,1% da população; e a de pobreza caiu quase três vezes, passando de 22,8% para 7,9%”, afirmava o documento do Ministério. Vale destacar que os números da CEPAL diferem dos do MDS porque este trabalha com conceitos do Banco Mundial (BIRD) e da ONU – que consideram, por exemplo, como enquadrado em extrema pobreza alguém que vive com menos de US$ 1,25/dia. A CEPAL trabalha com outros dados e percentuais.

Brasil precisa mesmo de uma nova geração de reformas

Independente dessa polêmica entre os critérios da CEPAL e do BIRD-ONU, o que conta neste relatório é a posição de vanguarda do Brasil e de nossas políticas e seus efeitos reais sobre a renda e o emprego no país. Mas, não há dúvidas de que é preciso uma nova geração de reformas, começando pela tributária aquino Brasil.

E, também, é preciso uma nova ordem econômica mundial para enfrentar a pobreza não apenas na América Latina, mas no mundo. No nosso continente, os governos progressistas enfrentam um novo desafio: como continuar combatendo a fome e a desigualdade social com a queda do comércio e dos preços internacionais de nossas matérias primas e alimentos, agora inclusive do petróleo e gás?

O desafio exige novas alianças e grande mobilização política e social para fazer avançar reformas estruturais e transformações no próprio comércio e nas finanças mundiais.



Blog do Zé Dirceu

Falta d’água é um dos assuntos mais sérios no mundo. Menos para a mídia brasileira



Pessoal, o mundo inteiro começou e entrou fundo na preocupação com a falta d´água, com os riscos da escassez se ampliar. Semana passada houve em Brasília uma mini-reunião ministerial – 8 ministros – em que a titular do Meio Ambiente, Izabella Teixeira pediu ao país que economiza água, o Brasil vai até sediar o Fórum Mundial da Água em 2018 (realiza-se a quatro anos). O medo cresce, a gravidade da situação também… menos para a nossa mídia.

Ela continua a tratar do assunto como se ele não tivesse atingido essa dimensão, essa gravidade. Para o mundo inteiro o risco d´água acabar, dos reservatórios de abastecimento secarem, de não haver água nem racionada é o fato da maior importância no momento. Menos para a mídia brasileira. Temos falado disso aqui diariamente, chamado a atenção para o comportamento da imprensa brasileira. E a gente não tem saída, tem de continuar falando…

Acompanhem hoje – um dia que seja – como a mídia tupiniquim trata a questão. A Folha de S.Paulo conta, por exemplo, com uma apuração um tanto quanto chinfrim, que a SABESP amplia os cortes de água e faz novas vítimas da seca: “Na capital paulista, há relatos de falta de água em todas as regiões. Alguns sentem os efeitos da redução de pressão pela primeira vez”. O que é isto? Difíceis e raros de serem encontrados os paulistanos que só agora sentem os efeitos da redução da pressão (que impede a água de chegar a toda a rede). Há paulistanos de todas as áreas e bairros se queixando disso há um ano ou mais…

Na crise, como fazer para garantir notícia correta e do que mais interessa?

O Estadão traz a seguinte chamada de capa: “SABESP divulga horários em que reduz a água na rede”. O jornal fez levantamento em 20 endereços e constatou que a restrição é feita diariamente – “começa quase sempre por volta das 13 horas e pode durar até 18 horas”. Não precisa pesquisar só em 20 endereços, a cidade inteira reclama disso há muito tempo…

Até, no caso do Estadão, tínhamos aí uma possível manchete, “Racionamento em SP dura até 18 horas”. E qualquer editor de primeira página seria capaz de perceber isso. Mas não, o noticiado é velho – noticiam só uma pesquisa feita em 20 endereços quando milhões de paulistanos sofrem desde o ano passado os efeitos de um racionamento que o governo não assume ter imposto. Mesmo quando noticiam sobre pessoas “até 18 h sem água” a notícia é escondida e suavizada.

Note-se que a crise hídrica foi o tema mais lido no portal do jornal, ontem, com a notícia (que não estava na capa do impresso) sobre a crise no Cantareira a superar o pior cenário imaginado pela SABESP. Mais curioso ainda: a principal foto da capa do Estadão hoje é sobre nevasca nos Estados Unidos. Onde? Nos Estados Unidos.

E o Valor conta em seu noticiário sobre a crise que o consumidor vai à Justiça para garantir água. Como fazemos nós, cidadãos comuns, pobres mortais, mas também moradores e consumidores de água em São Paulo para garantir notícia? Completa, imparcial, isenta, analítica sobre os pontos mais importantes dessa crise?
 
 
 
Blog do Zé Dirceu

Pobre leitor do Estadão!



Corretíssimos tanto a iniciativa quanto o texto publicado no site do PT e já compartilhado no perfil oficial da presidenta da República no Facebook, no qual o partido contesta, por incorretos, os dados da reportagem “Em 4 anos de Dilma, MEC teve a pior execução do orçamento, desde 2001″, publicada no jornal O Estado de S.Paulo nesta 2ª feira (ontem).

