As carreatas de apoio à Lava Jato, marcadas para este sábado , são o termômetro do frio polar que assola o outrora viçoso ‘morismo’ em nosso país.
Inexpressiva em Curitiba – a chuva fina serviu de desculpa, nem a manhã ensolarada de Brasília serviu para desmentir o que é evidente: Sergio Moro e sua turma perderam – e para Bolsonaro – o apoio das legiões fundamentalistas que os acompanhavam desde 2014.
Na capital federal, foram, segundo a PM, “30 a 35 carros”, embora muita gente jure que havia menos.
A iniciativa, claro, era para “colocar pressão” no julgamento de Deltan Dallagnoll, terça-feira, no Conselho Nacional do Ministério Público.
Deu chabu.
E prepara, assim, a cena da decretação da suspeição de Moro, daqui a um mês ou dois, no Supremo Tribunal Federal.
Não acho que isso seja tão importante pelo que represente de censura àquilo que todo o meio jurídico e político sabe: a parcialidade do ex-juiz de Curitiba servir para desconstruir o que resta de sua de “justiceiro”.
Esta já se foi.
A decretação da suspeição de Moro e a consequente nulidade da condenação de Lula são importantes porque abrem o que será o longo caminho da restauração da normalidade da vida política brasileira, na qual as disputas não se devem dar nos tribunais, mas nas urnas.
O fato de Bolsonaro ter pouco mais de um terço da população – e nunca esteve, é verdade, muito longe disso – significa que o presidente tem nas mãos a direita brasileira, que não tem menos que isso seja com quem for seu candidato.
Ele é “o rei do gado”, incontestável a tantos quanto (e são muitos) lhe queiram disputar o campo conservador.
Não é “inventando” quem seja palatável aos “deserdados de Bolsonaro” que o enfrentaremos. É reencontrando nosso discurso, nossas propostas, nossa capacidade de fazer o povo brasileiro ter expectativas.
Quem quiser ser “esquerda” com cara de direita vai fazer companhia aos remanescente do morismo que ficaram no sereno.
Tijolaço
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