O presidente da Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet), engenheiro químico Felipe Campos Cauby Coutinho, disse que quer lutar para fortalecer institucionalmente a empresa e avaliar de forma crítica a relação da Petrobras com os fornecedores de bens e serviços; ele foi eleito para o triênio 2015/2017 e toma posse nesta terça-feira à noite
13 de Janeiro de 2015 às 09:42
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
O presidente da Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet), eleito para o triênio 2015/2017, engenheiro químico Felipe Campos Cauby Coutinho, disse - em entrevista à Agência Brasil - que quer lutar para fortalecer institucionalmente a empresa. Disse também que quer avaliar de forma crítica a relação da Petrobras com os fornecedores de bens e serviços.
Coutinho toma posse nesta terça-feira 13 à noite na função. Segundo ele, os casos recentes mostram que a empresa está institucionalmente frágil perante a ação dos fornecedores de bens e serviços.
Defendeu a valorização e o fortalecimento do corpo técnico da Petrobras, o que tornaria a empresa menos vulnerável à ação dos fornecedores. Segundo ele, as fraudes são produzidas a partir de contratos que envolvem somas altas. "Só as empreiteiras de capital concentrado têm condições de operar contratos desse nível. Isso restringe o número de concorrentes e facilita a cartelização", disse. Para ele, as empresas têm equipes de advogados especializados em procurar brechas para justificar adendos contratuais que justificariam aumentos de custos.
A nova direção da Aepet, segundo ele, vai lutar para que os agentes responsáveis e beneficiários da corrupção sejam punidos. "Eles precisam ser punidos e ressarcir os recursos. E a gente precisa garantir que não tenham acesso a novos contratos. Que seja uma punição exemplar e a Petrobras continue fazendo o seu trabalho de melhorar institucionalmente", disse. Coutinho ressaltou que a ação desses agentes não é novidade na história da estatal. "Sempre existiu. A novidade é a revelação".
A Aepet, conforme disse, vai manter a defesa do monopólio estatal do petróleo no Brasil, exercido pela Petrobras em nome da União, com a produção voltada ao atendimento das necessidades do país. "O petróleo é uma riqueza especial, que não é substituível. Por isso, acredito que ele deve ser produzido de maneira proporcional às necessidades e ao desenvolvimento da nossa sociedade".
Brasil 247
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