 
 
Foi o contrário, Estadão! “A presidenta Dilma Rousseff foi responsável por um aumento nominal de 93% nos investimentos na educação, quando comparado com o último governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, contesta a nota no site do PT. O partido chama atenção, ainda, para um detalhe na reportagem: a informação veio escondida no pé da matéria.

“O jornal paulistano preferiu esconder o aumento no orçamento do setor – cerca de R$ 265 bi – em quatro anos. Optou por manipular as estatísticas”, diz um trecho da nota petista. Na verdade a reportagem do Estadão faz uma comparação entre os governos petista (2003-2014) e tucano (1995-2002).

Estadão consegue transformar boa em má notícia contra Dilma

“Quem se aventurou até o fim do texto, no entanto, foi surpreendido pela verdade: o desempenho em execução do orçamento só foi menor nos dois últimos anos de FHC”. Somente no penúltimo parágrafo a reportagem reconhece: “Mesmo com execução orçamentária abaixo da média, os gastos com educação tiveram forte ampliação no governo Dilma”.

O partido questiona, também, que as informações, embora positivas em relação ao desempenho da presidente, podem ter sido utilizadas contra ela. “No governo Dilma, foi a primeira vez que a proporção da educação passou a representar mais de 5% do orçamento previsto e também do gasto” lembra o partido.

“Contra Dilma, investimento recorde em educação vira notícia negativa”, destaca o PT. Coisa que nossa grande mídia consegue fazer! Como ninguém!
 
 
 
Blog do Zé Dirceu

Dirceu critica ajuste fiscal: "mediocridade conservadora"





O blog do ex-ministro José Dirceu publicou, nesta terça (27), um novo texto com críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff; na postagem, o ajuste fiscal adotado pelo governo federal é chamado de "símbolo da mediocridade conservadora", traz cobranças ao governo em relação à crise hídrica e energética e questiona se Dilma cumprirá seus compromissos de campanha

27 de Janeiro de 2015 às 21:34




247 - O blog do ex-ministro José Dirceu publicou, nesta terça-feira (27), um novo texto com críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff. No texto, o ajuste fiscal adotado pelo governo federal é chamado de "símbolo da mediocridade conservadora". A postagem traz cobranças ao governo em relação à crise hídrica e energética e questiona se Dilma cumprirá seus compromissos de campanha.

"Será feito o estabelecimento de um diálogo que coloque à mesa as mudanças na legislação do seguro-desemprego, a tabela do Imposto de Renda, a reforma tributaria, a política industrial, a política de comércio exterior, as concessões de obras e serviços públicos, a política de inovação? Ou vamos ficar rodando em torno do ajuste fiscal, símbolo da mediocridade conservadora?", diz.

Abaixo o texto na íntegra:

Cobranças a uma reunião ministerial: para onde vamos? Atenas ou Berlim?

A presidente Dilma Rousseff realiza hoje, na Granja do Torto – uma das residências oficiais da Presidência da República – a primeira reunião ministerial do seu segundo mandato iniciado dia 1º pp. A se confirmar o que anteciparam fontes do Palácio do Planalto à mídia, a presidenta vai abordar nesse primeiro encontro conjunto com seu ministério o momento de restrição orçamentária, o ajuste fiscal e as primeiras medidas já adotadas nessa linha.

Até aí nada a acrescentar. A questão é: que respostas o governo dará a crise hídrica e energética? Mobilizará o país, os ministros, para enfrentá-la? Proporá novas medidas sobre o ajuste fiscal? Falara ao país da gravidade da crise mundial e das mudanças que pretendemos a médio prazo em nossa economia? Proporá uma reforma tributária?

Qual nosso caminho? Vamos para Berlim ou Atenas? Qual é nossa proposta de mudança radical na política de segurança pública frente a crescente violência urbana retratada de forma trágica nas 16 mortes por balas perdidas - que de perdidas não têm nada? Vamos mobilizar os governos federal e estaduais e iniciar uma nova política de segurança?

Quando será aberta mesa de negociações com trabalhadores, empresários, a nação?

Ou vamos repetir o secretario de segurança do Rio (José Mariano Beltrame), que chamou de “nação de criminosos” os que armados disparam e trocam tiros todos os dias na cidade do Rio – que é uma expressão da nação – o que já seria suficiente para decretar estado de emergência no Rio e ocupar a cidade, pelo menos…

E a Educação teremos uma nova política para expressar a Pátria Educadora, prioridade prometida pela presidenta da República no seu discurso de posse do 2º mandado há 27 dias? Será aberta uma mesa de diálogo e negociações com os trabalhadores e os empresários? Será feito o estabelecimento de um diálogo que coloque à mesa as mudanças na legislação do seguro desemprego, a tabela do Imposto de Renda, a reforma tributaria, a política industrial, a política de comércio exterior, as concessões de obras e serviços públicos, a política de inovação?

