qua, 07/01/2015 - 14:30
Atualizado em 07/01/2015 - 14:30
Jornal GGN - Ontem (6), o jornal O Globo publicou uma matéria que afirmava, na chamada de capa, “Petróleo desaba e já é ameaça ao pré-sal”. Na chamada de capa o impresso dizia que o barril de petróleo a US$ 50 (em Nova Iorque) e US$ 53 (em Londres) estaria acendendo “uma luz amarela nos investimentos da Petrobras e de seus parceiros”.
Depois de alarmar na capa, apenas na reportagem, na página 17, surgiram informações de que especialistas ainda consideravam viáveis os projetos. E aí a matéria é consistente, explica que o preço do petróleo está muito perto do mínimo necessário para a viabilidade da exploração do pré-sal, mas que deve voltar a subir porque a necessidade da commodity não vai simplesmente desaparecer. Os próprios empresários e acadêmicos ouvidos pela reportagem respondem à dúvida levantada e garantem que sim, o pré-sal é viável e qualquer empresa com dinheiro em caixa exploraria suas reservas, porque o retorno é de longo prazo.
Ainda assim, a Petrobras sentiu necessidade de se manifestar e detalhou, em nota, porque considera importante as operações do pré-sal brasileiro. “O break even (preço mínimo do barril a partir do qual a produção é economicamente viável) planejado no momento em que foram aprovados os projetos de produção do pré-sal, situava-se no entorno de US$ 45 por barril, incluída a tributação e sem considerar os gastos com infraestrutura de escoamento de gás”. Considerando esses gastos, o valor aumenta entre US$ 5 e U$ 7. Ou seja, o break even fica entre US$ 50 e US$ 52. Considerando os preços de Nova Iorque e Londres a margem fica bastante baixa ou inexistente.
No entanto, a Petrobras afirma que o cálculo do break even considera que todos os dispêndios dos projetos (investimentos, custos operacionais e tributação) estão associados aos preços dos insumos vigente no momento da sua aprovação. E os custos da indústria fornecedora estão relacionados aos preços do petróleo no mercado internacional. “Quando há redução relevante, como no caso atual do patamar de preços do barril, ela é acompanhada, ainda que não imediatamente, de uma diminuição dos custos em segmentos importantes do setor de bens e serviços. O efeito dessa redução compensa, em parte, a perda de receita ocasionada pela queda do preço do barril”.
A estatal também defende o foco de longo prazo dos seus projetos e afirma que o potencial do pré-sal pode ser avaliado pela alta produtividade dos poços em operação. Para não deixar dúvidas ao O Globo, o título da nota da Petrobras é: Pré-sal é economicamente viável.
O Globo também deu, no site, o direito de resposta à Petrobras com trechos da nota da estatal.
Abaixo, a íntegra do esclarecimento:
Pré-sal é economicamente viável
Em relação à matéria intitulada “Petróleo desaba e já é ameaça ao pré-sal”, publicada hoje, 6/1, no jornal "O Globo", a Petrobras esclarece que está aumentando a sua capacidade de produção de petróleo e gás no pré-sal brasileiro de modo economicamente viável. A companhia informa que o break even(preço mínimo do barril a partir do qual a produção é economicamente viável) planejado no momento em que foram aprovados os projetos de produção do pré-sal, situava-se no entorno de US$ 45 por barril, incluída a tributação e sem considerar os gastos com infraestrutura de escoamento de gás. Ao considerá-los, esse valor pode aumentar entre US$ 5 e US$ 7 por barril.
Além disso, o break evenjá mencionado, leva em consideração uma vazão de poços entre 15 e 25 mil barris por dia. Atualmente a Petrobras produz no pré-sal a uma vazão média de 20 mil barris por dia. Alguns poços do Polo Pré-sal da Bacia de Santos têm alcançado vazão superior a 30 mil barris de óleo por dia, com efeito positivo na economicidade dos projetos. Essa elevada produtividade permitiu, por exemplo, que as unidades piloto de produção do FPSO Cidade de São Paulo (navio-plataforma operando no campo de Sapinhoá) e FPSO Cidade de Paraty (instalada no campo de Lula) atingissem a sua capacidade máxima de produção, de 120 mil barris por dia, com apenas quatro poços produtores interligados a cada uma delas.
