"A Petrobras continua dando lucro e distribuindo dividendos. Sem falar que é a maior companhia do país e a que mais gera receita também. É impossível ou, no mínimo, muito difícil, uma empresa desse porte quebrar", explica Vitor Suzaki, analista da corretora Lerosa, que recomenda os papéis da estatal em sua carteira semanal e mensal; relatório do Santander afirma que aposta na companhia pois existe uma potencial melhora dos indicadores de produção durante os próximos meses; depois de quatro dias seguidos de queda, influenciadas por investigações de corrupção e preço do petróleo, ações da estatal sobem 3% nesta manhã
7 de Janeiro de 2015 às 10:41
247, com portal Infomoney - Em apenas três pregões que a bolsa brasileira teve em 2015, a Petrobras (PETR4) desvalorizou 16,87%, levando em conta o fechamento da última terça-feira 6.
O cenário está todo negativo para a estatal, visto que o preço do petróleo lá fora está muito fora dos padrões e a companhia está afundada em dívidas e investigada pela Polícia Federal por práticas de corrupção e também pela SEC, órgão regulador do mercado de capitais norte-americano.
Apesar disso, quatro corretoras recomendam as ações da companhia para este mês: a Elite, a Lerosa Investimentos, o Santander e a Coinvalores.
Vitor Suzaki, analista da Lerosa, que recomenda os papéis da estatal em sua carteira semanal e mensal, afirmou que, apesar do cenário negativo, os múltiplos da empresa estão muito baratos, visto que seu valor patrimonial é de R$ 27,65, enquanto a ação vale R$ 8,33, formando um P/VPA (preço da ação dividido pelo valor patrimonial por ação) de 0,30.
"A Petrobras continua dando lucro e distribuindo dividendos. Sem falar que é a maior companhia do país e a que mais gera receita também. É impossível ou, no mínimo, muito difícil, uma empresa desse porte quebrar", explicou em entrevista ao InfoMoney.
Já Leonardo Milane e Ricardo Peretti, estrategistas de pessoa física do Santander, afirmaram, em relatório, que apostam na companhia pois existe uma potencial melhora dos indicadores de produção durante os próximos meses.
As ações da petroleira sobem 3% no início do pregão desta quarta-feira 7, depois de quatro dias seguidos de queda. Ontem, a empresa perdeu R$ 5 bilhões de valor de mercado em apenas oito minutos, após uma notícia da agência Bloomberg de que a companhia poderia rebaixar o valor da gasolina (leia aqui). A empresa fechou o pregão com queda de 6%, um dia depois de ter fechado com perdas de 8%.
Abaixo, reportagem do portal Infomoney sobre o pregão de hoje:
Ibovespa avança com ânimo internacional e espera por corte de gastos
SÃO PAULO - O Ibovespa abriu em alta nesta quarta-feira (7) puxado por tentativa de repique nos preços do petróleo e com um maior ânimo internacional. Às 10h25 (horário de Brasília), o índice subia 1,44%, a 48.693 pontos.
No radar continua a expectativa pelo anúncio de medidas de contenção de gastos pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy e os rumores sobre a Petrobras (PETR3, R$ 8,20, +1,74%; PETR4, R$ 8,49, +1,92%) em relação a uma redução nos preços da gasolina para enfrentar os concorrentes. A companhia ainda ontem que concluiu com sucesso negociação com credores que demandavam demonstração contábil do terceiro trimestre de 2014 revisada por auditor externo até fim deste mês, que ainda não foi publicada em meio a denúncias de corrupção que podem resultar em baixas contábeis.
Entre os destaques nas ações hoje continuam os papéis da estatal que sobem mais de 2% em correção às fortes perdas dos últimos dias. Nos dois últimos pregões, os papéis da estatal já acumulam 11% de queda em vista da continuidade dos escândalos de corrupção na companhia investigados pela Operação Lava Jato da Polícia Federal e da recente derrocada dos preços do petróleo para os menores níveis em cinco anos e meio, abaixo dos US$ 50 por barril. Na sessão de ontem, rumores de que a petroleira poderia reduzir os preços da gasolina para combater a concorrência ajudaram a acelerar as perdas das suas ações.
Outra blue chip, a Vale (VALE3, R$ 22,14, +1,56%; VALE5, R$ 19,58, +1,50%) mantém trajetória de alta iniciada ontem e puxada por uma recuperação nos preços do minério motivada principalmente por espera por melhoras na economia chinesa. O principal produto da mineradora sobe 1,7%, a US$ 71,64.
Nas bolsas europeias, o principal driver é o CPI e a expectativa de deflação em 2014 na ZE, reforçando a aposta por medidas de incentivo na política monetária. Assim, os principais índices europeus operam em alta de mais de 1%.
Brasil 247
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