Ou vamos ficar rodando em torno do ajuste fiscal, símbolo da mediocridade conservadora?

Como sempre disse o titular desse blog, o ex-ministro José Dirceu, e como temos repetido com frequência, o problema não é técnico ou de falta de soluções, mas político. A questão central é de prioridade, de vontade governamental e de mobilização da sociedade.

Vamos repetir: qual nosso caminho? Vamos para Berlim ou Atenas?
 
 
 
Brasil 247

Filho de Lula vai processar Eduardo Jorge por dizer que ele é dono da Friboi





Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, anunciou que vai processar o ex-candidato à presidência da República pelo PV, Eduardo Jorge, por conta de um tuíte divulgado em seu perfil; na rede social, ele disse que Fábio seria dono da Friboi; o boato divulgado por Jorge (que apagou o tuíte) é recorrente nas redes, sendo que diversos memes foram produzidos a respeito durante a última campanha presidencial; na ação, Fábio diz que “não é ou jamais foi sócio ou manteve qualquer relação profissional com negócios relacionados ao setor agropecuário ou agroindústria”

27 de Janeiro de 2015 às 19:57





247 - Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, anunciou que vai processar o ex-candidato à presidência da República pelo PV, Eduardo Jorge, por conta de um tuíte divulgado em seu perfil. Na rede social, ele disse que Fábio seria dono da Friboi.

O boato divulgado por Jorge (que apagou o tuíte) é recorrente nas redes, sendo que diversos memes foram produzidos a respeito durante a última campanha presidencial. Na ação, Fábio diz que “não é ou jamais foi sócio ou manteve qualquer relação profissional com negócios relacionados ao setor agropecuário ou agroindústria”.

Ele coloca ainda no texto da ação que é “vítima de atos criminosos na internet que lhe atribuem, de forma mendaz, a propriedade de fazendas e, ainda, a participação societária em frigoríficos e empresas do gênero. Invariavelmente, tais afirmações – associadas a insinuações ou afirmações da prática de alguma conduta irregular ou ilegal – são lançadas por pessoas que se colocam no plano político como adversárias do Partido dos Trabalhadores (PT), pelo qual o genitor do interpelante, como é público e notório, já foi eleito Presidente da República em duas oportunidades”.
 
 
 
Brasil 247

Frank Sinatra - My Funny Valentine





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Frank Sinatra - Bewitched HQ





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Fidel diz não confiar nos EUA, mas apoia acordo





"Não confio na política dos Estados Unidos, nem troquei uma palavra com eles. Isso não significa - longe disso - uma rejeição a uma solução pacífica dos conflitos", disse o líder cubano Fidel Castro, de 88 anos, afastado do poder desde 2006, em uma carta dirigida à Federação Estudantil Universitária; ele rompe, assim, o silêncio de mais de um mês sobre a histórica aproximação anunciada por seu irmão e sucessor Raúl Castro e pelo presidente Barack Obama

27 de Janeiro de 2015 às 05:35




AFP - O líder cubano Fidel Castro disse nesta segunda-feira (26) que não confia nos EUA e que não conversou com Washington, rompendo, assim, o silêncio de mais de um mês sobre a histórica aproximação anunciada por seu irmão e sucessor Raúl Castro e pelo presidente Barack Obama.

"Não confio na política dos Estados Unidos, nem troquei uma palavra com eles. Isso não significa - longe disso - uma rejeição a uma solução pacífica dos conflitos", disse Fidel, de 88 anos, afastado do poder desde 2006, em uma carta dirigida à Federação Estudantil Universitária.

Com a data de hoje (27), a carta foi lida pelo presidente da Federação, Randy Perdomo, esta segunda à noite na televisão cubana.

O pai da Revolução Cubana não criticou o acordo anunciado por Raúl e Obama em 17 de dezembro passado, por meio do qual ambos pretendem normalizar as relações bilaterais. O acontecimento foi saudado em todo o mundo.

"O presidente de Cuba deu os passos pertinentes de acordo com suas prerrogativas e com as faculdades que a Assembleia Nacional e o Partido Comunista de Cuba concedem a ele", escreveu Fidel Castro.

"Defenderemos sempre a cooperação e a amizade com todos os povos do mundo e, entre eles, os dos nossos adversários políticos. É o que estamos reivindicando para todos", completou Fidel Castro, o grande ausente no histórico processo de aproximação entre ambos os países, após meio século de inimizade.

No longo texto, Fidel fala dos mais diversos tópicos, indo da Grécia Antiga à incursão militar cubana na África, nas décadas de 1970 e 1980, e encerra com seus comentários sobre a reaproximação com os Estados Unidos.

O silêncio de Fidel voltou a alimentar rumores sobre sua saúde e sobre sua morte no início do mês, até que o ex-jogador de futebol argentino Diego Maradona, seu amigo pessoal e que estava de visita em Havana, anunciou há duas semanas ter recebido uma carta do líder cubano.

