Stedile com o Papa: "ele se considera um peronista"
Nesta quarta-feira (21), em entrevista a blogueiros sujos, João Pedro Stedile revelou detalhes do encontro com o Papa Francisco, ocorrido em novembro de 2014. Segundo o líder do Movimento Sem Terra (MST), o religioso admitiu ser “inaceitável” o latifúndio.
“O latifúndio é inaceitável eticamente aos olhos dos valores e doutrinas que pregamos. Nenhuma família pode estar sem casa, sem moradia digna. Nenhum sem terra pode estar sem terra. O latifúndio ser distribuído é uma posição ética”, disse o Papa no encontro.
“Ninguém pode se arvorar ao direito de se apropriar de um bem da natureza”, teria dito o Papa. “Ele vai fazer encíclica sobre ecologia e mudanças climáticas”, contou Stedile.
Quanto à reforma agrária, para Stedile, a discussão mudou o sentido no século XXI. “Agora, o latifúndio mudou de cara. Por trás da agricultura, está as empresas transnacionais, que controlam o comércio e a produção e estão os bancos que as financiam. É esse modelo que se chama agronegócio”, afirmou usar como exemplo o banqueiro Daniel Dantas. “Ele comprou no sul do Pará, com dinheiro americano, 600 mil hectares”.
“Todas as reformas agrárias ao longo do século XX levaram ao desenvolvimento. Estados Unidos, ainda no século XIX e o Japão após a segunda guerra, por exemplo”, completou Stedile.
E criticou a imprensa. “Temos dificuldade de pautar a reforma agrária porque a imprensa é hegemonizada pelo agronegócio. No ano passado o MST fez duas das suas maiores ocupações. Não saiu uma linha na imprensa”.
“No Brasil, desde Celso Furtado tenta-se a reforma agrária. Ele faria a mais generosa delas”, confessou, para completar: “Elegemos Lula e a reforma não saiu” Apesar da crítica, Stedile elogiou os anos de “neodesenolvimento” com o Presidente Lula e com a Presidenta Dilma.
No evento, o MST lançou o seu novo site. “Internet é um instrumento importante de comunicação. A intenção é democratizar tecnologia para outros movimentos”, concluiu.
Leia outras frases:
“A democracia no Brasil está sequestrada. Dez empresas elegeram 70% dos parlamentares. Precisamos da Reforma Política”
“Depois de conquistada a terra, a luta continua. O nosso desafio é a produção de alimentos agroecológicos”
“Temos que priorizar a nossa agroecologia para a alimentação escolar”
Gostamos (nós, da esquerda) de fazer discursos, mas somos ruins de comunicação de massa.
O tema (reforma agrária), que permeou o século XX, mudou o seu sentido. A terra deve ser para quem nela trabalhe foi lançado pelo Zapata.
A burguesia nacional tinha interesse na reforma agrária.
A eleição do Papa é resultado da crise da Igreja
Construímos um encontro do papa com movimentos sociais
Ele se recusa que beije a mão dele.
É uma figura sui generis para o cargo que ocupa
Ele participou da discussão
São Paulo ampliou em 8 anos o monocultivo da cana para 6 milhões de hectares (por isso não chove lá)
Manifestação junho 2013 não mobilizou trabalhador
Papa se considera peronista
Ligado trabalhadores urbanos
Tentar encontro mundial de movimentos populares 200 pessoas
Emocionado – se recusa beijar mão
Espaço dos sínodos – nunca entrei nessa sala do sínodo
É inaceitável uma família sem moradia
Nunciatura da Bolívia foco oposição Evo
Evo pela primeira vez encontrou Papa
Programa (de desenvolvimento do Governo) se esgotou E é dependente exterior
Brasil é único lugar do mundo em que trabalhador paga para trabalhar
Dez empresas financiaram parlamentares – democracia sequestrada !
Dá os Lava Jato da vida !
Steinbruch jantava no Natal com Mercadante e agora foi pra Oposição
Governo tem que vir para a esquerda
Estamos convictos de que devemos reflorestar esse país. É o bolsa-árvore.
É possível, sim, a Tarifa Zero
O ópio do povo nos dias de hoje é a Televisão
A contradição do agronegócio é que ele é antissocial. Eliminou mais de 5 milhões de empregos
O agronegócio ainda prejudica o meio ambiente e contamina os alimentos com agrotóxicos
No Brasil a cada ano surgem 500 Mil novos casos de cancer devido aos venenos no campo
O nosso papel é colocar o povo na rua. Essa é a melhor maneira de politizar as massas
Estamos no esforço de construção de uma grande frente de esquerda para defender os direitos conquistados
Nesta quarta-feira (21), em entrevista a blogueiros sujos, João Pedro Stedile revelou detalhes do encontro com o Papa Francisco, ocorrido em novembro de 2014. Segundo o líder do Movimento Sem Terra (MST), o religioso admitiu ser “inaceitável” o latifúndio.
