quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Petrobrás: expansão de Refinaria Abreu e Lima ampliará em 40% produção de diesel



De acordo com a estatal, as obras no empreendimento vão aumentar em até 13 milhões de litros diários a produção de diesel S10 com baixo teor de enxofre

17 de janeiro de 2024

Jean Paul Prates (Foto: Reprodução)


Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Com orçamento de US$ 17 bilhões em quatro anos, a expansão da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, pretende ampliar em até 40% a produção nacional de diesel, informou nesta quarta-feira (17) a Petrobrás. Segundo a estatal, as obras de aumentarão em até 13 milhões de litros diários a produção de diesel S10 com baixo teor de enxofre.

De acordo com a Petrobras, que detalhou em entrevista coletiva no Recife a retomada dos investimentos na refinaria, as obras de refino, transporte e comercialização deverão gerar até 30 mil empregos até 2028. A expansão da refinaria está incluída no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e no plano de negócios da petroleira.

Nos próximos meses, informou a Petrobras, terão início as obras de ampliação da produção das atuais instalações do Trem 1 da refinaria. Com previsão de término no primeiro trimestre de 2025, a obra pretende aumentar a carga, melhorar o escoamento de produtos leves e ampliar a capacidade de processamento do petróleo da camada pré-sal.

No segundo semestre, começarão as obras do Trem 2, que só acabarão em 2028. Com o projeto, a refinaria poderá processar 260 mil barris de petróleo adicionais por dia.

Em outra etapa da expansão, já em andamento e com previsão de conclusão ainda este ano, a refinaria ganhará a primeira unidade SNOX do refino brasileiro. Essa instalação permite transformar óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto para comercialização.

O anúncio dos investimentos ocorreu um dia antes da cerimônia de lançamento do projeto, que terá a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Em operação desde 2014, a Refinaria Abreu e Lima, no município de Ipojuca (PE), converte 70% do petróleo cru em diesel. Atualmente, o complexo processa 230 mil barris por dia.
Lava Jato

A construção da refinaria pernambucana foi um dos principais alvos da Operação Lava Jato. As investigações, na época, indicaram problemas como contratos superfaturados e desvio de recursos da obra. O projeto foi concluído com valor muito superior ao inicialmente previsto.

Durante a entrevista coletiva, o gerente-geral da refinaria, Márcio Maia, disse que a Petrobras quer recontratar trabalhadores pernambucanos que participaram da construção do complexo. As obras começaram em 2005, mas foram paralisadas em 2015, após a denúncia de supostos esquemas de corrupção pela Lava Jato.

Segundo Maia, a estatal tentará contatar trabalhadores nos municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho. “Essas pessoas já conhecem o trabalho e são extremamente qualificadas”, declarou. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, disse que não será necessário buscar mão de obra em outros estados, como ocorreu na construção do Trem 1.

Qualificação

Com as contratações, haverá uma nova rodada de capacitação e qualificação profissional. A Petrobras lançou o Programa Autonomia e Renda, que oferecerá cursos de formação inicial continuada (FIC) e cursos técnicos a pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Terão prioridade grupos minorizados: mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência e refugiados.

Os participantes receberão bolsa-auxílio no valor de R$ 660 mensais durante os cursos. Mulheres com filhos de até 11 anos terão uma bolsa maior, de R$ 858 mensais. Entre os temas abordados nos cursos, estão reforço de português e matemática para melhoria da escolaridade; conteúdo obrigatório de Segurança, Meio Ambiente Saúde (SMS) para fortalecer a segurança nas obras e operações, acompanhamento psicossocial e oferta de cursos para o desenvolvimento de competências socioemocionais e pessoais.


Brasil 247

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Forças Armadas gastam 85% de seu orçamento com salários e benefícios de militares


Em 2023, as Forças Armadas gastaram quatro vezes mais com o pagamento de pensão militar do que com investimentos

17 de janeiro de 2024

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil | Pixabay)


247 - As Forças Armadas gastaram 85% de seu orçamento de 2023 com o pagamento de pessoal, impulsionado pelas despesas crescentes com militares da ativa, inativos e pensionistas, e apenas 5% de suas despesas foram voltadas para investimentos (R$ 5,8 bilhões) e 10% para custeio (R$ 11,3 bilhões).