A última aparição pública de Fidel foi em 8 de janeiro de 2014, quando assistiu à inauguração de uma galeria do artista cubano Alexis Leyva "Kcho", também seu amigo.
 
 
 
Brasil 247

Odebrecht é investigada também em Portugal





O ex-primeiro-ministro José Sócrates, de Portugal, está sendo investigado por supostas propinas que teriam sido pagas pela empreiteira brasileira Odebrecht, de Marcelo Odebrecht, por meio de sua subsidiária Bento Pedroso Construções; denúncia foi publicada nesta terça-feira pela imprensa portuguesa e envolveria negócios em Portugal, no Brasil e em Angola; maior empreiteira do País, a Odebrecht também está sendo investigada na Suíça em razão da propina de US$ 23 milhões, que teria sido paga a Paulo Roberto Costa, pivô da Lava Jato

27 de Janeiro de 2015 às 11:54





247 - Uma denúncia publicada nesta terça-feira pela imprensa portuguesa envolve a Odebrecht, maior empreiteira brasileira, e o ex-primeiro-ministro José Sócrates, que chegou a ser preso na Operação Marquês.


De acordo com o procurador Rosário Teixeira, estão sendo investigadas propinas supostamente pagas pelo grupo brasileiro, por meio da construtora Bento Pedroso, subsidiária da Odebrecht. A denúncia foi publicada nos jornais iOnline e jornaldengocios.

Leia, abaixo, a denúncia original, do iOnline:


A teia de ligações de José Sócrates sob investigação na Operação Marquês está longe de esgotar-se na Octapharma, no grupo Lena e em Carlos Santos Silva. Passa por Nova Iorque, pela Argélia, por Angola, pela Venezuela e pelo Brasil.

O procurador Rosário Teixeira e a equipa da Autoridade Tributária que lideram esta operação estão a investigar as relações do ex-primeiro-ministro com uma construtora brasileira – a Odebrecht – ligada a Luiz Inácio Lula da Silva, averiguou o i. A empresa foi quem convidou o antigo presidente do Brasil a vir a Portugal em Outubro de 2013, para a comemoração dos 25 anos de presença em Portugal. O momento coincidiu com a apresentação do livro de Sócrates sobre tortura em democracia, a 23 de Outubro de 2013. Mas as ligações suspeitas não terminam aí. Os brasileiros da Odebrecht são os donos da Bento Pedroso Construções, que integrou uma série de consórcios que venceram obras públicas durante os anos em que José Sócrates foi primeiro-ministro.

A Bento Pedroso Construções – comprada há 26 anos pela Odebrecht mas que só em 2013 passou a chamar-se Odebrecht Portugal – integrava, por exemplo, o Consórcio Elos, que venceu o concurso para a construção do TGV entre Poceirão e Caia. Deste consórcio, liderado pela Brisa e pela Soares da Costa, também fazia parte o grupo Lena, de que Carlos Santos Silva – o amigo suspeito de ser o testa-de-ferro de Sócrates – foi administrador. O projecto acabaria por ser enterrado por Pedro Passos Coelho. Agora, o consórcio que ganhou a adjudicação para a construção e exploração do troço reclama em tribunal um pedido de indemnização ao Estado no valor de 169 milhões de euros, montante que reclama ter despendido com a construção e expropriações.

Aquela construtora integrou ainda o consórcio liderado pela Brisa que venceu a concessão do Baixo Tejo, uma das oito Parcerias público-privadas rodoviárias lançadas por José Sócrates. O grupo Lena também fazia parte do agrupamento. A concessão do Baixo Tejo, situada na zona metropolitana de Lisboa foi outorgada por um período de 30 anos, depois de ser avaliada em 110 milhões de euros – uma das mais rentáveis por estar perto de Lisboa.

A construtora, que era braço do grupo brasileiro Odebrecht para o mercado nacional, juntou-se ainda a outro agrupamento nos concursos das PPP rodoviárias. Foi o caso da concessão da via rodoviária da Grande Lisboa, desta vez liderada pela Mota-Engil. O consórcio era composto por esta construtora, pela OPCA, pelo BES e pela construtora portuguesa que era detida pelos brasileiros da Odebrecht. O investimento estava orçamentado em 292 milhões de euros. Em contrapartida, o consórcio recolheria as receitas durante 30 anos.

Em 2008, foi a vez de a empresa Bento Pedroso Construções, juntamente com a Lena Engenharia Construções, reunidas em consórcio, assinarem em Bragança um contrato para a construção da barragem do Baixo Sabor, no valor de cerca de 257 milhões de euros, numa cerimónia encabeçada por José Sócrates e pelo então ministro da Economia Manuel Pinho. O governo de Sócrates aprovou, em 2007, um Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico.