Esse cálculo considera que todos os dispêndios dos projetos (investimentos, custos operacionais e tributação) estão associados ao nível de preços dos insumos vigente no momento da sua aprovação. É importante destacar, ainda, que os custos da indústria fornecedora de bens e serviços são, historicamente, correlacionados aos preços de petróleo no mercado internacional. Quando há redução relevante, como no caso atual do patamar de preços do barril, ela é acompanhada, ainda que não imediatamente, de uma diminuição dos custos em segmentos importantes do setor de bens e serviços. O efeito dessa redução compensa, em parte, a perda de receita ocasionada pela queda do preço do barril.
Vale ressaltar, também, que as decisões de investimento em projetos de Exploração & Produção – especialmente os destinados a águas profundas – são baseadas em cenários que incorporam uma visão de longo prazo, não só para os preços, como também para todos os demais insumos e custos dos projetos.
Alta produtividade - O enorme potencial do pré-sal pode ser avaliado pela elevada produtividade dos poços em operação. No último dia 16 de dezembro, por exemplo, a produção de petróleo nos campos operados pela companhia na província do pré-sal nas bacias de Santos e Campos atingiu a marca histórica de 700 mil barris de petróleo por dia (bpd), com a contribuição de apenas 34 poços produtores interligados a 12 diferentes plataformas - sendo oito deles produzindo exclusivamente na camada pré-sal. Esse volume foi alcançado apenas oito anos depois da primeira descoberta de petróleo nessa província, em 2006, e apenas seis meses após a companhia ter atingido a marca de 500 mil bpd, em julho.
Além disso, vêm contribuindo para o desempenho da companhia no pré-sal os resultados obtidos pelos programas estratégicos PRC-Poço (Programa de Redução de Custos em Poços) e PRC-Sub (Programa de Redução de Custos em Sistema Submarinos). Esses programas integram iniciativas que vêm incorporando melhorias contínuas na redução da duração e dos custos não só de poços, como também de instalações submarinas dos projetos de Exploração e Produção, contribuindo para aumentar ainda mais a competitividade econômica dos projetos do pré-sal. Como exemplo da melhor produtividade que vem sendo obtida desde 2010, destaca-se a redução da ordem de 60% no tempo de construção de poços dos campos de Lula e Sapinhoá, ambos no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos.
Atualizado em 07/01/2015 - 14:30
Jornal GGN - Ontem (6), o jornal O Globo publicou uma matéria que afirmava, na chamada de capa, “Petróleo desaba e já é ameaça ao pré-sal”. Na chamada de capa o impresso dizia que o barril de petróleo a US$ 50 (em Nova Iorque) e US$ 53 (em Londres) estaria acendendo “uma luz amarela nos investimentos da Petrobras e de seus parceiros”.
Depois de alarmar na capa, apenas na reportagem, na página 17, surgiram informações de que especialistas ainda consideravam viáveis os projetos. E aí a matéria é consistente, explica que o preço do petróleo está muito perto do mínimo necessário para a viabilidade da exploração do pré-sal, mas que deve voltar a subir porque a necessidade da commodity não vai simplesmente desaparecer. Os próprios empresários e acadêmicos ouvidos pela reportagem respondem à dúvida levantada e garantem que sim, o pré-sal é viável e qualquer empresa com dinheiro em caixa exploraria suas reservas, porque o retorno é de longo prazo.
Ainda assim, a Petrobras sentiu necessidade de se manifestar e detalhou, em nota, porque considera importante as operações do pré-sal brasileiro. “O break even (preço mínimo do barril a partir do qual a produção é economicamente viável) planejado no momento em que foram aprovados os projetos de produção do pré-sal, situava-se no entorno de US$ 45 por barril, incluída a tributação e sem considerar os gastos com infraestrutura de escoamento de gás”. Considerando esses gastos, o valor aumenta entre US$ 5 e U$ 7. Ou seja, o break even fica entre US$ 50 e US$ 52. Considerando os preços de Nova Iorque e Londres a margem fica bastante baixa ou inexistente.
No entanto, a Petrobras afirma que o cálculo do break even considera que todos os dispêndios dos projetos (investimentos, custos operacionais e tributação) estão associados aos preços dos insumos vigente no momento da sua aprovação. E os custos da indústria fornecedora estão relacionados aos preços do petróleo no mercado internacional. “Quando há redução relevante, como no caso atual do patamar de preços do barril, ela é acompanhada, ainda que não imediatamente, de uma diminuição dos custos em segmentos importantes do setor de bens e serviços. O efeito dessa redução compensa, em parte, a perda de receita ocasionada pela queda do preço do barril”.
