Em sua coluna no portal UOL, Reinaldo Azevedo afirma que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, é “moromínion” e está do lado da Lava Jato de Deltan Dallagnol
4 de agosto de 2020
Blogueiro neocon de Veja vem desferindo críticas ao indicado por Dilma ao STF e afirma que o PMDB "está sendo assediado" para aprová-lo no Senado; para Reinaldo Azevedo, o jurista "decidiu investir no fim da família" ao, segundo ele, defender a poligamia; autor do livro de onde foi retirado o mencionado artigo de Fachin, o advogado Marcos Alves Silva rebateu as declarações e chamou Reinaldo de "tolo" e, seu texto, de "repugnante" (Foto: Gisele Federicce)
247 - “Em junho de 2015, Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato de Curitiba, manteve um encontro com Edson Fachin, relator do petrolão no Supremo. Na sequência, enviou uma mensagem para seus pares pelo Telegram, conforme reportagem do The Intercept Brasil em parceria com a Veja: ‘Caros, conversei 45 m com o Fachin. Aha uhu o Fachin é nosso’. Que dúvida! Fachin é mesmo de Dallagnol”, escreve o jornalista Reinaldo Azevedo.
Quando Fachin decide cassar a liminar concedida por Dias Toffoli que impunha o compartilhamento dos dados das “secursais” da Lava Jato com a Procuradoria Geral da República, Reinaldo afirma que ele “engrolou uma cascata de suposto rigor técnico para que tudo continue como está: a triunfar a vontade do ministro, cada uma das forças-tarefa continuará a ser um bunker de segredos, com milhares de pessoas e empresas investigadas, sem que se conheçam os critérios que determinaram o que, tudo indica, é uma devassa sem precedentes alcançando cidadãos, políticos e empresas”.
“Fachin fez rigorosamente o que eu esperava que fizesse: a coisa errada! É chefe do reacionarismo penal na Corte e o líder da banda punitivista, com seu ar entre o sacristão e o chefe de cadeia. O homem resolveu devolver às forças-tarefa o destino do Brasil — o mau destino. O buraco a que nos conduziu a Lava Jato ainda é pouco para ele e para o tal grupo "Muda Senado". O conjunto da obra é uma vergonha”, acrescenta o jornalista. “E quem é o dono desses segredos? O Estado brasileiro? Não! As forças-tarefa, que não têm existência legal”, conclui.
Reinaldo ainda destaca ao longo do texto que “a campanha de Moro à Presidência já foi lançada na Internet pelos moromínions. É preciso saber se ministros do STF escolherão a lei ou se comportarão como cabos eleitorais. Fachin já fez sua escolha”.
Brasil 247
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