Os elementos confirmados pelo i junto de fontes próximas do processo mostram que as suspeitas de corrupção a incidir sobre o primeiro-ministro – em prisão preventiva há 60 dias no Estabelecimento Prisional de Évora – não se limitam aos negócios que terão favorecido o grupo Lena, como tem vindo a ser noticiado. Há outras empresas e outras ligações sob suspeita.

A relação entre Lula e a Odebrecht não terminou na viagem a Portugal a convite da construtora brasileira. Em Maio de 2014, o ex-presidente do Brasil esteve em Luanda, a convite da Fundação Eduardo dos Santos (FESA). Durante a visita, elogiou a parceria entre empresas brasileiras e angolanas na construção da Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom). E quem faz parte da Biocom? As angolanas Sonangol e Damer e a brasileira Odebrecht.

Lula e Sócrates chegaram a trocar elogios públicos. Em 2010, Sócrates escreveu um discurso que terminava com uma alusão ao trabalho do ex-presidente brasileiro: “O meu Brasil é com “S”. “S” de Silva. Lula da Silva. Saravá!” Lula da Silva devolveu com outro discurso encorajador, em Outubro de 2013, durante a apresentação do seu livro, “A Confiança no Mundo”: “Tem que voltar a politicar, é muito cedo para deixar a política. Você está em forma.”

Lula e a Octapharma De acordo com as informações recolhidas pelo i, a investigação terá recolhido elementos que indiciam que Lula da Silva terá tido ainda um papel fundamental na promoção de contactos que seriam úteis a José Sócrates enquanto representante na América Latina da multinacional farmacêutica Octapharma. Sócrates terá começado a exercer estas funções no início de 2013, depois do período em que se se dedicou à vida académica em Paris. E Lula, ao que o i averiguou, terá proporcionado os contactos com o Ministério da Saúde brasileiro e o Instituto Butantan, um centro de pesquisa biomédica na cidade de São Paulo.

Esses contactos seriam depois oficializados por Guilherme Dray, ex-chefe de gabinete de Sócrates em São Bento à data em funções no Brasil, ao serviço da Ongoing.

O i revelou em Fevereiro de 2013 que no dia 5 daquele mês José Sócrates se encontrou às 15h, em Brasília, com o ministro da Saúde brasileiro, Alexandre Padilha. Na sala estavam Guilherme Dray – que garantiu na altura ter acompanhado Sócrates “a pedido deste e apenas como amigo” –, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Gadelha, o director de produtos Estratégicos da Hemobrás, Luiz de Melo Amorim, o presidente da comissão executiva do Grupo Octapharma, Joaquim Paulo Lalanda de Castro e membros da equipa técnica do ministério tutelado por Alexandre Padilha. 
 
 
 
Brasil 247

Adams irá contestar recompensa a Youssef





Ministério Público Federal nega que o doleiro preso Alberto Youssef terá direito a recompensa em dinheiro no caso da Lava Jato, mas sinaliza que ele poderá ser beneficiado com abatimento da multa imposta; para Janio de Freitas, alegação é uma redundância: "os valores de multa devida pelo delator premiado serão propriedade da União, e qualquer parte que lhes seja retirada para pagamento a Youssef, ou a outros, consistirá em remuneração com dinheiro da União"; "O MP não pode dispor de recursos da União nem da Petrobras", sentencia ministro Luís Adams, da Advocacia-Geral da União; benefício a Paulo Roberto Costa também será questionado; para o jornalista PML, diretor do 247 em Brasília, o acordo feito pelo juiz Sergio Moro põe a Lava Jato sob suspeita

27 de Janeiro de 2015 às 06:02




247 – O ministro Luís Adams, da Advocacia-Geral da União, promete questionar qualquer acerto financeiro feito com Alberto Youssef ou Paulo Roberto Costa na operação Lava Jato.

Segundo o colunista Ilimar Franco, ele vai pedir ao Supremo Tribunal Federal acesso aos acordos de delação premiada ao Ministério Público: “O MP não pode dispor de recursos da União nem da Petrobras”, sentencia. A União ira atrás dos réus para ressarcir as perdas da estatal.

O Ministério Público Federal informou que o doleiro preso não terá direito a nenhum tipo de recompensa no caso de recuperação dos recursos desviados no esquema de desvio de verbas e corrupção no âmbito da Petrobras. No entanto, diz que ele poderá ser beneficiado com abatimento da multa imposta.

Para o colunista Janio de Freitas, a alegação é apenas um outro modo de dizer a mesma coisa: os valores de multa devida pelo delator premiado serão propriedade da União, e qualquer parte que lhes seja retirada para pagamento a Youssef, ou a outros, consistirá em remuneração com dinheiro da União. “Procuradores e juízes que negociam delações podem ceder direitos financeiros da União e da Petrobras?”, contesta ele.

Segundo o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, o acordo feito entre o juiz Sergio Moro e Youssef põe a Lava Jato sob suspeita. "Taxa de sucesso que pode chegar a R$ 20 milhões a delator da Lava Jato só reforça convicção de que Sérgio Moro quer condenações a qualquer preço", diz (leia aqui).
 
