"Às vésperas da eleição de 2018, ele pressionou o Supremo a negar um habeas corpus a Lula", diz o jornalista Bernardo Mello Franco em referência ao ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas
12 de fevereiro de 2021
Jornalistas Bernardo Mello Franco e o general Eduardo Villas Bôas (Foto: Reprodução | ABr)
247 - Em sua coluna publicada no jornal O Globo, Bernardo Mello Franco afirma que o agora ex-comandante do Exército Eduardo Villas BôasVillas Bôas "usou a farda para impulsionar o candidato dos quartéis". "Às vésperas da eleição de 2018, ele pressionou o Supremo a negar um habeas corpus a Lula. O ex-presidente foi preso, e Bolsonaro passou a liderar a corrida ao Planalto", escreveu o jornalista.
De acordo com o general, "a defesa da ditadura está na origem do ressentimento do general com o PT". "Ele reconhece que Lula reaparelhou as Forças Armadas, mas afirma que os militares se sentiram traídos pela instalação da Comissão Nacional da Verdade", diz Mello Franco.
"Em entrevista ao professor Celso Castro, o general se negou a revelar o teor do diálogo com o capitão (Jair Bolsonaro). Apesar da recusa, seu depoimento ajuda a entender a gratidão presidencial", continua.
De acordo com Mello Franco, "Villas Bôas revela que jantou com Michel Temer quando o então vice articulava o impeachment da então presidente". "Depois do repasto, ele indicou um amigo de infância, o general Sérgio Etchegoyen, para chefiar o Gabinete de Segurança Institucional".
Brasil 247
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