“O latifúndio é inaceitável eticamente aos olhos dos valores e doutrinas que pregamos. Nenhuma família pode estar sem casa, sem moradia digna. Nenhum sem terra pode estar sem terra. O latifúndio ser distribuído é uma posição ética”, disse o Papa no encontro.
“Ninguém pode se arvorar ao direito de se apropriar de um bem da natureza”, teria dito o Papa. “Ele vai fazer encíclica sobre ecologia e mudanças climáticas”, contou Stedile.
Quanto à reforma agrária, para Stedile, a discussão mudou o sentido no século XXI. “Agora, o latifúndio mudou de cara. Por trás da agricultura, está as empresas transnacionais, que controlam o comércio e a produção e estão os bancos que as financiam. É esse modelo que se chama agronegócio”, afirmou usar como exemplo o banqueiro Daniel Dantas. “Ele comprou no sul do Pará, com dinheiro americano, 600 mil hectares”.
“Todas as reformas agrárias ao longo do século XX levaram ao desenvolvimento. Estados Unidos, ainda no século XIX e o Japão após a segunda guerra, por exemplo”, completou Stedile.
E criticou a imprensa. “Temos dificuldade de pautar a reforma agrária porque a imprensa é hegemonizada pelo agronegócio. No ano passado o MST fez duas das suas maiores ocupações. Não saiu uma linha na imprensa”.
“No Brasil, desde Celso Furtado tenta-se a reforma agrária. Ele faria a mais generosa delas”, confessou, para completar: “Elegemos Lula e a reforma não saiu” Apesar da crítica, Stedile elogiou os anos de “neodesenolvimento” com o Presidente Lula e com a Presidenta Dilma.
No evento, o MST lançou o seu novo site. “Internet é um instrumento importante de comunicação. A intenção é democratizar tecnologia para outros movimentos”, concluiu.
Leia outras frases:
“A democracia no Brasil está sequestrada. Dez empresas elegeram 70% dos parlamentares. Precisamos da Reforma Política”
“Depois de conquistada a terra, a luta continua. O nosso desafio é a produção de alimentos agroecológicos”
“Temos que priorizar a nossa agroecologia para a alimentação escolar”
Gostamos (nós, da esquerda) de fazer discursos, mas somos ruins de comunicação de massa.
O tema (reforma agrária), que permeou o século XX, mudou o seu sentido. A terra deve ser para quem nela trabalhe foi lançado pelo Zapata.
A burguesia nacional tinha interesse na reforma agrária.
A eleição do Papa é resultado da crise da Igreja
Construímos um encontro do papa com movimentos sociais
Ele se recusa que beije a mão dele.
É uma figura sui generis para o cargo que ocupa
Ele participou da discussão
São Paulo ampliou em 8 anos o monocultivo da cana para 6 milhões de hectares (por isso não chove lá)
Manifestação junho 2013 não mobilizou trabalhador
Papa se considera peronista
Ligado trabalhadores urbanos
Tentar encontro mundial de movimentos populares 200 pessoas
Emocionado – se recusa beijar mão
Espaço dos sínodos – nunca entrei nessa sala do sínodo
É inaceitável uma família sem moradia
Nunciatura da Bolívia foco oposição Evo
Evo pela primeira vez encontrou Papa
Programa (de desenvolvimento do Governo) se esgotou E é dependente exterior
Brasil é único lugar do mundo em que trabalhador paga para trabalhar
Dez empresas financiaram parlamentares – democracia sequestrada !
Dá os Lava Jato da vida !
Steinbruch jantava no Natal com Mercadante e agora foi pra Oposição
Governo tem que vir para a esquerda
Estamos convictos de que devemos reflorestar esse país. É o bolsa-árvore.
É possível, sim, a Tarifa Zero
O ópio do povo nos dias de hoje é a Televisão
A contradição do agronegócio é que ele é antissocial. Eliminou mais de 5 milhões de empregos
O agronegócio ainda prejudica o meio ambiente e contamina os alimentos com agrotóxicos
No Brasil a cada ano surgem 500 Mil novos casos de cancer devido aos venenos no campo
O nosso papel é colocar o povo na rua. Essa é a melhor maneira de politizar as massas
Estamos no esforço de construção de uma grande frente de esquerda para defender os direitos conquistados
Conversa Afiada
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