Colunista Jeferson Miola diz que é "privilegiado" o povo que tem um líder "com a grandeza ética, moral e humana" do ex-presidente Lula. "Neste discurso de estadista, Lula trouxe esperança e confiança para uma Nação devastada, destroçada e dilacerada pela facção mais abjeta e extremista da classe dominante", afirma
10 de março de 2021
Gleisi Hoffmann e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
“O Brasil não merecia passar o que está passando”. “Quando é que vamos acordar?”, Lula questiona.
A resposta a esta pergunta indignada está no discurso histórico do próprio Lula no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo nesta 4ª feira, 10 de março de 2021.
Neste discurso de estadista, Lula trouxe esperança e confiança para uma Nação devastada, destroçada e dilacerada pela facção mais abjeta e extremista da classe dominante.
Lula sempre acreditou que a verdade triunfaria sobre a mentira; sempre confiou que este dia chegaria, mesmo que por uma justiça tardia que, por tardia, geraria todas as irreparáveis injustiças de que ele foi vítima.
Mas este dia finalmente chegou, e a verdade, enfim, venceu!
Hoje, o mundo inteiro sabe que criminosos como Moro, Deltan, Erika & comparsas, infiltrados nas instituições, promoveram “a maior mentira jurídica em 500 anos de história” para encarcerá-lo e impedí-lo de vencer a eleição presidencial de 2018.
O martírio imposto pelos seus verdugos, cruel e profundamente injusto, não contaminou sua mente e sua alma com rancor, ódio e com o sentimento mesquinho de vingança.
Lula transcende a dor pessoal. Para ele, a dor vital, aquela que domina seu coração, mobiliza sua consciência e atiça seu agir político, é a dor do povo brasileiro jogado no desespero, no desemprego e no desamparo pela classe dominante que perpetrou o atentado à democracia para assaltar o país.
É doloroso, para um líder que há 10 anos ergueu o Brasil à 5ª economia mundial, tirou o país do mapa da fome e retirou mais de 40 milhões de brasileiros da miséria, aceitar a “escolha muito difícil” que a oligarquia fez pelo negacionismo, pelo terraplanismo e pelo milicianismo.
O Brasil está vivendo um pesadelo horroroso com a destruição da soberania, da economia, do alento e da esperança no futuro.
De acordo com epidemiologistas, 3 a cada 4 das quase 270 mil mortes poderiam ter sido evitadas, mas a fábrica mortífera do Bolsonaro e do seu governo de generais aprofunda o genocídio e a barbárie. No dia de hoje, o país atingiu novo recorde macabro e ultrapassou, pela primeira vez, a cifra de 2 mil mortes diárias – a maior mortandade diária do mundo.
“O Brasil não merecia passar o que está passando”, insiste Lula, com a legitimidade de quem conhece seu povo, suas urgências e sabe, principalmente, como e para quem os governos devem funcionar.
Nestes últimos dias experimentamos uma evolução vertiginosa dos acontecimentos. A história se acelerou e a verdade se estabeleceu. Lula é, hoje, o sujeito histórico do nosso tempo que é capaz de interromper a continuidade do projeto fascista para iniciar a restauração da democracia e impulsionar a reconstrução do Brasil.
Com o programa de emergência apresentado por ele para o diálogo nacional – imunização de toda população, proteção econômica dos pobres e desamparados e retomada do emprego e investimentos – Lula assume a liderança da agenda democrática e civilizatória.
Privilegiado o povo e a Nação que tem um líder com a grandeza ética, moral e humana do Lula. Com ele, o Brasil, finalmente se reencontra com a possibilidade de futuro. Lula, este líder da esperança, da democracia e da justiça, libera uma impressionante e incontível energia política e social.
A conjuntura mudou. O Brasil, destroçado, agora recupera a esperança de conseguir agarrar a alegria no horizonte próximo.
Brasil 247
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