 
 
Brasil 247

Energia eólica: Brasil vive revolução silenciosa





Em meio a críticas e previsões da oposição e da imprensa de que o País está à beira de um racionamento, por falta de energia, uma revolução silenciosa acontece em estados como Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e Piauí; é o avanço da energia eólica, que traz junto com ela uma forte geração de empregos, aumento da arrecadação e capacidade eólica instalada de cerca de 15 GW até 2018, mais que Itaipu ou Belo Monte; essa fonte abastece hoje cerca de 12 milhões de pessoas – o equivalente à cidade de São Paulo; até o final desse ano, o Brasil estará entre os dez maiores geradores de energia eólica no mundo; dados, pouco ou nada divulgados na mídia, descartam especulação sobre racionamento

27 de Janeiro de 2015 às 10:30





247 – As previsões de racionamento de energia no Brasil, intensificadas na mídia recentemente devido ao apagão ocorrido em dez estados e no Distrito Federal na semana passada, vêm acompanhadas, desde 2012, do argumento de falta de chuvas no Sudeste. Ignoram, porém, dados importantes sobre uma verdadeira revolução silenciosa que vem acontecendo, há vários anos, nas regiões Sul e Nordeste do País.

A evolução da energia eólica, produzida em maior parte nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e Piauí, traz números impressionantes, capazes de descartar especulações sobre racionamento por falta de energia no Brasil. O ano de 2014 foi concluído com cerca de 5 GW instalados no País, que chegará em 2018 com, no mínimo, 15 GW já oficialmente autorizados, mais que as usinas de Itaipu ou Belo Monte.

Existem ainda novas usinas eólicas sendo frequentemente liberadas para operação comercial em dezenas de municípios, como mostra o site Energia Mapeada, que compila dados oficiais da Aneel sobre energia limpa. "Até o fim de 2015, o Brasil já estará entre os dez maiores geradores de energia eólica no mundo", afirma o engenheiro eletricista Alarico Neves Filho, responsável pela página.

Atualmente dependente das chuvas para gerar 70% da energia elétrica, o Brasil tem potencial eólico capaz de abastecer quase três vezes a sua demanda, segundo estimativas mais recentes do setor. Além de ser hoje a fonte de expansão mais barata, a energia produzida através da força dos ventos é também a mais ecologicamente correta.

Viabilidade

Pesquisada há mais de 50 anos, a energia eólica economicamente viável tem pouco mais de 20 anos. Os países precursores dessa tecnologia ficam na Europa: Dinamarca e Alemanha. Recente no Brasil, ela vem contribuindo significativamente para o desenvolvimento do País, abastecendo hoje cerca de quatro milhões de casas, ou 12 milhões de pessoas – o equivalente à cidade de São Paulo – segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica.

Presente no Senado em um debate sobre o assunto, a presidente da entidade, Élbia Melo, defendeu que o Brasil precisa superar uma "visão turva" sobre essa fonte de energia, que a coloca em desconfiança sob o argumento de que esse recurso seria "sazonal e intermitente". Ela destacou que toda fonte que vem da natureza é, por definição, sazonal e intermitente, mas que é possível conter riscos no caso da eólica por meio do aumento da quantidade de geradores montados.

Foram contratados desde 2009, a partir do primeiro leilão competitivo com participação eólica, mais de 12 GW de capacidade eólica instalada, o que representa cerca de 10% de toda a matriz energética brasileira, incluindo as fontes nuclear, hidrelétrica, carvão, biomassa e outras. A energia eólica hoje instalada representa cerca de 4% do total de energia para o sistema e deve crescer fortemente nos próximos anos, podendo chegar a 10% em 2018.
 
 
 
Brasil 247

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Lava Jato: MP não se interessa por relações de Youssef com PSDB?

25 de janeiro de 2015 | 07:55 Autor: Miguel do Rosário



Não fosse o humor negro dos internautas, há muito a política brasileira teria se tornado insuportável.

O leitor José Alcy Nobre, por exemplo, fez um comentário engraçado, apesar de sombrio: “Se Youssef abrir o bico e falar de alguém do PSDB irá cumprir sentença na Indonésia.”

Eu acrescentaria o seguinte: já quando resolve falar do PT, mesmo que mentiras, Youssef é imediatamente libertado, e ainda leva um prêmio em dinheiro, de alguns milhões.

Pois é.

É engraçado, mas é sério.

É a mais triste e dura verdade.

Aliás, isso me lembra uma matéria que li ontem no Liberación, de Paris, sobre a mídia grega.

A matéria dizia que a imprensa grega é repleta de escândalos políticos, mas sempre de um lado só, sempre contra o mesmo grupo político contra o qual ela faz oposição.

No contexto de forte polarização ideológica que vive a Grécia, é fácil supor que a sua mídia defende os mais ricos e atacam qualquer político, mesmo de direita, que ouse se aproximar da classe trabalhadora.

É o que acontece no Brasil.

