sábado, 9 de julho de 2022

“Bolsonaro entrega para o capital mão de obra barata, fragmentada e desmotivada”, diz Juliane Furno


Economista analisou o quadro econômico do Brasil através da perspectiva da luta de classes

8 de julho de 2022

(Foto: Reprodução | ABR)


247 - A economista Juliane Furno, em entrevista à TV 247, analisou o quadro econômico do Brasil através da perspectiva da luta de classes, conceito marxista sobre o antagonismo inerente entre a classe dominante e o proletariado.

Segundo ela, o governo Bolsonaro exerce uma política econômica que visa favorecer os lucros da classe dominante através da exploração, ao invés da promoção de vendas volumosas.

“Quem entrega custo do trabalho barato no Brasil? Bolsonaro. Por que? Porque tem desemprego, e quanto mais tem gente desempregada, mais os salários caem, e quanto mais gente desempregada e mais criminalização dos movimentos sociais, menos o movimento sindical tem capacidade de soerguer. Menos movimento sindical, menos capacidade de poder de barganha dos trabalhadores e amento da taxa de exploração"

“Mesmo que o setor empresarial pudesse ganhar mais no volume de vendas, com mais gente comprando os produtos deles, eles preferem ganhar na taxa de exploração. Por isso essa disputa é luta de classes. É a luta do capital contra o trabalho", disse.

Em razão dessa preferência, o grande capital se alinha a Bolsonaro e muito dificilmente se desvencilhará dele, avalia a economista.

“Os setores dominantes que empregam força de trabalho todos estão no barco do Bolsonaro porque ele entrega a coisa fundamental para os capitalistas, que é a mão de obra barata, fragmentada e desmotivada", disse.


Brasil 247

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