Segundo a Folha de S. Paulo, “as Forças Armadas gastaram quatro vezes mais com o pagamento de pensão militar (R$ 25,7 bilhões) do que com investimentos — cenário que deve ser amenizado com o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que destinou R$ 52,8 bilhões para projetos de Defesa até 2030”.

Para efeito de comparação, o perfil geral do gasto de defesa dos 29 países-membros da Otan é diferente da despesa brasileira. Somente nove países da aliança militar possuem o orçamento consumido por pessoal igual ou superior a 50% e só 3 países (Portugal, Canadá e Bélgica) gastam menos de 20% com investimentos.

Em 2023, as Forças Armadas brasileiras gastaram R$ 32,4 bilhões com o pagamento de salários dos militares da ativa e R$ 31,2 bilhões com o pessoal da reserva e reformados. A despesa é puxada pelo Exército, Força com maior efetivo, que consumiu R$ 47,3 bilhões em gastos com pessoal.

O Exército possui cerca de 212 mil militares na ativa e 145 mil inativos. Outros 112,8 mil são beneficiários de pensões militares —sendo 3.734 familiares de marechais. O último militar da Força a alcançar essa patente foi Waldemar Levy Cardoso, morto em 2009.

A Força tem, desde 2019, investido em um plano de redução de efetivo, que baixou em 9.017 o número de militares na ativa até 2023. "O Exército cumpre integralmente o seu planejamento de racionalização [...], o que se traduz efetivamente na redução anual do seu contingente em 10% até o ano de 2029", diz a instituição, em nota. O Exército ainda afirmou que outras medidas, adotadas após uma lei de 2019, têm reduzido seus custos, como o aumento do tempo de serviço dos militares de 30 para 35 anos, a redução do rol de dependentes e a limitação de direitos econômicos decorrentes de pensões militares.

Na Marinha, a redução do efetivo foi de quase 5 mil militares de 2018 a 2023 —queda de 6%, de 80.485 militares para 75.482. "[A Força] empreende, permanentemente, esforços para aprimorar sua gestão de recursos humanos, por meio de uma readequação planejada e equilibrada em seu efetivo, a fim de aumentar sua eficiência e desonerar os custos para o Estado brasileiro", diz.

A Aeronáutica mantém o menor efetivo, com 67.605 militares ativos, sendo que o grupo é dividido quase pela metade por pessoal de carreira e temporários. "Além da redução da folha de pagamento anual, buscou-se economia com promoções hierárquicas, com movimentações, ocupação de Próprio Nacional Residencial, número de inativos e pensionistas e de usuários do sistema de saúde da Aeronáutica", afirma a Aeronáutica sobre a política de aumentar o número de temporários.

As medidas, porém, ainda não tiveram capacidade de modificar o perfil do gasto das Forças Armadas. Para reverter o cenário de baixos investimentos, os comandantes Marcos Olsen (Marinha), Tomás Paiva (Exército) e Marcelo Damasceno (Aeronáutica) passaram a defender a aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para garantir que o orçamento do Ministério da Defesa seja fixado em 2% do PIB.

O percentual foi definido com base na meta orçamentária estipulada pela Otan para seus 29 países-membros. Apesar disso, somente 7 nações que integram a organização militar ocidental alcançaram os patamares desejados: Grécia (3,54%), Estados Unidos (3,46%), Lituânia (2,47%), Polônia (2,42%), Reino Unido (2,16%), Estônia (2,12%) e Letônia (2,07%).


