O jornalismo político Brasil, definitivamente, está precisando de um analista.
Os mais ilustres comentaristas da grande imprensa, um após outro, dedicam-se a analisar supostas emoções, muito menos que os fatos.
Dias atrás, Merval Pereira disse que Dilma, segundo seus informantes, teria chorado por sentir-se “abandonada” por Lula.
Agora, é Ricardo Noblat quem coloca Lula distante e apreensivo, porque Dilma – a mesma que disse Merval estava chorando sem Lula – não o ouve e consulta.
Lula, diz Noblat, “está nas mãos de Dilma”.
Não é preciso, convenhamos, nenhum divã de analista para verificar que ambas descrições são, em bom português, pura intriga.
Ajudada, é verdade, por uma visão “patrimonialista” (para usar a palavra da moda) do exercício do poder.
O espírito das intrigas palacianas serve, com certeza, para palácios habitados por príncipes, daqueles que se acham possuidores, por direito natural, do trono.
Não que precisem ser nobres para isso. Quem lembrar da cena política brasileira nos últimos anos verá que o príncipe José Serra achou um absurdo alguém tão preparado quanto ele não ser presidente e, estes dias, o dauphin Aécio Neves fez birra porque não aceitou que a plebe ignara o tenha preterido para reinar.
Foge a Merval e a Noblat a ideia de que, para algumas pessoas, a política não é como uma carreira de “medalhão” da grande imprensa, onde a regra para subir é invejar e derrubar quem ocupa cargos de mando.
Falta-lhes, porque não a têm, a ideia de que alguém possa fazer política com causas coletivas e um projeto político para a Nação. Com tudo o que as ambições próprias do ser humano possam interferir nos episódios do dia-a-dia, não compreendem que lideranças políticas possam ter outra relação com o poder senão a de ambição (de todas as naturezas) e do desejo de mandar.
Lula e Dilma, cada um deles, têm seu lugar na história assegurado, como presidente e presidentes reeleitos.
Podem ter suas vaidades, mas têm uma causa da vida inteira.
Por isso, não trabalham com a ideia – que Luiz XV da França tornou célebre com a frase “d’apres moi le deluge” – de que, fora de seus próprios interesses e vaidades pessoais nada mais lhes importa.
Nem que Lula, um simples operário vindo do Nordeste, possa ter as noções de ética que lhe permitam sugerir, ponderar mas não impor soluções a seus companheiros, inclusive e principalmente aquela que, de fato e de direito, detém o cargo de Presidenta.
Deve ser difícil aos que se transformaram em porta-vozes de uma elite miúda e sem classe como a brasileira entender o que é comportamento ético e ausência de mesquinhez.
Afinal, subir na vida é uma questão de ” invejar e derrubar”, não é?
Noblesse oblige.
Os mais ilustres comentaristas da grande imprensa, um após outro, dedicam-se a analisar supostas emoções, muito menos que os fatos.
Dias atrás, Merval Pereira disse que Dilma, segundo seus informantes, teria chorado por sentir-se “abandonada” por Lula.
Agora, é Ricardo Noblat quem coloca Lula distante e apreensivo, porque Dilma – a mesma que disse Merval estava chorando sem Lula – não o ouve e consulta.
Lula, diz Noblat, “está nas mãos de Dilma”.
Não é preciso, convenhamos, nenhum divã de analista para verificar que ambas descrições são, em bom português, pura intriga.
Ajudada, é verdade, por uma visão “patrimonialista” (para usar a palavra da moda) do exercício do poder.
O espírito das intrigas palacianas serve, com certeza, para palácios habitados por príncipes, daqueles que se acham possuidores, por direito natural, do trono.
Não que precisem ser nobres para isso. Quem lembrar da cena política brasileira nos últimos anos verá que o príncipe José Serra achou um absurdo alguém tão preparado quanto ele não ser presidente e, estes dias, o dauphin Aécio Neves fez birra porque não aceitou que a plebe ignara o tenha preterido para reinar.
Foge a Merval e a Noblat a ideia de que, para algumas pessoas, a política não é como uma carreira de “medalhão” da grande imprensa, onde a regra para subir é invejar e derrubar quem ocupa cargos de mando.
Falta-lhes, porque não a têm, a ideia de que alguém possa fazer política com causas coletivas e um projeto político para a Nação. Com tudo o que as ambições próprias do ser humano possam interferir nos episódios do dia-a-dia, não compreendem que lideranças políticas possam ter outra relação com o poder senão a de ambição (de todas as naturezas) e do desejo de mandar.
Lula e Dilma, cada um deles, têm seu lugar na história assegurado, como presidente e presidentes reeleitos.
Podem ter suas vaidades, mas têm uma causa da vida inteira.
Por isso, não trabalham com a ideia – que Luiz XV da França tornou célebre com a frase “d’apres moi le deluge” – de que, fora de seus próprios interesses e vaidades pessoais nada mais lhes importa.
Nem que Lula, um simples operário vindo do Nordeste, possa ter as noções de ética que lhe permitam sugerir, ponderar mas não impor soluções a seus companheiros, inclusive e principalmente aquela que, de fato e de direito, detém o cargo de Presidenta.
Deve ser difícil aos que se transformaram em porta-vozes de uma elite miúda e sem classe como a brasileira entender o que é comportamento ético e ausência de mesquinhez.
Afinal, subir na vida é uma questão de ” invejar e derrubar”, não é?
Noblesse oblige.
Tijolaço
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