A mídia é versátil.

Quando um líder da esquerda se afasta da classe trabalhadora, a mídia imediatamente passa a blindá-lo.

Quando um líder da direita se aproxima da classe trabalhadora, a mídia imediatamente passa a atacá-lo.

E assim ela vai posando de imparcial.

O problema da nossa mídia, além da parcialidade, é o monopólio. É termos as mesmas empresas que controlam os principais jornais ocupando também a tv, o rádio, os canais fechados, cinema, revistas e livros.

Com esse poder, a mídia consegue manipular tudo.

A Lava Jato, por exemplo.

Trata-se de uma investigação importante, que pode nos ajudar muito a lutar contra uma corrupção que vem desde Pedro Alvares Cabral.

Mas a mídia, com seu pensamento fixo de envolver Dirceu, Lula e Dilma, com seu histerismo manipulativo, põe tudo a perder. Transforma tudo num circo de horrores que não gera resultado nenhum.

Youssef, por exemplo, foi, durante toda a sua vida, operador para o PSDB. Conhece a fundo as histórias de lavagem de dinheiro, caixa 2 e sonegação fiscal de políticos tucanos e empresas que bancavam o partido.

Mas a mídia só quer saber do PT. E o Ministério Público, que deveria ser imparcial e evitar se imiscuir na vida política do país, acaba entrando no jogo das paixões partidárias.

É uma pena.
 
 
 
Tijolaço

O “exército islâmico” dos Estados Unidos.

26 de janeiro de 2015 | 13:32 Autor: Fernando Brito



Recebo, do meu velho professor Nílson Lage, um interessante resumo das práticas do governo da Arábia Saudita, maior aliado (militar, inclusive) dos EUA no Oriente Médio.

Apenas sete pontos, que não causam escândalo na mídia mundial.

Todos práticas oficiais do Rei Abdullah, pranteado pelo Ocidente como grande governante.

1. Nada de eleições, nada de partidos, nada de oposição.

2. Decapitação, amputação de membros ou chicoteamento público de acusados de crimes, “infiéis” ou opositores políticos e religiosos.

3. Nepotismo oficial, com bons empregos e renda garantidos para os 7.000 parentes da dinastia Saud.

4.O poder passa de pai para filho ou de irmão para irmão e as brigas de família levaram até a uma revolta de sobrinho e um assassinato real “familiar”.

5. A tortura é legal, na polícia e na Justiça. Tanto que, em 2013, um homem foi condenado a ficar paraplégico como punição.

6. 5. As mulheres não têm direitos, até pouco tempo eram “legalmente” espancadas e até dirigir um automóvel lhes é proibido.

7. Financia, nas palavras de ninguém menos que Hillary Clinton, o terrorismo internacional: “Al Qaeda, Taleban, LeT [o grupo Lashkar-e-Taiba, sediado no Paquistão] e outros grupos terroristas”, disse ela.

Alguma diferença com o “Estado Islâmico” que os EUA e a Europa bombardeiam, literalmente, nas areias da Síria?

Só o fato de serem os melhores amigos dos EUA.
 
 
 
Tijolaço

O que acontece quando Armínio encontra Eliane Catanhêde?

Postado em 25 jan 2015
 

 
Bons modos são para os outros
 
 
Qual o resultado da mistura de Armínio Fraga com Eliane Cantanhêde?

Bem, o resultado está no Estadão, numa entrevista.

É o apocalipse. O Brasil acabou, para os dois.

De um modo geral, quando leio esse tipo de coisa, me pergunto o que pessoas que pensam assim ainda fazem no país.

O que Armínio retrata, com a ajuda milionária de Catanhêde, é uma distopia que só será superada se pessoas como eles estiverem no poder.

É o triunfo do ressentimento e de falta de autoconhecimento. A não ser que consideremos que éramos o paraíso sob FHC.

Uma frase simboliza a entrevista: “Estamos vivendo uma enorme crise de valores e isto é gravíssimo.”

Pois acrescento: entrevistado e entrevistadora são amostras dessa “enorme crise de valores”.

Armínio fala, a certa altura, do horror que é um sistema em que “empresas doam centenas de milhões de reais para as campanhas”.

Concordo. Muita gente concorda, aliás. E é uma pequena tragédia que Gilmar Mendes segure há tanto tempo, em completa impunidade, uma proposta de mudança de financiamento de políticos.

Mas a questão é: como foi a campanha de Aécio? Na base de água e pão? E a de Alckmin?

Armínio parece tratar os leitores do Estadão como idiotas. Do jeito como a questão foi apresentada, parece que o PT inventou o financiamento corporativo das campanhas.

Apenas o PSOL, nas eleições de 2014, optou por não aceitar dinheiro de grandes corporações.

Armínio não é Luciana Genro. Ou é?

Fosse uma jornalista mais atilada, ou menos tendenciosa, Eliane Catanhêde teria pedido explicações a Armínio quando ele falou no financiamento.