Brasil 247

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

sábado, 13 de janeiro de 2024

Kakay rebate ataques da Globo a Lewandoski



TV FÓRUM

Valdemar diz que Lula é "muito mais fácil" de lidar do que Bolsonaro

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UOL

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Jogo do Poder
Jornal Agora Meio Norte

Associações repudiam pesquisa do Conselho Federal de Medicina sobre vacina contra a Covid: 'atenta contra a saúde e a ciência'

De acordo com cinco entidades, 'alimenta uma falsa controvérsia fundada em negacionismo médico-científico e teorias da conspiração'

12 de janeiro de 2024

Profissional de saúde aplica vacina da AstraZeneca contra Covid-19 em Duque de Caxias (RJ) (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)


247 - Mais cinco entidades da área da saúde emitiram uma nota contra a iniciativa do Conselho Federal de Medicina (CFM), responsável por conduzir uma pesquisa para saber a opinião dos médicos sobre a obrigatoriedade da vacinação de crianças de 6 meses a menos de 5 anos contra a Covid-19.

"A pesquisa parece não ter outro propósito senão o de alimentar uma falsa controvérsia em torno da vacina para Covid-19, fundada em puro negacionismo médico-científico e teorias da conspiração", diz o texto assinado por Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia (ABMMD), Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), a Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) e a Rede Nacional de Médicas e Médicos e Populares (RNMMP).

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) havia manifestado uma posição contrária ao CFM após a repercussão da pesquisa. De acordo com cinco instituições que assinaram outra nota, representantes do CFM fizeram perguntas "contraproducentes e de caráter claramente enviesado".

"A referida vacina foi incorporada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) ao calendário vacinal da criança, baseado em decisão da Câmara Técnica Assessora em Imunização (CTAI) do Ministério da Saúde. Trata-se de um órgão técnico, composto por especialistas, que analisam de forma sistemática e transparente os dados de segurança, imunogenicidade, eficácia e farmacovigilância antes de emitir suas recomendações", continuou.

Segundo as associações, "fomentar questionamentos em torno da obrigatoriedade de quaisquer vacinas do PNI, além de não ser ético, contraria o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente, segundo o qual as vacinas do PNI são obrigatórias, sendo um direito básico da criança e um dever do Estado". "Esperava-se que o CFM cumprisse o papel de reforçar junto à sociedade as recomendações das entidades técnicas e científicas, entre as quais as sociedades médicas, em um contexto de múltiplos esforços coordenados para retomar as altas taxas de vacinação no Brasil".


Brasil 247

Valdemar Costa Neto exalta Lula e diminui Bolsonaro

 Presidente do PL classificou atual chefe da República como um "fenômeno" e afirmou que é "completamente diferente do Bolsonaro"

Valdemar da Costa Neto, Lula e Jair Bolsonaro
Valdemar da Costa Neto, Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters)

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247 - O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, comparou seu colega de partido, Jair Bolsonaro, ao presidente Lula (PT) em uma entrevista recente ao jornal regional O Diário, da região de Mogi das Cruzes e do Alto Tietê. Em sua fala, Valdemar exaltou Lula, afirmando que "não tem comparação" com Bolsonaro.

"Lula é um camarada do povo, ele é completamente diferente do Bolsonaro. E é um fenômeno também, por ter chegado aonde chegou", disse, quando perguntado sobre a diferença dos dois líderes políticos antagônicos. 

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Valdemar conviveu com Lula durante o primeiro mandato do petista na presidência, entre 2002 e 2006, pelo fato de o então vice-presidente ser José Alencar, também do PL. O comandante do partido, inclusive, foi o responsável pela articulação para que Alencar fizesse chapa com Lula. 

Sobre isso, Valdemar afirmou que teve uma 'boa convivência' com o presidente da República e reconheceu que o petista foi bem no governo: "convivi bem com o Lula também, por causa do José Alencar, que era vice-presidente. Nós fizemos parte do governo, o Lula foi bem no governo também, e elegeu a Dilma depois. [...] [Ele] é completamente diferente, não tem comparação com o Bolsonaro".

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Questionado sobre quais as diferenças fundamentais entre Lula e Bolsonaro, o líder do PL afirmou: "o Lula tem muito prestígio; ele não tem o carisma que o Bolsonaro tem. O Lula tem prestígio, popularidade, ele é conhecido por todos os brasileiros." 


Além disso, ainda durante sua fala, Valdemar também criticou o ex-juiz suspeito e atual senador Sergio Moro (União-PR), afirmando que, enquanto juiz, Moro 'passou do limite da lei' para ser presidente: "ele já está pagando por isso, vai ser cassado".