A estatal também defende o foco de longo prazo dos seus projetos e afirma que o potencial do pré-sal pode ser avaliado pela alta produtividade dos poços em operação. Para não deixar dúvidas ao O Globo, o título da nota da Petrobras é: Pré-sal é economicamente viável.
O Globo também deu, no site, o direito de resposta à Petrobras com trechos da nota da estatal.
Abaixo, a íntegra do esclarecimento:
Pré-sal é economicamente viável
Em relação à matéria intitulada “Petróleo desaba e já é ameaça ao pré-sal”, publicada hoje, 6/1, no jornal "O Globo", a Petrobras esclarece que está aumentando a sua capacidade de produção de petróleo e gás no pré-sal brasileiro de modo economicamente viável. A companhia informa que o break even(preço mínimo do barril a partir do qual a produção é economicamente viável) planejado no momento em que foram aprovados os projetos de produção do pré-sal, situava-se no entorno de US$ 45 por barril, incluída a tributação e sem considerar os gastos com infraestrutura de escoamento de gás. Ao considerá-los, esse valor pode aumentar entre US$ 5 e US$ 7 por barril.
Além disso, o break evenjá mencionado, leva em consideração uma vazão de poços entre 15 e 25 mil barris por dia. Atualmente a Petrobras produz no pré-sal a uma vazão média de 20 mil barris por dia. Alguns poços do Polo Pré-sal da Bacia de Santos têm alcançado vazão superior a 30 mil barris de óleo por dia, com efeito positivo na economicidade dos projetos. Essa elevada produtividade permitiu, por exemplo, que as unidades piloto de produção do FPSO Cidade de São Paulo (navio-plataforma operando no campo de Sapinhoá) e FPSO Cidade de Paraty (instalada no campo de Lula) atingissem a sua capacidade máxima de produção, de 120 mil barris por dia, com apenas quatro poços produtores interligados a cada uma delas.
Esse cálculo considera que todos os dispêndios dos projetos (investimentos, custos operacionais e tributação) estão associados ao nível de preços dos insumos vigente no momento da sua aprovação. É importante destacar, ainda, que os custos da indústria fornecedora de bens e serviços são, historicamente, correlacionados aos preços de petróleo no mercado internacional. Quando há redução relevante, como no caso atual do patamar de preços do barril, ela é acompanhada, ainda que não imediatamente, de uma diminuição dos custos em segmentos importantes do setor de bens e serviços. O efeito dessa redução compensa, em parte, a perda de receita ocasionada pela queda do preço do barril.
Vale ressaltar, também, que as decisões de investimento em projetos de Exploração & Produção – especialmente os destinados a águas profundas – são baseadas em cenários que incorporam uma visão de longo prazo, não só para os preços, como também para todos os demais insumos e custos dos projetos.
Alta produtividade - O enorme potencial do pré-sal pode ser avaliado pela elevada produtividade dos poços em operação. No último dia 16 de dezembro, por exemplo, a produção de petróleo nos campos operados pela companhia na província do pré-sal nas bacias de Santos e Campos atingiu a marca histórica de 700 mil barris de petróleo por dia (bpd), com a contribuição de apenas 34 poços produtores interligados a 12 diferentes plataformas - sendo oito deles produzindo exclusivamente na camada pré-sal. Esse volume foi alcançado apenas oito anos depois da primeira descoberta de petróleo nessa província, em 2006, e apenas seis meses após a companhia ter atingido a marca de 500 mil bpd, em julho.
Além disso, vêm contribuindo para o desempenho da companhia no pré-sal os resultados obtidos pelos programas estratégicos PRC-Poço (Programa de Redução de Custos em Poços) e PRC-Sub (Programa de Redução de Custos em Sistema Submarinos). Esses programas integram iniciativas que vêm incorporando melhorias contínuas na redução da duração e dos custos não só de poços, como também de instalações submarinas dos projetos de Exploração e Produção, contribuindo para aumentar ainda mais a competitividade econômica dos projetos do pré-sal. Como exemplo da melhor produtividade que vem sendo obtida desde 2010, destaca-se a redução da ordem de 60% no tempo de construção de poços dos campos de Lula e Sapinhoá, ambos no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos.
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