“Mas ministro”, diria ela. (Ministro seria uma concessão aceitável para um ex-futuro ministro.) “O Aécio recebeu 201 milhões de reais de empresas para sua campanha. E nem isso foi suficiente. Ele gastou 216 e ficou com 15 no buraco. Como o senhor explica isso?”

Num mundo menos imperfeito, ela iria adiante. Se o Aécio, com Armínio, não conseguiu controlar sequer o orçamento de sua campanha, como poderia sonhar em controlar as contas do país?

Volto à “gravíssima crise de valores”.

Como, à luz disso, classificar o aeroporto que Aécio construiu em Cláudio, num terreno que era da família? Ou o dinheiro que o governo de Minas, sob Aécio, colocou nas empresas de mídia da família?

Falemos do chefe de Armínio: e o dinheiro que, em malas, comprou os votos para a emenda de reeleição de FHC?

Há uma coisa peculiar no pensamento de homens como Armínio. Eles podem prevaricar copiosamente e, ainda assim, são capazes de oferecer inflamadas lições de moral.

Isso tem um nome: demagogia.

É quando você acusa os outros de fazer o que você faz.

O conteúdo econômico da entrevista segue na mesma linha. Armínio finge ver um universo pujante no qual a economia brasileira é um caso único de dificuldade.

Quem acredita nisso, para usar as palavras de Wellington, acredita em tudo.

Armínio não pode acreditar, ou seria um mentecapto. Mas aparentemente espera que os leitores – pobres leitores – acreditem.
 
 



Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
 
 
 
Diário do Centro do Mundo

O que significa para o mundo a vitória do Syriza

Postado em 25 jan 2015
 

 
Tsipras quer taxar os ricos e punir sonegação

A vitória da esquerda na Grécia pode ser uma das duas seguintes alternativas.
Apenas isso, uma vitória da esquerda na Grécia.
A primeira manifestação de exaustão, no mundo, do receituário conservador para combater a crise econômica.

Em breve se saberá qual das duas sentenças prevalecerá. Seja como for, todos os olhos convergem, a partir de agora, para a Grécia, em busca dos desdobramentos da vitória do Syriza e de seu jovem e carismático líder Alexis Tsipras.

No Brasil, particularmente, o triunfo da esquerda grega coincide com a adoção, por Dilma, de um programa econômico parecido, em muitos pontos, com aquilo que está sendo repudiado pelos gregos.

Para simplificar, Joaquim Levy é o anti-Syriza por excelência.

Na esquerda brasileira, o PT incluído, provavelmente serão inflamados os debates nos próximos tempos.

Embora tenha um retrato de Che Guevara em seu gabinete e tenha dado o nome de Ernesto a um filho, Tsipras não é um incendiário.

Ele não prega a saída da Grécia da União Europeia, por exemplo. Mas não quer que a permanência nela do país tenha o brutal custo social que vem tendo.

Será complicada a vida da Grécia longe da zona do euro. O primeiro e imenso desafio seria a criação de uma nova moeda, e outros obstáculos complexos apareceriam rapidamente no caminho.

Mas também é difícil para a União Europeia a saída da Grécia, porque poderia ter um efeito dominó que colocaria em risco o euro.

Por isso, o realismo sugere que as partes encontrarão uma solução conciliadora.

As ideias defendidas por Tsipras não são incompatíveis com a presença da Grécia na União Europeia.

Ele tem falado em coisas que estão no discurso de muitos líderes de países desenvolvidos ocidentais: taxar mais fortemente os mais ricos e combater severamente a evasão fiscal.

Obama tem dito coisas parecidas.

Nestes dois campos – taxar os ricos e cercar a sonegação – é o Brasil, e não a Grécia, que parece perdido no tempo.

Em nenhum momento em sua campanha Dilma tocou em tais temas.

Dias depois de vir à luz uma manobra do Bradesco num paraíso fiscal para fugir de impostos, Dilma bateu no banco duas vezes em busca de um ministro da Economia.

Acabou acertando na segunda tentativa, com Levy. É aquele tipo de pragmatismo que resultou no abraço de Lula em Maluf, ou na longa aliança com Sarney.

E embora até os bilionários brasileiros admitam secretamente que pagam muito pouco em impostos, ninguém no governo fala em aumentar, ainda que modicamente, sua contribuição.

A chegada do Syriza ao poder na Grécia lembra a chegada do PT ao poder no Brasil, há doze anos.

Inclui-se nas semelhanças o terrorismo retórico das forças conservadoras.

Se olhar para o caso brasileiro, Tsipras vai entender com clareza que será um erro repetir qualquer coisa parecida com a “Carta aos Brasileiros” – com a qual Lula acalmou o “mercado” e abdicou de fazer um governo verdadeiramente renovador.

Em todas as partes do mundo, a esquerda espera que o Syriza não sucumba à tentação de uma acomodação que, como ocorreu com o PT, o impeça de ser o Syriza.
 
 
 


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O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
 
 
 
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