22 de janeiro de 2015 | 20:16 Autor: Fernando Brito
A imprensa, com estardalhaço, anuncia que o Brasil está importando energia da Argentina e Paraguai.
Está.
Exatos 90 megawatt, ontem.
O equivalente a estrondosos 0,12% dos 73.780 MW consumidos ontem no país.
Uma quantidade, como se vê, ridícula, embora, nesta seca, qualquer 10 mil réis sejam úteis.
Irrelevante, sob qualquer aspecto.
Mas o Brasil importava energia antes?
Sim, e muito mais.
Peguei, ao acaso, um dia de 2002, na crise energética tucana.
Importamos 673 MW da Argentina e do Paraguai no mesmo dia 21 de janeiro de 2002.
Ou 1,89% da carga de 35.647 MW consumida pelo país, proporcionalmente 15 vezes mais.
(Sim, porque o consumo – e a produção – de energia mais que dobraram de Fernando Henrique para cá, embora a população tenha crescido pouco mais de 20%)
Não me recordo de qualquer escândalo por isso.
Até porque, de lá para cá, importamos ou exportamos energia ( e, aí, até 1.000 MW) conforme as disponibilidades da região sul do Brasil e dos países vizinhos.
Mas, agora, qualquer defeito local, a maioria das distribuidoras de energia, vai virar “prova” de que estamos na iminência de um baita apagão.
O jornalismo, no Brasil, é a política.
A imprensa, com estardalhaço, anuncia que o Brasil está importando energia da Argentina e Paraguai.
Está.
Exatos 90 megawatt, ontem.
O equivalente a estrondosos 0,12% dos 73.780 MW consumidos ontem no país.
Uma quantidade, como se vê, ridícula, embora, nesta seca, qualquer 10 mil réis sejam úteis.
Irrelevante, sob qualquer aspecto.
Mas o Brasil importava energia antes?
Sim, e muito mais.
Peguei, ao acaso, um dia de 2002, na crise energética tucana.
Importamos 673 MW da Argentina e do Paraguai no mesmo dia 21 de janeiro de 2002.
Ou 1,89% da carga de 35.647 MW consumida pelo país, proporcionalmente 15 vezes mais.
(Sim, porque o consumo – e a produção – de energia mais que dobraram de Fernando Henrique para cá, embora a população tenha crescido pouco mais de 20%)
Não me recordo de qualquer escândalo por isso.
Até porque, de lá para cá, importamos ou exportamos energia ( e, aí, até 1.000 MW) conforme as disponibilidades da região sul do Brasil e dos países vizinhos.
Mas, agora, qualquer defeito local, a maioria das distribuidoras de energia, vai virar “prova” de que estamos na iminência de um baita apagão.
O jornalismo, no Brasil, é a política.
Tijolaço
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